FAZ O TEU PLANTEL

QUEM VENDER?
QUEM DISPENSAR?
QUEM CONTRATAR?

À BENFICA!

O fim-de-semana passado trouxe-nos bastantes alegrias e mostrou, a quem queira ver, qual é a maior potência desportiva nacional.
No open de Minsk, em Judo, o Benfica esteve muitíssimo bem representado: ouro para Telma Monteiro em -57kg e bronze para João Martinho em -81kg. Tratou-se do regresso aos combates da melhor judoca portuguesa de todos os tempos – que não competia desde os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, de onde, como todos se recordam, veio com uma medalha de bronze ao pescoço. Foi pois um regresso em grande estilo, arrasando todas as suas adversárias.
O Triatlo fez história, e sagrou-se Campeão Europeu de equipas mistas, mesmo não podendo contar com João Silva (lesionado). Trata-se do primeiro título internacional colectivo conquistado por um clube luso na modalidade, o que já de si é digno de nota. Com este triunfo, o Benfica igualou também o Barcelona em número de conquistas europeias máximas em diferentes desportos (recordemos os títulos europeus de Futebol, Futsal, Hóquei masculino, feminino e Atletismo-Estrada). Nenhum outro emblema português se aproxima, sequer, destes registos.
Cá no burgo, revalidámos o título nacional de Atletismo em Leiria (o sétimo consecutivo!), derrotando aqueles que, no início da temporada, nos haviam tirado vários atletas, aliciando-os com ordenados milionários. Pelos vistos, os que ficaram são melhores do que aqueles que saíram. Não precisámos deles para voltar a ser campeões. Ou seja, talvez estivessem cá a mais.

Enquanto isto, o Futebol segue os seus trabalhos de pré-época, para que na Supertaça a máquina esteja devidamente oleada.

FERRAMENTAS DE TRABALHO

Recordemos alguns dos resultados das últimas quatro pré-temporadas.
Em 2013 o Benfica perdeu a Eusébio Cup em casa perante os brasileiros do São Paulo por 0-2, e depois foi perder a Nápoles por 1-3.
No ano seguinte perdeu a Taça de Honra com o Sporting (0-1), voltou a perder a Eusébio Cup, desta vez com o Ajax (0-1), perdeu com o Marselha (1-2) e com o Atlético de Bilbau (0-2), e na Emirates Cup foi goleado por Valencia (1-3) e Arsenal (1-5).
Em 2015 o Benfica saldou os jogos de pré-época com 2 empates e 3 derrotas. A última das quais novamente na Eusébio Cup, por 0-3 em Monterrey.
Há um ano atrás, mais uma derrota na Eusébio Cup (Torino, nos penáltis), seguida de desaires em Sheffield (contra adversário da segunda divisão inglesa) e frente ao Lyon.
Sabemos como terminaram todas estas temporadas: no Marquês de Pombal.
Serve isto para dizer que os resultados de Julho, antes das competições a sério terem início, com planteis ainda em formação, com jogadores internacionais ausentes, com 8 ou 9 substituições por jogo, nada significam relativamente ao que depois se passa em Maio. Estas partidas são meras ferramentas de trabalho, e até são mais úteis quando expõem aspectos a ser melhorados nos jogos a doer.
A pesada derrota com os suíços do Young Boys (equipa em fase muito mais adiantada da preparação, com o seu campeonato a começar mais cedo, e na disputa das pré-eliminatórias da Champions League) insere-se nesse processo, e não belisca minimamente a confiança que todos temos em mais um ano de grande sucesso.

O trabalho continua. Os resultados? Só interessam a partir do dia 5 de Agosto.

BONS NEGÓCIOS

O futebol é assim. E felicidade a de um clube que tem jogadores tão valiosos, a despertar cobiça nos mercados. Ederson, Lindelof e Nélson Semedo foram, todos eles, bem vendidos. Mais de 100 milhões por três jovens que há um ano e meio não passavam de esperanças, são negócios notáveis. Todos eles têm alternativas de retaguarda no plantel - que, mesmo com os cofres cheios, ficará bastante forte.
Estas vendas estariam previstas, pois, mais milhão menos milhão, eram inevitáveis.
Agora é fechar a porta, e trabalhar rumo ao Penta.

COMEÇAR A GANHAR

Vale o que vale, mas uma vitória é sempre melhor do que qualquer outro resultado. Acresce que, no caso deste primeiro jogo do Tetra-Campeão nacional frente ao Neuchatel, as indicações de alguns jogadores foram bastante boas. Seferovic marcou e mostrou detalhes interessantes. Jonas foi o príncipe a que estamos habituados. Diogo Gonçalves pode afirmar-se. Chrien é uma boa alternativa a Pizzi. Ruben Dias parece ganhar a Kalaica na corrida ao lugar de 4º central do plantel. E até Hermes esteve melhor do que nas poucas vezes em que o vi actuar na temporada passada. 
Não percebo a pressa na contratação de um guarda-redes. Com Júlio César como titular indiscutível, Bruno Varela no banco, e Paulo Lopes nas comemorações de final de época, os benfiquistas podem dormir descansados. Aliás, por mim o plantel estava fechado, admitindo até a venda de um dos extremos.
O trabalho continua.

SUGESTÃO

O mês de Julho passa-se sobretudo aqui ao lado.

A TAÇA DAS CONFEDERAÇÕES

Pode parecer estranho que num blog de futebol não se tenha visto ainda uma palavra sobre a Taça das Confederações.
Além da falta de tempo, há mais dois motivos: a própria competição, e a selecção portuguesa.
A competição está em vias de ser erradicada do mapa da FIFA, e isso diz tudo. Embora a ideia fosse engraçada, a verdade é que a competitividade é pouca, e tal nota-se em campo. Jogos assim-assim, equipas assim-assim, etc. Mais valia estarem todos de férias.
Quanto a esta selecção portuguesa, já tive oportunidade de confessar, em mais do que uma ocasião, que não me entusiasma. Paradoxalmente, foi esta a selecção a sagrar-se campeã da Europa, objectivo que tantas outras (bem mais empolgantes) falharam no passado. O futebol praticado é enfadonho, as caras são demasiado usadas, o seleccionador é demasiado caprichoso. E a sorte não poderia durar sempre.
Apesar de tudo, o 3º lugar acaba por ser honroso, para uma equipa onde Moutinho, Nani e Quaresma, entre outros, já estão manifestamente a mais.