AFINAL HAVIA OUTROS
A teia em redor do caso-Cardinal é ainda demasiado densa para permitir opiniões fundamentadas, além de que, tratando-se de um caso de polícia, é a ela, e só a ela, que cabe apurar os factos. Foi o Sporting? Foi o Marítimo? Foi uma cilada? Não sei. Devo dizer que, não havendo condenações para casos anteriores, e desconfiando quanto baste da espécie humana, acho natural que este tipo de coisas voltem a acontecer. E puxando pelo baú das recordações, também não tenho muita pena de José Cardinal. Mas não o posso, obviamente, acusar de nada. Nem a ele, nem a nenhum dos restantes protagonistas deste caso.
O problema levanta-se porém num contexto mais genérico, e tem a ver com o poder que os árbitros-assistentes têm no futebol, o qual não encontra paralelo no semi-obscurantismo mediático em que vivem. Quando as coisas correm mal, lançam-se culpas ao árbitro principal, esquecendo-se que nem sempre reside aí a causa primeira do erro. Os outros, os assistentes, são ignorados, como se fossem autómatos, como se não tivessem vontade própria, como se não tivessem interesses, preferências ou problemas matrimoniais, como se fossem…uma simples bandeira colorida.Ficou para a história o célebre golo de Petit a Vítor Baía, que Olegário Benquerença não sancionou. Olegário Benquerença, disse eu? Disse mal, efectivamente, por muitas más arbitragens com que esse senhor nos tenha brindado, nessa ocasião a culpa não foi dele, mas sim do assistente (ou auxiliar, ou fiscal-de-linha, ou liner, ou bandeirinha, ou lá como se chamava na altura). Ainda recentemente, Pedro Proença validou um golo ilegal do FC Porto, também no Estádio da Luz. Pedro Proença, disse eu? Disse mal, pois ao árbitro principal jamais seria possível ver o lance em boas condições. Luís Tavares e Ricardo Santos passaram assim por entre os pingos da chuva de dois dos mais negros momentos da arbitragem portuguesa nos últimos anos (não por acaso favorecendo ambos o FC Porto).
É esta sombria questão que o caso-Cardinal tem agora o condão de puxar, com estrondo, para a agenda mediática do futebol português.
O problema levanta-se porém num contexto mais genérico, e tem a ver com o poder que os árbitros-assistentes têm no futebol, o qual não encontra paralelo no semi-obscurantismo mediático em que vivem. Quando as coisas correm mal, lançam-se culpas ao árbitro principal, esquecendo-se que nem sempre reside aí a causa primeira do erro. Os outros, os assistentes, são ignorados, como se fossem autómatos, como se não tivessem vontade própria, como se não tivessem interesses, preferências ou problemas matrimoniais, como se fossem…uma simples bandeira colorida.Ficou para a história o célebre golo de Petit a Vítor Baía, que Olegário Benquerença não sancionou. Olegário Benquerença, disse eu? Disse mal, efectivamente, por muitas más arbitragens com que esse senhor nos tenha brindado, nessa ocasião a culpa não foi dele, mas sim do assistente (ou auxiliar, ou fiscal-de-linha, ou liner, ou bandeirinha, ou lá como se chamava na altura). Ainda recentemente, Pedro Proença validou um golo ilegal do FC Porto, também no Estádio da Luz. Pedro Proença, disse eu? Disse mal, pois ao árbitro principal jamais seria possível ver o lance em boas condições. Luís Tavares e Ricardo Santos passaram assim por entre os pingos da chuva de dois dos mais negros momentos da arbitragem portuguesa nos últimos anos (não por acaso favorecendo ambos o FC Porto).
É esta sombria questão que o caso-Cardinal tem agora o condão de puxar, com estrondo, para a agenda mediática do futebol português.
5 comentários:
Bom, bom é o Ferrari de Setúbal...o tal que viu um penalty a 70 metros. Esse de certeza que é impoluto.
Fazem o que querem. E nós a vê-los passar.
Mas isto é engraçado.
O presidente do marítimo veio denunciar a maneira como o porto trabalha... vejam bem o que aconteceu...
Isto só visto!
Não este Cardinal que a 35 m do lance indicou penalti contra o sporting quando o benfica estava a perder numa taça da liga? hummmmm?
Deve ser o mesmo cardinal que fingiu que não viu o vukcevic a puxar os calções ao Maxi Pereira, antes de centrar para o golo do sporte, quando o jogo ainda estava 0-0.
Deve ser o mesmo cardinal que ignorou conjuntamente com o lucilio as várias entradas a matar de diversos jogadores do sporte, nesse mesmo jogo.
Olha, olha.. entradas a matar sem qualquer tipo de sanção, nem de propósito.. isso traz-me à lembrança o jogo da passada 2ª feira...
sobre isto, é tudo estranho. mas só uma coisa. então afinal o benfica sempre tem razão quando diz que é prejudicado pelos arbitros e arbitros assistentes.
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