UM REGALO!
Dois espectáculos verdadeiramente deslumbrantes provaram esta noite que as eliminatórias da Liga dos Campeões – mais do que Mundiais e Europeus, mais do que as previsíveis fases de grupos, ou até que as calculistas finais – são os momentos de gala do desporto-rei, aqueles onde a qualidade e intensidade de jogo atinge níveis mais elevados, sobretudo quando se trata de segundas-mãos, em que o risco, para um ou outro lado, se torna obrigatório.
O ritmo extremamente veloz, a exuberância técnica das grandes estrelas e a perfeição táctica dos magos do treino, levam estes jogos aos limites, conferindo-lhes um brilhantismo único no mundo. Com estádios a abarrotar, com cânticos constantes nas bancadas, com rostos de dramatismo em relvados exemplarmente tratados, e com fantástica realização televisiva que os leva ao mundo, é nestas alturas que o espectáculo do futebol atinge o seu top, acima do qual não existe mais nada.
O Manchester United-Marselha já havia sido um grande jogo - fruto da audácia dos franceses que conseguiram discutir a eliminatória até ao apito final, e só devido a alguma ineficácia na sua frente de ataque a deixaram fugir. Mas o Bayern-Inter que se lhe seguiu (em HD foi transmitido em diferido) terá sido porventura a melhor partida de futebol a que assisti nesta temporada.
Foi pena que a equipa de arbitragem portuguesa, dirigida por Pedro Proença, não tenha estado à altura da ocasião, e tenha passado noventa minutos a empurrar o Bayern para trás (começando desde cedo, com a validação de um golo em fora-de-jogo). Bem sei que a senhora Merkel não tem feito muito por cativar as nossas simpatias, mas futebol é futebol, e a fantástica equipa de Schweinsteiger, Robben, Ribery e Muller não merecia tão discriminatório tratamento. Eu que prefiro claramente alemães a italianos, e que de entre estes apenas tolero o…Milan, não fiquei lá muito feliz com o resultado, ainda que a emoção e o regalo com que assisti ao jogo tenham compensado amplamente a pequena mágoa final.
Independentemente de gostos e preferências, o Bayern teve oportunidades para chegar ao intervalo a golear, após 45 minutos de futebol esmagador. Quem, a este nível, tanto desperdiça, está normalmente condenado. Foi o que aconteceu na ponta final do jogo, onde um Inter de grande coração conseguiu dar a volta ao jogo e à eliminatória com o brilhantismo digno de um verdadeiro campeão europeu. Quando Proença apitou pela última vez, até eu, refastelado no meu sofá, estava cansado de tanta velocidade e de tanto ritmo. Mas seria bem capaz de estar ali a noite toda a deleitar-me com o delicioso prato que emanava do ecrã.
Futebol assim não é jogo, nem desporto. É bailado e poesia.
O ritmo extremamente veloz, a exuberância técnica das grandes estrelas e a perfeição táctica dos magos do treino, levam estes jogos aos limites, conferindo-lhes um brilhantismo único no mundo. Com estádios a abarrotar, com cânticos constantes nas bancadas, com rostos de dramatismo em relvados exemplarmente tratados, e com fantástica realização televisiva que os leva ao mundo, é nestas alturas que o espectáculo do futebol atinge o seu top, acima do qual não existe mais nada.
O Manchester United-Marselha já havia sido um grande jogo - fruto da audácia dos franceses que conseguiram discutir a eliminatória até ao apito final, e só devido a alguma ineficácia na sua frente de ataque a deixaram fugir. Mas o Bayern-Inter que se lhe seguiu (em HD foi transmitido em diferido) terá sido porventura a melhor partida de futebol a que assisti nesta temporada.
Foi pena que a equipa de arbitragem portuguesa, dirigida por Pedro Proença, não tenha estado à altura da ocasião, e tenha passado noventa minutos a empurrar o Bayern para trás (começando desde cedo, com a validação de um golo em fora-de-jogo). Bem sei que a senhora Merkel não tem feito muito por cativar as nossas simpatias, mas futebol é futebol, e a fantástica equipa de Schweinsteiger, Robben, Ribery e Muller não merecia tão discriminatório tratamento. Eu que prefiro claramente alemães a italianos, e que de entre estes apenas tolero o…Milan, não fiquei lá muito feliz com o resultado, ainda que a emoção e o regalo com que assisti ao jogo tenham compensado amplamente a pequena mágoa final.
Independentemente de gostos e preferências, o Bayern teve oportunidades para chegar ao intervalo a golear, após 45 minutos de futebol esmagador. Quem, a este nível, tanto desperdiça, está normalmente condenado. Foi o que aconteceu na ponta final do jogo, onde um Inter de grande coração conseguiu dar a volta ao jogo e à eliminatória com o brilhantismo digno de um verdadeiro campeão europeu. Quando Proença apitou pela última vez, até eu, refastelado no meu sofá, estava cansado de tanta velocidade e de tanto ritmo. Mas seria bem capaz de estar ali a noite toda a deleitar-me com o delicioso prato que emanava do ecrã.
Futebol assim não é jogo, nem desporto. É bailado e poesia.
3 comentários:
Pois... mais um grande jogo mas no futebol interessa quem ganha. Mas o vencedor foi decidido pelo arbitro... enfim...
É isto que estraga o futebol. Se as pessoas vissem um jogo e quem ganhasse foi quem teve mais sorte, ou o melhor... mas não. Cada vez mais ganha quem os arbitros querem que ganhe e isso não é desporto e, por melhor que se jogue futebol, não tem piada nenhuma
É verdade o golo do etoo é fora de jogo, mas sinceramente nunca gostei do bayern, e como sou fã do futebol italiano até fiquei contente.Grande jogo, de itália só não gosto da juventus por motivos óbvios, o controle das arbitragens.Espero que o real-lyon hj seja tb um bom espectáculo enquanto o chelsea-copenhaga é só para cumprir calendário.
Concordo perfeitamente LF, um excelente jogo, onde mais uma vez, o pragmatismo e cinismo italiano sairam vencedores e que nao mereciam. De destacar samuel etoo, continua a ser um grande jogador e ca para mim, nao me importava que viesse para o FCP :)
Enviar um comentário