QUEIROZ - a razão antes do tempo

"À semelhança do que alguém já escreveu, não compreendo porém a unanimidade que se criou em seu redor, como se de um D.Sebastião se tratasse, como se dele dependesse todo o futuro do futebol português, como se só ele o pudesse salvar.Recordo que Carlos Queirós, enquanto técnico principal de uma equipa sénior, tem o seu palmarés reduzido a uma Taça de Portugal e uma Supertaça de Espanha. Não conquistou mais nada. Falhou enquanto técnico do Sporting, acabando despedido, falhou enquanto treinador do galáctico Real Madrid (de Zidane, Figo, Raul etc), despedido sendo. Na selecção nacional A orientou duas campanhas de qualificação (para o Euro 1992 e Mundial 1994) não conseguindo nenhum apuramento, mesmo dispondo de Rui Costa, Paulo Sousa, Figo, Rui Barros, Rui Águas, Futre, Vítor Baía entre outros. Foi ainda despedido da selecção da África do Sul, e o resto da sua carreira, entre os títulos de sub-20 e os últimos anos como adjunto em Manchester, foi passada em clubes dos Estados Unidos, do Japão e afins.Trata-se de um cientista do futebol, de um cientista da formação – onde lhe reconheço todos os méritos -, de um homem sério, trabalhador, metódico e disciplinado. Daí a ser um treinador de top internacional vai alguma distância. Daí a ser uma espécie de homem providencial para o futuro da selecção nacional maior distância irá. (...) tenho consciência que os anos (e resultados) de Scolari dificilmente se irão repetir no futuro próximo, seja qual for o seleccionador. "
LF em 3 de Julho de 2008

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