MÍNIMOS

Com uma eliminatória a duas mãos, e o jogo do ano a poucos dias de distância, não se esperava uma exibição deslumbrante do Benfica. E a primeira parte confirmou uma prestação sonolenta, como que esperando pelo golo, ou pelos golos, que resolvessem tranquilamente o problema.

O penálti transformado por Pizzi ainda fez parte dessa narrativa. Mas depois o Famalicão reagiu em força, destapando fragilidades defensivas preocupantes nos encarnados. A equipa do Minho virou o resultado, e obrigou o Benfica a um esforço com que de certo não contava para evitar o escândalo de uma derrota que pudesse pôr em causa a presença no Jamor.

3-2 não é um resultado perfeito, longe disso. Mas permite um empate em Famalicão, o que faz manter o favoritismo do lado de cá. O Jamor pode esperar mais uma semana.

Destaque positivo para a exibição de Taarabt. Negativo para a já referida permeabilidade defensiva, que não é, de todo, um problema individual. De referir também a extrema agressividade de alguns jogadores famalicenses, que pareciam em certos momentos andar à procura da lesão.

PS1: Não percebi porque motivo na época passada, com o Sporting, Bruno Lage quase ofereceu a eliminatória colocando Svilar na baliza, e agora, com o Famalicão (que, enfim, não tem Bruno Fernandes) manteve Vlachodimos, passando um atestado de menoridade aos restantes guarda-redes – que, lamentemos, ainda podem vir a fazer falta. E também não percebi as utilizações desnecessárias de Gabriel e André Almeida, jogadores com algumas fragilidades físicas, e que tinham alternativas válidas no banco. Enfim, ele lá saberá.

PS2: Pena não ter visto Diogo Gonçalves jogar no Benfica com o entusiasmo e a energia que evidenciou neste jogo. Emprestados destes são para dispensar na hora. Não pretendo facilitismos, mas também não admito ressabiamentos.