NADA A PERDER, TUDO A GANHAR


Estar na segunda mão de uns quartos-de-final da maior prova de clubes do mundo, a um golo de empatar a eliminatória, e com noventa minutos para o fazer, é algo que deixa, obrigatoriamente, os adeptos a sonhar com o paraíso.
Em futebol tudo é possível, são onze de cada lado, e a bola é redonda. Vontade de fazer história é coisa que não falta , e, chegado aqui, ao Benfica nada mais resta senão tentar ser feliz.
A equipa encarnada já cumpriu a sua obrigação nesta Champions, pelo que nada tem a perder. Chegou onde era possível chegar, venceu quem tinha de vencer, e integrar o estrito lote dos oito melhores do planeta é, desde logo, motivo de orgulho para um clube que - não o esqueçamos - vive ainda num processo de recuperação da sua identidade ganhadora. Não teve a pontinha de felicidade de que necessitava para pôr esta eliminatória a seu jeito, e chega a Londres na desconfortável posição de ter de virar um resultado. Nada que não seja natural quando se defrontam equipas do primeiro mundo do futebol internacional, ao qual este Chelsea claramente pertence, e ao qual o Benfica de hoje apenas tenta aproximar-se.
Se me pedissem um palpite, diria que restavam aos encarnados 15% de hipóteses de chegar às meias-finais. São poucas mas existem. Há pois que procurar essas hipóteses.
Se Luisão recuperar, creio que Jesus poderá apresentar uma equipa competitiva, e à altura da ocasião, recuando Javi e fazendo entrar Matic para o miolo. Se houver necessidade de “inventar” centrais, as coisas tornam-se necessariamente mais difíceis. Defendo, contudo, que Luisão só deva ser utilizado no caso de não existir qualquer risco de agravamento da sua mazela, pois o campeonato pode decidir-se dentro de dias, e, ao contrário do que sucede com esta Champions League, perder na luta interna seria dramático.
Noutros momentos critiquei o treinador benfiquista por ser demasiado audaz nos jogos europeus fora de casa. Hoje estará como gosta, devendo entrar com tudo, à procura de uma oportunidade para repor o equilíbrio na eliminatória. Se marcar primeiro, o Benfica pode embalar para uma noite de glória. Mas mesmo que sofra um golo, nada ficará perdido. Se, por exemplo, chegar ao intervalo com 1-1 no placard, creio que as hipóteses de sucesso na segunda parte serão consideráveis. Ou seja, nestas circunstâncias, importa muito mais marcar do que não sofrer, o que teoricamente favorece o futebol deste Benfica.
Volto atrás, para repetir que não há nada a perder. Desta noite, ou sobra uma eliminação tranquila, esperada e honrosa, ou uma jornada épica, capaz de recolocar o clube da Luz na senda dos melhores tempos de Eusébio. A angústia está reservada para as jornadas que faltam disputar no campeonato. Aqui, é de festa que se trata.
Ver o Benfica ao lado de Real Madrid, Barcelona e Bayern, na luta pelo título europeu, é coisa perante a qual teria de me beliscar para poder acreditar. Faltam noventa minutos. Não custa tentar. Com força, e com fé.
Deixo o meu onze, que privilegia a mobilidade de Rodrigo, e sugere a poupança do muito desgastado Cardozo:

4 comentários:

Gandhy disse...

Eu quero é ganhar segunda feira, saltar para o topo da classificação e ir fetsejar o 33.º para o Marques.

Aqui está feito! A derrota em casa acabou com tudo. Pode-se acreditar, mas só mesmo um .... milagre!

Vitória do Benfica disse...

Eu mesmo que tivesse ganho aqui eu prefiro não ir às meis finais,

Anónimo disse...

E não se preocupem...pq não vão mesmo!

Bruno Pereira disse...

Discordo apenas do 11, como podes ver e perceber aqui: http://orgulhosamentelampiao.blogspot.pt

Quanto ao resto é mesmo isso!

Caro Vitória do Benfica muda de nome sff e de clube se puder ser. Preferes não ir às meias finais???? Sabes o que é o Sport Lisboa e Benfica??? Por favor...