A Liga Portuguesa 2005-2006 de A a Z
A de ADRIAANSE – Depois de muita contestação, insultos e até agressões, o técnico holandês acabou por conseguir levar a água ao seu moinho, conquistando o título, marcando presença no Jamor, e silenciando os críticos. Cedo enveredou por um experimentalismo radical, a que os portugueses estariam pouco habituados. Prescindiu de Jorge Costa, Postiga, Diego, Nuno Valente e até, de certa forma, de Vítor Baía, atitudes que o fizeram comprar uma guerra com a poderosa claque oficial dos dragões. Para a história nada disso será relevante, mas sim um título ganho com todo o mérito, com poucos pontos perdidos, com bastante regularidade e ainda com a valorização de vários jogadores do plantel.
B de BENFICA – O anterior campeão evidenciou desde cedo uma irregularidade não compaginável com a revalidação dum título que, à partida, tinha tudo para se consumar. Mantendo a estrutura da época anterior, e reforçando-se no defeso com elementos de inegável qualidade (Nelson, Anderson, Leo, Karagounis ou Miccoli), a equipa de Koeman nunca chegou, estranhamente, a encontrar um modelo de jogo coerente, mau grado alguns brilharetes pontuais. A dada altura da temporada pareceu estabilizar, conseguindo sete vitórias consecutivas e não sofrendo golos, mas esse trajecto não teve continuidade. Não se pode contudo dissociar a prestação encarnada na liga doméstica, da excelente presença europeia que aglutinou esforços e vontades, e dispersou atenções e motivações, fez os adeptos sonhar, e não fosse o madrasto sorteio dos quartos de final poderia ter sido ainda mais faustosa. Com a saída do técnico holandês, o Benfica tem uma boa base de trabalho para um novo treinador, e poderá recuperar a rota que vinha a percorrer, e que lhe valeu um título e uma taça.
C de CASOS – Embora a arbitragem não tivesse sido tão criticada nesta edição da liga como na anterior, fruto de um maior equilíbrio então verificado, a verdade é que casos bastante estranhos foram-se sucedendo, de entre os quais se poderia destacar o golo do União de Leiria em Alvalade, que incrivelmente só um fiscal de linha não viu, um golo fantasma de César Peixoto frente à Académica, outro do Estrela em Barcelos, ou um penálti assinalado e depois emendado por Carlos Xistra no F.C.Porto-Marítimo, entre muitos outros erros claros que foram, aqui e ali, adulterando a classificação. Globalmente pode-se dizer que o Sporting (apesar da sua já tradicional postura contestatária) acabou por ser esta época a equipa mais bafejada pela sorte das arbitragens, vendo passar incólume uma série de grandes penalidades cometidas pelos seus centrais no primeiro terço da segunda volta, o que coincidiu justamente com o período da sua recuperação na tabela classificativa.
D de DIVISÕES – Se no Sporting as divisões se situaram no plano directivo e não interferiram no desempenho da equipa em campo - pelo menos desde que Peseiro e Dias da Cunha saíram de Alvalade - e no F.C.Porto afectaram o relacionamento entre técnico e claques, já no Benfica os episódios mais polémicos se passaram no interior do balneário. Karagounis e Luisão, Miccoli e Anderson, Luisão e Marcel, entre outros, protagonizaram episódios de aparente conflito à vista todos, e esses terão sido importantes contributos para o desagregar de um balneário, que no final da época anterior era verdadeiramente de betão.
E de ESTREIA – Paulo Bento estreou-se como técnico principal a meio desta temporada, e pode-se dizer com propriedade que constituiu uma enorme revelação. Não obstante a sua reiterada estratégia de pressão de arbitragens – manifestando de algum modo, também nesse aspecto, um profundo conhecimento das idiossincrasias do futebol português – o jovem técnico demostrou uma personalidade fortíssima, uma capacidade de liderança notável e conseguiu transformar, para melhor, um plantel bastante limitado, levando-o com todo o merecimento à entrada directa na liga dos milhões. A próxima época poderá confirmar todas as capacidades que esta revelou.
F de F.C.PORTO – Foi o justo campeão, e como tal não podia deixar de figurar neste balanço. Já se falou de Adriaanse – e este Porto tem indelevelmente a sua impressão digital – mas a equipa foi também um grupo de jovens e talentosos jogadores, como Quaresma, Pepe, Meireles entre outros, conjugados com a classe e o comando do argentino Lucho Gonzalez e, na fase final, também com a eficácia goleadora de Adriano. Não foi brilhante mas foi regular, não vacilou no momento decisivo e merece o título. Fica todavia por saber o que teria sido a temporada portista, se porventura tem ido mais longe, como decerto desejaria, na Champions League.
G de GOLOS – Golos foi o que não houve em abundância nesta competição. A média global baixou drasticamente, e nas últimas jornadas foi frequente ver, em nove jogos, um pobre pecúlio de onze ou doze golos. Mau futebol e pouca eficácia foram as notas dominantes desta liga, que teve desde cedo um número inusitado de equipas lutando apenas pela permanência no escalão principal.
H de HELTON – Protagonizou uma das surpresas da temporada, ao remeter o consagrado e idolatrado Vítor Baía para o banco de suplentes. Mesmo com essa enorme sombra atrás de si, conseguiu tornar-se num dos pilares do título azul e branco, revelando-se um dos melhores guarda-redes a actuar no nosso país.
I de INVERNO – Foi no mercado de inverno que o Benfica comprometeu, em parte, a sua época. A intenção era boa, ao aproveitar os dividendos do apuramento na primeira fase da Liga dos Campeões para dotar a equipa de um plantel mais denso, capaz de resistir ao desgaste das três competições em que nessa altura participava. Os reforços foram extremamente elogiados pela imprensa na altura, e criou-se a ideia de que o Benfica, mais cedo ou mais tarde, iria chegar facilmente ao primeiro lugar. Na verdade jogadores como Marcel, Marco Ferreira e Manduca pouco trouxeram ao futebol da equipa, mas sobretudo o apagado desempenho de Laurent Robert, agravado por notícias acerca do seu milionário vencimento, e a telenovela em torno da contratação do guarda-redes Moretto, a quem Koeman atribuiu inexplicavelmente a titularidade, sem que quase tivesse treinado com a equipa, originaram polémica, quer fora, quer dentro do clube, acabando por revelar-se autênticos tiros no pé das ambições benfiquistas.
J de JOÃO MOUTINHO – Não começou bem a temporada mas com o decorrer da liga, e sobretudo após a chegada de Paulo Bento ao comando da equipa, o jovem algarvio arrancou para um belíssimo desempenho, onde nem sequer faltaram os golos. Poderá não estar no mundial em virtude da sua influência na selecção de sub 21, mas decerto que tem um lugar assegurado na selecção principal para a próxima década. Também fora dos relvados se revelou um jovem extremamente maduro e senhor de si, o que deixa total garantia de se tratar de um elemento de larguíssimo futuro no futebol nacional e internacional. Um verdadeiro craque.
K de KOEMAN – Agora que saiu, é possível fazer um balanço mais frio daquilo que foi o seu trabalho na Luz. Nunca conseguiu organizar a equipa em campo, perdeu-se em declarações pouco prudentes e que acabaram por servir apenas para dar força aos adversários, e contribuiu com opções incompreensíveis para o desagregar de uma mística que tinha renascido com Camacho e que Trapattoni soube muito bem aproveitar. Deixou sempre a sensação de conhecer muito mal o futebol português, a história recente do Benfica, e alguns dos jogadores que tinha ao dispor, algo que nem após um ano de trabalho conseguiu ultrapassar devidamente. No outro lado da moeda, conseguiu armar muito bem os jogos internacionais (para os quais é fácil motivar os jogadores, diga-se) proporcionando ao clube uma caminhada muito bem conseguida na principal competição da Europa, chegando a dar a sensação de que o sonho de uma nova final seria possível, o que não se deve desprezar. Saiu pela porta da frente, deixando gratos elogios ao clube. Que seja feliz.
L de LUCHO GONZALEZ – Vinha rotulado de craque e pode-se dizer que não desiludiu. Foi de uma regularidade impressionante, tornando-se inclusivamente o melhor marcador dos portistas. Não fosse alguma lentidão de processos, estaríamos perante um dos melhores jogadores do mundo. Claramente acima da média, neste nosso pobre campeonato.
M de MORETTO – Foi uma das estrelas da primeira volta, quando esteve largas centenas de minutos sem sofrer golos num Vitória de Setúbal onde por vezes nem salário recebia. A sua bombástica contratação pelo Benfica fez cair sobre ele uma pressão inusitada, e entrou na Luz como um fora-de-série que de facto não era. Koeman poderia tê-lo protegido aos primeiros sinais de intranquilidade, ganhando o seu futuro, e também a confiança e o respeito de Quim e do restante plantel. O técnico holandês insistiu nele até ao absurdo e o último jogo em Paços de Ferreira foi apenas mais um triste capítulo desta sua epopeia de águia ao peito. Nas competições europeias teve momentos de brilhantismo (nomeadamente um penálti defendido de Ronaldinho Gaúcho), o que mostra que tem valor. Mas nunca justificou uma titularidade tão persistente. Ficou com pouco espaço para integrar a equipa no próximo ano.
N de NACIONAL DA MADEIRA – Foi a equipa sensação da primeira metade da prova, e chegou a dar a sensação de se poder imiscuir na luta pelos lugares de acesso à Liga dos Campeões. Na sequência de algumas declarações desajustadas do seu presidente (que poderão ter criado uma pressão adicional no grupo de trabalho), e do desgaste de um plantel com poucas opções de banco, a equipa madeirense foi caindo, acabando no entanto por assegurar, in-extremis, um merecido lugar na Taça Uefa. O desempenho nacionalista confirmou também as potencialidades de Manuel Machado, um dos melhores treinadores da futebol português da actualidade.
O de ORDENADOS EM ATRASO – Nota dominante em muitos períodos desta temporada foram as constantes notícias de salários em atraso, sobretudo em em grande parte dos clubes da Liga de Honra, mas também em alguns da Liga principal. O caso mais significativo foi o do Vitória de Setúbal, que a venda de Moretto acabou por disfarçar. Depois também se falou do Boavista, Marítimo, Rio Ave, Académica, Belenenses, Estrela da Amadora e até do Sporting. Dez anos depois da implementação das SAD’s, na altura apresentadas como a solução para todos os problemas do futebol português, o panorama não podia ser mais sombrio, com um grande número de clubes a afundarem-se perante modelos competitivos completamente desajustados da dimensão do país, e formas de gestão arcaicas e irresponsáveis. Veremos até quando esta enorme avestruz se consegue manter com a cabeça debaixo de uma areia cada vez mais movediça.
P de PINTO DA COSTA - Teve uma época em cheio, conquistando um título no qual apostou muito forte, de forma inclusivamente pessoal e extremamente arriscada, e quase em simultâneo viu sair-lhe de cima o pesado fardo do processo Apito Dourado, que o atormentara no ano anterior. Um autêntico Jackpot, que pode indiciar estarmos perante mais uma vida deste histórico “gato” do futebol português.
Q de QUARESMA - Começou a época no banco, mas desde pronto se assumiu como um elemento preponderante no ataque da sua equipa. Durante várias jornadas inundou os estádios portugueses com a sua classe, as suas prodigiosas assistências e alguns golos de compêndio, chegando a ser considerado por muitos como o melhor jogador da liga. Apagou-se na ponta final, o que voltou a levantar dúvidas sobre a sua presença no mundial da Alemanha, dado que também o europeu de sub-21 clama pela sua presença. Ainda assim, juntamente com Lucho, Luisão, Simão, Liedson e Moutinho, foi uma das estrelas máximas da Liga.
R de REVELAÇÕES – Os limites do abecedário não permitem uma referência exaustiva a todos os nomes que se revelaram nesta prova. Contudo, não se pode deixar de mencionar Nani (sensacional jogador), Nelson (soberba primeira volta), Tonel (sempre muito seguro e forte no jogo aéreo), Raul Meireles (táctica e tecnicamente um elemento valiosíssimo), Paulo Assunção (o pêndulo do F.C.Porto), Pepe (um dos melhores centrais da liga) e Léo (mau grado a sua idade, chegou a deslumbrar) como os jogadores que mais surpreenderam durante a temporada . Entre os treinadores nota de realce para a afirmação de Jorge Jesus e sobretudo para a revelação absoluta de Toni. Na ponta final é de salientar também os trabalhos do estreante Paulo Alves e de Horácio Gonçalves, que conseguiram, contra todas as previsões, salvar as suas equipas da Liga de Honra.
S de SPORTING – Quando à entrada para as últimas quinze jornadas, o Sporting se encontrava em sexto lugar com cinco derrotas e quatro empates, a seis pontos do Benfica e a nove do F.C.Porto, ninguém imaginaria que semanas depois estivesse a discutir o título palmo a palmo. Uma impressionante sequência de dez vitórias seguidas, iniciada em pleno Estádio da Luz, durante a qual apenas sofreu dois golos, ambos de penálti, foram o ponto alto da época leonina. A equipa conseguiu alhear-se de toda a convulsão directiva em que o clube se foi deixando enlear, e denotou dentro do campo uma alma, uma organização, uma disciplina e uma força de vontade, que atestam vigorosamente os méritos do seu jovem técnico. Já nenhum adepto do Sporting se recordará dos tempos de Peseiro, dos constantes casos disciplinares, nem da humilhação perante o Halmstad. Os leões partem para a nova época com um capital acrescido de confiança. Mas a presença na Champions não é suave, e exige muito mais do que uma equipa esforçada e disciplinada. Exige por exemplo um banco de suplentes à altura do onze titular, coisa que a equipa de Paulo Bento ainda não tem.
T de TÁCTICAS – Depois de um ano marcado pelo realismo italiano de Trapattoni, pelo seu futebol cínico de contra-ataque e de menosprezo pela posse de bola, por antagonismo com um Sporting de Peseiro, plasticamente sumptuoso, mas deficitário em capacidade de choque e nas transições defensivas, tivemos esta época nos treinadores holandeses que por cá trabalharam, elementos de estudo interessantes no que à cientificidade do futebol diz respeito. Muito deram que falar os três defesas de Adriaanse, que afinal eram quatro (nos jogos mais importantes Paulo Assunção funcionou como quarto central), e os quatro avançados quer do F.C.Porto, quer em muitos jogos do Benfica (apenas com Manuel Fernandes e Petit no meio campo). Dos três grandes, o que menos "inventou" foi Paulo Bento, aplicando com pragmatismo um meio campo em losango (inspirado no F.C.Porto de José Mourinho) e dois pontas de lança, indo de encontro às principais características do plantel de que dispunha, e com isso foi quem melhor terá rentabilizado os recursos. Adriaanse foi determinado e persistente nas suas ideias, e acabou por vencer, Koeman, periclitante e inseguro, foi o maior derrotado. Uma das curiosidades que fica para a próxima época, será a de verificar como se poderá adaptar ao futebol internacional o modelo, entretanto já rotinado, de Co Adriaanse.
U de ÚLTIMOS – Com dois terços das equipas a lutar desesperadamente contra a descida de divisão durante jornadas a fio, este campeonato foi de certo modo uma autêntica Liga dos Últimos. O resultado prático deste facto foi um futebol paupérrimo, pouquíssimos golos, tácticas ultra-defensivas e anti-jogo generalizado.
V de VITÓRIA DE GUIMARÃES – Se o Belenenses foi uma desilusão de última hora, o também histórico clube vimaranense desde o início demonstrou uma série de problemas que acabaram por culminar numa dramática descida para a Liga de Honra, algo que não acontecia há muitas décadas. Um plantel mal estruturado, com demasiados criativos, sem jogadores para as alas, e com pouca capacidade de combate, constituíram o pecado original dos minhotos. A partir de certo momento se percebeu que também o ambiente interno não era o mais saudável. Jaime Pacheco deixou o clube e Vítor Pontes parecia o homem indicado para encetar a recuperação, mas o que é certo é que nunca conseguiu fazer o clube sair da linha de água, nem pareceu ser capaz de motivar um plantel a cada semana mais destroçado em termos anímicos. Nas últimas jornadas a intranquilidade instalou-se entre jogadores, treinador e adeptos, e as hipóteses de salvamento esfumaram-se. O Vitória minhoto, com as condições que tem, irá seguramente voltar para o convívio dos grandes dentro de um ano.
X de XADREZ – O Boavista foi outra das muitas desilusões desta liga. Uma sequência de sete vitórias consecutivas (quase sempre sob a batuta de um renascido João Vieira Pinto) gerou a expectativa de reaparecimento de um “Boavistão” capaz de se bater pelos primeiros lugares. No fim das contas nem a presença na Uefa conseguiu segurar, fruto de alguns resultados decepcionantes na fase final da competição, de um desinvestimento no plantel no mercado de Janeiro, e também, ao que se sabe, de alguma instabilidade interna resultante do célebre ditado popular que diz que em “casa onde não há pão, todos ralham mas ninguém tem razão”. O técnico Carlos Brito, sempre muito intranquilo, é talvez quem sai mais chamuscado desta fogueira que foi o Boavista 2005-2006. Vem aí um novo ciclo com Jesualdo Ferreira.
Z de ZONA CENTRO – A tremenda crise económica em que vivemos, e à qual o futebol obviamente não escapa, tem deixado as suas marcas na configuração geográfica da liga portuguesa. O futebol é uma industria que carece de investimentos significativos (designadamente em publicidade ou afins), e naturalmente acompanha a tipologia da estrutura empresarial das respectivas regiões. Os anos setenta e o período pós-revolucionário marcaram o declínio, até agora irreversível, das equipas de uma margem sul do Tejo economicamente assente na tradicional indústria pesada (chegaram a estar ou passar pela primeira divisão V.Setúbal, Montijo, Barreirense, CUF, Seixal e Unidos), e paralelamente incrementaram o poder das áreas de pequena e média indústria do grande Porto e Vale do Ave. Esta realidade parece agora estar em vias de ser alterada. Varzim, Salgueiros, Leixões, Riopele, Famalicão, Tirsense, Vizela, Moreirense, Feirense, Espinho ou Felgueiras, com passagens mais ou menos conseguidas pela primeira divisão, estão agora remetidos para escalões secundários ou mesmo desaparecidos do mapa futebolístico nacional. A eles se juntaram este ano Rio Ave e Penafiel, sendo que V.Guimarães é um caso especial, e Gil Vicente e Paços de Ferreira conseguiram evitar a despromoção na última jornada.
Pelo contrário, quem parece estar a querer emergir nesta conturbada fase do futebol nacional, com uma representatividade crescente na liga principal, é a zona centro do país. Aos Naval, União de Leiria e Académica, junta-se na nova época o Beira-Mar. Quatro equipas, num total de apenas dezasseis, do curto espaço de território compreendido entre Leiria e Aveiro, podem ser apenas mera coincidência, mas também podem constituir a génese de uma nova estruturação geográfica do nosso campeonato, respondendo a uma realidade económica na qual vão perdendo força os apoios resultantes de envolventes industriais alicerçadas na exploração de mão de obra pouco qualificada e barata, arcaísmo produtivo, pouca ou nenhuma inovação, e frequentemente também trabalho infantil, em muitos casos verificáveis nas tradicionais industrias têxteis e de calçado mais a norte do país, sectores em profunda degradação fruto também da fortíssima concorrência asiática, para darem lugar a pólos de modernização industrial de carácter predominantemente inovador, ligados frequentemente às novas tecnologias, onde o sentido empreendedor floresce, e que parecem, grosso modo, situar-se numa órbita geográfica mais a centro do nosso território. Os próximos anos vão com certeza confirmar ou desmentir esta tendência.
11 comentários:
Com excepção do C de casos, onde o teu anti-sportinguismo primário vem à tona, parece-me bem....
Anti-Sportinguismo primário ???!!!????
Leste os J de João Moutinho , o E de Estreia dedicado a Paulo Bento e o S de Sporting ??????
Excelente análise, concordo com quase tudo
Excelente análise, excelente trabalho, demonstrando aplicação,gosto de agradar e de ser perfeito. Muito bom mesmo!
Muito obrigado pelas vossas lisonjeiras palavras
Não falta muito para o GRANDE LEIXÕES voltar ao local que merece e onde esteve por muitos anos a SUPERLIGA
Esteve sim senhor, e saíram de lá grandes jogadores.
Paralelamente ao Barreirense a sul, o Leixões a norte era um dos mais fortes viveiros do nosso futebol.
Quem sabe no próximo ano ?...
Porque não o Luisão no L em vez do Lucho ?
Pela sondagem é ele que vai à frente
Julgo que Luisão se destacou mais na Liga dos Campeões do que em termos nacionais.
De qualquer modo seria uma boa hipótese.
"C - (...) Globalmente pode-se dizer que o Sporting (apesar da sua já tradicional postura contestatária) acabou por ser esta época a equipa mais bafejada pela sorte das arbitragens, vendo passar incólume uma série de grandes penalidades cometidas pelos seus centrais no primeiro terço da segunda volta, o que coincidiu justamente com o período da sua recuperação na tabela classificativa."
Eheheheheh
Os 4 jogos seguidos q ganhou a sua agremiação des+portiva com penalties inexistentes, golos anulados ao adversario limpos, golos de pé em riste, etc, não contam...
AHAHAHAHAHAHAHAH
O campeão seria o mesmo sem erros de arbitragem.
Se Deus quiser teremos três equipas na champions.
E agora é hora de união: viva a selecção !!
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