CINZENTO, CINZENTO, CINZENTO
É estranho,
mas o seleccionador que mais sucesso teve na história da equipa das quinas tem
sido também um dos que menos me entusiasma.
No Europeu de
França, só nos quartos-de-final comecei verdadeiramente a vibrar (com os
resultados, pois as exibições mantiveram-se medíocres). Os jogos de
qualificação nem me apetece ver. Eu que era um adepto da Selecção Nacional, e
há dez anos atrás sofria por ela quase tanto como pelo Benfica.
Razões? Uma
delas seguramente o ambiente crispado que entretanto tomou conta do futebol
português, por via da dificuldade dos adversários em aceitarem a supremacia
benfiquista, e que dificulta a mudança de chip quando se trata de apoiar uma
representação comum. Mas também algumas convocatórias, e escolhas para o onze,
muito pouco sedutoras.
Neste jogo,
por exemplo, nem queria acreditar quando vi Cedric no lugar de Nélson Semedo. O
lateral do Benfica não é melhor que o do Southampton, é MUITO melhor! Aliás, viu-se quando entrou.
Também me
intriga que o melhor jogador do campeonato português nem sequer tenha sido utilizado.
Mas, para não
me acusarem de sectarismo clubista, também me custa ver Eder fora de uma
convocatória com 24 nomes, num país onde pontas-de-lança é coisa que não abunda.
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