Sempre convosco. Nas horas boas e, sobretudo, nas horas más.
A dor também faz parte da paixão clubista. Não morreu ninguém, e no domingo há outro jogo.
Houve muitas coisas más, muitos erros, muitos equívocos - desde logo técnico-tácticos. Mas não há nada a apontar ao profissionalismo dos jogadores.
Há problemas na constituição do plantel (faltou contratar um central, e a saída de Mitroglou não foi colmatada por um outro ponta-de-lança de raiz, que, diga-se, são espécie rara, por isso devem ser bem agarrados), houve neste caso também problemas na constituição do onze (Ruben Dias, Salvio, Seferovic), mas o principal problema deste Benfica tem a ver com a dinâmica colectiva da equipa - que fica frequentemente bloqueada, sem conseguir reagir. Já na ponta final da temporada passada houvera sinais de esgotamento táctico. Agora são evidentes, sem que, do banco, se veja qualquer solução.
Há jogadores que correm, correm, mas não rendem, nem se valorizam (Jimenez e Rafa os casos mais flagrantes). Outros que são bloqueados em campo, ficando sem guião alternativo (Pizzi, por exemplo). A linha defensiva não sabe como se posicionar nem como se coordenar. Enfim, há muito a rever nesta equipa e nos seus mecanismos colectivos, mas há que fazê-lo com sensatez, sem estados de alma, e com muito benfiquismo.
Continuo a acreditar no Penta. O plantel ainda assim é forte (o melhor em Portugal), e a estrutura de apoio também.