BENFICA: DEZ RAZÕES PARA O INSUCESSO

Conforme prometido há uns dias atrás, segue-se um trabalho sobre a situação do futebol do Benfica, incidindo sobre aquelas que considero as dez principais razões para o facto do clube não conseguir chegar às glórias que o seu passado justificaria. Não são de agora, e grande parte delas tiveram origem há quinze anos atrás, quando, em poucos meses, Manuel Damásio e Artur Jorge destruíram um plantel campeão. Algumas têm sido atenuadas, mas a maior parte delas tem, de um modo geral, mantido os seus traços essenciais, triturando os sucessivos (e bons) treinadores que, ao longo destes anos, foram passando pela Luz – de José Mourinho a Jesualdo Ferreira, de Fernando Santos a Manuel José, de Paulo Autuori a Jupp Heynckes.
Para além destes, outros problemas possivelmente existirão. Só quem estiver do lado de dentro os poderá conhecer. Estes são, no fundo, aqueles que saltam à vista do adepto mais atento. E se pudessem ser ultrapassados, nem arbitragens, nem satelização de equipas, nem outras quaisquer situações menos claras impediriam o clube da Luz de lutar activamente pelos títulos.
Vamos a isto:

1- FALTA DE MÍSTICA E SENTIDO DE CONTINUIDADE

PROBLEMA: Desde 1995, quando foram dispensados, de uma assentada, jogadores como Veloso, Vítor Paneira, Neno, Isaías ou Mozer, que o Benfica tem tido grande dificuldade em encontrar referências para o seu plantel, ou seja, jogadores que sintam a camisola, que conheçam os cantos à casa, que, enfim, personifiquem a mística do clube, e a passem para aqueles que vão entrando.
Quando, uma década depois (entre 2004 e 2006) o Benfica voltou a conquistar troféus (Campeonato, Taça e Supertaça) e a brilhar na Europa (quartos-de-final da Liga dos Campeões), ainda chegou a dispor de um naipe de jogadores capazes de constituir uma interessante base para os anos seguintes. Quim, Moreira, Miguel, João Pereira, Ricardo Rocha, Luisão, Tiago, Manuel Fernandes, Petit, Nuno Assis, Nuno Gomes, Mantorras, Geovanni, Anderson, Miccoli, Léo e Simão Sabrosa (grande parte deles portugueses), foram, quer pelo seu talento, quer pela forma como chegaram e se afirmaram no clube, aquilo que, na última década, mais se terá aproximado de uma verdadeira equipa à Benfica. Nem todos jogaram juntos, mas eram, sem excepção, excelentes jogadores, que acabaram inexplicavelmente por sair, na maioria dos casos sem a devida contrapartida financeira. Este grupo, reforçado com um ou outro elemento (Katsouranis?, Rodriguez?, Cardozo?), poderia ter sido o ponto de partida para um grande Benfica nacional e internacional, e quando na altura Luís Filipe Vieira falou na conquista de um título europeu, tal parecia poder mesmo ser possível. Todos aqueles jogadores saíram, e dessa fase apenas restam, além dos guarda-redes, Luisão, Nuno Gomes e Mantorras.

SOLUÇÃO: Não é fácil construir, de um ano para o outro, um conjunto de jogadores de valor e identificados com o clube. É um processo que demora anos, ou mesmo décadas. Quando as referências existem, é fácil a quem chega adaptar-se e poder transformar-se, a prazo, em nova referência. Se não existem, quem vem de novo dificilmente se adaptará, e provavelmente nunca sentirá o clube como seu.
Quando surgem jogadores que mostram perfil para poder ganhar familiaridade com a mística clubista, há que os preservar como tesouros. O primeiro e decisivo passo é pois não deixar sair, de forma nenhuma, aqueles que possam interpretar esse papel. Sobretudo enquanto não existe, dentro do próprio plantel, e com idêntico grau de aculturação clubista, alguém que os substitua. Simão Sabrosa foi um caso paradigmático de um elemento que não era possível (como não foi) substituir, e por quem teria valido a pena abrir generosamente os cordões à bolsa. Tal como Lucho no F.C.Porto, ou Liedson no Sporting, era uma bandeira a segurar com unhas e dentes.
Neste momento há três grupos de jogadores no Benfica: os que já são, de certa forma, e por diferentes motivos, referências (Quim, Moreira, Luisão, Katsouranis, Nuno Gomes, e o caso especial de Mantorras), os que podem vir a sê-lo (Maxi Pereira, Sidnei, Miguel Vítor, David Luíz, Ruben Amorim, Yebda, Carlos Martins, Cardozo), e os que dificilmente o poderão alguma vez ser (os restantes). Do primeiro e do segundo grupo, parece-me absolutamente proibido deixar sair jogadores.
Não se podem repetir as razias de 2006 (João Pereira, Geovanni, Ricardo Rocha), 2007 (Anderson, Miccoli, Karagounis e Simão), e 2008 (Petit, Léo, Nelson, Cristian Rodriguez, Rui Costa, Nuno Assis), pois não haverá milhões que cheguem para colmatar tantas baixas. Se, como já se vai lendo por aí, o Benfica prescindir de Cardozo, Katsouranis, Luisão etc, é absolutamente seguro que dentro de um ano voltemos a estar aqui a dizer a mesma coisa.

2- DEFICIENTE POLÍTICA DE CONTRATAÇÕES

PROBLEMA: Para além da inexplicável forma como o Benfica prescinde, ano após ano, dos seus melhores jogadores, também muitas das contratações não têm tido o critério que se exigia.
Procuram-se, por um lado, estrelas, nomes sonantes, craques para fazer a diferença e encantar plateias. Por outro, jovens imberbes com vista a uma posterior venda, na perspectiva da mais-valia fácil. Gastam-se milhões com eles. Sem enquadramento colectivo, o rendimento é invariavelmente baixo, e, consequentemente, acabam por se desvalorizar desportiva e financeiramente.
Esquece-se que uma equipa não é uma simples soma de individualidades, e que não pode ser apenas feita de solistas. Esquece-se também que as receitas, as grandes receitas, vêm das vitórias, dos títulos - pois são eles que valorizam os jogadores - e não de negócios avulso com jovens sul-americanos. O resultado em campo é o que se vê: um conjunto desarticulado, desmotivado, pouco combativo (o que se revela dramático num campeonato com as características do português), e isso deve-se, não necessariamente à menor entrega ou profissionalismo dos jogadores, mas sim ao perfil dos mesmos, e à sua falta de enquadramento colectivo.
Faltam operários e atletas, sobram artistas e jovens inexperientes. Faltam mais Maxis Pereiras, Rubens Amorins, e sobejam Aimares, Di Marias ou Reyes. Faltam ideias colectivas, sobram talentos avulso.
SOLUÇÃO: Mais do que a habilidade dos jogadores, para vencer campeonatos é necessária uma equipa que funcione enquanto entidade colectiva. Mais do que estrelas, são necessárias peças para um puzzle que, ele sim, tem de apresentar harmonia e qualidade. Só assim é possível vencer, só assim é possível conseguir as valorizações dos passes dos jogadores contratados, e posteriormente, com uma (não mais) cirúrgica venda por época, garantir as receitas que a SAD tanto procura.
Esse puzzle tem que apresentar organização, disponibilidade e força, para o que são necessários jogadores com um perfil que corresponda, em termos físicos e mentais, às exigências de uma época de combate e de profundo desgaste.
Não se podem contratar jogadores para depois fazer uma equipa. Tem que se pensar uma equipa, e contratar jogadores em função dessa ideia, o que é substancialmente diferente. Por exemplo, para jogar em 4-4-2 não se teria contratado Aimar.

3- EXCESSIVA ESTRANGEIRIZAÇÃO

PROBLEMA: Em 1982-83, com um treinador estrangeiro acabado de chegar a Portugal, o Benfica realizou uma época extraordinária. Foi campeão, venceu a Taça, e chegou à final da Uefa. Tinha dez portugueses no seu onze, grande parte dos quais com sete, oito ou mais anos de clube. Foi a melhor equipa do Benfica do meu tempo.
Hoje o Benfica tem apenas sete portugueses em todo o plantel, dois dos quais guarda-redes, e chegou mesmo a utilizar, pela primeira vez na sua história, um onze exclusivamente estrangeiro (no jogo da Taça em Matosinhos). À excepção de Mantorras, Luisão e Katsouranis, nenhum dos estrangeiros do plantel encarnado está há mais de dois anos no nosso país.
Juntando esta realidade a um treinador recém-chegado, auxiliado por adjuntos igualmente estrangeiros, temos um grupo de trabalho francamente desfasado dos terrenos que pisa. E em muitos jogos isso fez-se sentir de forma dramática.
Pode argumentar-se que Chelsea, Arsenal, Liverpool e outros grandes clubes europeus funcionam como verdadeiras multinacionais e mantêm poucos jogadores dos respectivos países nas suas equipas. Contudo, para além das óbvias diferenças de qualidade do recrutamento, estamos a falar de estrangeiros que permanecem no clube quatro, cinco seis anos (Ronaldo, Drogba, Fabregas etc), e são sempre enquadrados por dois ou três elementos da casa (Scholes, Giggs, Lampard, Terry, Gerrard etc).
SOLUÇÃO: À partida seria simples resolver esta questão recorrendo ao mercado nacional para apetrechar a equipa. Acontece que grande parte dos clubes portugueses estão satelizados pelo F.C.Porto, o que dificulta a prospecção e a negociação. Cabe à direcção encarnada combater este estado de coisas, denunciando-o, mas também actuando no terreno. E não é com vinagre que se apanham moscas…
Enquanto esse longo processo não dá os seus frutos, a contratação de um treinador português poderia ajudar. Não há contudo por aí técnicos portugueses aos pontapés, capazes de gerar algum consenso entre os benfiquistas (Fernando Santos foi o melhor treinador do Benfica dos últimos anos e a contestação foi muita…). Em alternativa, impor um adjunto português, com larga experiência do nosso futebol, poderia ser uma boa opção. Álvaro Magalhães é o nome que me vem à cabeça, até porque foi campeão e o motivo da sua saída (José Veiga) entretanto dissipou-se.

4- DÉFICE DE CAPACIDADE ATLÉTICA

PROBLEMA: Estou plenamente convencido que um dos segredos do F.C.Porto passa por privilegiar a capacidade atlética quando decide contratações ou dispensas de jogadores.
Ainda na passada semana, observando ao vivo (e só assim essas coisas se percebem) um jogo de Hóquei em Patins, tive mais uma confirmação dessa ideia, ao verificar a gritante diferença de constituição atlética entre os jogadores do F.C.Porto e do Benfica, algo que creio ser comum a quase todas as modalidades e escalões. No Futebol acontece o mesmo, bastando comparar Cissokho, Cristian Rodriguez ou Hulk com Aimar, Di Maria ou Reyes para o perceber.
Por vezes não se trata apenas de uma diferença de altura ou peso. É uma diferença de atitude mental, de agressividade, de nervo, de combatividade. Há um perfil de jogador portista, que encontra as suas raízes em André, João Pinto, Frasco, Jaime Pacheco e outros, e que, grosso modo, se mantém vivo. E o resultado disto é uma presença física colectiva absolutamente impressionante, que marca todas as diferenças.
Veja-se a força e a combatividade com que Lisandro Lopez joga. Compare-se com qualquer um dos avançados do Benfica. Veja-se o ritmo de Raul Meireles, compare-se com o de qualquer médio benfiquista. Veja-se a agressividade de Bruno Alves, compare-se com a dos defesas encarnados. Só Maxi Pereira consegue aproximar-se da intensidade de jogo da maioria dos jogadores da equipa portista.
Enquanto para quem está sentado na bancada o futebol é apenas um espectáculo, dentro do relvado é, antes de mais, um desporto, onde os atletas mais fortes, mais rápidos, mais resistentes e corajosos quase sempre levam vantagem. Esta realidade torna-se particularmente evidente num campeonato como o português, disputado muitas vezes em campos pequenos, sobre maus relvados e diante de adversários ultra-defensivos, que fazem da combatividade – e mesmo da violência – as suas principais armas.
SOLUÇÃO: O Benfica deve privilegiar a contratação de guerreiros. Tem de basear a sua equipa em jogadores fortes física e mentalmente, corajosos, agressivos, disciplinados, cultos, de rendimento regular e pouco dados a lesões. Tem de ser este o perfil do jogador-Benfica, independentemente da maior ou menor capacidade técnica, da maior ou menor expectativa de valorização individual no mercado. Se for possível introduzir uma estrela que faça a diferença, tanto melhor, o que não se pode é pretender construir uma equipa de craques, até porque os verdadeiros fora-de-série, aqueles que realmente ganham jogos (Messis, Ronaldos, Ibrahimovics), não estão ao alcance dos clubes portuguêses.
Este aspecto cruza-se, creio, também com questões clínicas.
No futebol actual, ou de um modo geral, no desporto de alta competição, a medicina é uma área absolutamente central. Tão ou mais fundamental que o próprio treinador, até porque se trata de um tipo de funções muito mais especializado. O Benfica tem, aparentemente, ignorado esta realidade, laborando em lógicas de funcionamento muito próximas daquelas que eram as do futebol dos anos oitenta e noventa, onde o médico só servia para curar lesões. Não sou médico, pouco conheço das EPOS, ou das CERAS dos tempos modernos, nem defendo que o caminho seja esse, embora outros o sigam. Mas um departamento médico de um clube profissional, que pretende conquistar títulos, para além de não poder errar diagnósticos, nem demorar tanto tempo a tratar uma lesão muscular como se estivéssemos num qualquer centro de saúde do país, não pode também ignorar que todo o acompanhamento do rendimento dos atletas, e da capacidade atlética que apresentam em campo (inclusive, porventura, os índices de agressividade) passa por si.

5- FALTA DE UMA IDEIA DE JOGO

PROBLEMA: Enquanto o F.C.Porto e o Sporting apresentam um modelo de jogo solidificado e repetido desde há três ou quatro épocas, enquanto as grandes equipas europeias jogam praticamente da mesma forma ao longo de décadas (Manchester United, Barcelona, Arsenal, Milan, Bayern de Munique), o Benfica parece querer refazer, a cada início de temporada, toda a sua identidade de jogo, toda a sua estruturação colectiva, e esperar que decorridos apenas alguns meses, ou mesmo semanas, a sua equipa se imponha categoricamente a todos os adversários, e satisfaça adeptos cuja ambição ainda se situa em parâmetros construídos nos tempos de Eusébio. Esta lógica não é minimamente sustentável.
SOLUÇÃO: Há que definir um modelo de jogo que sirva de base de trabalho, e responda aos desafios do campeonato português. Para isso, e também por motivos de ordem económica, deve partir-se dos jogadores que existem, e verificar qual a melhor forma de os aproveitar e rentabilizar (losango?). Depois, introduzir uma ou outra peça, já de acordo com o modelo definido. Por fim, manter essa estrutura durante o maior período de tempo possível, de modo a criar automatismos e coesão colectiva. Ou seja, saber planificar, e saber esperar.
Grandes equipas europeias constroem plantéis para vários modelos e sistemas de jogo. Em Portugal, sobretudo por razões económicas, creio que tal não é possível, havendo que fazer esta definição prévia. Tanto o Sporting como o F.C.Porto apenas dispõem de jogadores vocacionados para a forma como habitualmente jogam, que está previamente definida. No Benfica, creio por exemplo que Suazo, Reyes e Aimar, talvez as três principais aquisições da época, são, nas posições onde mais rendem, tacticamente incompatíveis.

6- CARÊNCIA DE SOLIDEZ DEFENSIVA

PROBLEMA: Se os ataques ganham jogos, as defesas ganham campeonatos. Esta é uma máxima que não tem encontrado eco na gestão desportiva do Benfica.
Se nos últimos dois anos o Benfica gastou perto de sessenta milhões de euros em contratações, não mais de dez terão sido destinados ao reforço da sua linha defensiva (metade deles com Sidnei), que já em 2007, depois da saída de Ricardo Rocha e Alcides na mesma semana (e mais tarde de Anderson), era o principal problema da equipa, e esta época voltou a sê-lo – o Benfica tem mais golos sofridos do que a Académica, e quase tantos o Rio Ave, o Estrela da Amadora ou a Naval.
É verdade que os avançados são mais caros, mas pretender fazer toda uma época, e ser campeão, com apenas um lateral de raiz no plantel, parece uma ideia algo fantasiosa.
Mais do que os próprios elementos da linha defensiva, o Benfica tem denotado grandes dificuldades colectivas, em todo o campo, sempre que perde a bola, o que se deve à forma macia como os seus médios e avançados (não) fazem pressão sobre os adversários. A equipa surge muitas vezes partida entre os que atacam e os que defendem, o que nos remete para o futebol que se praticava há vinte anos atrás. Hoje, tanto os defesas têm que saber atacar, como os avançados têm que ser os primeiros a defender, mas no Benfica essa filosofia ainda não foi devidamente apreendida. Por exemplo Liedson, Lisandro, mas também Drogba, Rooney, entre outros, são autênticos defesas sempre que não têm a bola nos pés, qualquer que seja a zona do terreno que pisem, aparecendo a disputar bolas, tanto na sua área, como junto das bandeirolas de canto da sua zona defensiva.
SOLUÇÃO: Para dotar o Benfica de uma maior segurança defensiva há que garantir, para já, a continuidade de todos os defesas do plantel, e reforçá-lo com dois laterais fortes e capazes de fechar o espaço interior. Mas a equipa encarnada terá também que adoptar um modelo no qual o meio-campo permita menos espaços aos adversários (losango?) ou, em alternativa, encontrar extremos capazes de fazer as imprescindíveis compensações aos laterais e aos pivots, o que não é o caso daqueles de que dispõe. Tem por fim que educar os seus avançados a pressionar os adversários como se vê a qualquer grande ponta-de-lança do futebol europeu, e se tal não for possível, contratar avançados que o façam.
Creio que este aspecto está também interligado com o défice de capacidade física do plantel, já referido num dos pontos anteriores.

7- FALTA DE ACOMPANHAMENTO E PROTECÇÃO AOS JOGADORES

PROBLEMA: Um dos aspectos que mais me tem chocado no Benfica dos últimos anos é perceber que muitos dos seus jogadores não gostam de lá estar. Miguel, Tiago, Ricardo Rocha, Karagounis, Katsouranis, e mesmo Luisão, são os exemplos que no imediato vêm à memória. Todos eles manifestaram, de forma mais ou menos persistente, o desejo de sair, o que não parece normal num clube com a dimensão, prestígio e palmarés do Benfica.
Alguns destes casos terão a ver com questões salariais, que irão ser referidas no ponto seguinte, mas não creio que o acompanhamento dado à integração dos jogadores do Benfica - em particular os estrangeiros - no plantel, no clube e na cidade, seja a mais eficaz, nem que os jogadores tenham, da parte do clube, a protecção, e mesmo, porque não dizer, o carinho, que a sua importância justifica.
SOLUÇÃO: Não sei quanto custaria criar uma equipa de técnicos (psicólogos?) e funcionários especificamente destacados para acompanhar os jogadores no seu dia a dia, que assegurasse a sua integração plena na cultura do clube, mas também na cidade (procurando ao mesmo tempo evitar-lhes más influências, más companhias e maus hábitos, nunca esquecendo que estamos a falar de jovens, nalguns casos pós-adolescentes), que lhes desse apoio psicológico quando necessário, que, enfim, fosse uma voz do Benfica junto deles, não os deixando exclusivamente entregues a empresários e agentes com interesses frequentemente contraditórios face aos do clube. O salário de um dos jogadores mais bem pagos do plantel daria provavelmente para concretizar esta ideia.
Para além deste aspecto, importa também acabar de vez com as críticas públicas a jogadores ou ao seu desempenho, e estabelecer com eles uma relação de maior proximidade e amizade, de modo a que não olhem para a sua entidade patronal com o distanciamento que, por vezes, acabam por revelar. Se se tratarem os profissionais como meros empregados ou mesmo mercenários, será dessa mesma forma que eles se irão comportar. É a psicologia do desporto profissional, é a psicologia do ser humano, é a psicologia da vida.
São os jogadores as estrelas do clube. São eles que escrevem a sua história. São eles que interpretam o sonho dos adeptos. Todos sabem quem é, e o que fez, Eusébio, mas ninguém saberá quem era o presidente ou os directores do Benfica no tempo dele.

8- DESEQUILÍBRIOS SALARIAIS NOTÓRIOS

PROBLEMA: Ao contrário do que sucede no F.C.Porto e no Sporting, a folha salarial do Benfica carece de equilíbrio e equidade.
Não é preciso perceber de futebol para se saber que qualquer organização profissional terá grandes dificuldades em ser eficaz, caso alguns dos seus membros, com as mesmas tarefas, aufiram salários duas, três e quatro vezes maiores do que outros. Sobretudo se a essas diferenças não corresponder um maior rendimento no trabalho.
Enquanto no Sporting a folha salarial é nivelada por baixo, e no F.C.Porto se nota um extremo cuidado com o equilíbrio da mesma (a prova é que Bruno Alves e Pedro Emanuel estarão entre os mais bem pagos), na Luz os que mais ganham não são, provavelmente, nem os melhores, nem os mais importantes.
Pior que isso, a sensação que salta para o exterior é que o Benfica não tem qualquer preocupação com esta questão, limitando-se, em cada momento, a pagar o menos possível a cada um dos jogadores que contrata (o que até é natural) e que mantém (o que já se trata de um tremendo erro, sobretudo quando falamos de elementos fundamentais no conjunto, com provas dadas de rendimento e profissionalismo).
Os jogadores são profissionais e são homens. Desejam o melhor para si próprios, e se não estiverem satisfeitos, se não sentirem o seu trabalho valorizado, se olharem para o lado e virem outros serem injustamente recompensados, o seu rendimento irá necessariamente ressentir-se. À primeira oportunidade vão pretender sair.
SOLUÇÃO: Não se pode resolver esta questão de uma penada. Os contratos estão feitos, há que os cumprir. Por outro lado, não há dinheiro para nivelar todos os salários por cima.
Percebe-se todavia que jogadores como Ruben Amorim, Óscar Cardozo, Miguel Vítor e Maxi Pereira justificariam um salário melhorado, pois o seu rendimento tem suplantado aquilo que deles se esperava. Creio também que Katsouranis estaria provavelmente disposto a renovar o contrato se lhe fosse proposto um vencimento correspondente à sua importância na equipa (e que pode vir a ser muitíssima). O mesmo é válido para Luisão, e, por outros motivos, também para o capitão Nuno Gomes.
Pelo contrário, salários como os de Reyes, Aimar e Suazo não são compatíveis com o futebol português, inflacionam a folha total, e só se justificariam se pagos a um jogador que possa fazer a diferença, por si só e individualmente (por exemplo, Simão Sabrosa). Suazo não volta ao Benfica, Reyes também não deverá ficar. Havendo que realizar mais-valias, talvez a venda de Pablo Aimar (eventualmente para o mercado sul-americano) fosse uma boa solução a este nível.

9- FALTA DE DINÂMICA DE VITÓRIA

PROBLEMA: Sem a conquista de títulos, vai sendo alienada, ano após ano, a auto-confiança que é a base de uma dinâmica ganhadora. Os jogadores deixam de acreditar em si e na equipa, os treinadores perdem ambição, os adeptos não apoiam, os adversários galvanizam-se, as críticas externas acentuam-se, e precipita-se o caminho das derrotas. Tem sido este o trilho percorrido pelo futebol encarnado.
Na Luz perdeu-se o hábito de vencer. Em termos de futebol, o Benfica transformou-se, desde há uma década e meia, num clube perdedor. Essa é uma realidade que não adianta ocultar.
SOLUÇÃO: Para reverter esta situação não há outro caminho senão o das vitórias e dos títulos. Trata-se na verdade de uma "pescadinha-de-rabo-na-boca", pois sem vencer não se cria dinâmica, e sem ela não se vence. Mas ainda assim há algo que se pode e deve fazer.
O Benfica ganhou a Taça da Liga e, por inacção perante todo o folclore que se seguiu à final, ou por uma quase demente mania de grandezas que continua a afectar parte significativa da família benfiquista, não soube, ou não pôde, fazer dessa vitória uma bandeira e uma arma de estímulo para a equipa e para os jogadores.
Quando se ganha poucas vezes, há que explorar bem todas as vitórias, por curtas que sejam. É delas que se parte para outras vitórias e que se iniciam ciclos ganhadores. Não se pode, para este efeito, atirar uma Taça da Liga para o lixo, como muitos benfiquistas têm feito. Essa seria a missão dos adversários e rivais. Não a dos benfiquistas.

10- PRESSÃO EXACERBADA DOS SÓCIOS

PROBLEMA: Também os adeptos do Benfica têm pois algumas culpas na situação em que o futebol do clube tem caído.
Nascidos ou moldados numa realidade diferente, na qual o Benfica era uma das grandes equipas da Europa, e em que tinha um dos melhores jogadores do mundo nos seus quadros, os benfiquistas nunca se souberam redimensionar aos novos tempos, nos quais, queiram ou não, perderam a hegemonia nacional, perderam o comboio internacional, e têm todo um longo caminho pela frente até poderem recuperar a sua identidade, e ver o clube devolvido às glorias passadas.
Exige-se das sucessivas equipas do Benfica aquilo que elas não podem dar. Espera-se ópera onde só se poderão ouvir marchas militares, exigem-se vitórias categóricas quando 1-0 basta, desdenham-se títulos “menores” mesmo não conseguindo chegar aos "maiores". Maltratam-se treinadores e jogadores, como se eles pudessem fazer muito mais do que na realidade, e na maior parte dos casos, fazem.
Fernando Santos terá sido o exemplo paradigmático de um treinador que fez um trabalho extraordinário no clube, foi pouco menos que sabotado pelas indefinições constantes no plantel, ficou a dois pontos do título, qualificou-se para a Liga dos Campeões, chegou aos quartos-de-final da Taça Uefa, e ainda assim nunca deixou de ser assobiado pelos adeptos. Trappatoni, que foi campeão, foi também assobiado insistentemente, e viu lenços brancos em variadíssimas ocasiões. Koeman, que chegou aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, teve o mesmo tratamento. Toni, Heycnkes, Jesualdo Ferreira, Souness, Camacho, nenhum obteve o consenso de um terceiro anel completamente desadaptado aos tempos modernos, e para o qual as vitórias têm de ser esmagadoras e acompanhadas de recitais de bom futebol.
Nem só os treinadores foram atropelados por estas desmedidas e irracionais expectativas. Desde Abel Xavier a Vítor Paneira, de Maniche a Miguel, de Fernando Meira a Nuno Gomes, e mais recentemente Tiago, Derlei, Quim ou Cardozo, muitos foram os jogadores apupados por “adeptos” do Benfica que, aparentemente, ainda vão para o estádio à espera de encontrar Eusébio, Coluna e Simões, e que não têm a noção de quanto estão a prejudicar o seu próprio clube com esses assobios.
Significativa é, por outro lado, também a forma distanciada como uma grande parte dos benfiquistas vive o clube. Ainda esta época, num jogo em que o Benfica poderia saltar para o primeiro lugar (frente ao Vitória de Setúbal), estavam na Luz pouco mais de vinte mil pessoas. Ninguém percebeu que se estava perante um momento importante, pois nesta altura da sua história, ser líder da classificação é um feito suficiente para aglutinar todos os adeptos em redor da equipa.. Mesmo em 2006, depois de vários anos de ausência, o Benfica – com seis milhões de adeptos ! - tinha no seu regresso à Liga dos Campeões frente ao Lille não mais de trinta mil pessoas na Luz. E os festejos da última Taça da Liga praticamente não se viram.
Há um claro hiato entre aquilo que é o verdadeiro poderio futebolístico do Benfica de hoje, e aquilo que grande parte da sua massa adepta, sonhadoramente, espera. Isso traduz-se, por um lado em alheamento, por outro em pressão negativa.
SOLUÇÃO: Apesar de ser de evitar, da parte dos dirigentes, um discurso que caia claramente fora daquilo que são as expectativas reais da equipa - mobilizar é uma coisa, vender ilusões é outra bem diferente, e na Luz nem sempre se conseguiu distinguir devidamente uma da outra –, a verdade é que, ultrapassar ou não a forma como esta pressão (ou falta de apoio) influencia negativamente a equipa, depende fundamentalmente dos próprios adeptos.
Independentemente das ambições de cada benfiquista, a realidade actual do futebol do clube é substancialmente diferente da que se vivia há trinta anos atrás, quando os encarnados dominavam as competições nacionais e eram um nome temido em toda a Europa. O Benfica tinha os melhores jogadores, fazia as melhores equipas, mantinha a sua forte mística num balneário onde era alimentada uma dinâmica ganhadora.
Por várias razões, umas de natureza externa, outras de âmbito interno, o Benfica foi adormecendo á sombra dessa superioridade. Durante muito tempo esteve parado e deixou que outros tomassem o seu lugar. Hoje, se continua a ser o maior clube português, há já muito que deixou de ter a melhor equipa de futebol portuguesa (está claramente atrás do F.C.Porto, atrás do Sporting, e pertence à terceira linha do futebol europeu). É dessa realidade que, com humildade, o clube tem de partir, e só dela tendo consciência, os benfiquistas a poderão contrariar. Não admitindo as evidências estarão a enganar-se a si próprios, e a dar o primeiro e mais perigoso dos passos atrás.
É pois necessária a máxima exigência face ao rigor do trabalho e do caminho seguido, mas também alguma tolerância para com os resultados. Os adeptos do Benfica têm de aceitar e perceber – nunca com resignação, mas sim com paciência e serenidade - os limites se lhes foram colocando, pois só assim, conhecendo-se bem, ignorando provocações exteriores e redimensionando as suas expectativas (ajustando-as à realidade), estarão efectivamente a apoiar a equipa, e a contribuir para que ela se torne mais forte e competitiva no futuro.
A grande força do Benfica é a sua popularidade, mas se não a fizer valer de forma positiva, de pouco ela lhe servirá.
Não seria de excluir, portanto, que a direcção encarnada assumisse, na próxima época, uma não candidatura ao título, de modo a permitir ao grupo de trabalho a tranquilidade necessária para, a dois ou três anos, formar uma equipa campeã, e capaz de discutir, então sim, a hegemonia do futebol português.

PS: Já depois de ter publicado este texto, li com espanto na imprensa que Luís Filipe Vieira e Rui Costa terão estado em Inglaterra a tentar vender Cardozo e Luisão, quanto a mim, conjuntamente com Katsouranis (também de saída), os melhores e mais importantes jogadores do Benfica.
Se esse negócio se vier a concretizar, é absolutamente seguro que, dentro de um ano, por esta altura, estaremos todos a reflectir, uma vez mais, acerca dos problemas do Benfica, depois de mais uma época frustrante.
Sendo a fonte a Cofina (Record), mantenho todavia a esperança de tudo não passar de especulação.

38 comentários:

ANTI-BANDEIRAS NN disse...

Caro e estimado blogger do Benfica

Voçê é estraordinário nas suas análises, venho aqui com frequência visitá-lo e leio-o com todo o prazer, concordo com muita coisa do que aqui diz....

Mas há uma coisa que lhe quero dizer caro benfiquista, está a ver esta última imagem/foto deste post?

enquanto houver no Benfica bandeiras NeoNazis NN o clube estará amaldiçoado pelos milhões de mortos que causaram esse símbolo...

veja o que aconteceu ao clube desde que essas miseráveis bandeiras apareceram...

espero que tenha coragem de colocar isto,

um abraço benfiquista

Vitor Esteves disse...

"Não seria de excluir no entanto que a direcção encarnada assumisse, na próxima época, uma não candidatura ao título, de modo a permitir ao grupo de trabalho a tranquilidade necessária para, a dois ou três anos, formar uma equipa campeã, e capaz de discutir, então sim, a hegemonia do futebol português."

Concordo em absoluto com isso desde que o discurso interno fosse diferente....
Quanto ao resto só me espanta que algo que está á vista de todos demore tanto tempo a ser corrigido e sejam precisos ciclos e mais ciclos para que tudo fique na mesma em relação á equipa de futebol já que no clube muita coisa mudou e bem.

O Benfica Sou Eu disse...

Caro "Vedeta da Bola"

É sempre um prazer ler as suas ideias de fundo. Infelizmente já no ano passado lemos um texto semelhante e parece que ninguém o lê ou parece que ninguém quer assumir as fraquezas dum clube que ainda tem muito para dar.

Os 10 pontos são pertinentes, e são algo que Rui Costa poderia e deveria implementar porque têm a ver com futebol. E outro dos problemas deste Benfica é a incapacidade da estrutura directiva em saber respeitar a própria estrutura. Se Domingos Soares Oliveira trabalha com a gestão financeira não tem que se meter no departamente juridico. E se Joao Gabriel gere comunicação não se deve meter na gestão das amadoras. E se o vice presidente das casas do Benfica tem esse pelouro para que lhe serve pensar no merchandising? E porque todos estes e mais todos os outros administradores opinam sobre Futebol, quando apenas Rui Costa é o seu responsável máximo?

Todos nós podemos e devemos opinar sobre Futebol porque somos adeptos preocupados e fervorosos. No dia em que cada um de nós entrasse na gestão e direcção do clube tinhamos que controlar os nossos comentários porque já fazemos parte duma máquina que bem oleada fará que a nossa missão esteja muito bem definida. Mete-me confusão ver tanta gente da estrutura a opinar sobre futebol, quando na prática o seu Benfiquismo se deve limitar às funções para que foi eleito ou contratado.

Os seus comentários são acertados e são muito claros. 10 razões para o insucesso do nosso Futebol. É isso que o seu post diz de forma muito inteligente e serena. Era bom que todos opinassem sobre o que acham que está bem e que está mal, mas que deixem decidir quem manda.

Há vários anos que temos estas lideranças muito democráticas nas nossas direcções, onde todos opinam e no momento em que algo corre mal asobiam para o lado e siga a dança...

Parabéns pelo post. Uma autêntica referência encarnada aqui pela blogosfera.

Força Benfica

Vasco disse...

Bom post LF.
Mas o Aimar10 com um bom treinador, talvez Jorge Jesus se sempre vier, não sei, pode aspirar muito a este Benfica, era um jogador q eu nunca abdicaria

LF disse...

Creio não existir qualquer ligação entre os No Name e grupos de extrema-direita.
Basta ver a quantidade de negros que a claque tem.

No início talvez houvesse essa ligação (daí talvez a sigla NN). Agora não há.

LF disse...

O problema do Aimar é que ganha um salário elevadíssimo, e isso afecta inevitavelmente a coesão do grupo de trabalho.

É bom jogador, mas não é um Simão. E o salário corresponderia a um jogador com o peso que Simão tinha na equipa.

LF disse...

Benfica Sou Eu,

É de facto um dos grandes problemas do Benfica: a quantidade de cabeças a botar sentenças.

Ao que se diz, os técnicos que o Benfica se prepara para abordar (Scolari e Jesus) são ambos escolhas da SAD, que não agradam a Rui Costa, que é o director desportivo.
Isto cabe na cabeça de alguém ??

S.L.B. disse...

Excelente análise, LF. E foca muitos aspectos essenciais. Só não concordo com o que diz do Aimar. Parece-me que, jogando ele na sua posição original (atrás de dois pontas-de-lança), renderia muito mais. Aliás, tendo Suazo e Cardozo no plantel, não se percebe como é que Quique não aproveitou este tridente.

RN disse...

Tenho idea - mas não certeza - de no início da época ter contabilizado o número de jogadores contratados pelo SLB e de ter chegado à "bela" quantia de 15...ou 16...

Ora perante esta evidente gestão, aqui tão bem expressa pelo LF, a pergunta que coloco (e não é de agora...) é a seguinte: Quando é que os benfiquistas vão perceber que o que tem de mudar é a gestão de topo, isto é, o presidente?

Bem sei que ainda não apareceram alternativas credíveis, mas a gestão do futebol por parte do LFV tem sido um absoluto desastre e o seu discurso próprio daqueles caciques de aldeia que se especializam em iludir os tolos.

Saudações!

RSG disse...

Na 1a volta por duas vezes tivemos hipoteses de ter 4 pontos de vantagem sobre os corruptos e das duas vezes nos anularam o golo da vitória...
Na 2a volta dissemos adeus ao titulo no jogo das Antas... e assim se fazem campeoes...

sestrela disse...

caro luis fialho

Gosto das análises que faz e do espirito construtor das mesmas.
Existem no entanto algumas criticas que lhe quero fazer, a si e á maioria dos benfiquistas.

Pela forma como escreve e pela cultura que tem(blog fumo sem fogo)quase aposto que é um homem ligado á área das letras, e como tal julgo que há muita coisa que lhe escapa por falta de cultura empresarial ao mais alto nivel.Já vai perceber o porquê do que lhe estou a dizer...

Já passei por boas e más empresas e há uma coisa que lhe posso assegurar: a diferença entre as empresas de topo e as outras faz-se através da qualidade das pessoas que as compôem, quer ao nivel dirigente quer ao nivél dos quadros técnicos.
No benfica não existe essa competencia. O presidente é mau. Não se entende como é que um homem que diz não perceber nada de futebol se candidata a presidente de um clube de futebol...epá isto é ridiculo.
A ideia que muitos querem fazer passar de que o presidente do benfica é um bom homem de negócios é uma asneira pegada.Vão ver quanto dinheiro perdeu ele em projectos imobiliários...deixo o exemplo do terreno que ele comprou em santa luzia, no algarve, e que parece ter sido o unico anjinho que não sabia que não podia construir nada em cima de uma terreno em que passa uma ribeira...podem argumentar: então mas ele apareceu na visão como um dos homens mais ricos de portugal.Eu respondo...pois é, desde que é presidente do benfica.A notoriedade ganha pelo facto de ser presidente do benfica tem-lhe permitido fazer negocios extraordinarios em angola e não só com o presidente angolano josé eduardo dos santos.Ou achavam que ele estava agarrado com unhas e dentes ao benfica por amor ao clube?

Numa coisa estou totalmente de acordo com o LF.Quando no inicio da época traçou o perfil dos reforços do benfica e identificou imediatamente que se tratavam de embustos.

O grande problema dos benfiquistas é que epoca após epoca deixam-se enganar pelos jornais desportivos. Façam o seguinte raciocinio..quantos de voçes já tinham visto varios jogos do reyes e do aimar?Muito poucos...acontece que os jornais durante a pré-epoca pintam estes jogadores como se de grandes craques se tratassem, e os benfiquistas vão atrás desta ilusão.Sempre que começa a epoca estão convencidos que têm uma equipa estrondosa, mesmo que essa ideia não tenha qualquer sustentabilidade pratica a não ser os sonhos que os jornais vos vendem.
O presidente e direcção do benfica têm grande culpa nesta matéria porque ao invés de protegerem os jogadores que entram no clube dando-lhes estabilidade e retirando-lhes a pressão, acabam é por proteger a propria imagem ao anunciarem a contratação de grandes craques.Não se lembram da historia do luis filipe vieira que disse que estava um grande craque no avião a caminho do benfica para render o simão?ahh pois, era o di maria com 18 anos...o grande craque.Acordem...já chega de gozarem com o benfica.

O grande problema do benfica é ter uma direcção muito má, que por regra contrata maus profissionais.As equipas do benfica têm sido más, com jogadores que não têm categoria e como tal é impossivel ganhar...não vale a pena vir falar de apitos e outras tretas...quando a qualidade das pessoas que compõem uma organização não é boa só há um caminho...o insucesso.

Por ultimo só quero deixar uma nota.
Quem diz que esta direcção ajudou o benfica a sair do fundo só pode dizer isso com maldade ou por ignorancia.Depois de quase 8 anos á frente do benfica não imagino como é que esta direcção poderia ter deixado o benfica mais no fundo do poço do que ele se encontra. O que o benfica tem de mais importante é o seu nome, a sua marca.Quando se deixa o benfica invariavelmente em 3º ou 4º lugar está-se a destruir a marca benfica, a despocisionar a ideia de clube vencedor, e a posicioná-lo como uma perdedor na mente das gerações que agoram se começam a interessar pelo futebol.

Tinha muito mais para dizer mas o post já vai muito longo.

Saudações benfiquistas....e por favor, acordem, não se deixem manietar mais um ano.

Peter disse...

Embora concorde na generalidade dos 10 itens que o LF apresenta, acho que acima de tudo o principal problema na política desportiva do Benfica é não haver um trabalho continuado e planificado que a médio prazo nos volte a dar a hegemonia do futebol português.Daí eu acho que seja essencial a manutenção do actual treinador e da sua equipe técnica no clube.Assim como a manutenção da maior parte dos jogadores(para mim só se vendia o Dí Maria e contratava-se um lateral esquerdo de qualidade superior ao J.Ribeiro e 1 ponta-de-lança que poderia ser o Néne, e o regresso do F.Coentrão de resto está tudo lá.Mudar de treinador novamente será repetir os erros que o LF apresentou e bem como a causa do insucesso desportivo do nosso clube.Temo que se o j.jesus for contratado e se confirmar as saídas do Katso,Luisão e Cardozo então de certeza que para o ano vamos estar aqui a ter a mesma conversa novamente.Não é que não confie no talento de j.jesus como treinador, acho definitivamente é que o Benfica tem de cumprir os contratos até ao fim.O Quique concerteza que errou mas definitivamente temos que ter paciência e humildade porque o Benfica está estruturalmente mais atrasado no plano desportivo que os nossos mais directos adversários.E mudar mais uma vez na minha opinião será mais uma fuga para a frente que nos poderá custar mais um bom par de anos sem vencer o campeonato e ter uma carreira desportiva europeia condizente com os pergaminhos do clube.O LF faz muitas referências ao fcp e da sua boa organização na vertente desportiva(que aprenderam com o Fernando Martins quando este era presidente do Benfica e que dava lições quinzenais ao padrinho, mas atenção o Fernando Martins não lhe ensinou a levar árbitros para casa, não confundam as coisas), pois meus caros amigos este linchamento público que o treinador do Benfica tem sido alvo se fosse no fcp há muito que o padrinho tinha renovado o contrato com o treinador e estancado os lenços brancos (quem o faz só contribui para a destabilização do seu próprio clube)e a especulação que a imprensa teima em fazer sobre o nosso clube e muitas vezes até o próprio sporting. Ontem no programa "Dia seguinte" o guilherme aguiar ficou indignado quando ouviu o Sílvio Cervan dizer que o Benfica devia manter o seu rumo apesar da má época desportiva, eu percebo a indignação do comentador portista, é que ele quer é que o Benfica volte a mudar tudo porque assim facilita e de que maneira os campeonatos ao fcp.Portanto meus caros se os nossos rivais querem que o Benfica volte a mudar de rumo deveremos fazer exactamente ao contrário.E outra coisa o Benfica tem de uma vez por todas aprender a lidar com a pressão mediática, que é uma das maiores fontes de destabilização do nosso clube.As pessoas tem de perceber que nós é que fazemos com que os jornais desportivos tenham grandes tiragens e que as televisões que transmitem os jogos tenham grandes audiências, logo é imperativo para estes que o Benfica esteja em constante anarquia e destabilização porque assim é uma fonte segura de venda de jornais e audiências.Quem causa grandes ilusões cada ano que passa "que é este ano é que vai ser" e que os jogadores/treinadores que o Benfica são os maiores do mundo é a comunicação social, claro que o Benfica tem culpas tb no cartório porque não sabe gerir as expectativas, mas tem que aprender já tem mais que experiência suficiente para combater estes problemas.Quando ouvi o presidente LFV dizer na inauguração de uma casa do Benfica salvo erro no concelho de Almada que "temos de mudar embora mantendo o rumo", fiquei perplexo, porque no fundo é uma conversa vazia de sentido e a cedência aos boatos perpetrados pelos media. É evidente que temos que mudar as nossas performances e ter melhores resultados desportivos mas isso só se alcança com estabilidade e não com constante ruptura. Viva o Benfica.


P.S.- A questão levantada aqui sobre os NN é um bocado ridícula quem for ao estádio da Luz ver jogos do Benfica pode bem constatar que esta claque parece a United Colours of Benneton, é brancos,negros,brasileiros,indianos,miúdas novas de leste etc.Quer-me parecer a mim se fosse uma claque de neo-nazis o pessoal que não era branco era corrido á batatada.Se calhar já foi, actualmente não o é de certeza.

LF disse...

sestrela,

Por acaso, tendo também uma ligação às letras (mestrado em Sociologia), tenho uma formação de base em números (licenciatura em Gestão de Empresas).

Nada sei sobre a vida privada ou empresarial de Luís Filipe Vieira. Nem me interessa muito.

No Benfica tem feito um excelente trabalho em tudo, excepto na condução do futebol.
Este post não é uma crítica a ele, até porque ainda não vi qualquer alternativa credível à sua presidência, nem quem o antecedeu fez melhor do que ele.

Em termos empresariais, em termos de infra-estruturas, em termos comerciais, em termos de modalidades, Benfica Tv etc, Luís Filipe Vieira tem um património de obra que não se pode desprezar.

Este post é sobre futebol, e no futebol o Benfica tem falhado. Com Luís Filipe Vieira, mas também com Vilarinho, com Vale e Azevedo, com Damásio, para não ir mais atrás.
E nada garante que, com outro qualquer não volte a falhar, pois todos estes problemas, ou quase todos, são pré Vieiristas, se assim posso dizer.

Nuno T disse...

Concordo em absoluto.
Apesar das arbitragens terem ajudado de forma "inocente" a empurrar o Benfica para baixo, tinhamos de fazer muito melhor.

Sinceramente, julguei que este plantel, apesar das suas deficiências, chegaria para ser campeão, ou pelo menos o 2º lugar. Este ano, a culpa foi claramente do treinador. Táticas completamente parvas, substituições ridículas...

Faço-lhe a seguinte pergunta: Tem dúvidas que o Aimar no porto seria um dos melhores da liga? O Cardozo e o Suazo no porto seriam uma dupla imparável? O Reyes seria importantíssimo? Eu não tenho dúvidas.

Outro ponto que devia ter abordado é a clara deficiência na evolução dos jovens no plantel. Casos como os de Di Maria, Urreta, Balboa, etc... não se nota evolução, trabalho, nada. O di Maria então, se fosse noutro clube ou com outros treinadores, seria um jogador totalmente diferente.

ps: só espero que o Scolari não venha e que o Cardozo não saia.

cumps

X disse...

essa de associar insucessos do Benfica às bandeiras dos NN...

já pensou que o império português causou, de longe, mais mortes que o 3º Reich? se calhar é por isso que o país está na miséria, e não por causa de uma classe política corrupta e de uma classe empresarial incompetente...

deixe-se de crendices e vá votar contra o LFV.

"O Angolano" disse...

Caros amigos,
As razões para o insucesso são sempre pouco mensuráveis. Antes do jogo de Guimarães, estávamos a dois pontos. Porque veio o descalabro? Uma: O Luisão saiu da defesa, e o Quique foi pouco inteligente em não se servir do Katso para o substituir.Segunda: nunca, mas nunca devia ter utilizado o David Luis como defesa-esquerdo.Tinha o Jorge Ribeiro e devia dar-lhe o benefício da dúvida. Para que o compraram? Um jogador pode ser um perna de pau, mas motivado e galvanizado pode virar uma fera. Há também as jogadas de bastidores,as arbitragens habilidosas, mas quando se metem mais de dois golos por desafio, podem crer que elas desaparecem. E para quê dar ouvidos a "mercenários" da escrita, rádio e Tv, que nada percebem de futebol e apenas servem interesses de terceiros? Um boa ajuda era a não compra de jornais desportivos. Uma temporada sem vendas e eles aprenderiam a respeitar quem lhes dá de comer. Proponho uma campanha nesse sentido. E, por favor, desistam de jogadores emprestados. O Suazo veio para cá, ganhar uma pipa de massa e quase que garanto que uma das cláusulas era que tinha de jogar sempre para se valorizar e servir agora de moeda de troca para o Inter ir buscar uma truta a um qualquer clube italiano. O Mourinho não é parvo. Teve o azar da lesão e bastou isso para o Cardoso regressar e fazer uma boa ponta final. Pena foi que os restantes não tivessem dado ao pedal.
Um abraço.

manuel castro disse...

Excelente post, não conhecia o blogue e o autor, e congratulo-me por ainda haverem benfiquistas que escrevem assim. No comentarismo benfiquista assiste-se a duas correntes com as quais não me identifico: o bota-abaixo constante e um lambe-botismo exasperante, bem patente aliás na Benfica TV. Para além dos oportunistas da desgraça a que nos habituámos nos últimos anos, o culto da personalidade que se vive hoje no Benfica - lembro que o Benfica não é LFV - é o grande culpado deste totalitarismo opinativo (declaração de interesses, como está na moda: esclareço que apoio a continuidade deste presidente).

O Benfica é um clube democrático, onde o espírito crítico - que não é sinónimo de "dizer mal" - e a opinião livre de qualidade deve ser valorizada, porque é esse pluralismo apaixonado, transparente e solidário, que ajuda a reforçar a nossa identidade enquanto parte fundamental de um grande clube.

E sobre a equipa de futebol, está tudo dito neste post e os problemas estão muito bem identificados. Acho ainda que um dos grandes problemas do Benfica actual reside na falta de uma identidade comum e partilhada entre a equipa de futebol e os adeptos - a mística, o inferno da luz, o terceiro anel, sermos todos um é o que nos torna imparáveis - por diversas razões que estão expressas no post (a falta de referências é gritante).

O Et Pluribus Unum não é incompatível com a vertente empresarial deste Benfica que quer ser moderno mas que tem que ser permanentemente alicerçado e reforçado numa cultura com um século de história.

iBenfiquista disse...

LF, sempre lúcido, com uma capacidade de análise pouco vista em Portugal. Concordo com practicamente tudo o que escreveu, assim como com outros comentadores como o "sestrela". Quero, no entanto, reforçar, esta é a palavra certa, alguns dos pontos:

A falta de valores de referência é notória. A última foi o Simão, jogador extraordinário, que nunca deveria ter saído e que levou a equipa ao colo no último campeonato (juntamente com o Veiga e mais 2 ou 3 jogadores, entre eles o Petit).

A deficiente política de contratações nota-se na escolha de jogadores com deficiente capacidade física, a favor da técnica (vulgo malabarismos), que no futebol moderno tem cada vez menos espaço e interesse. O Aimar sem dúvida que é um grande jogador, e devia ficar APENAS E SÓ SE LHE CONSEGUIREM MELHORAR A SUA CAPACIDADE FÌSICA EM 30-40%! Senão, não! Tenho receio que o Rui Costa, como jogador pouco físico e essencialmente técnico que foi, por "defeito profissional", digamos assim, peque aquando da escolha de futuras contratações. Esperemos que não. Também acho que o Maxi foi das melhores contratações que foram feitas. Assim como o Yebda.

Para quem percebe um pouco de gestão de pessoal, de condução e motivação de homens, a questão dos salários é FULCRAL. O LFV tem um pouco a mentalidade portuguesinha que o barato é que é bom. "Jogar no Benfica basta para que os jogadores se sintam contentes"! BULLSHIT!! Não é! Ele, de gestão de pessoal, não percebe nada, um completo zero à esquerda! E, já agora, o Rui Costa percebe?

É claro que os sócios não tratam bem o clube. Basta vir para a blogoesfera. Eu, sem pretender ser mais virtuoso do que os outros, tenho outra mentalidade. Quando faço comentários sobre o Benfica, NUNCA DIGO MAL DESTE OU DAQUELE JOGADOR. Nem dos treinadores. Para isso basta os adversários. Por variadas razões.

1 - "Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti!". Eu, se fosse jogador do Benfica, não gostava de ler, fosse onde fosse, críticas à minha pessoa como jogador. Mesmo que justas e correctas. Já bastam a autocrítica, que teria sempre de fazer, ou a crítica implícita ou não de colegas e treinadores.

2 - Por uma questão de lealdade. Eu, se tivesse de criticar um filho, era incapaz de o fazer em público. Fá-lo-ia sempre em privado. Assim, por que carga de água vou criticar um jogador DO MEU CLUBE em público, não sendo eu, ainda por cima, um especialista na matéria?

3 - Sem defender que o Benfica não pode ser discutido, pode e deve ser, tenho um princípio que eu, pessoalmente, defendo como sagrado e que reza assim: "DO BENFICA, OU SE DIZ BEM, OU NADA". Quando digo do Benfica, refiro-me, claro está, aos jogadores e treinadores. QUE TÊM DE SER SEMPRE BEM ACARINHADOS, RESPEITADOS E DEFENDIDOS com unhas e dentes. Ao fim e ao cabo, gostaríamos que nos fizessem isso, ou a um filho nosso, que fosse jogador do Benfica? Penso que não. Pois então é simples: NÃO O FAÇAM.

Façam-no na taberna, no café, nas discotecas, nas tertúlias ou no raio que o parta. Mas não em público! Será que tudo isto é difícil de entender? Não admira que o Di Maria venha dizer que se quer ir embora por se sentir a mais. Pudera! Eu sentiria a mesma coisa se fosse ele! Mandava os benfiquistas todos à merda!! Será que ralhar ou criticar um filho (neste caso um jogador) o faz crescer? Claro que não! Não será, também, por isso que muitos jovens não medram no Benfica? Ponham a mão na consciência.

Por fim, concordo também com quase tudo o que o SESTRELA diz. Eu, por princípios de lealdade ao qual sou muito sensivel, não gosto de criticar a direcção do Benfica. No entanto, também estou cada vez mais convencido de que o LFV atingiu o chamado Princípio de Peter que diz, "Uma pessoa, mais tarde ou mais cedo, é promovida até atingir o seu nível de incompetência". Penso que LFV atingiu neste momento, ou talvez já algum tempo, o seu nível de incompetência. O Benfica, actualmente, precisa de algo mais.

LFV já fez muito pelo Benfica, mas já não consegue, por mais que se esforce, e por mais escolhas que faça, fazer bem o seu trabalho. Um líder é um líder, e ele tem vindo a ser cada vez menos líder. Quando falo em líder, refiro-me a um líder que, à semelhança dos jogadores que queremos no Benfica, guerreiros e fortes fisicamente, que seja agressivo e não tenha medo de falar e de dar o peito às balas.

Eu não devia estar a dizer isto mas, infelizmente, o facto é que o futebol do Benfica bateu tanto no fundo que temos de começar do princípio. Mas para seu substituto não pode vir um qualquer Zé ninguém. Quem o substituir tem de ter, ainda segundo a minha opinião, as seguintes características:

1) Ser profundo conhecedor do meio ambiente (bafiento e corrupto) do futebol português. De preferência conhecedor de muitos dos agentes desportivos que se movimentam na sombra. Nos corruptos, para além de um tal Antero, temos Reinaldos, Gulhermes, Gomes, Giles, etc., etc. São mais do que as mães. O Benfica tem de armar, porque estamos em guerra.

2) Ter "cojones" para poder dar um ou dois murros na mesa por semana, se necessário for. Seja na CS, seja onde for preciso.

3) Saber lidar com jogadores, isto é, ter no mínimo algum conhecimento, algum "feeling", ou, se quiserem à portuguesa, algum jeito, de gestão de recursos humanos e de condução de homens.

4) Saber rodear-se de uma equipa de gestão profissional, conhecedora, coerente e agressiva. Capaz de implementar de uma maneria profissional as estratégias definidas antecipadamente.

5) Ter visão, ser esperto, e capacidade de definir estratégias para o futebol. Não apenas saber escolher colaboradores e esperar que eles façam o trabalho.

Isto é o mínimo que eu peço, pois muito mais haveria a dizer sobre isto. Haverá alguém que preencha todos estes requisitos, para além do Super Homem, claro? :-))

Saudações Benfiquistas

iBenfiquista disse...

Esqueci-me de um úlitmo ponto, e o mais importante, na minha óptica, nas características que um presidente do Benfica deve ter, de acordo com a minha opinião:

6 - Poder trabalhar para o Benfica 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isto é, não estar dependente do salário do Benfica para viver, e aqui LFV não está e, ao contrário de LFV, não estar dependente de negócios, ou ter negócios exteriores ao futebol que lhe ocupem o tempo, o espaço e a mente.

jfk disse...

Corroboro 2 ou e pontos:

1º A capacidade física dos jogadores. Hoje o futebol é praticado por atletas (com elevadíssimos índices físicos) e não por jogadores da bola como era no passado. Parece que no Benfica (e em parte também no Sporting) ainda ninguém viu isso. Basta olhar para as equipas de topo e para as que Mourinho constroi. Foi ele que deixou esse legado no Porto (lembro-me de o ouvir a elogiar Bosingwa apos contratação pelo Porto, dizendo que era um jogador ao seu estilo: alto, rapido, batalhador...).

Consequentemente uma equipa precisa de jogadores que se empenhem e não de artistas. Estes só servem para criar ilusão, no início da época, vender alguns lugares, algum merchandising, mas ao longo da época perde-se muito mais do que se ganha, pelos problemas que acarreta.

Daí que gostaria de ver mais jogadores Portugueses ou que tenham passado por Portugal. Se não se conseguem contratar em Prtugal, podem-se contratar no estrangeiro, onde há muitos e bons, alguns desconhecidos.

Na mesma linha o Benfica deveria priveligiar um treinador adaptado à realidade do clube. As escolhas recaem normalmente em treinadoes para um Benfica Europeu. Ora não conseguimos ganhar cá e vão antes pensar na Europa: ridiculo!

Por isso gostaria de ver Jorge Jesus. É um bom treinador, é Benfiquista, conhece o nosso campeonato, o dos clubes mais pequenos e tem uma recente experiência, bem sucedida na Europa, logo está ao nível do Benfica actual, da realidade em que o clube se insere. Estamos a lutar de baixo para cima e não para nos mantermos no topo, logo as opções têm que ser consonantes com a realidade.

E a realidade é esta!

Afonsus disse...

Luis Fialho,bom dia!
Bom trabalho, tal como nos tem habituado. No entanto, não posso deixar de lhe dizer o seguinte:
Estas 10 razões, bem observadas e que têm de ser estudadas,resultam, quase sempre, de desestabilização que é desencadeada pelo factor arbitragem. Sou muito pratico e a diferença de criterios do benfica para os outros adversarios é qualquer coisa de criminoso.quantos campeonatos não teriamos a mais com as mesmas armas dos outros? Fiquei algo desiludido quando não aborda este tema porque não basta andarmos aqui a querer transparência e verdade desportiva e depois, quando perdemos, olhamos só para dentro do clube, quando o que o atinge vem de fora para dentro e é bom que os benfiquistas tenham essa consciência.Um abraço. Afonsus

LF disse...

JFK,
Só uma ligeira correcção:
Jesus não é benfiquista. É adepto do Sporting, e fez a sua formação de jogador no clube de Alvalade.

Mas, obviamente, isso é irrelevante.

Nuno Figo disse...

Caro LF, grande post, tal como esperava.
Acredite que votaria EM SI, se se apresentasse como candidato à direcção do nosso clube. Não é à toa que é este o único blog em que deixo os meus comentários.

Voltemos aos seus pontos, muito bem identificados:

1- FALTA DE MÍSTICA E SENTIDO DE CONTINUIDADE
Resolvido com estabilidade, mantendo treinadores e jogadores.

2- DEFICIENTE POLÍTICA DE CONTRATAÇÕES
Resolvido com estabilidade. Mantendo os que cá estão, fazendo evoluir os jovens, não seriam precisas contratações (apenas as cirurgicas)

3- EXCESSIVA ESTRANGEIRIZAÇÃO
Não concordo em absoluto com a questão. Concordo na parte em que aponta para o excesso de jogadores não identificados com o Benfica ou com o país.
Creio que, no mundo e futebol actual, não é muito fácil manter uma equipa de portugueses. Bastar-me-ia manter na equipa os atletas/homens identificados com o Benfica e, consequentemente, com Portugal. Muitos dos meus ídolos benfiquistas não são portugueses, mas é como se fossem... pois eram "dos nossos e bons": Preud'homme, Ricardo, Mozer, Isaías, Schwarz, Poborsky, Valdo, Magnusson, entre outros do passado.

4- DÉFICE DE CAPACIDADE ATLÉTICA
Sim, sem dúvida. Uma questão a ter em conta no planeamento da época e do treino, bem como na altura das contratações.

5- FALTA DE UMA IDEIA DE JOGO
Uma vez mais, estabilidade como palavra-chave. Mantendo treinador, jogadores reforça-se o modelo. Criando um fio condutor entre as camadas jovens e a equipa senior, potencia-se a cantera. E mais... definindo este "modelo de referência" para o futebol do Benfica, cria-se a base para uma equipa que não depende de este ou aquele técnico ou jogador.

6- CARÊNCIA DE SOLIDEZ DEFENSIVA
Totalmente de acordo. Creio ser aqui a base "prática" do nosso falhanço.
E uma vez mais, defendo a bandeira da estabilidade. Os nossos defesas são jovens e precisam de tempo e experiência. Um modelo de jogo claro articula a equipa com maior solidez.

7- FALTA DE ACOMPANHAMENTO E PROTECÇÃO AOS JOGADORES
Nada a acrescentar. Passa por uma mudança de mentalidades da direcção.

8- DESEQUILÍBRIOS SALARIAIS NOTÓRIOS
Eventualmente verdade. Mas atenção à análise. Luisão é dos que mais ganha... merecerá isso? Será o Porto realmente um exemplo de virtudes? Quando se ganha, tudo corre bem.

9- FALTA DE DINÂMICA DE VITÓRIA
Pescadinha de rabo-na-boca, de facto. 100% de acordo sobre o que a massa adepta pode fazer para ajudar aqui.

10- PRESSÃO EXACERBADA DOS SÓCIOS
Ou seja, falta estabilidade. Cabe a nós promovê-la.

Nuno Figo disse...

Entretanto, mudaria o título do post para "Benfica: Dez razões INTERNAS para o insucesso NO FUTEBOL".

Porque é preciso lembrar:
- que nas amadoras estamos em franca melhoria;
- que existem um sem número de mecanismos externos que nos prejudicam: media (acima de tudo os que estão "a soldo", empresários, clubes rivais, árbitros, organização e leis da Liga (penas anti-corrupção totalmente inadequadas), critério disciplinar, entre outros.

E de futuro, quem sabe, poderia abrir a discussão a outros pontos... tais como:
- "Benfica: Dez razões INTERNAS para o sucesso NAS AMADORAS"
- "Benfica: Dez razões EXTERNAS para o insucesso NO FUTEBOL".


Um abraço

Anónimo disse...

Poucos festejos na taça da liga???

porque sera??

o que é a taça da liga oh naboo??


MISERAVEIS QUE SAO VOCES seus tristes

Ricardo Campos disse...

com papas e bolos se enganam os tolos!
continua o bom trabalho LF.

X disse...

Viva Quique. Fica Quique.

LF disse...

Nuno Figo,

Não falei noutras modalidades porque este é um espaço de futebol.

Mas já escrevi, e reafirmo, que a gestão de L.F.Vieira, futebol à parte, tem sido extraordinária.
Tanto em termos de infra-estruturas, como em termos empresariais, modalidades, Benfica TV etc.
Cumpriu quase todas as promessas que fez.

Só o futebol falhou. Com ele, mas também com quem o antecedeu. Falha desde 1994.

Vitória do Benfica disse...

Boa Tarde Luis Fialho e restantes visitantes do blogue.

Está de parabéns o Luís Fialho, e aos visitantes do blogue que aqui deixam os comentários.

Grande matéria de reflexão, quer o tema quer as ideias que expõe. Ou seja analisa de uma forma estruturada as deficiências internas do Benfica.

È muito doloroso o que escreveu mas é verdade.

Espero que Rui Costa e os seus assessores, utilizem tanto as suas reflexões como as dos adeptos Benfiquistas que aqui deixaram e deixam os seus comentários, como ferramentas de análise e de solução dos problemas.

1) Falta mística e sentido de continuidade
Este é um grande problema, mas não concordo completamente, que seja crucial. O Artur Jorge destruiu m plantel, mas não me parece que seja só porque um treinador destruiu um plantel, mas antes porque foram destruídas mesmo antes as estruturas de organização. E depois foram construídas de forma débil por o Veiga e voltaram a ser destruídas isso sim, não me parece tanto os jogadores que podem dar continuidade mas antes a organização onde os jogadores entram.

Contribuição para Solução : Tervem atenção
2) Deficiente politica de contratações
Voltamos ao mesmo a deficiente politica de contratações é provocada pela falta de uma estrutura organizativa.

Contribuição para a solução : Manutenção do actual director desportivo por muitos anos.

3) Excessiva estrangeirização
Concordo em absoluto, sobretudo porque nestes jogadores pode haver o perigo do estaleiro ou seja do Benfica ser um passaporte para outra margem. Exemplo Sepsi . O que é feito de João Coimbra, e outros como ele

Contribuição para a solução: Empresários nacionais, não sei se Jorge Mendes é a solução? E uma grande aposta na formação, e aproveitamento desta formação. Utilizando como modelo Rui Costa, Miguel Vítor, ou seja jogadores que transportam na sua génese no seu ADN a mística Benfiquista. Nelson Oliveira, David Simão, Romeu Ribeiro, André Carvalhas aproveitados no Benfica

4) Défice da Capacidade atlética
Jogadores a que só falta dormir em campo O jogo não é uma ciência mas o treino é, escrevia um professor universitário no novo jornal I a propósito do Benfica. Falta suporte cientifico ao Benfica. Como é possível um clube com esta história e grandeza não ter nenhum ninguém Doutorado na sua equipa técnica.


Contribuição para a solução: Maior ligação aos cientistas adeptos do Benfica. Cientistas galardoados internacionalmente vão para o seu laboratório com a camisola do Benfica, Rui Costa não sabe nem conhece nem aproveita. No Porto isto não acontecia porque é uma cidade pequena onde todos se conhecem.

5) Falta uma ideia de jogo
Concordo, Fernando Seara já o disse várias vezes ainda estava na SIC
Contribuição para a solução: Manutenção do Director Desportivo e equipa técnica. Criação de duas estruturas uma directa ligada ao treinador e outra fixa ligada ao clube, que tratará da manutenção da mística do Benfica mesmo para a passar ao treinador. Aprender com os erros de ter deixado ir Mourinho e de aceitar aquilo que Quique fez de marginalizar Diamantino e Chalana, nem sempre é fácil olhar o passado e corrigir e mesmo assim falhar como se passou agora com QuiQue.

6) Carência de solidez defensiva.
È verdade. Parece por vezes um transversitização. Os defesas marcam golos, mas falham defesas infantis.
Contribuição para a solução. O gabinete do Rui Costa passar a ter estudiosos do futebol, recentemente na revista cientifica Ómega foi publicado um estudo da Universidade de Valência sobre três épocas das Ligas espanhola e Italiana. Os resultados foram aproveitados por clubes como o Barcelona e os resultados estão à vista

7) Falta de acompanhamento e protecção aos jogadores
Concordo, como é possível o Benfica, ter psicológos mas fechados que não ouvem nem falam com ninguém ligado às ciências sociais. E depois se nota essa falta de apoio psicológico. Os jogadores são débeis, têm baixa inteligência emocional

Contribuição para a solução O gabinete do Rui Costa ter consultores ligados ao desporto internacional na área da psicoilogia e seguir o exemplo da equipa de basquetebol. Aqui o treinador é importantíssimo, porque lhe cabe muito do poder de guerra

8)Desiquilibrios salariais notáveis.
Esta não concordo suportada pelos dados do futebol finance. Lucho ganha 135 000 e Lisandro menos que Nuno Gomes ou seja 86 000 e menos que Bruno Alves e menos que João Moutinho. Não são os desiquilibrios a razão do insucesso do Benfica. Rochrembach ganha 100 000 Euros mensal, Liedson 110 000 e Lisandro Lopes 86 000.

9)Falta dinâmica de Vitória.
Acrescento ao que escreveu o facto de não conseguirmos dar a volta ao resultado e não foi só com o QuiQue também foi com muitos dos treinadores anteriores.

Contribuição para a solução: Seguir o modelo do basquetebol, fazer workshops com as modalidades

10) Pressão exacerbada dos sócios
Concordo acrescento, que muitos sócios só tem paixão e pouca racionalidade

Contribuição para a solução: A adeptos como o António Pragal Colaço e o Luís Fialho ser dado mais tempo de antena na BenficaTV. Melhorar a politica de comunicação na gestão das expectativas.

PS. Até morrer serei benfiquista e como meu mais seis milhões é preciso ter confiança nos sócios e saber gerir a sua ilusão, não vale a pena capas da Bola com o Quim a dizer que a prenda era ser campeão e depois fazer exibições como fez contra o Trofense. Mais valia estar calado e em campo portar-se à altura de um Bento.

el matador disse...

O Benficneste momento já nao mete respeito. Basta ver o descrso muitas vezes das equipa quado jogam contra fifica. acho que basta uma boa equipa que seja campea e tudo muda. Basta ás vezes umano positivo, ou um treinador para o clube ter uma sequencia de bons anos.

Brytto disse...

LF a presidente, já!

Faltou só acrescentar que se deve acabar de uma vez por todas com jogadores emprestados (só o Micoli se revelou uma aposta segura) e com a aquisição de estrelas cadentes e/ou pseudo-promessas provenientes de campeonatos muito mais competitivos que o nosso, está-se mesmo a ver do que isso só pode resultar: jogadores aburguesados, desmotivados, ordenados incompatíveis à realidade do clube e rendimento sofrível.

E já agora, porque não, cortar relações com toda a comunicação social desportiva escrita, “A Bola” incluída, esta de hoje, a possibilidade do Quaresma poder ingressar no Benfica só pode ser brincadeira de mau gosto… Só assim o Benfica poderia ter um pouco mais de paz para fazer aquilo que deve ser feito.

Anónimo disse...

Obviamente que os responsáveis do clube deviam começar verdadeiramente do zero e isso passaria por assumir perante os adeptos que o Benfica não partiria como candidato ao título. Depois de ter sido campeão, o Benfica não conseguiu sequer ficar em segundo lugar. Portanto, há que construir um projecto com cabeça, tronco e membros, sem medo. Depois de tanto investimento e resultados ZERO, o Benfica devia descer à terra. Deviam ter coragem e contratar o Jorge Jesus, protegendo o treinador em termos de comunicação.

Anónimo disse...

AFINAL SEMPRE TÊM APRENDIDO ALGO COM PdaC!


Mário Patrício: 'Lamento conduta anti-desportiva do Benfica'

Face à enorme procura de bilhetes por parte de sportinguistas para o terceiro jogo da meia-final do play-off de andebol entre o Benfica e o Sporting, Mário Patrício, vice-presidente do Conselho Directivo do Clube, admite que o Clube ainda não recebeu nenhuma resposta oficial por parte do SL Benfica no que diz respeito aos bilhetes requisitados pelo Sporting.

"Cumprimos todos os requisitos fundamentais da competição, ao requisitarmos, com sete dias de antecedência, os 10 por cento dos ingressos a que temos direito e que estão no regulamento. Durante esta semana temos tido muita procura de ingressos por parte dos nossos associados e ainda não conseguimos dar uma resposta. Tentámos entrar em contacto com os responsáveis do SL Benfica, mas ainda não obtivemos nenhuma posição oficial, quando estamos a 24 horas do jogo." O dirigente «leonino» lamenta a conduta "anti-desportiva do Benfica. Não estávamos à espera que se concretizasse aquilo que anunciam no site oficial, que só terão bilhetes para associados do Benfica."

toni disse...

só te deixo a dica que nós impediram de ganhar esse culto de vitorias..Leixões...rio ave...dragay..nacional...académica...setubal.. senão não sei quem tinha sido campeão...mas pronto ta tudo errado porque somos o BENFICA e temos que ter o lugar que a historia nos reservou...1º

Anónimo disse...

«já pensou que o império português causou, de longe, mais mortes que o 3º Reich?»

Peço desculpa, mas isto é de loucos!!! Importa-se de apresentar números concretos? Cuspir para o ar não vale.

MAGA

X disse...

Números concretos não os tenho agora. Mas pense um bocadinho.

O Reich, alegadamente, matou 6 milhões de judeus (das contas dos não-judeus pouco se fala).

Quantas mortes são necessárias para conquistar umas léguas em África e mantê-las durante 4 séculos? Quantas tribos massacradas e escravizadas para trazer ouro do Brasil? Quanta chacina para conquistar e manter pequenos território pela Ásia? São 4 séculos, não se esqueça disso.

Leia as Décadas da Ásia, os Comentários de Albuquerque, etc, e veja as descrições dos massacres de toda a espécie de gente. Escritas, de resto, com muito orgulho de quem as narra.

Algum império se faz com beijinhos e boas maneiras?

(Ou seja: vota contra LFV)

worldoftennis disse...

Caro amigo benfiquista, uma analise muito bem redigida, conseguida e realista! Os meus parabéns!
Mas parece mesmo que estamos destinados a sofrer...
e ou eu muito me engano ou para o ano cá estamos outra vez na mesma posição!!!
Se gastassem mas era 10 milhões a tentar desvendar a podridão que anda o futebol português!
Tínhamos tudo para ser campeões, e eles até podem ter sido melhores, mas têm sempre aquele empurrãozinho... Eu queria ver se naquele fatídico jogo das antas, se aí passávamos para a frente(em condições normais teria acontecido), se perderíamos com Guimarães e Académica, e não estaríamos aqui com outro estado de espírito...
E aí sim ao invés de escrever as 10 razões para o insucesso, estaria a escrever as 10 razões para o sucesso!!!

Saudações benfiquistas!!

FranciscoB disse...

Caro LF,

Gostava de seguir o seu raciocínio mas não é possível, porque parte de premissas erradas...

Ao contrário do que a maior parte dos Benfiquistas pensa, esta época foi muito melhor do que as outras... É que foi necessário roubar muito mais para nos ganharem...

Finalmente temos no Clube pessoas que sabem escolher jogadores... Mas necessitam de tempo e estabilidade.

Continuo a discordar frontalmente das suas considerações sobre quem deve sair e ficar... Não podemos comparar jogadores como Aimar, Reyes, Suazo ou Di Maria, com grandes craques de nível Mundial como Bruno Alves, Pedro Emanuel, André, Quim, Raul Meireles... Não convém confundir poder físico com obesidade e/ou ingestão de Esteroides Anabolizantes... Deixe a escolha dos jogadores para quem sabe...

Naturalmente que muitas das suas considerações são pertinentes. Deve haver maior exigência com o rendimento dos jogadores... Se tivessem tido mais recepções como a que tiveram no regresso do jogo com o Nacional, seguramente que as coisas teriam corrido melhor...

Desde a saída de Kulkov que necessitamos de um Médio Defensivo de qualidade superior. Falta tb um Central de nível Internacional para jogar ao lado de Luisão.

Termino reforçando a ideia de que esta época não foi assim tão má... A verdade é que em Portugal só existe um campeonato - o Campeonato do Benfica, no qual todas as equipas da o máximo... Só os jogos do Benfica têm alguma qualidade e merecem ser vistos. Há que continuar a luta para criar condições mais justas de competitividade em Portugal.

Saudações Benfiquistas.