EM FRENTE

Num fim-de-semana totalmente dedicado à Taça de Portugal, e ainda a digerir a viagem ao Porto, lá estava eu já na Luz para o jogo grande da ronda.
Com um cutelo sobre o seu pescoço, o Benfica ganhou com inteira justiça, realizando uma exibição agradável e dissipando, por agora, as nuvens que se adensavam no seu horizonte. Nem tudo saiu bem, mas a atitude competitiva da equipa foi absolutamente irrepreensível, dando sinais de que as coisas podem efectivamente melhorar.
É preciso dizer que o Sp.Braga partiu para esta partida extremamente desfalcado (assim de cabeça, faltavam, pelo menos, Miguel Garcia, Moisés, Vandinho, Mossoró, Matheus e Lima), o que não terá deixado de se fazer sentir no rendimento da equipa. Efectivamente, só perto do final a equipa minhota levou perigo até à baliza de Júlio César.
Até lá, e sobretudo depois de se verem em vantagem, os campeões nacionais tiveram sempre as rédeas do jogo nas mãos, ficando a dever a si próprios mais um ou dois momentos de festa.
Saviola voltou a marcar, mostrando estar de volta à eficácia que acompanhou a sua primeira época na Luz. Mas o homem da noite foi Pablo Aimar, não só pelo golo que assinou, como, sobretudo, pela forma como jogou e fez jogar a equipa à sua volta. Não foi a melhor exibição do mago argentino, mas foi mais uma excelente exibição, confirmando tratar-se do jogador encarnado cujo rendimento menos oscilou de 2009-10 para 2010-11.
O árbitro perdoou duas expulsões, uma para cada lado. Sílvio e Maxi Pereira (curiosamente os dois laterais direitos) poderiam ter ido tomar banho mais cedo, mas globalmente Carlos Xistra não esteve num dos seus piores dias, sobretudo se levarmos em conta que os jogadores em nada o ajudaram (incrível a violência e a hostilidade que esta equipa de Domingos sempre revela diante do Benfica).
Segue-se o Olhanense.

2 comentários:

Jotas disse...

A exibição do Benfica esteve longe de ser brilhante, claro que sim, quem tem oscilado tanto nas diversas provas, tem um público desconfiado e ausente, em que falta a confiança necessária das vitórias continuas, dificilmente pode ter exibições convincentes, mas foi uma exibição de entrega, dedicação e união da equipa.

Vitória do Benfica disse...

Não desgostei. Teve jogadas de cabeça, tronco e membros. Muito melhor do que com o Shalke 04 ou mesmo com a Olhanense. Nota-se uma melhoria, mas aquela jogada de perigo ao minuto 86 foi arrepiante. E não sei se em vez de Júlio Cesar fosse Roberto se tinha estofo para defender aquele canto. A equipa e os jogadores treinados por Domingos Paciência demontram muito da mentalidade mesquinha e verbena daquela personagem. Na realidade hoje percebe-se porque é que eles o ano passado tiveram aquela pontuação, possível só ao colo das arbitragens.

Mas o Benfica está no caminho e vai conseguir.