FOI-SE O ANEL DA CHAMPIONS, FICOU O DEDO DA UEFA

É de algum modo estranho, seguir um Manchester United-Sporting da Liga dos Campeões, sabendo que, qualquer que seja o resultado, o efeito prático é idêntico. Foi o que aconteceu ontem, designadamente a partir do momento, ainda na primeira parte, em que se soube que a Roma vencia em Kiev por 0-3, afastando liminarmente qualquer cenário de apuramento para os leões, e garantindo-lhe, por outro lado, a repescagem para a Taça Uefa, tolhendo ao mesmo tempo o jogo de todo e qualquer interesse competitivo.
O Sporting fez uma boa primeira parte. Beneficiando de alguma apatia da equipa inglesa, chegou ao golo, podia ter marcado o segundo – marcou-o inclusivamente por Liedson, mas em posição de fora-de-jogo -, e foi evitando danos de maior na sua defesa.
Na segunda parte tudo foi diferente. Com as entradas de Tevez e Giggs, o Manchester assumiu o seu favoritismo, e partiu para cima do Sporting, intensificando a sua pressão à medida que os minutos iam correndo. Era uma questão de tempo até surgir o empate, o que veio a acontecer por intermédio de Carlitos Tevez.
Na ponta final do jogo, não tendo os Red Devils conseguido até aí marcar o segundo golo, parecia ser possível ao Sporting sair de Old Trafford com um feliz, mas honroso empate. Contudo, foi uma vez mais o “vilão” Ronaldo a trair a sua casa mãe e, com a ajuda da deficiente colocação do jovem Rui Patrício, selar a vitória do Manchester, repondo a natural hierarquia do jogo.
Não tem o Sporting motivos para chorar. Num grupo difícil, consegue o terceiro lugar, afinal o objectivo mais natural a que se podia propor. Tem, ainda antes da última jornada, a garantia de prosseguir no futebol europeu. Resta saber se terá plantel para aguentar as quatro (!) competições em que está inserido.

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