PARA MANTER



Já vai sair Félix. Já vai sair Jonas.
É verdade que Jardel, Fejsa e Salvio perderam espaço para jogadores mais jovens. Mas não creio que a construção do plantel do Benfica se possa basear apenas nos desempenhos de seis meses.
Jardel é capitão de equipa. Fejsa era indispensável há apenas oito meses atrás. Salvio tem 28 anos e é internacional argentino, para além de ser o melhor goleador do plantel em actividade (já descartando Jonas). Nenhum vale no mercado o dinheiro correspondente à importância que ainda têm na Luz.
Há cinco competições em disputa ao longo da temporada. O plantel não é de onze, e a experiencia é importante para enquadrar os jovens.
Que não haja precipitações: Jardel, Fejsa e Salvio são para manter!
Já agora, tal como o guarda-redes Vlachodimos.

NÚMERO TOTAL DE TÍTULOS -3 grandes

Clique para aumentar

MODALIDADES 18-19


Os títulos conquistados no Voleibol e no Futsal acabaram por deixar uma marca de sucesso na temporada das nossas modalidades. Nas cinco principais, foi a 19ª vez que alcançamos dois títulos absolutos, sendo que apenas em duas ocasiões fizéramos melhor –2012, Hóquei, Basquete e Futsal; e 2015, um recorde, com Hóquei, Basquete, Futsal e Voleibol.
É preciso lembrar que, de então para cá, não só assistimos - ultrapassada a crise económica - ao recuperar da competitividade de algumas equipas ancoradas em orçamentos de empresa ou autarquia (de entre as quais a Oliveirense será o caso mais paradigmático), como vimos o nosso vizinho e rival despejar dinheiro em cima das suas modalidades, formando plantéis bem acima das realidades do mercado português – que, como sabemos, hipervaloriza o Futebol, ignorando quase tudo em seu redor.  Temos também um FC Porto a centrar o seu investimento, sobretudo, no Hóquei e no Andebol, mantendo assim elevado nível competitivo nessas duas frentes.
É hoje, pois, mais difícil ganhar do que há uns anos atrás. E como o dinheiro não estica, teremos de ser cada vez mais inteligentes e certeiros na gestão das dotações, sob pena de ficarmos atrás de um aqui, atrás de outro ali, e atrás de um outro acolá. Teremos, por exemplo, de ser extremamente criteriosos na contratação de atletas estrangeiros que, ou chegam para fazer a diferença, ou estão a mais.
Uma palavra final para o sector feminino que, Basquetebol à parte, cumpriu praticamente todos os objectivos da época, tendo a partir de agora novos desafios, com Futebol e Andebol a atingirem o escalão principal.

OBRIGADO!

É a palavra que me ocorre em relação a João Félix. Poderia também dizer "Boa Sorte", ou "Até Já".
Trata-se de um jovem que, aos 15 anos, quis sair do FC Porto para vir para o Benfica, e pouco tempo depois, com apenas seis meses de equipa principal e um saboroso título (para o qual contribuiu bastante), rende um valor recorde de 120 milhões aos cofres da Luz.
Que tudo lhe corra pelo melhor, e um dia ainda possa regressar - já com uma Bola de Ouro na bagagem.

O MELHOR JOGADOR DO CAMPEONATO

Não terá o talento de João Félix, nem a história de Jonas, nem a eficácia de Seferovic, nem a regularidade de Pizzi, nem o carisma de Samaris. Mas, no balanço global da última temporada, o jogador que mais se destacou no Benfica foi, quanto a mim, Rafa.
Foi o melhor em campo no Porto, em Braga e em Vila do Conde. Também com o Portimonense na Luz - jogos em que marcou golos muito importantes. Foi decisivo na recta final da prova, espalhando magia e fazendo lembrar...Chalana.
Marcou 17 golos na Liga, sendo o terceiro da lista dos artilheiros.
Acaba de renovar contrato até 2024. Que boa notícia!

PORTUGAL OLÉ!

A Liga das Nações, sendo uma competição nova, terá ainda de fazer o seu caminho.
O próprio Europeu começou com pouca pompa e uma final-four semi-clandestina (Portugal, então, só via fases finais pela TV e a preto e branco). E até o primeiro Mundial, em 1930, teve participações por convite, e muitas selecções a desistirem por causa da longa viagem.
Nestes casos há sempre muita gente a desvalorizar vitórias, mesmo quando seríamos nós, portugueses, os mais interessados em dar-lhe luz.
Pois a Equipa das Quinas venceu, sem espinhas, uma prova onde, recordo, também estavam França, Alemanha, Espanha, Itália, Bélgica e Croácia, além dos quatro finalistas. Ou seja, onde estavam todas as principais selecções do continente. Foi, portanto, uma grande vitória, não igual à do Europeu, mas quase.
Fernando Santos não é o melhor seleccionador do mundo - eu sou dos que custa a entender algumas das suas opções -, mas é certamente o mais feliz, e os resultados falam por ele. Já lá vão dois títulos. Os únicos no escalão sénior do país.
Parabéns a todos! Viva Portugal!

COMEÇA A FAZER-SE JUSTIÇA



A máfia da pirataria informática, responsável pelo maior embuste comunicacional dos últimos anos, começa a pagar pelo que fez.
O melhor ainda está para vir... 

REYES

Já com alguma demora, mas não com menor sentimento, fica a minha homenagem a José António Reyes, malogrado jogador que, segundo definição perfeita que ouvi a alguém, no ano que passou em Portugal esteve à altura do Benfica.
Que descanse em paz.

CHAMPIONS - palmarés


CAMPEÃO JUSTO

Ao longo do ano, Liverpool e Manchester City foram as equipas mais empolgantes do futebol europeu. É justo que uma delas seja campeã. Mais justo ainda sabendo que só uma (a outra) foi campeã inglesa.