O FUTEBOL DE QUE GOSTAMOS




No Natal, lembremo-nos do que é verdadeiramente o futebol, e porque motivo gostamos dele.
Boas Festas a todos os leitores!

QUEM QUER A GUERRA

Não é preciso ser muito inteligente para perceber quem quer, e alimenta, a guerra no futebol português. Não precisavam era de confessar de forma tão clara, para mais em vésperas de Natal.
Dirão os adeptos do FC Porto e do Sporting, convencidos daquela que julgam ser a sua verdade: então deixávamos abafar o caso?
Não necessariamente. Se julgam ter razões de queixa, apresentem-nas às autoridades judiciais e desportivas (o que penso já ter sido feito). A seu tempo a justiça dirá sem têm ou não razão (eu penso que não, eles pensarão que sim). Tudo o resto (leitura de mails privados na tv, tweets ofensivos e discursos inflamados) apenas serve para alimentar o folclore mediático, desviar atenções de fracassos desportivos, e fomentar a conflitualidade.

...É FAZER AS CONTAS

Qualquer outra coisa será aldrabar a história. Espera-se que o bom senso prevaleça face à notória mitomania de alguns.

PONTUAÇÃO À ALTURA

Olhando para a pontuação do Benfica à 15ª jornada nos últimos 30 anos, esta temporada está perfeitamente à altura de um campeão. Nesses 30 campeonatos, só em 5 deles os encarnados tinham mais pontos do que hoje - mesmo considerando, para facilitar, 3 pontos por vitória em todas as edições da prova. 
Curiosamente, duas dessas performances não acabaram bem. Em 11-12 e em 12-13 o Benfica, então de Jorge Jesus, não alcançou o título. Pelo contrário, em 88-89, 93-94, 04-05, 09-10, 13-14 e 15-16, tudo acabou em festa mesmo que, à 15ª jornada, a pontuação fosse igual ou menor do que a de agora.
A estatística vale o que vale, e nada como um "dérbi" para pôr tudo no devido lugar.

AGORA É PARA GANHAR!

Paciência...
Não se pode ir ao Jamor todos os anos. E uma derrota em Vila do Conde, num prolongamento, a jogar com dez, e com a equipa descaracterizada pelas substituições feitas pouco antes dos 90 minutos, não deslustra ninguém - sobretudo se concedida com luta e uma exibição digna.
Agora não há desculpas para falhar no que resta. Até dou de barato também a Taça da Liga (se pingar, melhor). Mas no Campeonato...no Campeonato.....Nada pode falhar!
Este é o calendário do que falta: 20 jogos, precisamente 20 jogos.
Com terreno livre, e a jogar de semana a semana, tudo o que seja menos de 18 vitórias será curto.
Venham os reforços rapidamente, pois nada, mas mesmo nada, pode falhar. E o mês de Janeiro já é a doer.


SONHAR ALTO...







AGORA QUERO VER OS MAILS DO FC PORTO E DO SPORTING

...então sim, perante dados comparados sobre as práticas comuns dos grandes clubes portugueses, e respectivas formas de lobbyng, poderíamos fazer juízos de valor.
Do Benfica já se sabe tudo. Agora, que se saiba dos outros.
Até lá, resta apenas um crime informático. E a certeza de que, se após tantos milhares de GB de mails pirateados apenas conseguem apresentar umas trocas e baldrocas entre Pedro Guerra e os seus amigos, então muito bem cotado está o Benfica na escala das instituições portuguesas quanto à seriedade com que defende os seus interesses nos bastidores.
Por mim, tudo isto revolta-me, porque é injusto. Como me revolta qualquer crime. Mas reforça a minha confiança nos dirigentes do Benfica, pois fica à vista de todos (com este strip-tease forçado) que não fizeram nada que outros não façam (ou já fizeram...). Tenho a certeza de que, mesmo no futebol (já nem vou à política), há coisas muito mais graves do que os comentários do Pedro Guerra sobre árbitros, pedidos de bilhetes para jogos, ou informações sobre reuniões. 

UM DRAGÃO DE OURO PARA O HACKER DE PARANHOS

Eu, se fosse Carlos Rodrigues Lima (subdirector da revista Sábado), sentia-me injustiçado...
Se há quem merece um Dragão de Ouro é ele. 
Ou será que o Jota Marques dividiu o prémio, como dividiu os mails pirateados? Ou foi Lima quem os dividiu com o director de comunicação do FC Porto? 
Interesse público tinha, já agora, saber quem dividiu o quê com quem, e como. E também, não haver  cybercriminosos, ou cúmplices, a poluir jornais e revistas.
Por mim, a revista Sábado, enquanto este indivíduo constar na direcção, não entra lá em casa.

PARA ATACAR O PENTA

Ao que se diz, Rui Vitória pretende ter apenas 24 jogadores para o resto da temporada, tendo em conta o afastamento das competições europeias.
Fosse eu a escolhê-los, e seriam os constantes da figura acima. As duas incógnitas correspondem às duas contratações que, a meu ver, são necessárias (preferencialmente jogadores acima de suspeita para entrar, "de caras" na equipa titular). Trata-se de um lateral-direito (por exemplo, Cancelo ou similar), e um defesa-central (por exemplo Garay ou similar). Convinha serem rápidas, até porque o mês de Janeiro é exigente, com um Benfica-Sporting e um Braga-Benfica, entre outros compromissos importantes.
Em sentido contrário, 11 dispensas (empréstimos, vendas, ofertas, ou equipa B, conforme os casos): Pedro Pereira, Douglas, Lisandro Lopez, Kalaica, Marcelo Hermes, Filipe Augusto, Martin Chrien, Keaton Parks, Chris Willock, Ola John e Gabriel Barbosa.

MISTÉRIO

Acima, o registo desde que chegou até 12 de Setembro, ou seja, em dois meses. 9 golos! Um registo de respeito, e à altura de quem vinha substituir Mitroglou.

Daí para cá, nos três meses seguintes,... apenas um golo ao Aves. O que se passou? Que mistério esconde o avançado suíço?

DEPLORÁVEL, VERGONHOSO, INDIGNO

PS: Agora...Rumo ao PENTA!!!!!

COMO SE FOSSEM FACTOS

Não sou velho, mas ainda me lembro de saudosos tempos em que os protagonistas do futebol eram os jogadores e os treinadores. No desporto que me foi apresentado em criança, e pelo qual me apaixonei, julgo que não existiam directores de comunicação. Pelo menos não dei por eles, nem senti a falta.
O mundo mudou, e reconheço que a função se tornou necessária. Em entidades de grande dimensão, a harmonização do discurso institucional carece hoje de especialistas que ajudem a passar a mensagem sem ruídos ou equívocos interpretativos.
É absurdo, porém, que sejam eles a substituir-se aos grandes protagonistas, e a transformar-se em figuras em torno das quais aquilo que se passa no terreno de jogo quase pareça assunto menor.
Não será difícil identificar exemplos disto mesmo no futebol português, como também é fácil perceber as consequências nefastas que tal inevitavelmente traz, ou já trouxe, a uma indústria que precisa de tudo menos de chicos-espertos a debitar parvoíces como se fossem factos, lançando lama sobre êxitos alheios com o intuito de esconder fracassos próprios - como se não tivéssemos visto os jogos, ou como se os títulos tivessem sido atribuídos por mail, ou por edital afixado na Rua da Constituição.
Infelizmente, a culpa não é só deles. Toda uma comunicação social decrépita e em busca desesperada de uma polémica diária que, à custa de sangue, lhe sustente a audiência, tem de ser responsabilizada na mesma medida.
Inacreditável a polémica gerada em torno da arbitragem do clássico, que com um ou outro erro, foi perfeitamente normal. Mas...a normalidade é um luxo que já não é permitido no futebol português de hoje em dia. O ódio é tanto, que não o permite. Sempre que o Benfica conseguir um resultado positivo, sabemos com o que contar. Sempre que for campeão, irão inventar algo para desviar as atenções  e dar argumentação aos mais fanatizados nas discussões de café. Assim foi em 2005 (Estoril), em 2010 (Túnel), em 2014 (Colinho), em 2015 (Já nem me lembro o quê), em 2016 (Vouchers), em 2017 (Salazar). Assim será em 2018 (Mails) ou em qualquer ano futuro em que o Benfica vier a ser Campeão ou a conquistar algo importante. A conclusão está sempre tomada à partida ("foi beneficiado"). Resta construir uma narrativa que possa criar os sound-bytes necessários para fazer o seu caminho nos media.
Já não há limites. Ou por outra, o limite será o choque frontal contra a parede, em direcção à qual o nosso futebol parece estar a caminhar.
Por mim, ainda vou gostando do jogo. Mas, à semelhança de uma crescente maioria silenciosa, acho cada vez mais nauseabundo tudo o que é dito e escrito em seu redor. 
O que nos vai valendo é que eles não metem bolas nas balizas. E por muito que lhes custe, cá nos mantemos firmes, na luta pelo Penta.
Vamos ler de novo: P-E-N-T-A! 

RIDÍCULO

Em modo Marques...
Lamentável.