MEIA HORA À BENFICA

Nada como entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões com três pontos. Era essa a obrigação, mas uma vez mais, de obrigação em obrigação, o Benfica não falhou. E já vão dez "obrigações" cumpridas.
A primeira parte foi fraca. O Maccabi tem muita força mas pouco jeito. Fechou-se, tentou dificultar, mas não criou qualquer perigo. Após breves minutos de atrevimento, não mais passou do meio-campo. Deu também mostras de ser permeável, e ficou claro que se o Benfica acelerasse mais o jogo, rapidamente conseguiria criar as situações de golo que não estavam a aparecer.
A sensação que dá é que, ao longo dos primeiros quarenta e cinco minutos, o Benfica respeitou demasiado um adversário que não merecia tanta cerimónia. Roger Schmidt percebeu-o, e a segunda parte foi diferente.
Gonçalo Ramos, totalmente desinspirado, sem capacidade de jogar de costas ou vencer duelos individuais (e já amarelado) foi substituído por Musa - que, não sendo um primor de técnica, luta muito, tem corpo, e vai perturbando a linha defensiva adversária.
Sempre com Enzo Fernandez a pautar o jogo, Rafa libertou-se, e o Benfica tornou-se mais rápido e incisivo. Apareceram os golos: primeiro numa boa combinação colectiva, depois num pontapé fenomenal de Grimaldo. Com 2-0 a vitória estava entregue.
Mais dois lances de Rafa a lembrar Chalana, e uma bola no poste rematada por Enzo (novamente com participação de Musa) foi tudo o que o jogo deu até final.
O calendário é denso, e Schmidt decidiu tirar Rafa e João Mário (a par de Grimaldo, os melhores em campo, com destaque ainda para o jovem António Silva, perto da perfeição, e a assumir o posto como um veterano). Os três pontos estavam garantidos, sendo até possível testar um novo sistema, com meio-campo a três, porventura já a pensar na Juventus. Aproveito para dizer que Aursnes me parece jogador para, mais jogo menos jogo, entrar no onze para ficar.
Agora, venha a 11ª vitória.

PS: Ainda não percebi porque motivo o pessoal das claques embirra com as lanternas dos telemóveis. Por mim, que por acaso nunca a acendi, nem desgosto do efeito. Respeito quem não goste. Mas não entendo, nem aceito, que se gritem cânticos insultuosos de benfiquistas para outros benfiquistas, só porque acendem as lanternas e têm outra forma de ver e desfrutar do futebol. Se apenas houvesse claques, em vez de 55 mil estavam lá ...2 mil. O Benfica é maior, muito maior, do que qualquer claque, por mais que esta se ache dona do clube. Caramba! Isto não é o Sporting!

5 comentários:

Alma Encarnada disse...

As claques, se ordeiras, contribuem para a festa e festa significa também estímulo, mas, se bem me lembro, a mística do inferno da Luz foi construída sem claques. Para mim, valem o que valem, às vezes muito pouco.

joão carlos disse...

na primeira parte existiram muitas más decisões na zona perto da área adversaria definindo sempre mal os lance, e não sei até que ponto isso não resulta do desgaste físico que alguns jogadores apresentam.

esteve bem o treinador a mudar de sistema porque muito mais do que ensaiar, isso é nos treinos, o jogo pedia isso mas lá vai a teoria dalguns com o que interessa é o entrosamento.

Anónimo disse...

vitoria justa e segura.
não podemos falhar em Famalicão porque o principal objectivo é o campeonato nacional.
os jogadores não se podem esconder e pensar na juventus, tem de estar completamente focados e dar o máximo para ganhar ao Famalicão.
o meu maior receio para este jogo em famalicão é que alguns jogadores se tentem proteger e esconder do jogo já a pensar na juventus. não podem fazer isso senão será muito dificil ganhar este jogo e depois o da juventus com essa atitude.

vamos confiar no Roger Schmidt e ele que decida o melhor.

benfiquista a serio

Anónimo disse...

aqui fica o meu 11 para famalicao:

ody,
gilberto, antonio silva, otamendi, grimaldo
neres, tino, aursness,rafa
pinho/musa, araujo

11 para turim:

ody,
gilberto, antonio silva, otamendi, ristic
aursness, tino, enzo
bah , ramos, rafa

benfiquista a serio

Benfiquista de Gaia disse...

https://mastergroove2010.blogspot.com/2022/09/antonio-melo-contra-centralizacao-dos.html