UM PASSO PARA A GLÓRIA
21 anos! Foi há 21 anos que o Benfica disputou a sua última final europeia, na altura em Viena, com o Milan.
Jogavam Valdo, Ricardo, Thern, Magnusson e Vítor Paneira. Do outro lado estavam Rijkaard, Van Basten, Gullit, Baresi e Ancelotti. O Milan era uma espécie de Barcelona da altura, e ganhou por 1-0, depois de um jogo inesperadamente equilibrado. Acabei em lágrimas, mas com o orgulho benfiquista lá bem no alto.
Ninguém imaginava então que, tanto tempo depois, o Benfica não tivesse voltado a marcar presença numa grande decisão internacional. Ninguém imaginava então que, apenas uma década decorrida (1999, 2000…), eu próprio temesse que o Benfica não mais voltasse a sonhar, sequer, com tal coisa, e não mais vencesse qualquer campeonato, despedindo-se, definitivamente, do seu palmarés glorioso – pensei-o, muitas vezes, nos tempos do valeeazevedismo.
Passados 21 anos, passadas muitas convulsões, passados dois títulos nacionais, a oportunidade está aí. O Benfica está a noventa minutos, está a um empate, a um simples empate (e tão difícil ele parece…), de voltar a entrar em campo ladeando uma taça europeia, perante os holofotes do mundo. Para quem tenha menos de 25 anos, esta será a oportunidade para verem, pela primeira vez, o Benfica numa grande final. Para quem não tenha mais de 55, o desafio maior será o de ver erguer a taça – coisa que, em 1961 e 1962, já não chegaram a tempo de saborear. Para todos, este poderá ser um momento histórico, daqueles que fica inscrito na eternidade, daqueles que figura em qualquer livro evocativo do benfiquismo.
Juntamente com o Bessa, em 2005, e com o Rio Ave, na Luz, em 2010, o jogo de amanhã em Braga será um dos três mais importantes dos últimos 15 anos. Como aqui disse, não se trata de salvar coisa nenhuma. Trata-se de buscar a glória. A maior glória das últimas décadas.
Seja o diabo cego, mas, uma eventual eliminação nas meias-finais de uma liga europeia, onde participaram mais de 200 clubes, onde estiveram equipas como Liverpool, Juventus, M.City, PSV, A.Madrid, Leverkusen, Dortmund, D.Kiev, Zenit, Ajax ou Nápoles, não pode ser vergonha para ninguém. A conjugação de uma eliminação aos pés do Sp.Braga, da perda do Campeonato, e do falhanço nas meias-finais da Taça de Portugal, representará, porém, um sentimento depressivo, que não podendo ser confundido com qualquer desastre - desastre seria perder em casa com o Gondomar, ficar em sexto lugar, ou não estar nas competições europeias, o que, de resto, já aconteceu -, não deixará de trazer consequências para a estabilidade imediata do próprio clube, sabendo-se como funciona a arquitectura comunicacional do futebol português, e a forma exacerbada, e pouco lúcida, como tantas vezes se manifesta a paixão dos adeptos.
Estamos pois perante o cruzamento entre uma frustração das grandes, e uma epopeia histórica. Estamos entre o quase tudo, e o quase nada. Estamos, em sentido figurado, entre a vida e a morte. Ou ainda mais do que isso, como dizia Shankly.
Acredito no Benfica. Acredito neste Benfica, com Roberto e tudo. Acho que tem melhor equipa que o seu adversário, é mais experiente, tem mais soluções, e só uma conjuntura particularmente desfavorável (lesões, cansaço, taça) equilibrou a balança da eliminatória.
O que é facto é que ela está mesmo equilibrada, e tudo pode acontecer. Temo o ambiente da “Pedreira” (não em termos pessoais, mas sim na influência que pode ter nos jogadores), temo o jogo subterrâneo em que a equipa minhota se especializou, temo que um qualquer incidente (falha de marcação, erro de arbitragem, expulsão) possa, de um momento para o outro, virar o rumo dos acontecimentos. Mas, como disse na passada semana, creio que o Benfica leva para Braga uma pequeníssima dose de favoritismo.
Palpites? Como em Paris acertei, vou repetir o mesmo resultado: 1-1, golos de Alan e Cardozo.
Deixo também o meu onze:
Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão, Javi Garcia, Gaitán, Carlos Martins, César Peixoto, Saviola e Cardozo.
Que Deus os ajude...
8 comentários:
Deus não se mete nestas coisas...
então deus tem sido portista ao longo dos últimos anos. A existência de deua é uma impossibilidade física. Foça Benfica.
Eu acredito no Benfica, deus para mim não existe.
roberto!!!??
o benfica tem que povoar o meio campo com airton sem jogar à defesa. o Braga iria ser completamente manietado e talvez não sofresse-mos golos. no entanto há que marcar. força benfica. parabéns juventude de Évora pela manutenção dadas as circunstâncias.
Deus existe e o facto é que para amanhã não nomeou um arbitro português. Eu recordo que das duas ultimas vezes o Benfica não ganhou em Braga na primeira perdeu por 2 zero na segunda por dois um, mas a situação foi bem diferente. Em Outubro de 2009 o jogo foi arbitrado por Jorge de Sousa com aquela expulsão do Cardozo em Março de 2011 o Benfica perde por causa da Xistrada e da expulsão de Javi Garcia. Acho que a terceira é de vez e o Benfica estará na final em Dublin.
Sobre Dublin quero dizer que por lá como dizem os rapazes da UEFA os quimicos são vistos por TOF ou seja Time Of Fly e como eles dizem com estes não há mascaras. Assim o Benfica será o próximo vencedor da Taça UEFA. Que pena como dizem os rapazes da UEFA por cá não haver TOFs para a Taça de Portugal.
Vitória então se deus existe, satanás é quem? O pinto da costa?
oh vitoria, podia-ser poupar a vir aqui mostrar a sua falta de cultura futebolistica.
sendo uma competição europeia e tendo pelo menos uma equipa em jogo, é óbvio que o jogo nao seria arbitrado por um portugues sim?
o benfica vai ser o proximo vencedor da TAÇA UEFA? Oh vitoria, essa competiçao ja nao existe, chama-se Liga Europa. e depois, como é que sabe que o benfica vai ser vencedor da Liga Europa? Consegue prever o futuro? e o quê que os tais TOFs têm a ver com isso?
obrigado por estes comentarios tao diveritdos dona vitoria, de facto sao de rir, com tamanha ignorância acerca do futebol
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