RAZÕES DE FÉ



1980-81 (Baroti), 30 jornadas (dois pontos por vitória)


Classificação à 13ª jornada:


BENFICA 23 pts (34, no modelo actual)


FC Porto 19 pts (27, no modelo actual)


Sporting 15 pts (20, no modelo actual)


Classificação à 22ª jornada:


BENFICA 39 pts (57, no modelo actual)


FC Porto 37 pts (54, no modelo actual)


Sporting 28 pts (39, no modelo actual)


23ª jornada: BENFICA-FC PORTO


No modelo actual, Benfica perdeu 4 pontos de vantagem antes do clássico


Resultado: 1-0


Campeão: BENFICA




1986-87 (Mortimore), 30 jornadas (dois pontos por vitória)



Classificação à 25ª jornada:


BENFICA 44 pts (62, no modelo actual)


FC Porto 38 pts (54, no modelo actual)


Sporting 33 pts (46, no modelo actual)




Classificação à 28ª jornada:


BENFICA 47 pts (65, no modelo actual)


FC Porto 44 pts (63, no modelo actual)


Sporting 37 pts (52, no modelo actual)




29ª jornada: BENFICA-SPORTING




No modelo actual, Benfica perdeu 6 pontos de vantagem antes do clássico




Resultado: 2-1




Campeão: BENFICA



1993-94 (Toni), 34 jornadas (dois pontos por vitória)








Classificação à 20ª jornada:



BENFICA 34 pts (49, no modelo actual)



Sporting 31 pts (45, no modelo actual)



FC Porto 28 pts (39, no modelo actual)









Classificação à 29ª jornada:



BENFICA 47 pts (67, no modelo actual)



Sporting 46 pts (67, no modelo actual)



FC Porto 44 pts (62, no modelo actual)










30ª jornada: SPORTING-BENFICA



No modelo actual, Benfica perdeu 4 pontos de vantagem antes do clássico



Resultado: 3-6






Campeão: BENFICA


2004-05 (Trappatoni), 34 jornadas







Classificação à 27ª jornada:




BENFICA 54 pts




Sporting 48 pts




FC Porto 48 pts








Classificação à 32ª jornada:




SPORTING 61 pts




Benfica 61 pts




FC Porto 58 pts








33ª jornada: BENFICA-SPORTING




Benfica perdeu 6 pontos de vantagem antes do clássico




Resultado: 1-0






Campeão: BENFICA

2009-10 (Jesus), 30 jornadas







Classificação à 10ª jornada:



SP.BRAGA 25 pts



Benfica 25 pts



FC Porto 20 pts







Classificação à 13ª jornada:



SP.BRAGA 30 pts



Benfica 30 pts



FC Porto 29 pts







14ª jornada: BENFICA-FC PORTO





Benfica perdeu 4 pontos de vantagem antes do clássico





Resultado: 1-0






Campeão: BENFICA












2011-12 (Jesus), 30 jornadas














Classificação à 18ª jornada:














BENFICA 48 pts














FC Porto 43 pts














Sp.Braga 40 pts















Classificação à 20ª jornada:














FC PORTO 49 pts














Benfica 49 pts














Sp.Braga 46 pts














21ª jornada: BENFICA-FC PORTO














Benfica perdeu 5 pontos de vantagem antes do clássico














Resultado: ?-?














Campeão: ?






CONCLUSÃO: Estão aqui representados 5 dos últimos 9 títulos do Benfica. Ou, quem sabe, 6 dos últimos 10? De qualquer forma, uma maioria. Em todos estes casos, o Benfica desperdiçou vantagens pontuais importantes antes de grandes clássicos. Em todos estes casos, o Benfica venceu esses clássicos, sagrando-se depois campeão nacional. Será que a história não pode repetir-se uma vez mais?

BRILHANTINA





"Fw: Arbitro SLB-FCP Urgente!!


"No domingo passado eu e a minha namorada fomos às compras no Shopping Dolce Vita. Faltavam poucos minutos para acabar o jogo, FCPorto-Feirense, e decidimos ir embora para não apanhar a confusão dos adeptos a saírem do estádio. Quando íamos em direcção ao meu carro, estacionado junto ao Dragão Caixa, vejo sair do estacionamento subterrâneo do estádio, um BMW, com o Sr Pedro Proença no banco de passageiro da frente. Estranhei esse facto por este arbitro não ser habitante da cidade do Porto, e até comentei que seria engraçado se ele fosse o nomeado para o jogo de sexta-feira.
Hoje fiquei sem reacção, quando soube pelo jornal a Bola que este tinha sido o escolhido. A sua aparição no Dragão pode até não ter nada a ver com as nomeações, mas é tudo muito estranho... cheira-me a algo de errado! Obrigado pela atenção."




Seria bom que o próprio Pedro Proença desmentisse o conteúdo do e-mail que acima reproduzo, e que foi enviado às redacções de alguns jornais por um leitor devidamente identificado.


Caso isto não seja desmentido rapidamente, tomarei o relato por verdadeiro, e, como tal, bastante preocupante.






Ao contrário de muito boa gente, nunca confiei em Pedro Proença, que já afastou (ou tentou afastar) o Benfica da luta pelo título em diversas ocasiões.


Em 2002 (arbitragem inqualificável num Boavista-Benfica, com dois penáltis escamoetados aos encarnados); em 2004 (com um penálti assinalado a simulação de Elpídio Silva no Benfica-Sporting); em 2005 (uma das piores arbitragens de que me lembro no futebol português, em Penafiel, na ante-penúltima jornada, com quatro penáltis por assinalar a favor do Benfica); em 2006 (num Benfica-Belenenses, que terminou zero a zero, e em que deixou passar uma grande penalidade evidente cometida sobre Nuno Assis); em 2009 (com o famoso lance entre Yebda e Lisandro); em 2010 (penálti claro por marcar no Benfica-Sp.Braga, por mão de Rodriguez); em 2011 (logo na segunda jornada, mais dois penáltis surripiados ao Benfica, na Choupana); e já esta época, com o penálti assinalado em Braga, a Emerson. Quase sempre que apitou a equipa encarnada, o árbitro lisboeta foi protagonista, pelas piores razões.


Desde 2002, em 8 jogos decisivos, ou muito importantes, Pedro Proença escamoteou 10 grandes penalidades (!!!!) ao Benfica, assinalando mal, nalguns casos de forma grosseia, 3 penáltis contra o clube de que dizem ser sócio (o que, ou é mentira, ou parece apenas uma mera manobra de diversão). Isto contrasta com o facto de nunca, mas mesmo nunca, Proença se ter equivocado em favor dos encarnados.


Se tudo isto não justifica uns valentes murros levados no "Colombo", justifica, pelo menos, muita desconfiança, e muita apreensão.

TIRO AO LADO

Se me perguntarem se faz sentido disputar um jogo decisivo para o título apenas algumas horas depois de compromissos das selecções, responderei que não.


O problema para mim não se coloca, porém, na data do clássico da Luz – a única possível tendo em conta o também importantíssimo jogo europeu do Benfica. O problema está, e já o disse aqui algumas vezes, nos próprios jogos das selecções, marcados para uma altura totalmente despropositada.


A FPF não tem culpa, e Paulo Bento muito menos. Aproveitam, e bem, a data posta à disposição pela FIFA. Aliás, o problema maior nem será o jogo de Portugal, onde poucos jogadores do FC Porto, e ainda menos do Benfica, marcarão presença.


O que não faz sentido é, em termos genéricos, enfiar, à força, jogos amigáveis de selecções, sem qualquer interesse competitivo, no meio do ponto alto da época clubista, quando estão em causa provas de milhões, e quando a atenção dos adeptos está completamente centrada nas ligas nacionais e europeias. Um jogo de selecções, representa, neste momento, apenas entulho para a cabeça dos fãs, significando um total anti-climax na respectiva paixão pela modalidade. É uma estranha lógica de anti-futebol, que a própria FIFA promove, não se percebendo bem porquê.


E escrevo isto sendo um adepto do futebol de selecções (os europeus, e, sobretudo, os mundiais, fazem parte do meu imaginário futebolístico mais profundo), e, em particular, um adepto da selecção portuguesa. Em Junho, sem clubes, serei até capaz de fazer o difícil exercício mental de torcer por uma equipa onde, no centro da defesa, estará Bruno Alves. Agora, não o consigo, nem o quero fazer. Não quero saber para nada deste Polónia-Portugal, e para mim esta será uma semana sem futebol. Até sexta-feira, naturalmente.


Fosse eu que mandasse, e até os jogos de qualificação seriam disputados em Junho - no ano antes das respectivas fases finais, e eventualmente depois de pré-eliminatórias que nos poupassem aos enfadonhos compromissos com Luxemburgos e Liechtensteins -, ou, na pior das hipóteses, em fins de semana da primeira metade dos campeonatos. De Fevereiro a Maio, no meio de decisões de importância vital (como é agora o caso) é completo absurdo interromper a dinâmica do futebol de clubes.




É claro que Pinto da Costa, e o FC Porto, de pronto aproveitaram para virar o caso a seu favor, encontrando nele um alimento extra à aglutinação de tropas. Culpando o Benfica, consequentemente vitimizando-se a si próprios, chegaram àquilo que queriam: um tónico de revolta para enfrentar os "infiéis".


Já vimos este filme muitas vezes. Se não fosse a data do jogo, seria a zona de segurança, ou outra coisa qualquer. Nem que tivessem de levar uma conveniente pedrada no vidro do autocarro. O que era necessário era entrar em campo com o sentimento de vingança bem aceso.


Talvez consigam. Espero é que isso não lhes chegue para ganhar o jogo.

BEM ESCOLHIDOS

Não deixa de ser curioso, mas os vencedores do prémio Cosme Damião nas categorias de jogador e treinador, foram justamente aqueles que eu distingui, há dois meses, na minha página do jornal do clube, como figuras do ano, no futebol e nas modalidades respectivamente.



Parabéns a Pablo Aimar, a Luís Sénica, e aos restantes premiados. E também um abraço muito especial a Fernando Chalana (prémio especial carreira), que muito admirei no passado, pelo seu talento (foi ele o "Eusébio" da minha geração), e que muito admiro no presente, pela sua grande humildade - infelizmente, nem sempre assim tão comum no mundo do futebol profissional.

NOME GRANDE

Em criança, o meu Pai falava-me de Jaime Graça. E os jogadores de que o meu Pai me falava (Jaime Graça, Arsénio, José Águas, Eusébio, Rogério, Chico Ferreira ou Coluna), são, mais do que quaisquer outros, a razão de ser do meu benfiquismo, e da minha paixão pelo futebol.

Nunca o vi jogar, mas sou do Benfica, também, por causa dele.

TOQUE A REBATE

Bastantes horas decorridas sobre o jogo de Coimbra, a ressaca começa a dissipar-se.




Já critiquei, já condenei, já barafustei, já desabafei, mas agora tudo isso é passado. Há mágoas por resolver, mas ficarão para outros carnavais.




O Benfica vai decidir a sua época entre sexta e terça-feira, precisando do apoio de todos. E, como sempre, nos grandes momentos, poderá também contar comigo.




É importante que toda a família benfiquista se una para estes dois jogos, e que, sobretudo durante os mesmos, reaja de forma positiva a qualquer golpe de infortúnio (por exemplo, um golo sofrido) que possa eventualmente atingir a equipa. A Luz vai ter de ser, mais do que nunca, um verdadeiro inferno, e, por entre sangue, suor e lágrimas, o Benfica vai mesmo ter de ganhar ao FC Porto e ao Zenit, para recolocar a sua temporada (e até, de certa forma, esta fase da sua história) no caminho do êxito.




Até à próxima semana, não me ouvirão qualquer crítica, qualquer reparo, ou qualquer manifestação de cepticismo. Apenas apoio, forte e incondicional. E também fé, daquela que não se explica, nem tem de se explicar.




Benfica sempre!










NOTA: foto retirada de Coluna das Águias Gloriosas

CLASSIFICAÇÃO REAL

Já escrevi tudo o que penso sobre o momento do Benfica, e sobre a forma inqualificável como entregou a excelente vantagem que tinha no campeonato. É altura de dizer também, que houve gente a ajudar a essa festa.


ACADÉMICA-BENFICA

A primeira vez que vi este árbitro actuar foi num jogo de apresentação contra o Atlético de Madrid, na primeira época de Jesus, e a forma como então prejudicou o Benfica (assinalando, entre outras coisas, um penálti inexistente a favor dos espanhóis) apresentou-o desde logo também a ele.

Depois disso, recordo um penálti completamente absurdo marcado também na Luz, contra os encarnados, em jogo com o Rio Ave da temporada passada (a uma bola que bateu na barriga de, creio, David Luiz); e já esta época, um outro penálti, este mais duvidoso, no FC Porto-V.Guimarães, em lance protagonizado por James Rodriguez.

Resulta daqui a ideia de que o problema deste árbitro tem sido o de marcar penáltis por “dá cá aquela palha”, onde existem e onde não existem. Mais ainda se estranha o que se passou em Coimbra.

Vou deixar de lado os foras-de-jogo mal tirados a Aimar, na primeira parte, e a Bruno César, nos instantes finais, em lances que poderiam causar bastante perigo. Também poderia dar de barato o corte com o braço do defesa da Académica (cujo movimento denuncia a intencionalidade), logo aos 7 minutos, após cruzamento do mesmo Bruno César. Já a estapafúrdia análise à falta clara cometida sobre Aimar, aos 57 minutos, me parece indesculpável.

Estou em crer que os árbitros são informados, ao intervalo, dos seus erros na primeira parte. Tendo já havido um lance polémico, decidido contra o Benfica, ao fazer vista grossa a um penálti evidente, apenas uma dúzia de minutos após o intervalo, Hugo Miguel deixou perceber as suas intenções. Ficou claro que, em caso de dúvida, puxaria o Benfica pelo pé. Conseguiu. Daí talvez o piscar de olho no final da partida.

Já em Guimarães tinha havido um penálti sobre Rodrigo, que na altura decidi não considerar. Desta vez, não posso deixar de atribuir os três pontos ao Benfica.

É uma pena que, na altura decisiva do campeonato, comecem a fazer-se sentir este tipo de influências. Uma coisa é o Benfica jogar mal (e já escrevi sobre isso), outra é, mesmo jogando mal, não o deixarem ganhar. Veremos o que faz Pedro Proença (o mais que provável árbitro do clássico), ele que também é especialista em deixar passar penáltis a favor do Benfica, e marcar penáltis inexistentes contra o clube de que se diz ser sócio.

Resultado Real: 0-2


SPORTING-RIO AVE

No único lance polémico que vi, João Pereira parece forçar a queda, pelo que não há motivo para grande penalidade.

Falaram-me de uma defesa do guarda-redes com as mãos fora da área, mas não pude ver as imagens. Na verdade, neste domingo, teve alguma dificuldade em ver futebol.

Resultado Real: 1-0


FC PORTO-FEIRENSE

O penálti assinalado não deixa dúvidas. Gostaria contudo de ver melhor a posição de onde parte Janko, antes de sofrer a falta. Lamentavelmente, as televisões não aprofundaram o lance. O penálti não foi convertido, mas dele resultou uma expulsão, que de certa forma condicionou o desenrolar do jogo.

Quanto ao resto, ficou-me também na retina um fora-de-jogo inacreditavelmente assinalado a um avançado Feirense, ainda na primeira parte.

Resultado Real: 2-0


CLASSIFICAÇÃO REAL

BENFICA 53

FC Porto 50

Sp.Braga ??

Sporting 42

INESPERADO SUICÍDIO




Olho para a classificação, e custo a acreditar no que vejo. Em apenas seis dias, o Benfica desbaratou a vantagem que tinha conseguido amealhar ao longo de seis meses, entregando a liderança (e o título?), de bandeja, ao FC Porto. Céus! Como é possível?!


Houve, é certo, erros graves de arbitragem a penalizar a equipa da Luz. Mas não há como poupar nas palavras: o Benfica desta dupla jornada foi ineficaz, incompetente, e até mesmo irresponsável. Perdeu a liderança por incúria, e, ou limpa a face vencendo o FC Porto na próxima sexta-feira, ou não merece mesmo ser campeão, nem sair deste estado de angústia em que se meteu.


Demorei a acreditar nesta equipa. Ao longo da primeira volta sempre me pareceu que a carreira benfiquista se resumia a duas palavras: sorte e Artur. Disse-o aqui, muitas vezes contra a maré de optimismo que cedo se foi criando. Um mês e meio de futebol sumptuoso (precisamente na mesma altura das dezoito vitórias consecutivas, e inconsequentes, da temporada passada), encheu-me de esperança, acreditando que, no momento das grandes decisões, o Benfica seria capaz de dar a estocada final no campeonato, e abrir a porta do sonho europeu. Elegi os jogos de Guimarães, de Coimbra e da Luz, com o FC Porto, como as grandes “finais” que tudo poderiam, e deveriam, decidir na frente interna. Inacreditavelmente, inaceitavelmente, a equipa chega a esta fase, e a estas “finais”, adormecida, cansada, sem confiança, sem estofo, recheada de equívocos, e sem perceber o que está (ou estava) em causa, suicidando-se sumariamente de uma forma que até aos principais rivais terá deixado surpreendidos.


A memória da ponta final da época passada está ainda bem viva. Então, recordemos, o Benfica entrava no mês de Março com algumas esperanças de reconquistar o título (estava a oito pontos de distância, tendo ainda de receber o FC Porto); era um dos candidatos à Liga Europa; tinha abertas as portas do Jamor, depois de uma vitória no Dragão; e caminhava para a final da Taça da Liga. Então, o Benfica praticava igualmente um futebol empolgante e sedutor, com Sálvio e Gaitán em grande forma, e uma colecção de exibições de elevada nota artística, que valiam a tal série de dezoito vitórias. Sabemos o que sucedeu depois.


Não sei se o Benfica estará preparado para uma reedição dessa triste história. Eu, confesso, não estou, e custo a entender, e a aceitar, esta estranhíssima alergia aos momentos de decisão, e este irritante défice de mentalidade competitiva - que não consta do itinerário dos campeões, e me faz lembrar mais… o Sporting de José Peseiro.


É futebol, dirão alguns. Acontece, dirão outros. Não! digo eu. Não acontece a todos. As grandes equipas não perdem jogos (e/ou pontos) quando não os podem perder, se estão diante de adversários de nível inferior. O Benfica não jogou contra o Real Madrid, nem contra o Barcelona. Jogou com uma equipa que não vencia qualquer jogo desde Setembro, e tinha jogado com uma outra, à qual havia ganho, um mês antes, no mesmo local, por 4-1. Eram deslocações complicadas? Eram. Mas eram jogos para ganhar, por entre sangue, suor e lágrimas, comendo a relva se necessário fosse. Aceitava-se porventura um empate, nunca a cedência gratuita de cinco pontos, que podem decidir o campeonato. Não se aceita a primeira parte medíocre que o Benfica realizou em Coimbra, nem, menos ainda, a total ausência no jogo de Guimarães. De 180 minutos, o Benfica só jogou 45. De seis pontos, naturalmente apenas conseguiu um. Como é possível? Se fosse o FC Porto a apanhar-se com cinco pontos de vantagem, onde já ia o campeonato?


Diz Jesus que a Liga Portuguesa é muito competitiva, e qualquer equipa pode perder pontos a qualquer momento. Não é verdade. As equipas da frente raramente cedem terreno no último terço da prova. O FC Porto, por exemplo, dos últimos 58 jogos para o campeonato, venceu 50 e só perdeu um. Desde 2007, ganhou sempre, pelo menos, oito dos últimos nove jogos. Se vencer na Luz, será seguramente campeão. É este o rival que o Benfica parece não ter ainda percebido ter entre si e as ambições para que uma história gloriosa o remete, julgando poder afrouxar os ritmos assim que as primeiras páginas dos jornais cantam loas ao seu desempenho artístico.


Agora, como disse, só uma vitória sobre os dragões resgatará a liderança, o campeonato, e o orgulho perdido. Uma derrota, pelo contrário, será um ponto final na esperança. Só o cepticismo com que vejo este FC Porto de Vítor Pereira (apesar de tudo, longe de seduzir até os seus) me deixa ainda a sonhar com o título. Um FC Porto normal, já não desperdiçará a dádiva que lhe caiu nas mãos. Se me pedissem para, hoje, apostar o meu dinheiro, punha-o todo na opção “desastre”.


Volto a referir a arbitragem. O penálti sobre Rodrigo, em Guimarães, podia ter sido assinalado. Já neste sábado, o corte com a mão, a cruzamento de Bruno César, poderia também ter sido assinalado. Mas a rasteira sobre o pé de apoio de Aimar, em plena segunda parte, tinha de ter sido assinalada.

ONZE PARA COIMBRA

COMO DE COSTUME


Todos os anos existe o Natal, existe a Primavera, e também...uma goleadazita sofrida pelo FC Porto em terras de Sua Majestade.

Desta vez, provavelmente com o intuito escondido de não desmoralizar a equipa de Vítor Pereira, diversos comentadores apressaram-se a desdramatizar a coisa, dizendo (desde logo na transmissão televisiva) que o resultado havia sido injusto, e até que o FC Porto fizera uma boa exibição (?!?!?).

Oxalá a exibição se repita no Estádio da Luz, digo eu, que vi o jogo - não vejo o FC Porto no campeonato português, mas não perco pitada dos dragões em Inglaterra -, e vi o Manchester City desperdiçar oportunidades em série, deitando para o lixo, logo na primeira parte, a possibilidade de um resultado, aí sim, histórico (4-0 é mais ou menos normal, como se pode ver no quadro abaixo).

Na parte final vi um FC Porto de cabeça perdida, a trocar bolas no seu meio-campo, com medo que os números se tornassem ainda mais humilhantes; e Mancini no banco a sorrir, fazendo lembrar Wenger numa outra ocasião.

O Sporting é o cliente que se segue.

Recordemos, por curiosidade, os últimos resultados do FC Porto em Inglaterra:

CLASSIFICAÇÃO REAL

V.SETÚBAL-FC PORTO


Das imagens que vi do jogo, ressalta um cartão por mostrar a Ney, e um penálti por assinalar a favor do FC Porto, em corte de Ricardo Silva com a mão.


Resultado Real: 1-4




SPORTING-P.FERREIRA


Vi com atenção os dez (!!) lances reclamados pelos leões, mas na verdade, se em dois deles podem ter algumas razões de queixa, outros há em que nem sequer se percebe bem o que está em causa.


Existe de facto um penálti por marcar em lance com João Pereira, que o árbitro considerou fora da área; e há um movimento prematuro do guarda-redes pacense no penálti falhado por Wolfswinkel, que, com rigor, deveria ter originado a respectiva repetição. Não creio que haja mais alguma coisa digna de registo.


O que me parece, isso sim, bastante estranho, é a nomeação consecutiva de dois árbitros de Braga para partidas de um adversário directo. Aí, dou toda a razão ao Sporting.


Resultado Real: 3-0




V.GUIMARÃES-BENFICA


Já mencionei os dois casos do jogo. O único golo do jogo parte de uma falta muito duvidosa, que nenhuma das várias repetições deixa certezas de ter sido bem assinalada. Na segunda parte, existe também um lance de possível penálti sobre Rodrigo, que, a ser marcado, teria sido aceite por toda a gente (talvez com a natural excepção do quase inimputável Guilherme Aguiar).


Como em nenhum dos lances dissipei totalmente as dúvidas, e como não quero encontrar desculpas para a pobre exibição do Benfica (que não merecia outra coisa que não a derrota), vou aceitar as decisões de Carlos Xistra.


Resultado Real: 1-0




CLASSIFICAÇÃO REAL


BENFICA 50


FC Porto 47


Sp.Braga ??


Sporting 39

BRINCADEIRA DE CARNAVAL




Em toda a história do campeonato português, só o Benfica de Hagan, e o FC Porto de Villas-Boas, venceram a prova sem qualquer derrota. Outras equipas houve, tão boas ou melhores que essas (Sporting dos Violinos, Benfica de Guttman, Benfica de Eriksson, ou FC Porto de Mourinho), que não o conseguiram fazer, pelo que este Benfica de Jesus, tantas vezes empolgante, tantas vezes esmagador, não sairia necessariamente diminuído na sua temporada por perder um jogo, após 18 bem sucedidas jornadas.



Se eu, enquanto adepto, até estaria preparado para a derrota um dia poder surgir, esperava, porém, que a mesma ocorresse em jogo marcado pela infelicidade, com bolas na trave, com grandes defesas do guarda-redes contrário, com a sensação final de orgulho ferido, e de que tudo tinha sido feito para evitar o negativo desfecho. Ora não foi isso que senti após esta partida de Guimarães.



Tratando-se de uma das várias “finais” que o Benfica tinha para disputar (e como eram importantes estes dois jogos até ao clássico…), a verdade é que se viu, de um lado, um Vitória de Guimarães laborioso, fluente e empenhado, e do outro, uma equipa resignada, cansada, lenta, previsível, sem chama, sem vontade de jogar, parecendo sentir-se engordada pelos cinco pontos de avanço que trazia na barriga – achando-se, por isso, no direito de os despedaçar na primeira ocasião, na primeira dificuldade, na primeira esquina de infortúnio que lhos quisesse arrancar da mão.



Quando, ao minuto inicial da segunda parte, percebi que, estranhamente, o Vitória voltara a entrar melhor no jogo do que o Benfica, percebi também que dificilmente os três pontos poderiam sorrir aos encarnados, a menos que um golpe de sorte (um penálti, uma expulsão) os encaminhasse nesse sentido. E durante largo período dessa segunda parte, chocou-me ver, por um lado, uma equipa sem soluções dentro do campo, por outro, um treinador paralisado fora dele.



Grande parte do mérito do melhor Benfica das últimas décadas cabe a Jorge Jesus. Disse, e mantenho, que é o melhor treinador que passou pelo clube em muitos anos, e por mim renovava já contrato com ele por mais uma meia-dúzia de temporadas. Mas há alturas, há jogos, em que, de facto, (por incapacidade minha, certamente) não consigo compreendê-lo em todas as dimensões da sua genialidade. Deixar Witsel no banco de suplentes, num jogo com este perfil (de luta, de combate), e onde havia que contar com o impedimento de Javi Garcia, foi algo que me pareceu totalmente despropositado. Colocar Rodrigo em campo quando, manifestamente, não estava nas melhores condições, foi uma opção inútil e prejudicial à equipa e ao próprio atleta. Deixar as substituições para os últimos cinco minutos (ainda por cima não simultâneas), quando havia jogadores em claro défice (físico? anímico?), foi outra coisa que escapou ao meu entendimento. Não por acaso, foi precisamente nesses últimos minutos que, com a equipa retocada, o Benfica conseguiu ser mais afirmativo em campo, deixando a ideia de que, com as alterações feitas 15 minutos antes, o resultado poderia ter sido diferente. Outro aspecto me deixou os nervos em franja: como é possível desperdiçar três livres directos à medida de Óscar Cardozo, sem que ao paraguaio tenha sido dada uma só oportunidade de os tentar aproveitar? E já agora, como compreender que, de tantos pontapés de canto a favor, não tivesse resultado um único lance de perigo, fazendo lembrar um tristemente célebre jogo em Tel-Aviv?




Talvez pior que tudo isto foi a reacção final de jogadores e treinador. Perante uma derrota num jogo tão importante (será que o entenderam assim?), eu esperava alguma revolta, algum desespero face ao inesperado desfecho. O que vi foi os jogadores a trocarem cumprimentos e sorrisos com os adversários, a baterem tranquilamente palmas ao público, e depois um técnico a dizer, na flash-interview, que os outros é que têm de se preocupar porque o Benfica vai de vento em popa. Que alguém do departamento de comunicação explique aos profissionais do clube que, mesmo que não a sintam, pelo menos respeitem, a dor que muitos adeptos, por vezes de lágrimas nos olhos, sofrem na hora de certas derrotas. Isto fez-me lembrar Braga, no ano passado, quando só Fábio Coentrão reagiu, dentro do campo, da forma que a mim me apetecia reagir, fora dele. É também por isso que está agora no Real Madrid. É também por isso que o FC Porto ganha tantas vezes. Foi por falta disso que o Benfica andou tantos anos sem ganhar. Ontem à noite, em Guimarães, tivemos um Benfica desse triste tempo.







Agora tudo se complicou. De uma oportunidade para uma quase pré-consagração, o clássico do próximo dia 2 transforma-se, com este resultado, numa verdadeira final, que pode pender para qualquer dos lados. Nos últimos doze Benficas-Portos disputados na Luz, só por duas vezes o Benfica conseguiu vencer, perdendo em cinco ocasiões. De grande favorito à conquista do título, o Benfica voltou a ser um simples candidato, deixando que toda a pressão lhe caísse em cima. Consequências demais para tanta descontracção competitiva.






Carlos Xistra podia ter marcado um penálti sobre Rodrigo. O fiscal-de-linha podia ter deixado jogar no lance que antecede o único golo da partida. Mas não irei desculpar com a arbitragem aquilo que a equipa não fez em campo.






Estava para ir a Coimbra. Não irei.

PRIMEIRA FINAL

Sem Javi, e com Rodrigo a meio gás, este é o onze óbvio para a primeira de 5 finais que o Benfica tem em 20 dias (Guimarães, Coimbra, FC Porto, Zenit e Paços de Ferreira) - nas quais vai decidir a sua temporada.

HULK, HULK, HULK, HULK, HULK, HULK

Rui Cerqueira é capaz de ter razão. Faz, de facto, algum sentido...

RAP DE REGRESSO














Além de humorista genial, além de adepto topo de gama, Ricardo Araújo Pereira é também um amigo, com quem já partilhei alguns momentos de benfiquismo.










É pois com redobrado prazer que o vejo regressar à crónica desportiva, desta vez nas páginas da revista "Mística".










Para quem não leu, aqui vai. Acredito que o Sílvio Cervan me perdoará a reprodução.










PS: Perdoa-me também tu, Ricardo, por te colocar num post logo a seguir ao do Bruno Alves. Passei isto com lixívia, mas mesmo assim...

LIMPAR PORTUGAL (II)


Jé em 2010, após a final da Taça da Liga, eu tinha colocado a questão: deve a Selecção Nacional albergar um indivíduo como Bruno Alves?

É verdade que as alternativas na defesa não são muitas. Mas a dignidade não tem preço, além de que por estes dias me vai surgindo na cabeça uma outra questão: terá o comportamento de Ricardo Carvalho sido assim tão grave?

Não é por clubismo que o digo, até porque estou a falar de dois antigos jogadores do FC Porto.

Quanto a mim, Bruno Alves, e, já agora, também Pepe (outro ex-portista), pelos mesmos (reiterados) motivos, envergonham-me enquanto português. Joguem onde quiserem, mas, na minha Selecção, não os quero! Ou então a Selecção correrá o risco de não ser minha, nem de alguns outros milhões de portugueses.

A FRIO

Por motivos futebolísticos, e extra-futebolísticos, não tenho muita vontade de escrever sobre este jogo. Perdoem-me pois os leitores a forma lacónica como o vou tratar.


Confesso que um empate a dois talvez me deixasse com outra disposição. Um golo sofrido ao cair do pano (e consentido como foi), trouxe-me, contudo, alguma angústia, e bastante cepticismo para uma segunda-mão que se prevê dramática.


Dizem que as condições eram adversas, mas parece-me que a atitude do Benfica podia ter sido outra. Não maior. Mas sim diferente – privilegiando mais o choque, a luta e o contacto físico, e evitando o adorno, de onde não se entende, por exemplo, a opção Bruno César em vez de Nolito, nem as opções de muitos jogadores em diversos lances da partida.


O resultado é mau, como qualquer derrota o é. Deixa possibilidades em aberto, o que é diferente. Mas vai obrigar a uma despesa enorme no jogo da Luz. Se antes dava 60% de possibilidades ao Benfica, agora não passo dos 40%.


A agravar, sem Aimar, que viu um cartão amarelo sem ter feito nada, e provavelmente sem Rodrigo, que foi posto fora pelo carniceiro do costume.

GENTE FINA É OUTRA COISA

Fico cada vez mais espantado com a facilidade com que alguns dos mais mediáticos adeptos do Sporting seguem - abanando a cauda de forma acrítica - os disparates que os seus dirigentes vão fazendo. Foi assim com Bettencourt. É assim com Godinho Lopes.
Realmente, aquilo é um clube diferente.

DEZ PREGOS PARA UM CAIXÃO

Estes são apenas dez, dos muitos problemas do Sporting. Aqueles que saltam mais à vista.




1- Assimetria entre as ambições dos adeptos (alicerçadas num historial relativamente bem sucedido), e a dimensão actual de um clube que, por variadíssimos motivos (financeiros, culturais, mediáticos, desportivos, de política de alianças, etc), perdeu, há décadas, o comboio dos grandes – situação que foi sendo disfarçada durante alguns anos pela crise do vizinho benfiquista, entretanto resolvida. Só este primeiro ponto, dava todo um tratado de história desportiva.

2- Poder inusitado das claques, ou de uma claque (Juve Leo), no processo de decisão do clube – algo absolutamente singular no panorama desportivo português, e que, directa ou indirectamente, já custou cabeças como as de José Mourinho, Fernando Santos, José Peseiro, Paulo Bento, João Moutinho, Liedson, e agora, Domingos Paciência.

3- Impreparação quase comovente de alguns dos últimos dirigentes, que, saídos de sectores substancialmente diferentes (designadamente da banca), revelaram uma total incapacidade para lidar com as características específicas do futebol, e com a sua extrema mediatização.

4- Escolhas patéticas, decorrentes dos dois pontos anteriores, como, por exemplo: Costinha, Sá Pinto ou Salema Garção como directores desportivos; e Couceiro, Carvalhal, Paulo Sérgio ou agora, novamente Sá Pinto, como treinadores principais.

5- Gestão errática do plantel, também decorrente dos pontos 2) e 3), com o desbaratar de activos a preço de saldo (João Moutinho, Liedson, Hélder Postiga, entre outros), e contratações pouco cuidadas, sobretudo até ao início desta época.

6- Inexistência de massa crítica esclarecida, num clube onde por vezes parecem apenas existir doutores (sempre muito importantes, sempre com muitos afazeres, sempre distantes), de um lado, e arruaceiros (apaixonados, mas impacientes, sem critério nem conhecimento) , do outro.

7- Falta de cultura de disciplina num plantel com fama de trabalhar pouco, e onde a blindagem deixa muito a desejar.

8- Insuficiente nível de exigência por parte dos adeptos, que idolatram facilmente jogadores banais, revelando muito maior tolerância à mediocridade do que benfiquistas e, sobretudo, portistas; e que andaram anos a festejar segundos lugares, não compreendendo que eles se deviam muito mais a uma espécie de demissão benfiquista, do que a qualquer mérito próprio.

9- Excessivo, e por vezes patético, queixume em relação às arbitragens, hipervalorizando lances de prejuízo (comuns a todos os clubes), e fazendo de conta que os de benefício não existem.

10- Consequências económicas e financeiras do projecto-Roquette, que o tempo revelou tratar-se de um completo fiasco.

QUE IMPACIÊNCIA!

Não gosto do personagem, nem esqueço alguns números seus, quer enquanto jogador, quer, já como treinador, na época em que disputou o título até ao fim com o Benfica.

Tenho todavia de reconhecer tratar-se de um técnico competente, com provas dadas em todos os clubes por onde, até agora, tinha passado. Em Coimbra, em Leiria e, sobretudo, em Braga, Domingos sempre fez do todo mais do que a soma das partes, condição necessária e suficiente para louvar o seu trabalho.

No Sporting não tinha sido feliz (mormente nos últimos dois meses), sofrendo os efeitos devastadores de um clube sem rumo, sem dinheiro, sem disciplina, sem estrutura de retaguarda, dirigido pelas claques, e cujo maior problema é o total desfasamento entre as ambições dos adeptos (alicerçadas num historial de relativo sucesso), e o potencial actual, que só por simpatia se poderá considerar ao nível de Benfica e FC Porto, seja qual for o critério de análise.

Pensava no entanto que a direcção leonina, conhecedora (espera-se) da verdadeira natureza dos problemas, não iria deitar fora o menino com a água do banho, não prescindindo do elemento que mais poderia ajudar a recuperação de uma identidade competitiva tão forte quanto possível, olhando à preparação da próxima época, e não esquecendo que tinha ainda uma Liga Europa para jogar, e uma Taça de Portugal para vencer. Embora se sentissem alguns pruridos na relação treinador-dirigentes, confesso que a notícia desta tarde me apanhou de surpresa. Surpresa agradável, pensa o benfiquista, embora as venturas e desventuras de Alvalade cada vez lhe digam menos respeito, tal a quase cruel desproporção de forças.

Ainda não sei se a decisão partiu do próprio ou do Sporting. A primeira hipótese não me surpreenderia tanto, até porque a cadeira de sonho do ex jogador portista está vaga, ou para lá caminha. Sendo o clube a dispensá-lo, parece-me um erro incompreensível, dos muitos que o Sporting tem cometido nos últimos anos, mas que com Luís Duque e Godinho Lopes pareciam dissipar-se numa lógica mais criteriosa.

A lavagem da roupa suja que se vai seguir, deixará perceber o que efectivamente se passou. Vou estar atento. Divirto-me com isto.

Quanto à escolha para seu substituto, parece-me tão ridícula que pouco vou comentar. Aliás, Sá Pinto (embora, por motivos que me escapam, sempre tenha sido hipervalorizado) nunca foi um grande jogador, foi um dirigente miserável, e como técnico, olhando ao seu perfil, também não acredito que vá muito longe. Se vai acabar a época, ou ser demitido ainda antes, essa é a minha única dúvida.

Definitivamente, depois de um fugaz período de aparências, o Sporting está de volta! E não precisa de fazer jogos à porta fechada, pois em breve, mesmo de porta aberta, poucos entrarão lá.

CLASSIFICAÇÃO REAL

MARÍTIMO-SPORTING

Estava já na Luz (mais precisamente no Hóquei), e não vi nada deste jogo. Pelos resumos curtíssimos que pude ver, o árbitro decidiu bem aquilo que tinha de decidir.

Resultado Real: 2-0


BENFICA-NACIONAL

Já falei sobre o penálti mal assinalado contra o Benfica. Já não é o primeiro penálti do género que Jorge Sousa assinala contra o Benfica (lembro-me, por exemplo, de um em Guimarães, há uns anos atrás, num lance entre Luisão e Romeu). Esse critério contrasta com aqueles que deixa passar a favor dos encarnados (Setúbal, 2009-10, é o caso que me vem à memória no imediato). Enfim, já se sabe o que se pode esperar de um Super Dragão com um apito na boca.

No estádio não me apercebi de mais nenhum caso digno de nota. O penálti sobre Cardozo é evidente.

Resultado Real: 4-0


FC PORTO-U.LEIRIA

Gostava de ver o lance mais vezes, e de outros planos, mas até isso acontecer devo dizer que a expulsão de Shaffer me parece exagerada.

Acho que um jogador só deve ser expulso, com vermelho directo, em lances de agressão sem bola, ou em lances onde o golo seja claramente evitado (corte com a mão sobre a linha, derrube a jogador isolado, etc). Nunca em disputas de bola, por mais enérgicas ou agressivas que possam ser.

Shaffer tenta ganhar a bola. Em falta? Sim. De forma agressiva? Também. Eu assinalaria falta, e mostrava cartão amarelo respectivo. O vermelho parece-me desproporcionado para estes casos, que fazem parte do futebol, e não configuram qualquer ausência de fair-play, ou interferência no rumo do resultado.

Devo dizer, porém, que também ficou por marcar um penálti sobre Hulk.

Resultado Real: 5-0


CLASSIFICAÇÃO REAL

BENFICA 50

FC Porto 44

Sporting 36

UM FESTIVAL!


Um estádio cheio, uma grande equipa, uma fantástica exibição, uma goleada, liderança cimentada, e menos uma jornada em falta para a merecida consagração. Eis o Benfica. Eis um grande Benfica, que só uma tremenda injustiça impedirá de se tornar campeão.

Não há muitas palavras que possam descrever o que se passou neste sábado, sem cair numa desenxabida repetição de adjectivos elogiosos para com o conjunto de Jorge Jesus. A vida de cronista tem destas coisas. Nem sempre é possível seguir com a escrita, aquilo que os arregalados olhos vêm. Neste caso, as imagens dos principais lances do jogo nem deveriam vir acompanhadas de qualquer comentário, mas antes, talvez de uma ária de Verdi, ou de uma sonata de Mozart. É de arte, pois, que falamos.

Na verdade, o Estádio da Luz assistiu a um dos mais belos festivais de futebol dos últimos anos em Portugal. Não me lembro, uma por uma, de todas as exibições do Benfica 2009-1010, mas desconfio, assim de repente, que poucas tenham atingido tamanho patamar de excelência. Vem-me à cabeça a expressão de Miguel Sousa Tavares (e sou tão insuspeito para o citar, como ele é para o afirmar), segundo a qual, quando aquela equipa “solta os cavalos” não há quem a pare. É isso. Cavalos à solta. É o que parecem, salvo seja, Nolito, Rodrigo, Cardozo, Aimar e Gaitán, quando decidem regalar os espectadores com a magia de um futebol vibrante, criativo e esmagador, que deixa os adversários pregados no terreno, certamente com alguma vontade de, também eles, aplaudir.

O Benfica não faria aquilo ao Real Madrid? Claro que não. Mas se falamos de espectáculo, de requinte, de adorno, de estética de jogo, francamente, à excepção de alguns jogos do Barcelona, não me lembro de ver nada igual nos últimos anos.

De tudo, retenho um lance: a poucos segundos do fim da primeira-parte, Aimar falhou o toque final naquela que foi talvez a melhor jogada de futebol que vi em toda a temporada, em todos os campeonatos. Estará certamente no You Tube. Quem não a viu, procure-a, pois vale bem a pena.

É altura de me penitenciar, aqui, de a dada altura da época ter duvidado desta equipa. A pouca fluência do seu futebol de então (Setembro, Outubro…) não se comparava a estas maravilhas, e, escaldado por um ano de desilusão, não consegui calar os desabafos, provavelmente bastante precipitados. O Benfica resistiu, ganhando, a jogos menos conseguidos. É também disso que se alimentam os campeões. Digo agora, deixando mais uma vez que os dedos arrastem as emoções, deixando mais uma vez ao léu os riscos de um amanhã sem canto: este Benfica é dos melhores, senão o melhor, do meu tempo.


O caminho do título ainda é longo. E creio que passa fundamentalmente pelas próximas três jornadas (Guimarães, Coimbra e Clássico), nas quais, com outras tantas vitórias, dificilmente o pássaro fugirá. Mas, aconteça o que acontecer, uma coisa é certa: o prazer de ver esta equipa jogar já ninguém vai tirar aos benfiquistas.



Numa exibição como esta, seria justo destacar todos os seu intérpretes, sem excepção. Realço ainda assim um deles, porque tem apenas 20 anos, porque só entrou na equipa em finais de Outubro, porque daí para cá já marcou 14 golos (!!), e porque podemos estar perante um dos maiores avançados do mundo dos próximos anos. Falo, obviamente, de Rodrigo. E hoje, este Benfica é ele e mais dez.



Um jogo destes nem merecia que se falasse do árbitro. Infelizmente, há que dizer que Jorge Sousa fez o que pôde para contrariar a avalanche. Aquele penálti ridículo, noutras circunstâncias, tinha condicionado o jogo. O Benfica estava imparável, e ultrapassou a arbitragem. Mas pode não ser sempre assim.

ONZE PARA SÁBADO

Confesso que é um exercício táctico difícil manter Aimar, Cardozo e Rodrigo no mesmo onze, sem um ala direito que dê simultaneamente consistência defensiva e ofensiva. Acontece que não consigo tirar nenhum deles. Aqui desloco Witsel para a direita, mas desconfio da solução. Infelizmente não se pode jogar com doze. Enfim...ainda bem que não sou eu o treinador.

PABLO ATÉ 2013




Acerca de Aimar, repito aqui o que escrevi, há um mês atrás, quando o considerei a Figura do Ano no Jornal "O Benfica":



"Se há jogador que, ao longo dos últimos doze meses, mereceu inequivocamente a admiração e carinho de toda a família benfiquista, ele chama-se Pablo Aimar. Aos 32 anos, aparentemente recuperado das lesões que outrora o apoquentaram, o argentino está a viver um dos melhores momentos da sua carreira, perfumando com classe os relvados que vai pisando em Portugal e na Europa. Aimar é a grande referência técnica do futebol do Benfica, sentindo-se a sua falta a cada minuto de ausência. É ele que ilumina a equipa com uma prodigiosa visão de jogo, e com o requinte de um toque de bola de excepção. É um verdadeiro príncipe, herdeiro de outros “números dez” que escreveram história no clube, como Chalana, Valdo ou Rui Costa. Para além de toda a magia que lhe sai dos pés, demonstra, dentro e fora do campo, uma atitude definidora de um grande carácter. Humilde, inteligente e profissional, de Pablo Aimar apenas se lamenta ter chegado tão tarde ao Benfica."





E também o que escrevera, semanas antes, a propósito de uma entrevista sua:





"Que nos relvados é um jogador de eleição, já todos o sabemos. Mas numa recente entrevista a um diário desportivo, o nosso “dez” mostra, além de uma genuína humildade, também uma inteligência acima da média, e um apreciável nível cultural, desmentindo o estereótipo que tantas vezes é lançado sobre os jogadores de futebol. Dá gosto ver homens como este de camisola do Benfica vestida. Que fique por cá mais algum tempo."







É tudo isto que penso dele, pelo que é com enorme satisfação que o vejo continuar de águia ao peito mais uma temporada. É o melhor jogador do Benfica. Pena não ter 23 anos...

O AMIGO PEDRO

Vejo sempre as finais da Liga dos Campeões. Desta vez, porém, distraí-me com outros afazeres (certamente menos transcendentes), e só pude ver um breve resumo.

Deu para perceber que o amigalhaço Pedro Proença (ficar-lhe-ia bem pedir para não apitar jogos com equipas do Domingos) foi o homem da grande final, com um penálti anedótico e uma expulsão muitíssimo duvidosa.

Agora, quando lá para Alvalade se queixarem insistentemente que não estão na luta pelo título porque as arbitragens não deixaram, é bom que se lembrem que só ganharam a Liga dos Campeões com um fortíssimo empurrão do homem que nunca deixa Domingos ficar mal. Já nos tempos de Braga assim era. E quando assim é...

Da parte do Benfica, o agradecimento por baixarem a moral ao poderosissímo Nacional da Madeira.

TAS LOUCO

Nos últimos anos perdi todo o respeito que outrora nutria pelas instituições europeias.


A Europa está doente, e nem o desporto escapa a uma insanidade mental generalizada – a qual, creio, a História vai um dia julgar com tamanha severidade quanto sentido do ridículo.


Já sabia, desde os tempos de Nuno Assis, e do Apito Dourado, que tipo de justiça fazia o TAS. Agora, novo episódio a confirmá-lo.


Quase dois anos de adiamentos, duas Voltas a França depois, e eis que surge finalmente a peregrina decisão: Alberto Contador suspenso, mesmo não se provando firmemente a sua culpa. Alberto Contador suspenso, com uma penalização que duplica a de situações análogas. Alberto Contador suspenso retroactivamente, mesmo tendo corrido dois anos após a alegada infracção, depois de ter ganho variadíssimas competições (sempre devidamente controlado, e limpo), agora todas reclassificadas. O mais irónico: o Giro de Itália que perde vai direitinho para as mãos de um ciclista que saíra de uma suspensão de…dois anos, por…doping – nesse caso, inequívoco.


Não sei quem são estes indivíduos, como são escolhidos, e o que pretendem. Mas olhando à forma como se estabelecem as redes de poder na Europa de hoje, e à demência que percebemos nalguns líderes europeus (e seus acólitos), mesmo em assuntos substancialmente mais importantes, já nada me espanta.


O que é certo é que decisões deste tipo (no conteúdo e, sobretudo, na forma) destroem o desporto, a troco de um pretenso rigor austero e luterano (contradito pelos atrasos, pelas indecisões, pelos critérios e pelas justificações estapafúrdias) que, neste e noutros aspectos da vida, trocando constantemente o essencial pelo acessório, há muito ultrapassou as fronteiras do mais razoável bom-senso.


Contador é o Messi do ciclismo, e como fervoroso amante das duas rodas, contava ir ao Algarve, dentro de semanas, propositadamente para o ver correr. O TAS matou essa possibilidade, matou um dos melhores ciclistas de todos os tempos, feriu gravemente a modalidade, e, demorando 565 dias para decidir assim, cobriu-se a si próprio de um ridículo que provavelmente nem sequer entende.


Este espaço é normalmente dedicado ao Futebol. Mas falar da decisão do TAS é também falar de desporto em geral (inclusivamente de futebol), e, mais do que isso, falar da Europa e da própria vida. A revolta obriga-me a fazê-lo.


O ciclismo está de luto. O desporto está de luto. Mas nós todos também.

UM INIMIGO DE ESTIMAÇÃO

Estando a causar polémica, aqui vai a parte do artigo que escrevi para o jornal do clube na passada semana, e que terá sido bastante mal digerida por muitos benfiquistas:


"Um inimigo de estimação
Por muita, pouca ou nenhuma simpatia que tenhamos pela figura de Joaquim Oliveira, e pelo que representa (um certo Norte, proximidade com o FC Porto, etc), a verdade é que ele, e a sua empresa, parecem ser agora as únicas no terreno com capacidade para pagar um preço justo, ou aproximado, àquele que a popularidade do Benfica justifica. O que está em causa na animosidade dos benfiquistas para com a Olivedesportos não é pois uma questão económica (aí, trata-se, sem dúvida, de um parceiro negocial poderoso), mas antes a colagem (não sei se inteiramente justa) que fazem daquela empresa ao sistema que vigorou no futebol português durante décadas, e que tanto nos penalizou.
Não conheço os bastidores do futebol ao ponto de ter uma opinião inteiramente fundamentada sobre o assunto. Mas do que me é dado a ver, não me parece que tenha sido a Olivedesportos, nem Joaquim Oliveira, a ordenar ou a instigar Olegário Benquerença, Carlos Xistra, ou para irmos mais atrás, José Silvano, José Guímaro, Carlos Calheiros, entre outros, a prejudicarem o Benfica como o fizeram, directa e indirectamente, em várias ocasiões. Posso estar enganado, posso até estar a ser ingénuo, mas tem-me parecido que o objectivo de Joaquim Oliveira no futebol é tão somente o comum a qualquer homem de negócios: ganhar dinheiro. Como tal, vejo-o, até prova em contrário, da mesma forma que a qualquer outro interlocutor. Apresentando a melhor proposta, e ninguém me comprovando devidamente a sua ligação ao “Sistema”, nada teria – enquanto sócio do Benfica - a opor ao negócio, pois o assunto é sério e, como disse acima, não se compadece com estados de alma, ou simpatias de ocasião."


Agora digam-me, caros leitores, que solução alternativa defendem para os direitos televisivos, caso se exclua a Olivedesportos da mesa nas negociações. Haverá outro operador em condições de pagar o preço justo (necessariamente elevado)? Deverá o Benfica prescindir de milhões de euros para satisfazer um capricho dos sócios? Há alguma prova suficientemente consistente da ligação de Joaquim Oliveira (o António já não faz parte do filme) às arbitragens, ao doping, aos resultados facilitados, e a tudo o que se suspeita ter acontecido no futebol português das últimas décadas? Será a Sport Tv assim tão ferozmente anti-benfiquista? Será justo colar a estação a meia-dúzia de comentários menos felizes de alguns dos seus colaboradores?

Antes de dispararem as vossas críticas, peço que reflictam sobre estes aspectos.

LIGADO À TAÇA


Um Benfica dominador, a espaços empolgante, e eficaz qb, foi mais do que suficiente para levar de vencida o Marítimo, vingar a derrota na Taça de Portugal, e seguir para as meias-finais da Taça da Liga.

Do jogo, sobram as fantásticas exibições da jovem dupla ofensiva Nelson Oliveira/Rodrigo (este, apenas na parte final), que, tal como Jesus prometera, acabaram por aquecer as gélidas bancadas do Estádio da Luz.

O jovem internacional sub20 fez mesmo a melhor exibição que lhe vi enquanto sénior (nos juniores vira-o fazer maravilhas), mostrando que, além de opção para a frente de ataque encarnada (que pena não poder ser titular mais vezes…), a jogar assim começa também a ser uma possibilidade para o debilitado ataque da Selecção Nacional – cujas alternativas, na posição de ponta-de-lança, não parecem ter nada a mais do que ele. Quanto ao hispano-brasileiro, estamos conversados: é craque, e vai valer uma fortuna ao Benfica, provavelmente lá para o Verão de 2013.

Destaque também para a estreia de Yannick Djaló, cuja recepção por parte dos adeptos foi um óptimo ponto de partida para se integrar rapidamente. Está-lhe a ser dada uma oportunidade, e faz parte da missão do adepto criar as condições para que o atleta se sinta bem, e tenha condições para explorar as suas potencialidades ao máximo. O seu discurso tem sido simpático, vê-se que está feliz e motivado (dizem que em criança até era benfiquista), e sabemos que Jesus é homem para fazer milagres. Não era uma prioridade para o Benfica, mas as circunstâncias tornaram a contratação apelativa. Para já, é mais um para somar. E é português.

E assim estão os encarnados na meia-final, tendo agora pela frente o FC Porto. Defendi aqui que o Benfica, no contexto desta temporada, não devia expor-se demasiado à fase de grupos da Taça da Liga, dando clara prioridade ao Campeonato, e à preparação da eliminatória com o Zenit. A Taça da Liga é importante, mas o Benfica já a venceu três vezes seguidas, e o calendário, com Champions pelo meio, está a ficar apertadíssimo. Passada que está esta fase (sem riscos, sem lesões, e sem problemas), e sendo a meia-final posterior aos jogos europeus, perante o adversário que é, reservo para essa altura a minha ponderação sobre a prova, e o risco que nela se deve ou não correr. Se o Benfica ainda estiver na Europa, não me importaria de ver as segundas linhas contra o FC Porto. Se tiver sido eliminado pelo Zenit, aí a Taça da Liga ganhará relevo, e o jogo da meia-final será uma…final, antecipada.

Sobre o árbitro, queria apenas dizer que a expulsão do jogador do Marítimo não faz qualquer sentido. E espero que esta ocasião, para mais em benefício do Benfica, traga de vez algum bom-senso na distinção do que são cotoveladas intencionais, e do que são disputas de bola no ar, em que os jogadores, para ganhar posição, abrem os braços, fazendo eventualmente faltas, mas não justificando, de todo, um cartão vermelho directo. Estou curioso para ouvir aqueles que tanto criticam Cardozo, Javi Garcia, e antes, David Luiz, pedindo expulsões todos os fins-de-semana, acerca deste lance.


PS1: Vi as repetições dos lances polémicos de Alvalade, e continuo a achar que o árbitro decidiu bem, tanto ao assinalar penalti de Onyewu (a falta deve ser marcada onde termina), como ao ignorar o teatro de Matias Fernandez, na área contrária. Percebo que os adeptos, à saída do estádio, tendam a encontrar desculpas sumárias para o insucesso da sua equipa. É também usual que Domingos, sentindo-se acossado, dispare para outras direcções, desculpabilizando-se. Já me parece mais estranho que um subdirector de um diário desportivo (ainda que sportinguista ferrenho), e um comentador televisivo (provavelmente também), alinhem pelo mesmo diapasão.


PS2: Por este caminho, e por mais uma vez, o mediatismo da Taça da Liga vai superar, por larga margem, o da Taça de Portugal, onde existe o sério risco de uma final Nacional-Oliveirense.

ONZE PARA DOMINGO

Poupava Artur, Luisão, Emerson, Witsel, Aimar, Cardozo e Rodrigo. Ainda assim, entrava uma equipa capaz de vencer o Marítimo, e seguir em frente na prova.