CAIR NA TERRA
Devo dizer, antes de mais, que não gostei nem um pouco da exibição do Benfica esta noite em Leiria. Valeu o resultado - obtido, aliás, por via de uma grande penalidade polémica - para disfarçar uma inesperada incapacidade futebolística manifestada pelos encarnados, que obviamente não apaga o que foi feito até agora, mas não pode deixar também de levantar algumas preocupações para o futuro próximo.
Um golo aos 4 minutos era tudo o que se poderia desejar para fazer face a um adversário difícil e combativo, e abrir caminho a mais uma empolgante demonstração de classe individual e colectiva, perante a maior enchente de sempre daquele estádio e jogos nacionais. Ao longo dos 86 minutos que se seguiram, viu-se todavia um Benfica cansado, pouco imaginativo e errante, que deixou transportar para os domínios da sorte e do azar (eufemisticamente apelidados depois de “raça” pelos mais optimistas) um jogo que lhe havia sido entregue em mão beijada com o golo de Saviola.
O que mais me desagradou não foi sequer o facto da equipa encarnada não ter brilhado no ataque, e muito menos a tangencialidade dos números finais. O pior da noite foi a incapacidade de conquistar espaço a meio-campo (creio que por insuficiências físicas), e a falta de solidez colectiva revelada , que bastas vezes deu a perceber uma equipa partida, e deixou sempre no ar a possibilidade do União de Leiria poder marcar um segundo golo, colocando as coisas ainda mais difíceis de reverter.
Esta tristonha prestação creio poder ser dissecada a partir de dois aspectos fundamentais.
Em primeiro lugar, por muita admiração que tenha por Jorge Jesus, por muito que respeite o seu trabalho e aquilo que tem feito com este Benfica, não entendi a gestão do plantel que ele fez esta semana. Dou exemplos: Ramires, sem férias e visivelmente cansado, foi obrigado a fazer os 180 minutos dos dois jogos anteriores, mesmo depois de eles estarem resolvidos, acabando por ser agora forçado a sair quando mais falta fazia à equipa; Javi Garcia também jogou o tempo todo, quando talvez fizesse sentido descansar uns minutos no Restelo ou com o Bate Borisov; Fábio Coentrão podia ter sido titular na jornada europeia, permitindo a Di Maria ressurgir com outra disponibilidade física neste exigente compromisso; o mesmo é válido para Keirrison (que com os bielorrussos nem sequer entrou em campo, num jogo que até poderia favorecer a sua integração) relativamente a Cardozo. Enfim, Jesus saberá, e decerto tem razões válidas para tomar as decisões que tomou. Não as critico (quem sou eu para o fazer), apenas digo que, neste aspecto, não as entendi. O que é um facto é que o Benfica mostrou um inegável défice de poder físico e capacidade de pressão, logo diante de um adversário que fez dessas armas a sua principal virtude.
Em segundo lugar, uma equipa campeã – como o Benfica quer ser – tem de saber controlar os ritmos e os espaços de jogo com outra autoridade. O União de Leiria não criou muitas ocasiões de golo, mas conseguiu demasiadas vezes encontrar espaços nas costas do meio-campo benfiquista, onde sobretudo o lado esquerdo se mostrou extremamente permeável. Di Maria não defende (sabe-se de antemão), mas era suposto existir um defesa nas suas costas. Acontece que Shaffer se comporta mais como um médio-ala do que como o defesa-esquerdo de que a equipa realmente necessita, cruza bem mas fecha mal, e aquele corredor torna-se um convite aos adversários mais acutilantes. Mas não é tudo.
Sem querer encontrar réus ou culpados – até porque o “crime” (leia-se, derrota) nem sequer foi consumado -, há um jogador no Benfica cuja apreciação generalizada do grande público não coincide com a minha. É ele David Luíz.
Muito gosta o povo de defesas-centrais que saibam “sair a jogar”, e que apareçam bem lá na frente. Pois eu, tanto de centrais como de laterais, gosto é daqueles que não cometem erros lá atrás. E lá atrás, David Luíz mostra uma displicência irritante, comete erros infantis, e tem momentos em que os caracóis lhe parecem perturbar o pensamento.
O Benfica sofreu até agora três golos no campeonato. Lembremo-los:
- Golo do Marítimo após grande penalidade desnecessária cometida por David Luíz
- Golo do V.Setúbal na sequência de erro infantil de David Luíz
- Golo do U.Leiria, auto-golo de David Luíz
Há um lance nesta partida que me fez levantar do sofá tal a irritação que me causou: já com o resultado em 1-2, a precisar de gerir o jogo e o tempo, David Luíz arrancou do seu lugar com a bola nos pés, desposicionou-se gratuitamente e, ninguém sabendo o que lhe passou pela cabeça, ofereceu a bola ao guarda-redes contrário com um pontapé fraco e displicente. Correu riscos desnecessários, perdeu a bola de imediato, não ganhou tempo. Fosse eu o treinador e de uns bons berros não se livrava - ele, como de resto também Javi Garcia, que aos 93 minutos levou um cartão amarelo inútil, cometendo uma falta em zona perigosa, num lance que estava mais ou menos controlado.
Não quero, como disse, crucificar o jovem central brasileiro. Pelo contrário, desejo-lhe o melhor. É uma promessa, tem talento e uma enorme margem de progressão. Mas alguém tem de lhe fazer ver o que é um defesa-central, o que tem mesmo de fazer em campo (e o primeiro ponto será manter a concentração que nem sempre revela), e o que não precisa de fazer. Eu não vejo os centrais do Inter “sair a jogar”, não vejo centrais do Real Madrid “sair a jogar”, não vejo centrais do Barcelona “sair a jogar”, não vejo centrais do Manchester United “sair a jogar”. Há uma ou outra excepção (e só me lembro de Ricardo Carvalho), mas mesmo assim só o fazem quando o risco é mínimo, e estão longe de assentar o seu jogo nessa peculiaridade.
Já gastei muitas linhas a falar da rotatividade de Jesus e da prestação de David Luíz. Pois foram justamente o desgaste físico do Benfica (por oposição à disponibilidade leiriense), e o auto-golo de David Luíz, bem como a pouca solidez defensiva que, sobretudo, ele e Shaffer personificam, as razões para o jogo se ter tornado tão difícil.
Tudo acabou por correr bem, o penálti foi assinalado (podia não o ter sido), e a reacção do União de Leiria não deu em nada, pese embora aqueles lances de bola parada ao minuto 93 me tenha feito cair mais uns cabelos. Mas uma coisa é certa: se o Benfica tinha mostrado até aqui a qualidade de uma equipa campeã, mostrou hoje que ainda tem muito trabalho pela frente até lá chegar.
O FC Porto perdeu, e para o Benfica sonhar com o título é necessário ver o FC Porto perder aquele tipo de jogos. Na próxima semana teremos a visita do Sporting ao Dragão, e um Benfica-Leixões na Luz. Eis um momento fantástico para ganhar vantagem sobre os principais rivais, que não pode, de modo algum, ser desperdiçado.
Um golo aos 4 minutos era tudo o que se poderia desejar para fazer face a um adversário difícil e combativo, e abrir caminho a mais uma empolgante demonstração de classe individual e colectiva, perante a maior enchente de sempre daquele estádio e jogos nacionais. Ao longo dos 86 minutos que se seguiram, viu-se todavia um Benfica cansado, pouco imaginativo e errante, que deixou transportar para os domínios da sorte e do azar (eufemisticamente apelidados depois de “raça” pelos mais optimistas) um jogo que lhe havia sido entregue em mão beijada com o golo de Saviola.
O que mais me desagradou não foi sequer o facto da equipa encarnada não ter brilhado no ataque, e muito menos a tangencialidade dos números finais. O pior da noite foi a incapacidade de conquistar espaço a meio-campo (creio que por insuficiências físicas), e a falta de solidez colectiva revelada , que bastas vezes deu a perceber uma equipa partida, e deixou sempre no ar a possibilidade do União de Leiria poder marcar um segundo golo, colocando as coisas ainda mais difíceis de reverter.
Esta tristonha prestação creio poder ser dissecada a partir de dois aspectos fundamentais.
Em primeiro lugar, por muita admiração que tenha por Jorge Jesus, por muito que respeite o seu trabalho e aquilo que tem feito com este Benfica, não entendi a gestão do plantel que ele fez esta semana. Dou exemplos: Ramires, sem férias e visivelmente cansado, foi obrigado a fazer os 180 minutos dos dois jogos anteriores, mesmo depois de eles estarem resolvidos, acabando por ser agora forçado a sair quando mais falta fazia à equipa; Javi Garcia também jogou o tempo todo, quando talvez fizesse sentido descansar uns minutos no Restelo ou com o Bate Borisov; Fábio Coentrão podia ter sido titular na jornada europeia, permitindo a Di Maria ressurgir com outra disponibilidade física neste exigente compromisso; o mesmo é válido para Keirrison (que com os bielorrussos nem sequer entrou em campo, num jogo que até poderia favorecer a sua integração) relativamente a Cardozo. Enfim, Jesus saberá, e decerto tem razões válidas para tomar as decisões que tomou. Não as critico (quem sou eu para o fazer), apenas digo que, neste aspecto, não as entendi. O que é um facto é que o Benfica mostrou um inegável défice de poder físico e capacidade de pressão, logo diante de um adversário que fez dessas armas a sua principal virtude.
Em segundo lugar, uma equipa campeã – como o Benfica quer ser – tem de saber controlar os ritmos e os espaços de jogo com outra autoridade. O União de Leiria não criou muitas ocasiões de golo, mas conseguiu demasiadas vezes encontrar espaços nas costas do meio-campo benfiquista, onde sobretudo o lado esquerdo se mostrou extremamente permeável. Di Maria não defende (sabe-se de antemão), mas era suposto existir um defesa nas suas costas. Acontece que Shaffer se comporta mais como um médio-ala do que como o defesa-esquerdo de que a equipa realmente necessita, cruza bem mas fecha mal, e aquele corredor torna-se um convite aos adversários mais acutilantes. Mas não é tudo.
Sem querer encontrar réus ou culpados – até porque o “crime” (leia-se, derrota) nem sequer foi consumado -, há um jogador no Benfica cuja apreciação generalizada do grande público não coincide com a minha. É ele David Luíz.
Muito gosta o povo de defesas-centrais que saibam “sair a jogar”, e que apareçam bem lá na frente. Pois eu, tanto de centrais como de laterais, gosto é daqueles que não cometem erros lá atrás. E lá atrás, David Luíz mostra uma displicência irritante, comete erros infantis, e tem momentos em que os caracóis lhe parecem perturbar o pensamento.
O Benfica sofreu até agora três golos no campeonato. Lembremo-los:
- Golo do Marítimo após grande penalidade desnecessária cometida por David Luíz
- Golo do V.Setúbal na sequência de erro infantil de David Luíz
- Golo do U.Leiria, auto-golo de David Luíz
Há um lance nesta partida que me fez levantar do sofá tal a irritação que me causou: já com o resultado em 1-2, a precisar de gerir o jogo e o tempo, David Luíz arrancou do seu lugar com a bola nos pés, desposicionou-se gratuitamente e, ninguém sabendo o que lhe passou pela cabeça, ofereceu a bola ao guarda-redes contrário com um pontapé fraco e displicente. Correu riscos desnecessários, perdeu a bola de imediato, não ganhou tempo. Fosse eu o treinador e de uns bons berros não se livrava - ele, como de resto também Javi Garcia, que aos 93 minutos levou um cartão amarelo inútil, cometendo uma falta em zona perigosa, num lance que estava mais ou menos controlado.
Não quero, como disse, crucificar o jovem central brasileiro. Pelo contrário, desejo-lhe o melhor. É uma promessa, tem talento e uma enorme margem de progressão. Mas alguém tem de lhe fazer ver o que é um defesa-central, o que tem mesmo de fazer em campo (e o primeiro ponto será manter a concentração que nem sempre revela), e o que não precisa de fazer. Eu não vejo os centrais do Inter “sair a jogar”, não vejo centrais do Real Madrid “sair a jogar”, não vejo centrais do Barcelona “sair a jogar”, não vejo centrais do Manchester United “sair a jogar”. Há uma ou outra excepção (e só me lembro de Ricardo Carvalho), mas mesmo assim só o fazem quando o risco é mínimo, e estão longe de assentar o seu jogo nessa peculiaridade.
Já gastei muitas linhas a falar da rotatividade de Jesus e da prestação de David Luíz. Pois foram justamente o desgaste físico do Benfica (por oposição à disponibilidade leiriense), e o auto-golo de David Luíz, bem como a pouca solidez defensiva que, sobretudo, ele e Shaffer personificam, as razões para o jogo se ter tornado tão difícil.
Tudo acabou por correr bem, o penálti foi assinalado (podia não o ter sido), e a reacção do União de Leiria não deu em nada, pese embora aqueles lances de bola parada ao minuto 93 me tenha feito cair mais uns cabelos. Mas uma coisa é certa: se o Benfica tinha mostrado até aqui a qualidade de uma equipa campeã, mostrou hoje que ainda tem muito trabalho pela frente até lá chegar.
O FC Porto perdeu, e para o Benfica sonhar com o título é necessário ver o FC Porto perder aquele tipo de jogos. Na próxima semana teremos a visita do Sporting ao Dragão, e um Benfica-Leixões na Luz. Eis um momento fantástico para ganhar vantagem sobre os principais rivais, que não pode, de modo algum, ser desperdiçado.
25 comentários:
lf,
é verdade que foi uma exibição menos conseguida e é bom que os jogadores leiam estas palavras que andam pelos blogs para compreenderem a exigência a que estão sujeitos. O benfica sofreu muito por conta própria mas que o jogo tenha servido para não repetir erros que se passaram. O benfica tem de aprender a flanquear mais o jogo, o david luiz tem de perceber que é um defesa central e que tem todas as condições para jogar simples e com menos faltas. Agora façamos outra análise, penso que as equipas grandes vão perder pontos a nível interno a seguir às jornadas europeias e é nessas alturas que os resultados são mais importantes do que as exibições e que se tem de vestir o tal fato de macaco..
Afonsus
David Luiz...
Concordo da falta de maturidade táctica que o "força" a sair feito doido com bola controlada..
discordo com culpa no golo ante V.Setubal...avançado estava praticamente entalado entre o David Luiz e um outro defesa que recuperava...o que é o nosso guarda-redes fazia quase fora da area? terá pretensões a jogar a líbero?
gestão de plantel...
concordo parcialmente...o nosso "pulmao" parece cansado dos 3 jogos numa semana, 2 deles fora, com viagens, e o inicio da participaçao na Liga Europa...ganhamos todos!!!
Eles vão descansar e recuperar bem até sabado..
caso ja tivessemos entrado em periodo de gestão,e tivessemos perdido pontos (ou nao os tivessemos ganho a um adversario directo, ou entrado mal na competição europeia), que se diria agora?
ganhamos, uns com brilhantismo, outros nem por isso...
venha o Leixões.
saudaçoes Benfiquistas
É verdade meu caro LF a exibição deixou muito a desejar mas o meu caro tb sabe que é precisamente nestes jogos em que não se joga bem que é vital tb vencer.Tb não entendi como é que o JJ ainda não fez descansar o Ramires e o Javi Garcia (eu não emprestaria o Yebda mesmo por causa disso). O Ruben Amorim pode perfeitamente jogar no lugar do Ramires num ou noutro jogo porque o brasileiro não teve quase férias e o rubem tb é bom jogador.Agora o Javi Garcia para mim foi o melhor em campo e ao contrário das minhas iniciais desconfianças está a provar o dinheiro que nele foi investido, arrisco-me mesmo a dizer que não sendo tecnicamente melhor do que o katsouranis é melhor jogador porque é mais competitivo e regular do que o grego que na minha opinião era bem mais irregular.Quanto ao David Luiz concordo com quase tudo que diz excepto no lance com o vitória de setúbal em que as culpas devem ser repartidas entre ele e o Quim que se ficasse na baliza em vez de se ter saído o jogador do setúbal não teria tirado a bola ao David Luiz.Quanto ao penalty de facto o jogador do leiria corta a bola primeiro mas tem uma entrada à wrestling e atinge o Aimar claramente. Achei muita piada ao que manuel fernandes disse sobre esse lance "... eu não tive a certeza se era penalty ou não mas os seus colegas (ao falar com o jornalista na flash-interview) é que me disseram que não era penalty...". Ou seja os jornalistas agora é que dizem aos adversários do Benfica estas coisas o que é bem notório mais uma vez da sua isenção.Para finalizar mais uma vez o Benfica proporciona uma boa receita a 1 clube adversário o que se calhar tb explica que os clubes pequenos estão em maus lençóis porque o Benfica nos últimos anos não tem estado muito bem.
P.S. Espero bem que o JJ e os jogadores tenham retirado as devidas ilações deste jogo porque ainda há 1 longo caminho a percorrer, mas como esta semana não há jogo europeu acho que os jogadores vão se apresentar em melhores condições para o jogo com o leixões.
É fácil falar depois de ver os jogos, fisicamente o Ramires tinha sido sempre dos melhores quem imaginaria que se ia ressentir?
Depois, creio que não é novidade para ninguém que os duelos pós competições europeias são extremamente difíceis, todas as equipas o sentem.
Outro ponto a penalidade só é polémica para quem não conhece as regras e perde muito tempo a analisar as repetições que mais lhe convêm, já vi a repetição em velocidade normal e seria um escândalo não marcar penalidade mas como é a favor do Benfica... sabemos como é.
Eu acrescentaria que não se jogou nas alas e não se percebe a displicência de David Luiz eu lembro-me do penalty na Ucrânia desnecessário.
Não percebo porque não coloca Miguel Victor ou Sydney. Não percebo porque não substitui Javi por Rubem Amorim
Caro LF
Tenho imenso apreço pela sua pessoa, mas tenho duas questões que gostava de lhe apresentar.
1- Na apresentação da equipa com a U.Leiria, acha a mais correcta?
2- E acha que realmante o penalty a favor do Glorioso existe?
Obrigado?
Respondendo directamente às duas questões que me foram postas digo:
1- O problema do onze e da rotatividade não se pôs neste jogo, mas sim no anterior.
Esta é, à excepção de Keirrison por Cardozo, a melhor equipa do Benfica. Poderia era ter chegado mais fresca a Leiria.
Di Maria, Javi Garcia, Cardozo e Ramires poderiam ter sido mais poupados no jogo anterior. Se não no onze inicial, pelo menos, alguns deles, na segunda parte, com 2-0 no marcador.
Javi e Ramires também o podiam ter sido no Restelo, onde fizeram os 90minutos, mesmo com uma goleada no placar.
Poupou-se o guarda-redes (para quê, se é o que corre menos?) e Aimar. Mais nada.
2- O penálti é um lance que deixa muitas dúvidas, aceitando-se qualquer juizo.
É daqueles momentos em que agradeço a Deus não ser árbitro, e ter de decidir numa fracção de segundo algo que vendo várias repetições não é, mesmo assim, claro.
Na classificação real darei o benefício da dúvida a Jorge Sousa, pois não creio que o facto de se tocar primeiro na bola seja motivo suficiente para, per si, o penálti deixar de existir.
Se um defesa cortar uma bola e, depois de lhe tocar, der uma bofetada no adversário, não deixa de ser penálti.
Neste caso o defesa toca, e simultaneamente entra com o corpo todo sobre Aimar, que fica sem qualquer hipótese de continuar o lance.
LOL. Agora os carrinhos vão ser proibidos também. Geralmente faz-se um carrinho e é sempre certo que se toca no adversário. Será falta? Porque é que se ouve dizer: JOGA PRIMEIRO A BOLA. Tipo o lance do Karagounis com o Andersson lembras-te? Aí já não achaste tu que era falta. Assim os 20 penalties do Jardel no Sporting vão ser batidos ainda na primeira volta.
Errmmm... Se este Angelo acha que o jogador do Leiria fez um "carrinho"...
Deve ter brevet.
Um carrinho é pelo chão, meu amigo.
No ar, aquelas coisas que fazem barulho chamam-se aviões.
Rui Santos também afirmou que não foi penalty porque "o jogador do Leiria toca na bola". Certo. Ficamos assim a saber que, depois de tocar na bola (ou no momento em que se toca), é possível utilizar marretas, facas ou os pitons para fazer um tratamento Lili Canecico às feições dos adversários.
Posto tudo isto, não me chocaria que o árbitro assinalasse "apenas" jogo perigoso - e logo, livre indirecto na área do Leiria.
Mas havendo contacto com Aimar, penso que a grande penalidade é aceitável. Sempre muito mais aceitável, pelo menos, que a cometida pela deslocação do ar sobre Álvaro Pereira, na semana passada.
Então segundo o sr. angelodias, quando o Katso mandou o Anderson para o estaleiro, não foi falta, porque jogou primeiro na bola!!
Sejam coerentes!!
foi o katsouranis, estupido...
Algelodias, imagina por um segundo que o lance do penalty era sobre o Hulk. E diz-me, sinceramente, estavas aqui a dizer as mesmas palavras?
Ou estavas a dizer "Querem matar o Hulk!! Foi com os pés à cara! Penalty limpinho"
Esclarece-nos.
Ò angelito mas aquilo foi um carrinho!? Aquilo não foi 1 carrinho, aquilo foi um golpe de wrestling.
Vitória com alma benfiquista!!
Com este coração, esta raça, esta entrega vamos longe Benfica!!
http://aguia-de-ouro.blogspot.com/
Caro LF,
Totalmente de acordo relativamente às suas considerações sobre D. Luíz... Relembro que na 1ª vez que tocou na bola num jogo oficial pelo Benfica marcou um auto-golo em França... Premonitório... As suas insuficiências têm sido camufladas esta época pela acção de Jávi G.
Sidnei e Miguel Victor não são alternativa... Roderick é mt novo...
O Benfica necessita de um Central de nível internacional para jogar ao lado do Luisão.
Discordo totalmente da sua opinião relativamente ao lance de cartão amarelo do Javi... É daquele tipo de lances que nascem os golos... Por outro lado culpo o árbitro, já que não era um lance de perigo eminente... Já viram que o Jávi é o "ponto forte/fraco" do Benfica e toca a carregá-lo com cartões... Qtas faltas deste género fazem o Meirles e o Fernando do fcp e nem sequer são assinaladas??
Saudações Benfiquistas.
LOL este Angelo é do catano, todos os jornais, todos os pasquins disseram que era penalty mas este adepto dos assumidamente corruptos ainda reclama.
Quanto ao post.. concordo com tudo. Ainda estou p saber porque razão o F.Coentrão não joga, o jogador com mais assistências, o jogador que cruza melhor, o jogador que defende e ataca sistematicamente e sobretudo um jogador inteligente. O D.LUIZ se tivesse a concentração do M.victor era do caray..Para mim o melhor central a par do Luisão é o Sidnei, mas o mister é que sabe.
Vasco, saudações benfiquistas
LF, SABES QUE PREZO IMENSO AS TUAS OPINIOES, E QUE APRECIO BASTANTE O TEU BLOGUE, MAS DESTA VEZ SURPRENNDESTE-ME... PORQUE ÉS - DESTA VEZ - FACCIOSO 'AO CONTRÁRIO'? PARA GANHARES ESPAÇO PARA QUANDO MAIS POLÉMICA HOUVER, NINGUÉM TE ACUSAR DE NÃO SERES 'CONSCIENTE E PONDERADO'?...
COMO É POSSÍVEL TERES DÚVIDAS QUE É PENALTY? AINDA NAO VI OS JORNAIS DE HOJE, NEM VI COMENTÁRIOS DE TV DE HOJE OU DE ONTEM, NEM VOU VER OS 'PAINELEIROS' DE SERVIÇO À SEGUNDA-FEIRA, QUE VIVEM DE CRITICAR ARBITROS E ANALISAR 39 REPETIÇOES CADA VEZ DAS JOGADAS POLÉMICAS, MAS COMO É POSSÍVEL DIZERES QUE NÃO É PENALTY?
É UM AUTENTICO GOLPE DE KARATÉ PALS COSTAS DE AIMAR, O JOGADOR DO LEIRIA ABALRROA AUTENTICAMENTE O ARGENTINO (QUE TEM A BOLA AINDA AO SEU ALCANCE, LOGO A JOGADA NÃO ESTAVA PERDIDA), HÁ UM CONTACTO FÍSICO BRUTAL PELAS COSTAS DO JOGADOR DO BENFICA E AINDA POR CIMA COM JOGO PERIGOSO.
MAS QUAL É O TEU PROBLEMA EM ASSUMIR QUE FOI PENALTY? MAS AINDA QUERIAS MAIS CLARO?... MAS COMO É POSSÍVEL QUE FIQUEM DÚVIDAS?
NÃO TE ENTENDO, DESTA VEZ, SURPREEENDES-ME, EU QUE ATÉ AGORA VEJO EM TI E NAS TUAS CRÓNICAS ABSOLUTA CONSISTÊNCIA.
É UMA PENALTY CLARÍSSIMO...
MAS AINDA O VÃO DISCUTIR????
"Agora os carrinhos vão ser proibidos também."
Vou então tentar explicar melhor: eu não disse obviamente que o jogador do Leiria faz um carrinho! Mas num jogo acontece centenas de vezes fazer-se um carrinho e depois dá-se o contacto, porque caso não saibam o futebol é um jogo de contacto. E é sempre marcada falta? Claro que não.
Para mim no máximo será jogo perigoso e se realmente isto fôr penalti gostava que me dessem um exemplo de jogo perigoso.
E obviamente que estava a falar do Katsouranis...
não percebo?... o javi garcia jogou mal??? para mim foi simplesmente o melhor jogador do slb. quantas bolas ele travou no meio campo leiriense??? imensas... o leiria quase não criou perigo e ficamos desde já alarmados e assustados??? tenham paciência. o leiria se fosse a ganância do david luís ( o homem quer as bolas todas)nem chegaria à baliza do quim. em relação ao penalti não percebo qual é a duvida... claro como a água, só faltava ao defesa do leiria arrancar a cabeça do aimar...
slb forever and champion
Concordo com o LF em todos os aspectos, quer seja a exibição miserável, principalmente porque fui um dos 22 mil a ver "in loco" e sair de lá nervosissimo pela fraquissima exibição. Em relação ao david luiz há muito que vejo nele displicência. Mas parece que no clube ninguem a vê...será porque ele a par de di maria será um dos activos que terá de jogar todos os jogos para valorizar e ser vendido para o ano? Com jogadores de nível como sidnei, miguel vitor, fábio coentrão e até ruben amorim, não entendo estas opções. Há muito que o futebol deixou de ser só mesmo isso e passou a ser dinheiro, julgo que há demasiadas jogadas externas ao plantel que obrigam a certas situações, tal como o ramires, que terá de ser vendido para o ano. Admito que ando muito céptico, mas com um ano como o anterior, é normal não querer festejar antes de tempo, o quique flores e o seu futebol quase que me fez perder amor ao benfica. Espero recupera-lo este ano.
Saudações Benfiquistas
Confesso que no final da partida, estava convencido que Jorge Sousa, havia cometido um erro grosseiro, com nitída influência no resultado, facto esse motivado, confesso, pela minha ignorância, pois julgava que qualquer acção de jogo perigoso, que foi evidente e consensual nos orgãos de comunicação social, era sempre punível com livre indirecto. Mas hoje de manhã, ao ler o jornal, constatei que estava errado, pelo simples facto de segundo a lei XII (fica aqui a informação para os que anseiam dizer que o Benfica é levado ao colo), diz o seguinte: " O jogo perigoso não implica necessariamente contacto físico entre os jogadores, No caso de contacto físico, a acção passa a ser punida com um pontapé de livre directo ou com pontapé de grande penalidade", logo, o árbitro obedeceu à lei e assinalou bem a grande penalidade.
Eu também não gostei da exibição e vais ter mais assim, porque todos as têm, mas o que importa destacar é que são vitórias com esta que fazem campeões e esta foi duplamente importante, não só porque o Porto havia perdido, como também pelo facto de na prx semana haver Porto-Sporting, que vai terminar, assim espero, empatado.
angelodias, a generalidade dos adeptos benfiquistas concorda q o lance do katso era para falta. Não p+ode concordar com o circo que se fez aí, a fazer o jogador passar por carniceiro, quando não o era...
Lei 12 Jogo Perigoso
"Por jogo perigoso entende-se toda a acção de um jogador que, ao tentar jogar a bola, põe em risco a integridade física de qualquer jogador, (incluindo ele próprio). O jogo perigoso é cometido na proximidade de um adversário, impedindo-o de jogar a bola por receio de ser lesionado.
Os pontapés de “tesoura” ou de “bicicleta” são autorizados, desde que não constituam perigo para o adversário.
O jogo perigoso não implica necessariamente contacto físico entre os jogadores. No caso de contacto físico, a acção passa a ser punida com um pontapé-livre directo ou com um pontapé de grande penalidade. No caso de contacto físico, o árbitro deve analisar a possibilidade de ter ou não havido um comportamento antidesportivo.
Sanções disciplinares
* Se o jogador joga de maneira perigosa na tentativa “normal” de conquistar a bola, o árbitro não deve tomar nenhuma medida disciplinar. Se a acção comporta um evidente risco de lesão, o árbitro deve advertir o jogador.
* Se um jogador, por jogo perigoso, anula uma clara oportunidade de golo, o árbitro deverá expulsá-lo do terreno de jogo.
Recomeço do jogo
* O jogo recomeça com um pontapé-livre indirecto no local em que a infracção foi cometida. (ver Lei 13 – Local dos pontapés-livres)
* Se houve contacto físico, foi cometida uma infracção de natureza diferente, que deve ser sancionada com um pontapé-livre directo ou um pontapé de grande penalidade." (Comentário: Naturalmente que o pontapé-livre directo deverá ser marcado se existir jogo perigoso com contacto no meio-campo, e a penalidade deverá ser marcada se existir jogo perigoso com contacto na grande área).
Fonte: Site da Liga Portuguesa de Futebol Profissional
Jogo perigo dentro da área MESMO que a bola tenha sido jogada primeiro é falta. Basta saber as regras do jogo. Só não vê quem não quer.
Só há polémica porque o penalty é a favor do Benfica! Jogo perigoso, quando não há contacto físico é punido com livre indirecto; quando existe contacto físico, é livre directo; o lance é dentro da área, o contacto é evidente, livre directo é penalty! Tão simples e tão claro, para quem tenha dois neurónios ou seja intelectualmente honesto.
Para os habituais anti-benfiquistas que por aqui aparecem, imaginem um lance a meio campo com o Hulk ou o Liedson, o adversário com um pé corta a bola e com o outro parte-lhe os dentes ou mesmo uma perna. Falta ou não? E se fosse dentro da área? Bem me parecia ...
Para não variar, mais um autêntico atropelo na área do porto, sem a marcação do respectivo penalty, com o árbitro a três metros! Ficamos também a saber que no Alvalade XIXI, uma bola no peito é penalty, mas um pisão no pé feito pelo Miguel V na 1ªparte na sua área já não é! Tudo isto com o árbitro a três ou quatro metros dos lances e de frente para a bola. Tanto protestaram na final da Taça da Liga, agora ninguém diz nada, nessa altura o lance deixava mais dúvidas, havia jogadores entre a bola e o árbitro. A razão é a mesma referida em cima, só há polémica quando é a favor do Benfica.
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