ATITUDE

Atitude é a palavra que me ocorre para definir a exibição do Benfica na Turquia.

Nem sempre brilhante, mas sempre coesa e intensa.

Na primeira parte os encarnados tiveram o controlo da partida, e podiam mesmo ter marcado. Na segunda, o onze de Mourinho apareceu mais audaz, e foi assumindo o domínio do jogo - o que se adensou com a insensata expulsão de Florentino. 

Foi a vez de Lage alterar o figurino da equipa, revelando um Dedic capaz de fazer um pouco daquilo que, tacticamente, Carreras fazia na época passada, fechando por dentro de modo a criar uma linha de cinco, que foi evitando males maiores. A dada altura a ideia era mesmo arrastar o zero a zero até ao fim.

Tal como aqui havia dito, foi um jogo de resistência, no qual o primeiro de todos os objectivos foi cumprido: levar a decisão para a Luz. E, já agora, com mais uma folha limpa. Cinco jogos, zero golos sofridos.

Há que enaltecer o compromisso revelado por todos os jogadores, ainda que alguns deles precisem de mostrar mais (falo, por exemplo, e outra vez, de Rios, mas também de Ivanovic, que entrou demasiado trapalhão para aquilo que a equipa na altura necessitava: segurar bolas na frente, e permitir aos colegas respirar).

De salientar a excelente exibição de Akturkoglu enquanto esteve em campo, o que mostra bem o seu profissionalismo, e reforça a minha vontade de o ver continuar na Luz. 16 golos e 11 assistências não são para deitar fora nem trocar por pontos de interrogação.

O árbitro esteve bem. E na ponta final do jogo até ajudou a apressar o apito final. O Benfica, que nas fases mais adiantadas da prova faz figura de equipa pequena, nas pré eliminatórias é um tubarão,  e faz-se respeitar pelos árbitros. Para o bem e para o mal, é assim a UEFA.

Agora há que dar tudo na Luz. Um Benfica ao seu melhor nível chegará à fase seguinte.