OLHA QUE DOIS

Mesmo com uma nota artística bastante baixa, mesmo com algum sofrimento, o Benfica lá conseguiu aquilo que mais lhe interessava: alcançar a oitava vitória em nove jogos, e colocar alguma pressão sobre o líder do campeonato.
Tal como em diversas outras ocasiões nesta temporada, a equipa encarada revelou, desde o apito inicial, um problema de velocidade, ou, se preferirmos, de intensidade de jogo. Entrou em campo a passo, quase não fazendo pressão - o que permitiu ao adversário criar alguns problemas junto da sua linha defensiva -, e sem a imaginação suficiente para criar oportunidades de golo que se vissem. Pareceu, no fundo, acreditar que, mais tarde ou mais cedo, o golo iria cair do céu.
A verdade é que caiu mesmo. Não propriamente do céu, mas das mãos de Moretto, que teve um regresso à Luz totalmente desastrado, dando razão a todos aqueles que não o queriam ver por lá.
Até esse momento, a história da primeira parte fora uma história de embalar, tal a forma sonolenta como as equipas se foram passeando pelo campo, cabendo aqui, obviamente, muito maiores responsabilidades ao Benfica.
No segundo período, e já em vantagem, a equipa da Luz mostrou um pouco mais de entusiasmo. Nunca chegou a um nível elevado, mas teve, pelo menos, o condão de não deixar que as imediações da sua área sofressem qualquer tipo de ameaça.
Sabendo como são estas coisas, os adeptos foram todavia sentindo, à medida que o tempo passava, e o resultado permanecia tangencial, o perigo de um final pouco feliz. O golo de Saviola descansou o estádio, e colocou um ponto final numa noite fria, dentro e fora do rectângulo de jogo.
Destaque individual para a dupla de avançados, que fez aquilo que normalmente se lhes pede, ou seja, golos. Saviola, em particular, revelou uma vivacidade que nos últimos tempos se lhe não vira com frequência. Desconheço o que se terá passado com ele em Israel, mas o que quer que tenha sido, teve o condão de nos trazer um Saviola (de felicidade ou de raiva) muito mais próximo daquilo que se espera de um craque como ele.
A arbitragem foi fraquinha, mas não teve qualquer interferência no resultado.

4 comentários:

Vitória do Benfica disse...

Olá Luis Fialho
Foi uma noite de sofrimento e de raiva porque o SLB não joga com paixão. Não sei o que se passa. Não sei se JJ é realmente aquilo que Fernando Guerra escreveu a 9 de Agosto depois da derrota na supertaça. Quando se compara o Benfica de Néné como o que eu vi hoje à noite no Vitórias e Património e aquele que se vê hoje é a noite para o dia. Sim é um prazer e um regalo ver Saviola. Eu que tenho um lugar por cima da baliza onde foi o golo de Saviola pude ver a forma como ele estava no segundo poste, sem marcação e a enganar a defesa do Olhanense. Moretto fez aquilo que sempre faz. De salientar outravez Roberto, muito bem, mesmo muito bem. Não tenho fé nenhuma na terça e se quizer apesar de não concordar não me importava de ficarmos arredados. Ainda tenho presente aquele ano em que chegamos aos quartos de final e de nada serviu porque ficamos em terceiro lugar no campeonato

Anónimo disse...

Imaginem que era um jogo do F.C.Porto, o adversário, sem jogar muito, a complicar a vida, o intervalo estava à vista com o resultado em branco e o guarda-redes, com um passado ligadíssimo ao nosso clube, dava uma barraca daquele tamanho, "mamava" um capão daqueles...uuuuuiiiiiiii.....o q praqui já ia!!!!!!!!

LF disse...

Como a Vitória muito bem diz, o Moretto já fazia daquelas quando estava no Benfica.

Anónimo disse...

O Moretto o quê?