NA FRENTE


Se, por absurdo, em Agosto de 2014, no fim de uma pré-temporada angustiante, alguém nos desse a assinar um documento por via do qual, no início de Abril, o Benfica estaria a liderar o campeonato com três pontos de vantagem sobre o segundo classificado, seria fácil recolher quase tantas assinaturas quantos os sócios e adeptos abordados.

Independentemente das expectativas que, num ou noutro momento, por este ou aquele resultado, foram sendo criadas, ninguém de bom senso esperaria que o presente campeonato se transformasse num passeio – como, diga-se, de algum modo acabou por ser o anterior.

O plantel encarnado sofreu entretanto muitas baixas, e o rival directo reforçou-se com exuberância. As forças equilibraram-se. E se este Benfica pôde continuar a vencer, não é justo exigirmos-lhe que o faça nadando num mar de facilidades.

A derrota de Vila do Conde foi dolorosa, mas não vai iludir os factos: estamos a fazer um campeonato brilhante, e somos os mais sérios candidatos ao título. Perdemos uma batalha. Já havíamos perdido outras. Mas a guerra está aí, diante de nós, para ser vencida. Com agruras, com sofrimento, com avanços e recuos, com suor e com lágrimas. A nossa cor é de sangue, e a nossa história é de luta. Da Farmácia Franco aos heróis de Berna, de Eusébio e Coluna aos dias de hoje.

Não foi a choramingar que nos tornámos um dos maiores clubes do mundo. Foi, sim, a reagir às adversidades com alma de campeão, e a erguermo-nos, mais fortes, de cada vez que tropeçámos.

Faltam apenas oito finais. Hoje é o primeiro dia do resto da temporada, e partimos na frente.

Força Benfica!

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