CHAMPIONS SEM SURPRESAS

A segunda mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões não trouxe surpresas, confirmando o apuramento de Barcelona, Manchester United e Chelsea, que, com maior ou menor dificuldade, se desembaraçaram dos seus adversários. As maiores dúvidas residiam em Anfield Road e, na verdade, o espectáculo proporcionado uma vez mais por Liverpool e Arsenal esteve à altura de todas as expectativas.
Partindo da desvantagem do golo sofrido em casa, os “Gunners” entraram em campo decididos a dar a volta ao texto. Durante um largo período da partida assistiu-se a um autêntico festival ofensivo da equipa de Arséne Wenger, um pouco à semelhança do que havia sido capaz de fazer em San Siro diante do Milan. Apesar de ter chegado por duas vezes à vantagem na eliminatória (0-1 e 2-2), o Arsenal ver-se-ia traído nos últimos instantes pela menor experiência internacional dos seus jogadores, ficando assim afastado de uma prova na qual, pelo brilhantismo reiteradamente demonstrado, bela beleza plástica do seu futebol, bem merecia ter chegado mais longe.
Da noite europeia de Anfield há ainda que destacar os maravilhosos golos de Fernando Torres – eventualmente o melhor ponta de lança do mundo na actualidade -, e de Adebayor, este na sequência de um excepcional lance individual de Theo Walcott, a fazer lembrar o Diego Maradona dos melhores tempos.
Para as meias finais teremos pois, pelo segundo ano consecutivo, três conjuntos ingleses e um “intruso”. Chelsea e Liverpool encontram-se pela terceira vez em quatro anos nesta fase da prova, com a história a pender invariavelmente para os “Reds”, ao passo que um fortíssimo Manchester United se apresenta como claro favorito para o confronto com um Barcelona em crise de identidade. Mas sabendo-se como o futebol tantas vezes escapa aos ditames da lógica ou da tradição, sobretudo quando a categoria dos intervenientes deixa espaço a todas as possibilidades, o melhor é mesmo esperar para saber quem serão os finalistas.
Veja-se, a propósito, como ficou o top-ten de sempre da prova, após esta eliminatória:

(CRITÉRIO: presença 1 pt, vitória 3 pts, empate 1 pt, eliminatória 1 pt, final 10 pts e título 20 pts)

3 comentários:

Anónimo disse...

Que tal passares a fazer um Top 10 com a "Champions League" e não com aquilo que gostarias que fosse?

Que eu saiba o formato e o nome da prova já mudaram há uns anos, os suficientes para que o teu SLB não aparecesse sequer nos 25 primeiros...

Não me digas que achas mesmo que o Benfica venceu 2 LIGAS DOS CAMPEÕES??

É preciso muita imaginação...

LF disse...

Acho !

Todas as estatísticas oficiais da Uefa, todos os balanços que alguma vez vi na comunicação social portuguesa ou estrangeira, consideram a Taça dos Campeões e a Liga dos Campeões como uma só competição.
Simplesmente mudou de nome (uma vez) e de formato (várias vezes).
Sempre foi a prova que apura o campeão europeu.

É óbvio que é muito mais difícil vencê-la no formato actual, tal como é mais difícil ganhar um campeonato nacional com 16 ou 18 equipas do que com 8, 10 ou 12.

Mas antes era mais fácil para todos, e no entanto quem as ganhou foram quase sempre clubes como Real Madrid, Inter, Milan, Liverpool, Ajax, Bayern e ...Benfica

De resto o FC Porto também ganhou uma vez no formato antigo. Já não conta ?
Já agora, as taças intercontinentais também não valeriam de nada, pois agora existe o mundial de clubes...
Ora !

O Sporting, nem com formatos fáceis, nem difíceis. Nunca chegou sequer às meias finais, e só por uma vez aos quartos.


Não é preciso imaginação. É preciso é conhecer um pouco da história do futebol.
As alterações de formato e nome prenderam-se com critérios comerciais e de marketing. Nunca pretenderam criar uma competição nova.

Anónimo disse...

O Benfica também tem a taça latina,competição anterior a taça dos campeôes,só o Benfica a ganhou em Portugal.
A Fifa elegeu os dez clubes miticos do futeblo mundial,o Benfica é um deles.