EMPOLGANTE

Queria começar por aplaudir os mais de 56 mil adeptos (record em jogos de taças) que, numa noite muito fria, e a meio da semana, se dispuseram a deslocar a um estádio com o risco de apenas de lá saírem à meia-noite  - em caso de prolongamento e penáltis. Para quem vive longe de Lisboa, e tem de trabalhar na manhã seguinte, é preciso muita coragem e um profundo benfiquismo. Já a FPF devia ter vergonha de tratar desta forma os verdadeiros adeptos, aqueles que amam e pagam o futebol, enchem estádios, mas ainda assim parecem estar no fundo da lista das suas prioridades.
Dito isto, quem lá foi mereceu o que viu: um excelente espectáculo, com cinco golos, mudanças e incertezas no marcador. E uma vitória justa da melhor equipa.
Devo dizer que gostei bastante mais da segunda parte do que da primeira - ao longo da qual, e até aos golos do Benfica, vi uma partida fechada, sem inspiração, e em que o Braga se limitava a defender o resultado e a fazer passar o tempo.
Com o (fantástico) golo do empate a abrir a segunda, temi que se voltasse a ver o mesmo filme. Mas daí em diante tivemos um excelente jogo de futebol, com oportunidades de parte a parte, e grandes pormenores individuais.
Falando de pormenores, há que destacar a exibição de Arthur Cabral, que na primeira meia-hora foi uma inexistência, mas depois esteve na decisão do jogo, com um grande golo e uma ainda melhor assistência para Aursnes. Se não ficar moralizado com esta exibição, e não mostrar, enfim, o potencial que levou alguém a decidir pagar 20 milhões por ele, então é caso para preocupação. Com optimismo, vou acreditar que esta foi a primeira de outras grandes prestações do avançado brasileiro.
Quanto a João Neves, já não há muitas palavras a acrescentar. Uma vez mais, encheu o campo. Este já não precisa de mostrar mais nada a ninguém: é craque da cabeça aos pés e vale muitos milhões.
Venham os quartos-de-final. O Benfica já conquistou um troféu, e está na luta por outros quatro. Depois de tantos problemas e equívocos, a verdade é que a temporada ainda pode ser histórica.

1 comentário:

joão carlos disse...

sinceramente dispenso jogos empolgantes quando o empolamento só aconteceu porque demos oxigénio ao adversário.

independentemente da qualidade do lance do empate deles a verdade é que não podemos sofrer dois golos da mesma maneira a culpa aqui não é apenas do treinador que tinha de avisar para não se cometer o mesmo erro mas também dos jogadores tem de ter a inteligência também eles de não cometer duas vezes o mesmo erro e se em jogadores jovens já não é muito aceitável com vários jogadores experientes em campo menos ainda é aceitável.

muito do jogo menos conseguido na primeira parte se deve a termos o meio campo completamente engolido pelo do adversário não só por estar em inferioridade numérica como por jogarmos com jogadores que não tem as qualidades defensivas que aquela posição exige.
e se em determinados jogos e com determinados adversário a coisa resulta noutros jogos e com outros adversário claramente é curto.

sobre o horário do jogo duas coisa uma é que se o jogo fosse muito mais cedo quem não é de lisboa tem manifesta dificuldade em conseguir sair dos seus empregos e chegar a horas, até por causa do transito na entrada de lisboa, e assim ter boas casas num dia de semana.
por outro na europa os jogos das competições europeias são quinze minutos mais tarde e não me parece que nesses países isso seja uma questão.