ENCANTAR, MESMO CONTRA DOZE
Ao ver Nuno Gomes levantar o terceiro troféu da pré-temporada, após mais uma demonstração de poder individual e colectivo da equipa do Benfica, interroguei-me: como resistir à onda de euforia, quando se está perante algo que não se via há tantos anos?
Na verdade, o conjunto de Jorge Jesus caminha, dia após dia, jogo após jogo, para um nível qualitativo elevadíssimo, do qual nenhuma das últimas equipas do Benfica foi sequer capaz de se aproximar. Domina os jogos, impõe-se em campo, constrói lances maravilhosos de futebol, marca golos, e começa a ser capaz de impedir os adversários de jogar, obrigando-os a cometer erros e a perder bolas sucessivas.
Cada jogador do Benfica parece saber exactamente o que tem de fazer em campo, e nem a substituição de vários titulares retira organização ao conjunto. As individualidades crescem a olhos vistos, o desenho do jogo colectivo empolga, e a equipa ganha (mesmo a feijões, já lá vão três taças).
Mas nem tudo é ainda perfeito. Muito embora do meio-campo para a frente o Benfica já mostre um poderio e uma qualidade próprias de um sério candidato ao título, as laterais da linha defensiva oferecem ainda bastantes interrogações, sobretudo com esta paragem forçada de Maxi Pereira, que remete também para o lado direito os problemas que se verificavam à esquerda.
É de lamentar profundamente esta lesão, pois com Maxi o Benfica teria o seu onze mais ou menos definido, vendo-se agora Jesus com um problema complicado para resolver a duas semanas do início da competição. Patric foi precisamente o elemento de menor rendimento de todos que participaram neste torneio (e em toda a pré-época), e mostrou que, por agora, não é ainda opção credível para o lugar; ao passo que também Ruben Amorim não convenceu na função, parecendo um peixe fora de água quando teve de recuar no campo- dentro do plantel, talvez Miguel Vítor seja mesmo a melhor escolha, mas será sempre uma opção de recurso.
Faltando contratar um lateral-esquerdo, porque não esquecer César Peixoto e procurar um ambidestro, que no imediato suprisse a ausência do uruguaio, e posteriormente se posicionasse como alternativa para o flanco esquerdo, cedendo de caminho Patric a outro clube? Fica a sugestão.
O teste diante do Vitória de Guimarães era também importante para perceber se a capacidade de choque da equipa resistiria a um adversário de “faca na liga”, como são a maioria das equipas do nosso campeonato. A resposta foi positiva, ainda que se tenha de falar de uma arbitragem absolutamente desastrada, ao nível do pior que o futebol português nos apresentou nos últimos anos.
Efectivamente o jogo ficou marcado pela prestação de Jorge Sousa, que terá talvez decidido mostrar aos novos jogadores do Benfica aquilo que vão ter de enfrentar ao longo da época. Nessa medida pode até ter sido útil, mas, um penálti claríssimo e um livre perigoso por assinalar, agressões a Miguel Vítor e Di Maria que passaram impunes, um fora-de-jogo mal tirado a Cardozo quando seguia isolado para a baliza, uma dualidade de critérios quase anedótica na marcação de faltas e mostragem de cartões, e múltiplos equívocos na aplicação da lei da vantagem, foram demasiados casos para apenas noventa minutos de futebol, e todos eles em desfavor da mesma equipa. Assim, nem com Messi e Ronaldo será possível ganhar um campeonato em Portugal, pois como sabemos nem todas as equipas têm o mesmo tratamento.
Com outra arbitragem o Benfica teria goleado o V.Guimarães, assim como com outra arbitragem teria vencido o Atlético de Madrid na apresentação aos sócios. Ambas foram protagonizadas por árbitros portugueses, daqueles que têm medo de marcar faltas a favor do Benfica, e daqueles que infelizmente vamos ver, domingo a domingo, nos relvados lusos.
Se esta equipa encarnada é, creio bem, uma séria candidata a um percurso europeu notável, quanto ao campeonato nacional é de temer que possa vir a ser abatida por adversários violentos (incrível a forma como jogam, por exemplo, Flávio Meireles e Milhazes, que não se vê em nenhuma liga europeia), e por árbitros permissivos ou mesmo hostis. Pensando nisto, a euforia desfaz-se num sopro…
Na verdade, o conjunto de Jorge Jesus caminha, dia após dia, jogo após jogo, para um nível qualitativo elevadíssimo, do qual nenhuma das últimas equipas do Benfica foi sequer capaz de se aproximar. Domina os jogos, impõe-se em campo, constrói lances maravilhosos de futebol, marca golos, e começa a ser capaz de impedir os adversários de jogar, obrigando-os a cometer erros e a perder bolas sucessivas.
Cada jogador do Benfica parece saber exactamente o que tem de fazer em campo, e nem a substituição de vários titulares retira organização ao conjunto. As individualidades crescem a olhos vistos, o desenho do jogo colectivo empolga, e a equipa ganha (mesmo a feijões, já lá vão três taças).
Mas nem tudo é ainda perfeito. Muito embora do meio-campo para a frente o Benfica já mostre um poderio e uma qualidade próprias de um sério candidato ao título, as laterais da linha defensiva oferecem ainda bastantes interrogações, sobretudo com esta paragem forçada de Maxi Pereira, que remete também para o lado direito os problemas que se verificavam à esquerda.
É de lamentar profundamente esta lesão, pois com Maxi o Benfica teria o seu onze mais ou menos definido, vendo-se agora Jesus com um problema complicado para resolver a duas semanas do início da competição. Patric foi precisamente o elemento de menor rendimento de todos que participaram neste torneio (e em toda a pré-época), e mostrou que, por agora, não é ainda opção credível para o lugar; ao passo que também Ruben Amorim não convenceu na função, parecendo um peixe fora de água quando teve de recuar no campo- dentro do plantel, talvez Miguel Vítor seja mesmo a melhor escolha, mas será sempre uma opção de recurso.
Faltando contratar um lateral-esquerdo, porque não esquecer César Peixoto e procurar um ambidestro, que no imediato suprisse a ausência do uruguaio, e posteriormente se posicionasse como alternativa para o flanco esquerdo, cedendo de caminho Patric a outro clube? Fica a sugestão.
O teste diante do Vitória de Guimarães era também importante para perceber se a capacidade de choque da equipa resistiria a um adversário de “faca na liga”, como são a maioria das equipas do nosso campeonato. A resposta foi positiva, ainda que se tenha de falar de uma arbitragem absolutamente desastrada, ao nível do pior que o futebol português nos apresentou nos últimos anos.
Efectivamente o jogo ficou marcado pela prestação de Jorge Sousa, que terá talvez decidido mostrar aos novos jogadores do Benfica aquilo que vão ter de enfrentar ao longo da época. Nessa medida pode até ter sido útil, mas, um penálti claríssimo e um livre perigoso por assinalar, agressões a Miguel Vítor e Di Maria que passaram impunes, um fora-de-jogo mal tirado a Cardozo quando seguia isolado para a baliza, uma dualidade de critérios quase anedótica na marcação de faltas e mostragem de cartões, e múltiplos equívocos na aplicação da lei da vantagem, foram demasiados casos para apenas noventa minutos de futebol, e todos eles em desfavor da mesma equipa. Assim, nem com Messi e Ronaldo será possível ganhar um campeonato em Portugal, pois como sabemos nem todas as equipas têm o mesmo tratamento.
Com outra arbitragem o Benfica teria goleado o V.Guimarães, assim como com outra arbitragem teria vencido o Atlético de Madrid na apresentação aos sócios. Ambas foram protagonizadas por árbitros portugueses, daqueles que têm medo de marcar faltas a favor do Benfica, e daqueles que infelizmente vamos ver, domingo a domingo, nos relvados lusos.
Se esta equipa encarnada é, creio bem, uma séria candidata a um percurso europeu notável, quanto ao campeonato nacional é de temer que possa vir a ser abatida por adversários violentos (incrível a forma como jogam, por exemplo, Flávio Meireles e Milhazes, que não se vê em nenhuma liga europeia), e por árbitros permissivos ou mesmo hostis. Pensando nisto, a euforia desfaz-se num sopro…
6 comentários:
Vedeta, gosto muito das suas analises mas premita-me que discorde de si em relação ao Patric, vejo ali muito potencial (velocidade) e acho que o jogador é traido apenas pela ansiedade.
Lembro que o Scaffer ao fim de apenas dois jogos muitos diziam que não sabia defender e ontem foi só um dos melhores, calma nessas avaliações em pré época, do Maxi tb muitos disseram que nada valia, o Luisão idem e outros foram considerados estrelas e depois foi o que se viu (Beto).
Cps
Jorge de Sousa também em grande ao apitar por 3 vezes lances em que... a bola se manteve na posse da equipa que sofreu falta.
Foi assim na primeira parte, num passe de Nuno Gomes para Weldon, que se isolava; num outro em que a bola sobrou para Nuno Assis no meio campo ofensivo e, já na segunda parte, num lance em que Di Maria seguia sem oposição pela linha lateral (para amarelar Nuno Assis por protestos).
2 situações a prejudicar o Benfica, uma outra a prejudicar o Guimarães.
Todas elas, no entanto, a prejudicar o espectáculo e o futebol fluído.
E é aquele - DIZEM - o melhor árbitro português?
Ainda assim, acho que os árbitros ainda não estão "na melhor forma". Volto a afirmar que receio vivamente uma chuva de amarelos para o meio-campo benfiquista (Javi Garcia então, que se cuide). Temo que um "Benfica de pressão alta" seja algo inaceitável para os senhores do apito.
"Um cavalo nunca corre tão depressa como quando tem outros cavalos para perseguir". Ovidio.
O Jorge de Sousa foi o tal árbitro que disse, num café da terrinha, que quando o Benfica ganhava, nem conseguia dormir. Ora um árbitro que diz uma coisa destas, é porque odeia (é o termo correcto) esse clube. Neste caso o Benfica. Para além de não ser sério, pois é mentalmente corrupto, devia ser impedido de arbitrar, pelo menos os jogos do Benfica.
LF, tens razão em quase tudo o que dizes sobre os árbitros. No entanto, e já tive ocasião de falar sobre isto em outras ocasiões, quando eu vejo um problema, tento ver sempre a parte positiva. Sim, porque todos os problemas, sem excepção, para além de terem solução, têm também uma face positiva. Até os maiores criminosos, e os maiores actos criminosos, do mundo tiveram coisas positivas. Nem que fosse ensinar a evitar os mesmos males no futuro.
Por isso, o facto de os árbitros estarem de má-fé contra o Benfica, de ajuizarem os lances de uma maneira manhosa, de errarem de maneira camuflada, sempre em prejuízo do Benfica, só faz com que os jogadores do Benfica, FIQUEM MAIS FORTES. Faz com que o Benfica, a pouco e pouco, FIQUE MAIS FORTE. Essa é uma das leis da concorrência. E isso é o que tem acontecido nos últimos anos. O Benfica tem vindo a ser cada vez mais forte. E começa a notar-se.
A lei da concorrência diz que quanto mais fortes são os concorrentes, mais fortes os concorrentes se tornam. Embora seja de lamentar toda esta corrupção, olho ao mesmo tempo para ela com um sorriso nos lábios. Porque virá um dia em que isso irá acabar (isso é seguro) e todos aqueles que se aproveitaram da batota, dos "bluffs", da chantagem, da manipulação, para ganhar, e de truques, maroscas, esquemas de interesses, tráfico de influências, corrupções, subornos, etc., ficarão mais fracos. Porquê? Porque os clubes que o podiam tornar mais forte, estão mais fracos, ou desapareceram.
Por isso se diz que o fcp queima tudo à sua volta. É o que tem acontecido na cidade do Porto. Vejam o Salgueiros e o Boavista. Para salvar as peles de alguns, outros lixaram-se. Eles são tão mesquinhos, tão medíocres, tão tacanhos, estúpidos e sórdidos que são maus para eles próprios. Claro que, entretanto, têm enchido os bolsos à fartazana.
Eu li a entrevista do Al Capone ao jornal francês France-Football, se me não engano, e vi isso como um acto de desespero. Querem entrar para um liga europeia o mais depressa possível. Mas essa liga europeia ainda não existe, nem irá existir nos próximos tempos. Se o Benfica ganha os proximos 3-4 campeonatos, foi um ar que se lhes deu.
Ele sabe que está a chegar ao fim da linha. Quando esta situação acabar, e vai acabar, os corruptos não têm nada a que se agarrar. Tornando-se cada vez mais fracos, caem com estrondo. Como os dinossauros.
Saudações Benfiquistas
Falta referir o puxão a Di Maria na lateral esquerda, à entrada da área. Foi imenso tempo a ser puxado, caiu, e nada, segue o jogo, porque 3 pares de olhos não foram capaz de ver.
Deve andar alguém a ver quais os árbitros que merecem a titularidade no início do campeonato. Aqueles que estão em melhor forma e cumprem melhor as orientações do 'treinador'.
Este só sai da equipa se se lesionar.
Caro LF e amigos Benfiquistas corrijam-me se eu estiver errado este jorge de sousa não foi o árbitro do ano? Eu contínuo a dizer que apesar das excelentes exibições e bons resultados o de que eu tenho mais medo e não é de agora é das arbitragens e do conluio dos media com elas mais uma vez aquele vidrinhos (desculpem-me pq não sei o nome dele) da sportv branqueou inúmeras situações em que o Benfica foi prejudicado e só quando o Vítor Paneira intervia é que dava a mão á palmatória e mesmo assim até ao Vítor lhe passou algumas coisas ao lado.Nesta pré-época sempre que jogámos com árbitros portugueses fomos roubados mesmo vencendo e por uma ocasião perdendo.Depois da vergonhosa época passada parece que roda-o-disco e toca o mesmo.Preparem-se que eles estão de volta.Quanta á nossa equipa e embora seja muito cedo e ainda não tenhamos jogado a sério só posso dizer que está no bom caminho e que joga como há muito não se via.
Ainda n começou o campeonato ja se queixam das arbitragens, é para se irem habituando.
Tivessem dois penaltis absurdamente n assinalados como aqueles que o Hulk sofreu com o Atlanta e já estavam a decretar luto...
Enviar um comentário