MISSÃO CUMPRIDA, SONHO VIVO

Não seria de esperar outra coisa. Portugal aproveitou, como lhe competia, as circunstâncias que uma feliz carambola de resultados lhe havia proporcionado no último sábado, e qualificou-se para o Play-Off de acesso ao Mundial.
É como que um voltar à estaca zero, depois ultrapassar momentos em que tudo se afigurava perdido. Não é um feito – num grupo como este Portugal teria de ser considerado favorito ao apuramento directo -, mas antes um alívio. É uma nova vida para uma selecção que, nestas últimas partidas, voltou a reencontrar a sua identidade, e, de certa forma, recuperou a paixão do povo.
O jogo teve pouca história. O guião estava escrito à partida, e a dúvida residia apenas em saber a que minuto Portugal marcaria o primeiro golo.
Queiroz surpreendeu ao retirar Bruno Alves para fazer entrar Pepe (mantendo desse modo Pedro Mendes no onze), rendendo-se também à evidência de ter de trocar o sofrível Duda por Miguel Veloso (o lateral-esquerdo do Sporting e da Selecção para muitos anos, caso ele queira sê-lo).
Toda a primeira parte foi de grande pressão da Selecção Nacional, que mostrou não querer brincar com a situação favorável que se lhe apresentava por diante. Foi essa atitude – que terá faltado, por exemplo, no jogo de Braga com a Albânia – que tornou as coisas fáceis. O segundo golo, a fechar a primeira parte, seguido de um terceiro, á abrir a segunda, foram golpes demasiado profundos numa simpática Malta que nada tinha a perder nem a ganhar. O jogo acabou aí.
Queiroz pôde então poupar os amarelados, e a equipa limitou-se a aguardar pelo apito final, certa que estava da concretização do seu objectivo. O quarto golo apenas serviu para abrilhantar a noite, e agraciar o fantástico público de Guimarães, que tal como o da Luz no passado sábado, respondeu à chamada com fervor, patriotismo e esperança.
Segue-se um dramático Play-Off. Qualquer das equipas que nos pode calhar em sorte é superior à Hungria, e incomparavelmente mais forte que esta modesta Malta. Talvez a Eslovénia fosse o adversário ideal, mau grado a sua capacidade defensiva. A Irlanda, do nosso bem conhecido Giovanni Trappatoni, também poderá ser um bom adversário. Ucrânia (de Milevsky, Timoschuk e Shevchenko) e Bósnia-Herzegovina (de Ibisevic, Misimovic e Dzeko) serão de evitar.
Com a Selecção no seu melhor, os portugueses terão uma alegria. Veremos contudo como se encontram os jogadores nucleares da equipa portuguesa dentro de um mês, a começar por Cristiano Ronaldo.

1 comentário:

Peter disse...

Uma atitude positiva por parte da selecção, espero que esta atitude se mantenha no play-off.O Queiroz teve a coragem de sentar b.alves no banco e manter o pedro mendes.O nani teve bem, simão e cª.