LISTA DE DISPENSAS

VLACHODIMOS - Jesus não parece gostar dele. Sem espaço não faz sentido ficar no banco. Tem mercado na Alemanha.

SVILAR - Emprestar a uma equipa onde jogue sempre, embora já comece a desconfiar do seu valor.

GILBERTO - Com a recuperação de André Almeida, deixará de fazer falta. Deve ter mercado no Brasileirão. Também não me chocaria que, em vez dele, saísse o próprio André Almeida...

JOÃO FERREIRA - Sem espaço, deve ser emprestado a uma equipa onde jogue sempre.

JARDEL - Fim de contrato. Agradecimentos.

KALAICA - Não acrescenta nada ao plantel.

GRIMALDO ou NUNO TAVARES - Aproveitar alguma possibilidade de fazer dinheiro com Grimaldo, caso contrário, emprestar Nuno Tavares. De qualquer forma, contratar outro lateral-esquerdo.

PIZZI - Salário demasiado elevado face ao rendimento recente. Como melhor goleador da Liga Europa, talvez se encontre mercado, apesar da idade.

GABRIEL - Vender ao melhor preço. Tem talento, mas peso a mais e rendimento demasiado irregular. Sem perfil para uma equipa como o Benfica.

PEDRINHO - Não encaixou no futebol europeu. Individualista e sem sentido táctico. Longe de fazer a diferença e justificar o preço. Vender ao melhor preço para o Brasileirão.

TAARABT - Lutador mas quase sempre pouco esclarecido. Não defende bem, nem remata à baliza, o que é um défice para um médio de equipa grande. Tentar vender para a Turquia ou Arábia Saudita, ou...

CERVI - Tem saída marcada para o Celta. Até tenho alguma pena, pois acho que é combativo e tem alguma qualidade.

SAMARIS - Salário demasiado elevado para o rendimento. Turquia, Arábia Saudita, Grécia ou...

DAVID TAVARES - Sem perfil para o Benfica. Dispensar.

TIAGO ARAÚJO - Emprestar a uma equipa onde tenha algum espaço.

PAULO BERNARDO - Emprestar a uma equipa onde tenha algum espaço.

WALDSCHMIDT - Não rendeu o que se esperava. Muito irregular. Como internacional alemão, tem mercado no seu país. Recuperar o dinheiro investido, ou pelo menos parte dele.

CHIQUINHO - É curto para o Benfica. Como médio ofensivo tinha de marcar e assistir mais. Encontrar mercado na Liga Espanhola, por exemplo.

542 DIAS DE PESADELO

 


TAÇA ALMEIDA

Nuno Almeida, nome envolvido nas escutas do Apito Dourado, quer como árbitro de campo, quer como VAR, já havia retirado ao Benfica duas vitórias, e quatro pontos, no campeonato (jogos diante de Nacional e V.Guimarães no final da primeira volta). Não satisfeito, agora retirou também a Taça. Uma verdadeira "dobradinha" algarvia.
Tenho sérias dúvidas de que exista falta no lance entre Helton Leite a Abel Ruiz. Do que não tenho dúvidas algumas é de que o avançado do Braga toca a bola em direcção da bandeirola de canto, e havia dois jogadores do Benfica no eixo central em condições de eventualmente poder evitar o golo. Não havendo falta era cartão amarelo para Abel Ruiz por simulação. Havendo falta era livre contra o Benfica e cartão amarelo para Helton Leite. Expulsão? Só na cabeça de quem queria manipular o resultado. VAR? Só aparece quando não interessa, ou para, com linhas obtusas, assinalar foras-de-jogo de 10 centímetros.
A Covid já retirou os adeptos das bancadas. O futebol jogado tem sido genericamente miserável. A Final foi à porta fechada, em horário tardio e longe do Jamor. Com arbitragens destas bem podem abrir as bancadas, pois alguns já lá não voltarão.
É óbvio que o lance condicionou o jogo. Pode dizer-se que na final do ano passado o Benfica jogou mais de metade do tempo em vantagem numérica e perdeu com o FC Porto. Mas, aí sim, tinha obrigação de fazer mais e melhor. Nesta final fez o que pôde: teve falhas, cometeu erros, mas não creio que se possa atacar a atitude dos jogadores. Contra uma equipa forte e motivada, a injusta expulsão foi golpe de que um Benfica, já de si algo fragilizado, não conseguiu recompor-se.
Finalmente esta maldita época terminou. Muita coisa tem de mudar, quer no Benfica, quer no futebol português. O último ano e meio foi penoso a todos os níveis. Por agora o sentimento é de tristeza, de revolta, mas também de...alívio. Alívio por isto, pelo menos por agora, ter acabado.

ONZE PARA A FINAL


 

CULTURA DE VIGARICE

Todos os clubes tiveram, digamos, os seus momentos. Mas no FC Porto está instalada, há quase 40 anos, uma cultura de vigarice. Agora, até com o Covid.
Além da investigação em curso, muito gostaria de saber o que se terá passado nos balneários do Estádio do Dragão nas vésperas do Benfica lá jogar. A verdade é que toda a equipa veio de lá infectada, e isso foi caso único na temporada futebolística nacional. Houve casos aqui e ali, mas nada comparável, nem tão generalizado, o que me faz pensar que, se jogadores de várias equipas foram contagiados em lugares dispersos, e os do Benfica foram todos no mesmo dia, e no mesmo sítio, algo de estranho aconteceu nesse dia e nesse sítio - certamente por casualidade, o balneário do maior rival, rival esse com largo "palmarés" em golpadas fora de campo.

ATÉ ISTO...

Coincidentemente ou não, a verdade é que desde o início da pandemia, tudo o que o Benfica pode perder, perde. Esta noite, até a Bola de Prata - que, sendo um troféu individual, e tendo importância relativa, era a única coisa que estava em jogo na última jornada.
Seferovic fez a sua parte, anotando dois golos. Mas a diferença horária nos jogos terá feito toda a diferença, e o Sporting, a jogar contra "mortos", conseguiu levar o seu jogador ao triunfo na "Bola de Prata".
Pior que isso, mesmo rodando a equipa, ainda se lesionou um dos mais importantes titulares (dos poucos que entraram em campo de início), e Lucas Veríssimo vai desfalcar a defesa para a Final da Taça. Boa notícia apenas a exibição de Morato que, enfim, permite a Jorge Jesus continuar a ponderar a utilização de três centrais diante do Braga. E recordo que foi precisamente em Braga que esse modelo se afirmou.
Ser melhor da segunda volta vale muito pouco. Apenas acentua a sensação de que tudo poderia, e deveria, ter sido diferente.
Com tanta contrariedade, com tanto azar, confesso que até tenho receio de ver o jogo de Domingo. Quem, em pouco mais de um ano, perde Taça da Liga 2020, Liga Europa 2020, Campeonato 2020, Taça de Portugal 2020, Acesso à Champions 2020-21, Supertaça 2020, Taça da Liga 2021, Liga Europa 2021, Campeonato 2021, Acesso directo à Champions 2021-22, só pode desconfiar de tudo: da equipa, da sorte e de alguns fantasmas que parecem pairar pela Luz.

PARA SEFEROVIC

Pode ser derrota 4-3, com hat-trick do suíço. De resto, poupar para a Taça.

 

DISPENSÁVEL


Recados internos devem ser...internos.
Há tanta coisa para um vice-presidente do Benfica comunicar para o exterior, que dispensamos vê-lo trocar galhardetes em público com o treinador, sobre uma matéria que nem é do seu pelouro, e sobre a qual perceberá tanto como qualquer adepto comum.
Infelizmente a vaidade leva a estas coisas, que só fragilizam o clube.
Toda a gente sabe que a próxima época terá de ser diferente. Não é preciso lembrar isso aos jornalistas.

SOUBE A POUCO

Quando Seferovic converteu a grande penalidade fazendo o quarto golo do Benfica, dado o que tinha acontecido até então, e dado o previsível cansaço da equipa adversária - em ressaca da festa do título -, confesso que esperei bastante mais. Pensei mesmo que talvez houvesse uma oportunidade de ouro para vingar os 7-1 de 1986. Ou ao menos ficar lá perto.
A verdade é que o conjunto de Ruben Amorim reagiu bem, e embora o Benfica continuasse a criar oportunidades até final, há que dizer que também o empate chegou a ser uma possibilidade.
Salvou-se a vitória, pois nem os dois golos do avançado suíço marcaram qualquer diferença na luta dos goleadores, dado que também Pote bisou na partida.
Foi uma vitória da honra, que deixou algumas boas indicações para a Taça de Portugal. Mas também alguns avisos, pois os golos consentidos exigem alguma reflexão.

COM GUARDA DE HONRA, E COM...VITÓRIA

Fora do campo, e até ao apito inicial do "Dérbi", o Benfica deveria manter uma postura institucional intocável. Se outros não o fazem, que sejamos nós a dar o exemplo. Guarda de honra aos novos campeões seria uma manifestação de grandeza, e de saber perder. Não custa nada. Era bonito.
Depois, assim que o árbitro apitar, entrar com tudo para vencer o jogo. Aí sim, é que o Benfica deve mostrar que tinha equipa para ter sido o campeão. Aí sim, é que pode levantar dúvidas sobre a justiça do título. Aí sim é que pode de alguma forma subalternizar o seu adversário - desportivamente, claro, que é o que me interessa. 
Fora de campo, saber perder. Dentro do campo, saber ganhar.


AFINAL HAVIA OUTRO

Esperavam-se golos de Seferovic (marcou um, mas árbitros e jornalistas têm uma obsessão pelos autogolos). Foi Gonçalo Ramos quem apareceu, vindo do banco, para dar a vitória ao Benfica.
A primeira parte foi uma vez mais desastrada. Como o próprio Jorge Jesus afirmou, alguns jogadores não sabiam o que andavam a fazer em campo. Pedrinho, por exemplo, que até tem algum talento, foi uma nulidade, com sucessivas más decisões a evidenciarem que não terá aprendido muito desde que chegou do Brasil por 18 milhões. Outro caso é o de Waldschmidt, que custou 15 milhões, e depois de uma monumental exibição no primeiro jogo que realizou (em Famalicão), foi caindo, caindo, até se tornar outra nulidade. Cervi e Chiquinho parecem já ter a cabeça noutras paragens. Nuno Tavares, enfim, tem momentos.
Na segunda parte, com Grimaldo, Pizzi, Everton, e depois Darwin e Gonçalo, o Benfica melhorou bastante. Não ao ponto de brilhar, mas de fazer uma exibição normal, ao nível do que se espera num confronto com o último classificado.
Gonçalo é goleador. Disso não há dúvidas. Já Darwin parece-me um ponta-de-lança sofrível, mas quando parte do flanco esquerdo torna-se um excelente avançado. Gostava de um ver num 4-3-3.
Segue-se um jogo pela honra. Ganhar ao Sporting é imperioso, quer como factor motivacional para a Taça de Portugal, quer como forma de mostrar que a temporada podia ter sido bem diferente.

PS: Aproveito para dar os parabéns ao Sporting, justo campeão. Foi mais regular, teve sorte, e não tem culpa dos erros e azares alheiros. Acertou no treinador, e na maioria das contratações. Nos jogos que lhe vi, mostrou uma equipa com garra, grande frescura física e capacidade de pressão. É saudável que ganhe com um presidente e uma estratégia de comunicação nos antípodas do brunocarvalhismo.

SEFEROGOLOS


Pouco há a retirar deste campeonato. O segundo lugar é uma miragem, e o terceiro está garantido. Ganhar ao Sporting é uma questão de dignidade que se sobrepõe a qualquer aspecto individual. Mas nos jogos com Nacional e Guimarães não vejo outro objectivo para além de ajudar Seferovic a conquistar mais uma "Bola de Prata".
Espera-se, pois, uma equipa em torno do suíço. Venham os golos.

A DIAS O QUE É DE DIAS

Soares Dias é o árbitro português mais cotado internacionalmente. Porquê? Porque para a UEFA, um bom árbitro é aquele que preenche os seguintes três requisitos:
- apresentar boa forma física;
- falar bem inglês;
- conseguir manipular jogos de acordo com os interesses superiores sem dar muito nas vistas.
Ora o árbitro do Porto cumpre todos eles, tal como, num passado não muito distante, Pedro Proença também os cumpria.
De resto, se olharmos para as prestações no campeonato nacional, e, naquilo que me diz respeito, nos jogos do Benfica, Soares Dias comete demasiados erros, erros demasiado graves, e sempre para os mesmos lados. Ninguém se lembra de um "clássico" com Porto ou Sporting em que Soares Dias se tenha enganado a favor do Benfica. Mas todos se lembram, praticamente em todos os "clássicos" com Porto e Sporting, de vários erros graves a prejudicar o Benfica - muitas vezes de forma sub-reptícia, habilidosa e em alguns casos quase invisível, mas sempre eficaz.
Depois há também outra questão: pode um árbitro a viver na cidade do Porto, reiteradamente ameaçado e insultado pela ingratidão dos Super Dragões, ter condição psíquica para dirigir um jogo como este? Apesar de tudo, não seria mais confortável que a arbitragem de um Benfica-Porto ficasse a cargo de alguém que vivesse longe das duas maiores cidades? Aqui não se trata de uma questão de honestidade, mas sim de pressões e de medo. Antigamente essa regra existia. Ainda existe em jogos internacionais. Talvez não fosse má ideia recuperá-la.

TEM DIAS

Ao contrário do que foi dito no final pelos treinadores (Jesus e, no caso, Vítor Bruno), não me parece que o “Clássico” tenha sido um bom jogo. Pelo contrário: todas as equipas (Benfica, Porto e, sobretudo, arbitragem) estiveram mal.
O Benfica porque no largo período compreendido entre o golo de Everton e o empate de Uribe praticamente não existiu, limitando-se a esperar que o tempo passasse e que o seu trio de centrais, bem como Helton, continuassem a resolver os problemas que os portistas crescentemente colocavam. O FC Porto porque foi…FC Porto, apostando numa combatividade muito para além das leis, com simulações, intimidações, provocações e entradas selvagens desde o primeiro minuto, destacando-se Otávio, Sérgio Oliveira e, sobretudo, como é hábito, Pepe. O árbitro porque compactuou com tudo isto, utilizando uma impressionante dualidade de critérios que fez com que, pasme-se, o Benfica terminasse com mais do dobro dos cartões amarelos do seu adversário (8-3). Aliás, este número diz tudo sobre a actuação de Artur Soares Dias.
Depois, ainda há o VAR. Já disse várias vezes que não confio minimamente nas linhas de fora-de-jogo. Carecem de rigor em dois aspectos: o próprio ângulo de colocação, e a definição do exacto momento em que a bola parte (no qual uma diferente “frame” do momento do passe pode fazer o seu destinatário adiantar-se dois ou três metros). No futebol de que eu gostava, Darwin estaria em linha no lance do segundo golo do Benfica. E o golo seria validado. E o Benfica ganhava. Até concedo que os dois penáltis possam ter sido retirados, mas anular-se um golo porque um jogador calça 45 e outro 38, ou porque a linha é mais ou menos obtusa, não faz qualquer sentido. E festejar no último minuto para poucos segundos depois perceber que não valeu é dar um tiro no coração do futebol.
De resto, o jogo esteve ao nível das bancadas vazias. Salvaram-se os últimos minutos, quando, então sim, o Benfica foi Benfica, procurando o golo que só por manifesta infelicidade não obteve.
O resultado é mau para ambos. E merecidamente mau, pois nenhum deles merecia outra coisa. De resto, creio que qualquer que tivesse sido o resultado deste jogo, a classificação não se alteraria até final.
Agora, é ganhar ao Sporting por uma questão de dignidade, ajudar Seferovic a ser "Bola de Prata" (já que o "Clássico" nem para isso serviu), sobretudo ganhar a Taça de Portugal, e esquecer que esta temporada existiu. Tal como, alias, a anterior. Há que voltar a 2019 e partir daí para o futuro.

IMPORTA-SE DE REPETIR?


 

PARABÉNS MALTA!

Acrescente-se Ederson e temos uma amostra do que poderia ser o Benfica se...se...se...enfim, se estivéssemos em Inglaterra, na Liga Inglesa, e não num país periférico e pobre como Portugal.
Fico a torcer pelo City na final, não porque aprecie o conceito do clube, mas por ver gente que nos é tão simpática a defender as suas cores. Força Ederson, força João, força Ruben, força Bernardo. Vocês merecem ser felizes, e se ganharem a Champions, ela também será, mesmo que só um bocadinho, de todos os benfiquistas.

 

ONZE PARA O CLÁSSICO

 


VINTE MINUTOS

Vinte minutos à Benfica decidiram o jogo e o resultado. Nesse período, logo após o apito inicial, os encarnados apresentaram-se rápidos, frescos e incisivos, criando uma mão cheia de oportunidades flagrantes. Entraram duas. Foram suficientes.
No resto do tempo não mais se viu esse Benfica. Talvez demasiado confiante, talvez fruto de maior acerto defensivo do Tondela, a verdade é que o jogo mudou, e os homens da casa estiveram, mais de uma vez, perto de fazer o golo. 
Destaque para Everton, que terá sido o melhor em campo, e feito o melhor jogo com a camisola encarnada, bem como para Helton Leite, que segurou o resultado com uma excelente exibição, cimentando a sua titularidade na baliza do Benfica.
Fica o resultado, e fica também a esperança num milagre que ainda garanta a qualificação directa para a Champions, sendo que a pré-eliminatória, pelo menos, parece assegurada.