DRAMA NO EL MADRIGAL

Foi cruel a forma como os espanhóis do Villareal se viram afastados da final da Champions League.
Depois de um jogo que dominaram por inteiro e durante o qual criaram diversas ocasiões de golo, acabaram por desperdiçar uma grande penalidade a um minuto dos noventa, que permitiria levar a decisão para um prolongamento no qual poderiam fazer valer a vantagem anímica do factor casa. Quis o destino que fosse a sua mais cintilante estrela, o argentino Riquelme (fabulosos pés mas alguma lentidão), a falhar o penálti. É assim o futebol.
Não podemos esquecer contudo, que o Villareal na primeira mão em Highbury Park demonstrou algum défice de ambição, defendendo estranhamente um venenoso resultado de 0-1 até final do jogo, o que, como agora se viu, se lhe revelou fatal. No conjunto das duas mãos as equipas acabaram portanto por se equivaler, sobressaindo o factor sorte.
Ainda assim, fica uma nota francamente positiva para este pequeno clube de uma pequena povoação perto de Valência que, impulsionado pelos euros da Pamesa de Roig e por um rigoroso e circunspecto técnico chileno, apresentou à Europa, entre jogadores já consagrados como o referido Riquelme, Sorin ou Diego Forlán, alguns outros até agora pouco mais que anónimos no futebol internacional como Javi Venta, Marcos Senna, Arruabarena ou o mexicano Guillermo Villa, que Portugal terá de enfrentar no mundial da Alemanha.
Tal como o Benfica, este Villareal caiu bem de pé nesta edição da Liga dos Campeões.

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