FELIZ NATAL


VEDETA DA BOLA vai parar por uns dias para as festividades. Não vai esperar pelos "clássicos", que seguirá atentamente via televisão, pois valores familiares falam mais alto. O regresso fica prometido para Janeiro.
Desejo aos leitores um Santo Natal, e um Ano Novo repleto de alegria e saúde - se possível, também com vitórias do Benfica.

ONZE PARA O DRAGÃO

 

MUITO CUIDADO COM O BALNEÁRIO

Há cerca de um ano, o Benfica deslocou-se ao Estádio do Dragão. Veio de lá com um empate. Mas veio de lá, também, com mais de 15 infectados com Covid 19.
Factos são factos: o maior surto que houve em qualquer equipa do Benfica até à data, aconteceu precisamente na sequência da visita ao Dragão.
Obviamente não tenho qualquer prova que me permita concluir mais do que aquilo que está estritamente escrito nos parágrafos acima. Gostava de ter visto uma investigação rigorosa sobre o assunto (a acontecer aquilo de que suspeito, tratar-se-ia de um crime gravíssimo). Não sei se era possível fazê-la ou não. A verdade é que não foi feita, e o Benfica viu esfumar-se, nessa altura, as últimas esperanças que tinha de lutar pelo título da época passada. Talvez não fosse campeão, mas creio ter perdido com esse surto, a favor do FC Porto, o precioso segundo lugar.
Já ando cá há muitos anos. Já vi muita coisa. E não tenho dúvidas de que há, no futebol português, gente capaz de tudo. Coisas estranhas num balneário antes de um FC Porto-Benfica nem sequer seriam caso virgem.
O que peço à comitiva do Benfica é cuidado. Muito cuidado.
À primeira caem todos. À segunda só cai quem quer.

CLÁSSICOS NO PORTO - últimos 50 anos

De notar: últimos nove jogos, equilíbrio total com 3 vitórias, 3 empates, 3 derrotas e 9-9 em golos. Impressionante a sequência de 12 derrotas consecutivas entre 1995 e 2004, durante o período mais negro da história do Benfica.

CABAZ


Na paupérrima liga portuguesa, nunca se sabe o que vale um resultado.
Em condições normais, ganhar 7-1 a um Marítimo normal seria motivo para rejubilar de contentamento e glorificar uma equipa. Nesta liga, perante adversários miseráveis (a maior parte deles de segunda, ou mesmo de terceira divisão), apenas nos permite dizer que se cumpriu a obrigação e que se divertiu os espectadores. 
Ainda assim, gostei da frescura de Rafa e da confiança de Darwin. Foi também importante que os restantes avançados marcassem. Não deixa de ser um bom tónico para o que aí vem.

ONZE PARA DOMINGO


 

MISSÃO CUMPRIDA

Pediam-se 3 golos. Eles apareceram.
É verdade que o Covilhã cedo se viu reduzido a dez. E que foi necessário recorrer a nomes como Darwin e Rafa para desembrulhar um jogo que na primeira parte chegou a parecer difícil. Mas tudo está bem quando acaba bem, e o Benfica está na Final Four de Leiria.
Algumas palavras para o Covilhã, e não muito simpáticas.
Até se ver a perder por 1-0 o seu jogo foi normal. Tentou defender, e evitar o golo do Benfica, como faz qualquer equipa pequena que se desloca à Luz.
Entre o 1-0 e o 3-0 é que, confesso, não entendi. Quebras de tempo e de ritmo (desde logo o guarda-redes, que, por fim, teve o que merecia), quando já estava a perder, e não tinha outro objectivo na prova. Depois do 3-0 fez enfim aquilo que lhe competia: jogar futebol e tentar o golo.
Ao ouvir as declarações de um dos seus jogadores no final da partida, percebi tudo: queriam impedir o Benfica de se apurar.
Porquê? Não sei, mas neste futebolzinho português já nada me surpreende.

ALGO COMO ISTO

Para marcar pelo menos três golos.
 

OS 7 CONFRONTOS COM O AJAX

TAÇA DOS CAMPEÕES EUROPEUS 1968-69












TAÇA DOS CAMPEÕES EUROPEUS 1971-72






LIGA DOS CAMPEÕES 2018-19









Como bónus fica aqui também o jogo da Eusébio Cup 2014, disputado na Luz, com vitória dos holandeses por 0-1. Foi a última partida de Óscar Cardozo com a camisola do Benfica no Estádio da Luz. E o único português no onze titular chamava-se...Ruben Amorim.


UM JOGO COM HISTÓRIA



O AJAX


Estrelas: Gravenberch, Tadic, Haller e, sobretudo, Antony

MELHOR A EMENDA QUE O SONETO


Escrevi aqui que tinha ficado satisfeito com o Real Madrid. Os motivos que me satisfazem no Ajax são completamente diferentes, mas certamente mais fortes.
Já vi o Ajax na Luz, e não é prático ir a Amesterdão de carro. Só que, enquanto o Real Madrid é...o Real Madrid, está por confirmar que este Ajax, que segue no seu campeonato atrás do PSV (que o Benfica já eliminou esta época), seja o papão que os sportinguistas e a comunicação social afecta fez dele na sequência dos 5-1 em Alvalade.
Não digo que seja uma equipa acessível - é francamente favorito diante deste Benfica -, mas também não me parece totalmente inacessível. Veremos.
Há que reforçar a defesa, e delinear um plano para anular Antony. Sonhar é possível.


A ÚLTIMA VEZ QUE O REAL VEIO À LUZ FOI ASSIM


 

CLÁSSICO DE GIGANTES


Não foi o Lille, mas, dos "tubarões", este era aquele que eu não me importava de ver sair.
Por um lado, no meu tempo de vida, nunca os dois gigantes ibéricos jogaram a nível oficial. Por outro, a curta distância permite ir de carro ver o jogo a Madrid  - coisa que tentarei fazer.
As hipóteses de passar são poucas, mas à excepção, lá está, do Lille, com todos os outros seria igualmente difícil, ou ainda pior.

BOAS ENTRADAS

Com entradas afirmativas no início do jogo e no início da segunda parte, o Benfica construiu um resultado tranquilo numa deslocação que se antevia difícil. Darwin foi o homem do jogo, com mais um hat-trick. Outros estiveram bem. Mas nem tudo foram rosas.
A permeabilidade da equipa nas transições defensivas continua a assustar. Mesmo com um Famalicão que não passa de um...Famalicão.
O problema parece-me claro: faixas laterais, interacção destas com o eixo central e meio-campo defensivo. Pondo nomes, eu diria Grimaldo, André Almeida e Weigl. Cada um por suas razões (perfil táctico, fragilidade física, falta de agressividade), permeáveis sempre que os adversários recorrem a certo tipo de jogo, com triangulações rápidas e bolas nas costas.
Enfim. Uma vitória é uma vitória, e deixemos outras considerações para outros momentos.
O mês terrível continua quarta-feira, com uma decisão na Taça da Liga. O adversário vem da segunda divisão, mas uma simples vitória não basta. É preciso golear.

O PROBLEMA DO BENFICA TAMBÉM É ESTE:


Falta de competitividade da Liga, ou mérito dos rivais, a verdade é que estes números são impressionantes: nas últimas nove jornadas, nem um pontinho perdido por Sporting ou FC Porto.
Ora o Benfica 2021-22 tem à décima quarta ronda mais um ponto do que o Benfica 2009-10 (campeão e um dos melhores do século), mais um ponto do que o de 2013-14 (o do histórico Triplete), mais três pontos do que o de 2015-16 (que viria a alcançar o Tri, e bater recorde de pontuação), e mais dois pontos do que o de 2018-19 (ano da Reconquista, e de vários recordes batidos). Mas perante o cenário do quadro acima, não chega sequer para o segundo lugar, nem para depender apenas de si próprio.

ONZE PARA FAMALICÃO


 

SEMÁFORO EUROPEU


 

TODAS AS FASES DE GRUPOS - 1991-2022

 


ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ - ou uma qualificação meritória

O Benfica ultrapassou a fase de grupos da Liga dos Campeões pela sexta vez em trinta anos. Fê-lo num grupo onde figuravam Bayern de Munique e Barcelona, 2º e 3º do ranking da UEFA da última década. Fê-lo sofrendo golos apenas da equipa bávara. E embora a segunda parte desta ultima partida frente ao Dínamo não tenha sido brilhante, os primeiros trinta minutos foram de alta intensidade, e chegaram para garantir a preciosa vitória - que poderia ter sido ampliada se o árbitro tivesse querido ver um penálti claríssimo por mão na área ucraniana.
Estes são os factos.
Vivemos, porém, tempos muito estranhos. Não só no futebol, também na política e noutros parâmetros da sociedade e da vida. Hoje confunde-se exigência com ressentimentos, confunde-se críticas com insultos, mistura-se tudo no caldo doentio de ódio e azedume absolutamente detestável, bem à vista, por exemplo, nas redes sociais, e quem não entra neste folclore, ou está a fazer propaganda, ou está a soldo de alguma cartilha.
Lamento, mas eu gosto do Benfica, e fico sempre contente quando o meu clube ganha.
Gosto dos jogadores do Benfica, gosto dos treinadores do Benfica, e gosto dos dirigentes do Benfica. Enquanto representam o clube, são os meus ídolos. Não pelas pessoas em si (a maioria nem conheço), mas pelo que representam. São os do meu lado. São os meus.
É essa a minha matriz enquanto adepto. Foi assim, com paixão, pela positiva, pela comunhão, que o meu pai me ensinou a ser benfiquista. Acho mesmo que é a única forma verdadeira de o ser.
Se entendermos o futebol como caixote do lixo para frustrações individuais ou colectivas, se nos entregarmos ao exercício de deitar abaixo presidente, treinador, jogadores, se assobiarmos toda a gente (mesmo quando estão a entrar em campo, como esta noite vi fazerem a Everton), se, mesmo na hora da vitória, olharmos para o copo totalmente vazio e nos queixarmos de minudências que não contam para o resultado, o que sobra? Talvez o voo da Águia Vitória? Talvez uma memória mitificada e enviesada de tempos antigos que na realidade nunca existiram? Ou somente uma ideia difusa estéril e inútil? Não sei. Não compreendo esse caminho que, a meu ver, não leva a nada, nem tem nada a ver com futebol ou com uma vivência desportiva saudável.
Se a sportinguização do Benfica parecer alguma vez, de algum modo, ameaçadora, há que dizer que começa nos adeptos, ou melhor, num certo tipo de adeptos, ora imaturos, ora frustrados com a vida, ora pouco inteligentes. Aliás, como aqueles de quem Frederico Varandas, no outro lado da Segunda Circular, fez tábua rasa, para, então sim, e infelizmente para nós, partir para uma onda vitoriosa no seu clube.
Por falar em sportinguistas, ao chegar a casa fiquei estupefacto com as análises de dois marretas fora de prazo que continuam a vociferar na SIC Notícias: David Borges e Joaquim Rita. Da qualificação do Benfica, pouco ou nada. Muito, sim, de uma segunda parte que adjectivaram violentamente, não escondendo a sua própria azia com o desfecho do jogo. Não fossem os tais auto-intitulados benfiquistas "exigentes", e esta gente já não tinha gás nem audiência.
Dito isto, que venha o Lille.

ONZE PARA A DECISÃO

Tenho dúvidas sobre o Meité. Mas a exibição de Weigl com o Sporting foi tão fraca que há que mudar alguma coisa naquela zona do terreno. E o francês até nem me parece tão mau como o pintam.
Tenho dúvidas no "casamento" entre Yaremchuk e Seferovic. Mas Darwin, ao contrário do que seria de esperar, está outra vez a demonstrar elevados graus de imaturidade.
Não tenho grandes dúvidas no regresso ao 4-4-2, nem na aposta em Gilberto (claramente o menos mau dos defesas-direitos do plantel), nem no regresso de Pizzi (que é dos poucos que, diante da baliza, não treme). E quanto a André Almeida, seja como lateral ou central, acho que assistimos na passada sexta-feira ao seu fim de linha no Benfica.

PARA QUANDO UMA 2ª TEMPORADA?

Agora em tons de azul...
 

NADA DE PRECIPITAÇÕES

A vontade de escrever sobre o dérbi é pouca ou nenhuma. Mas este compasso de espera serviu para, a frio, evitar desabafos e conclusões precipitadas (como as que a maioria dos adeptos do futebol normalmente tira nestas situações).
A principal nota que queria deixar da partida é que o Sporting foi superior, tem um grande treinador, tem uma equipa extremamente coesa, solidária e competitiva, e é, a meu ver, o principal candidato ao título. Ou seja, para mim, o resultado foi mais mérito do adversário do que demérito do Benfica. 
O que se extrai disto é que a equipa de Jesus tem de crescer colectivamente para se colocar ao nível deste rival, não valendo a pena encontrar fantasmas debaixo da cama ou atrás da porta. Há trabalho táctico a fazer (e Jesus tem mais do que capacidade para tal), há que elevar os níveis de confiança de alguns jogadores, e há que reconhecer que o plantel tem uma ou outra carência que urge colmatar já em Janeiro.
Não estava tudo perfeito quando se ganhou 3-0 ao Barcelona, nem está tudo desgraçado agora que se perdeu um jogo com um dos melhores Sportingues de que me recordo.
É claro que não será indiferente conseguir, ou não, o apuramento para a fase seguinte da Champions. Como não o será passar ou não à Final Four da Taça da Liga, como menos o será ainda, eliminar ou não o FC Porto na Taça de Portugal.
No fim de Dezembro poderemos estar em melhores condições para avaliar a temporada benfiquista. Agora é prematuro fazê-lo com objectividade. As épocas desportivas têm vários momentos, e não esqueçamos que já houve momentos em que este mesmo Benfica parecia imparável.

ONZE PARA O DÉRBI


 Do lado de lá, já se sabe que vão jogar com nove...

DÉRBI: últimos 15 anos