TRAGÉDIA GREGA
A mais remota memória que tenho de um jogo europeu do Benfica é a de uma derrota por …5-1, diante do Bayern de Munique em 1976. Talvez por esse motivo, ou por uma qualquer veia analítico-racionalista, nunca fui muito de me deixar impressionar pelo número de golos de uma derrota. Os 7-1 de Alvalade, os 7-0 de Vigo, ou uns 5-2 no Bonfim (Yekini, lembram-se?), estão longe de integrar o top-ten da minha lista pessoal de desgostos causados pelo futebol, tendo-os encarado na altura como meros acidentes, que de vez em quando acontecem, que a todos tocam, e que não impedem o prosseguimento de uma boa época – em 1976, como em 1987 e em 1994, o Benfica viria a sagrar-se depois campeão nacional.
Deste modo, o que a meu ver mais ressalta da noite de Atenas é, tão somente (e este “tão somente” terá de levar muitas aspas), o traço de uma eliminação europeia, que não sendo matemática é praticamente factual. Dolorosa ? Sim ! Dramática ? Não ! Até porque parece cada vez mais claro que a grande aposta da SAD benfiquista é mesmo o campeonato português, o que pode muito bem explicar algumas opções de Quique Flores, que terá inclusivamente feito desta Taça UEFA, em alguns momentos, um palco para as suas experiências.
Mas este relativizar de uma derrota expressiva não pode também deixar de estar associado ao que se passou durante os noventa minutos da partida. Para além da indesmentível qualidade da equipa do Olympiakos, há que dizer, com frieza e objectividade, que o resultado foi tremendamente penalizador para aquilo que o Benfica fez em campo. Se a derrota é justa e indiscutível, a goleada, pelos números registados, afigura-se-me claramente exagerada e imerecida. O desfecho mais consentâneo com o decorrer do jogo poderia muito bem ter sido algo como 5-3 ou mesmo 5-4, o que daria uma tonalidade totalmente diferente à noite grega.
Na primeira parte as estatísticas revelaram quatro remates para cada lado. Os da equipa grega entraram todos. Dos do Benfica, um saiu a rasar a barra, um entrou, e aos outros dois correspondeu Nikopolidis com excelentes defesas (havendo ainda um golo anulado com muito zelo pelo árbitro francês). Ao intervalo o destino do jogo estava traçado. Na segunda parte só houve mais um golo, e obtido em fora-de-jogo. As melhores oportunidades a partir de então pertenceram ao Benfica, sendo todas elas desperdiçadas. Apenas num parágrafo podia assim ficar descrita a história desta copiosa derrota.
Importa contudo que algumas ilações sejam extraídas desta partida. Conforme já aqui tenho chamado a atenção, há que rever o processo defensivo da equipa, que quando perante adversários mais fortes não consegue segurar a bola, perde facilmente o controlo dos jogos, e denota uma docilidade que chega a ser penosa e que urge corrigir de imediato. O meio-campo revela-se macio, os corredores laterais permeáveis, e o centro da defesa acaba por ficar exposto a situações de desvantagem a que não consegue replicar. Sem a voz de comando de Luisão, e com um David Luíz completamente fora de forma e manifestamente sem ritmo competitivo, o Benfica fica a jeito de lhe acontecer disto.
Nada há a apontar à entrega e profissionalismo dos jogadores, que foram sempre generosos na tentativa de virar o rumo dos acontecimentos. Mas uma equipa com ambições não pode sofrer um golo aos 40 segundos, muito menos sofrer três (!) em 24 minutos, e não pode vacilar tanto perante as contrariedades que o jogo oferece. Há situações que não estão ainda devidamente trabalhadas, e que talvez a carreira invencível no campeonato tenha vindo a disfarçar. Há ainda uma ou outra limitação no plantel, a cujo mercado de Janeiro poderá responder. Mas é preciso manter a calma e perceber que o campeonato nacional não se joga diante de equipas como o Olympiakos, mas sim perante Vitórias de Setúbal, Trofenses e Rio Aves. É com esses que o Benfica não pode vacilar. É perante equipas como essas que o Benfica tem de estar preparado para não falhar nunca, e conquistar, semana a semana, os três pontos. A começar já na próxima segunda-feira.
A Europa volta para o ano. É altura de centrar todas as atenções nas provas domésticas, e de dar à equipa o apoio e a tranquilidade que a entrega dos jogadores tem feito por merecer. A especulação exterior que irá ser feita à volta deste resultado não deve, nem pode, desviar os benfiquistas do seu clube e do trabalho que está a ser feito. Acredito que esta época ainda vá terminar em glória, e não são vinte minutos de erro que me vão desanimar.
Em termos individuais, para além da exibição fantasmagórica de David Luíz, toda a defesa (Quim incluído) esteve em noite desastrada. Yebda também não foi o tampão que se esperaria, e só daí para a frente o Benfica deixou alguns sinais de normalidade. Reyes esteve em plano razoável, e sinceramente gostei das entradas de Urreta e Balboa.
O árbitro não ajudou nada.
Deste modo, o que a meu ver mais ressalta da noite de Atenas é, tão somente (e este “tão somente” terá de levar muitas aspas), o traço de uma eliminação europeia, que não sendo matemática é praticamente factual. Dolorosa ? Sim ! Dramática ? Não ! Até porque parece cada vez mais claro que a grande aposta da SAD benfiquista é mesmo o campeonato português, o que pode muito bem explicar algumas opções de Quique Flores, que terá inclusivamente feito desta Taça UEFA, em alguns momentos, um palco para as suas experiências.
Mas este relativizar de uma derrota expressiva não pode também deixar de estar associado ao que se passou durante os noventa minutos da partida. Para além da indesmentível qualidade da equipa do Olympiakos, há que dizer, com frieza e objectividade, que o resultado foi tremendamente penalizador para aquilo que o Benfica fez em campo. Se a derrota é justa e indiscutível, a goleada, pelos números registados, afigura-se-me claramente exagerada e imerecida. O desfecho mais consentâneo com o decorrer do jogo poderia muito bem ter sido algo como 5-3 ou mesmo 5-4, o que daria uma tonalidade totalmente diferente à noite grega.
Na primeira parte as estatísticas revelaram quatro remates para cada lado. Os da equipa grega entraram todos. Dos do Benfica, um saiu a rasar a barra, um entrou, e aos outros dois correspondeu Nikopolidis com excelentes defesas (havendo ainda um golo anulado com muito zelo pelo árbitro francês). Ao intervalo o destino do jogo estava traçado. Na segunda parte só houve mais um golo, e obtido em fora-de-jogo. As melhores oportunidades a partir de então pertenceram ao Benfica, sendo todas elas desperdiçadas. Apenas num parágrafo podia assim ficar descrita a história desta copiosa derrota.
Importa contudo que algumas ilações sejam extraídas desta partida. Conforme já aqui tenho chamado a atenção, há que rever o processo defensivo da equipa, que quando perante adversários mais fortes não consegue segurar a bola, perde facilmente o controlo dos jogos, e denota uma docilidade que chega a ser penosa e que urge corrigir de imediato. O meio-campo revela-se macio, os corredores laterais permeáveis, e o centro da defesa acaba por ficar exposto a situações de desvantagem a que não consegue replicar. Sem a voz de comando de Luisão, e com um David Luíz completamente fora de forma e manifestamente sem ritmo competitivo, o Benfica fica a jeito de lhe acontecer disto.
Nada há a apontar à entrega e profissionalismo dos jogadores, que foram sempre generosos na tentativa de virar o rumo dos acontecimentos. Mas uma equipa com ambições não pode sofrer um golo aos 40 segundos, muito menos sofrer três (!) em 24 minutos, e não pode vacilar tanto perante as contrariedades que o jogo oferece. Há situações que não estão ainda devidamente trabalhadas, e que talvez a carreira invencível no campeonato tenha vindo a disfarçar. Há ainda uma ou outra limitação no plantel, a cujo mercado de Janeiro poderá responder. Mas é preciso manter a calma e perceber que o campeonato nacional não se joga diante de equipas como o Olympiakos, mas sim perante Vitórias de Setúbal, Trofenses e Rio Aves. É com esses que o Benfica não pode vacilar. É perante equipas como essas que o Benfica tem de estar preparado para não falhar nunca, e conquistar, semana a semana, os três pontos. A começar já na próxima segunda-feira.
A Europa volta para o ano. É altura de centrar todas as atenções nas provas domésticas, e de dar à equipa o apoio e a tranquilidade que a entrega dos jogadores tem feito por merecer. A especulação exterior que irá ser feita à volta deste resultado não deve, nem pode, desviar os benfiquistas do seu clube e do trabalho que está a ser feito. Acredito que esta época ainda vá terminar em glória, e não são vinte minutos de erro que me vão desanimar.
Em termos individuais, para além da exibição fantasmagórica de David Luíz, toda a defesa (Quim incluído) esteve em noite desastrada. Yebda também não foi o tampão que se esperaria, e só daí para a frente o Benfica deixou alguns sinais de normalidade. Reyes esteve em plano razoável, e sinceramente gostei das entradas de Urreta e Balboa.
O árbitro não ajudou nada.
21 comentários:
Grande Olypi4kos!
Ah pois é assim não chega... Tem de ser grande Olympiako5...
Pois é... Toca a todos... É por estas e por outras que não nos devemos rir dos outros...
Agora já vos posso desejar boa sorte para a UEFA, pode ser que consigam.
Já agora, obrigado por terem torcido para que fôssemos eliminados da Champions... Deu mais força...
Grande tareia...mas o que não nos mata torna-nos mais fortes!!!
Jogo meio estranho, pela rapidez dos golos do grémio ateniense, pelas facilidades concedidas, pela nossa postura defensiva e ate mesmo ofensiva, pois oportunidades nao faltaram, lembrei-me de leverkusen e de milao várias vezes (pior era se me lembrasse de glasgow, do Celtic e do FSantos, postura dessas é que não...)
Concordo na generalidade das observações que fez, pressumo que de facto o katso nao estaria em condições, pois o Bynia não justifica primeira opção em tempo algum...e começa a perceber-se que de facto, laterais so o nosso calcanhar de aquiles, ja que centrais estamos bem servidos..Crucificar o David parece-me muito parvo.
Doeu um pouco, mas já estou ansioso pela ida à Luz segunda feira...apoiar, apoiar, apoiar!!!
saudações benfiquistas...com uma ou duas nódoas negras vá...
M.
Concordo com o post de LF da primeira à última palavra.
Tenho em mim há algum tempo a opinião que a equipa técnica tem o campeonato como objectivo e não pretendem colocar em causa esse grande objectivo em detrimento de uma competição onde não tínhamos, à partida, grande mergem de manobra. As opções de ontem confirmaram isso mesmo (Katsuranis no banco e a entrada adiada de Martins).
Apenas aponto ao treinador um senão.
Ontem antes do jogo, noutro post manifestei a dúvida sobre o comportamento que David Luiz viria a demonstrar em campo.
No jogo de Coimbra viu-se que o rapaz está fora de jogo e fora do jogo da equipa. Está parado há demaisado tempo.
Ora, na minha opinião, Quique caiu em contradição ao preterir Miguel Vítor:
Diz Quique sobre Leo que ficando de fora percebe melhor como joga a equipa.
David Luiz mostrou em Coimbra que está longe de poder acompanhar o jogo da equipa logo não poderia ser opção.
Miguel Vítor já acompanhou Sidnei com bastante sucesso, pelo que não se compreende.
O resultado foi o desatre que se viu e a responsabilidade é objectivamente do treinador.
Registamos o mérito quando o tem (e esta época foram já vários os jogos que nos brindou com opções iniciais ou alterações que resultaram em vitórias) pelo que devemos igualmente registar o demérito quando lhe pertence.
Tenho a certeza que vão saber retirar as devidas conclusões.
Para confirmar na próxima segunda feira ante o Setúbal.
Até lá!
Força Benfica.
P.S. - Achei positivo Urreta e Balboa, espero que se aproveite para dar continuidade - Balboa vê-se que está completamente sem confiança, não dribla e não remata.
já não me lembrava de semelhante!!
o maior clube do mundo é grande em tudo até nas goleadas...
Caro LF,
Creio que se tem andado a tentar esconder o óbvio há demasiado tempo.
Uma nota prévia, porém: apesar das criticas que se seguem, não desejo, obviamente, que se comece a por já tudo em causa e muito menos que se pense em "despachar" já Quique Flores. No entanto, há coisas que são evidentes e que - com muita colaboração da imprensa - têm sido muito disfarçadas. Passo a explicitar:
- O Benfica só realizou, até agora, duas exibições minimamente convincentes - contra o Sporting e contra o Nápoles (em casa). Tirando esses dois jogos, a equipa tem-se arrastado penosamente no campo oferecendo espectáculos pouco mais do que miseráveis aos seus adeptos. A defesa é muito fraca, sobretudo porque não tem laterais à altura das necessidades, como é evidente para todos. Para "ajudar", Quim tem-se apresentado em evidente má forma - talvez fosse tempo de dar oportunidade a Moreira. No meio-campo, Yebda é um caso de evidente sobre-valorização, enquanto que Katso e C. Martins se têm revelado demasiado inconstantes. No ataque - onde estamos indiscutivelmente mais bem fornecidos - o Aimar passa a maior parte do tempo lesionado.
Como se isto tudo não bastasse, creio que Quique Flores muda demasiadas vezes a equipa e tem tido aposta tácticas (incluído a escolha dos respectivos jogadores) que pouco se entendem. Falar em gestão de plantel quando o preço a pagar é sofrer uma goleada de uma equipa do "nosso" campeonato, parece-me completamente descabido. Isto já para não falar das substituições absurdas que se têm visto em muitos jogos.
Em suma, na minha opinião, está na altura dos adeptos e sócios benfiquistas acordarem e começarem a exigir mais da equipa.
Saudações benfiquistas!
Concordo na generalidade do que o LF disse mas sinceramente ao mesmo nível do David Luiz só mesmo o J.Ribeiro, que foi constantemente passado pelo Galletti e bolas que lhe eram metidas nas costas não ganhava uma como o 1º e o 4ºgolo.Se o Quique retirou a titularidade ao Leo depois de uma exibição menos conseguida do brasileiro em Nápoles, o seu critério deve-se tb aplicar aqui e Leo tem de ser titular novamente.No meio campo por incrível que pareça o Bynia jogou bem melhor que o Yebda, o Reyes foi o jogador do costume (lutou muito)e na frente o Nuno esteve assim,assim e o David Suazo que é um jogador que eu admiro e bastante as suas movimentações mas que tem pecado na finalização.Não se pode falhar golos como o Suazo falhou naquele cabeceamento por cima da baliza.Quanto á arbitragem, mesmo na Europa repete-se o filme da Liga Portuguesa umas equipas são beneficiadas e outras prejudicadas.Aquele golo anulado aos 7minutos ao Reyes até os jogadores gregos surpreendeu, notando-se bem no rosto do Nikopolidis e do jogador que o Nuno Gomes supostamente empurrou.Se este golo fosse validado tenho a convicção que o resultado não teria sido este e possivelmente até nem teríamos perdido.Para não falar dos critérios disciplinares em que o lateral direito Pantos que travou o Reyes constantemente em falta só a 15minutos do fim é que viu o cartão amarelo.O 5º golo é claramente fora-de-jogo,e nos lances duvidosos a bola era sempre para o Olympiakos. Espero que este resultado não afecte muito psicológicamente os jogadores, como foi a goleada de Vigo.Recordo que nessa época também estávamos a fazer um bom início de época,estávamos em 1º na Liga e depois desse jogo foi o descalabro até a nivel interno.Portanto é imperativo vencer o V.Setúbal na próxima 2ªfeira para retornar à normalidade.Sobre a prestação do Quique Flores só tenho a dizer que independentemente das lesões que condicionaram as suas escolhas, o Cardozo deve jogar mais,ocupando o lugar de Suazo e o Hondurenho jogando nas suas costas no lugar habitual de Nuno Gomes.Quanto ás prestações do Balboa e do Urreta não foram más, mas o resultado já estava feito e o Olympiakos geria o resultado.É completamente diferente de quando as coisas ainda estão no 0-0.O Urreta é muito mexido mas ainda revela ingenuidade no último passe e na concretização.O Balboa parece estar a ganhar mais confiança, vamos a ver.Tb não gostei muito do Rubem Amorim,se na Liga ele é um jogador que faz boas exibições, na Europa revela tb alguma inexperiência se calhar tinha sido mais profícuo ter apostado no Carlos Martins que quer queiramos quer não tem mais experiência. Quanto às declarações do Quique no final do jogo revelou mais uma vez que é treinador com uma cultura de honestidade e humildade que raramente se vê nos treinadores portugueses, recorda-me em muitos aspectos Eriksson.No última vez que fomos campeões tb não tivemos 1 bom desempenho na Europa,portanto espero que a história já agora se repita.E nestas alturas que devemos apoiar mais a equipa. Et prluribus Unum.
Apelo a todos os benfiquistas que façam o que puderem por ir à Luz na segunda-feira.
É em momentos como estes que o Benfica se tem que unir, e os sócios e adeptos mostrar à equipa que estão com eles.
Vamo-nos vingar no V.Setúbal, e vamos ser campeões !
Não vi o jogo, contudo, este resultado infelizmente não me causou grande surpresa, de facto, basta perceber alguma coisa de futebol, para mesmo quando se ganha, ter a clarividência necessáia para concluir que este tipo de resultado podia estar ao virar da esquina. Apesar de ter sido "acusado" por alguns dos meus amigos de poder estar a fomentar uma certa descrença (não é JFK?), detesto ter razão antes de tempo, mas os sinais estavam e estão à vista, obviamente, para quem quer ver. Pois, mesmo após a após a vitória sobre o Estrela, escrevi isto:
"Por mim, não é necessário ficar à espera da primeira derrota para começar já a colocar os primeiros pontos de interrogação a esta equipa técnica (preparador fisico incluido). Bem sei que a equipa está em formação, mas este plantel (o mais rico dos últimos anos) tem obrigação de fazer mais e melhor já nesta fase da época, cada vez mais a desculpa da formação da equipa começa a ser insuficiente para explicar exibições tão pobres, onde só alguns fogachos de talento vão resolvendo (até ver) os jogos a nosso favor..."
Agora, parece que o JFK já me vem dar alguma razão...Meu caro JFK, é claro, é evidente, que jamais o David Luís poderia jogar num jogos deste nível exactamente pelas razões por si evocadas!
Já agora, esta é para o LF, sempre me fez alguma confusão as análizes ficarem demasiado reféns dos resultados, à que tenatr ver (ir) um pouco mais além!
Mas atenção, não é necessário dramatizar, nós também temos direito à nossa crisezinha, ou pensavam que só os batoteiros e lagartos é que tinham esse direito...Não tinham já saudades?
Julgo que a minha análise foi tudo menos refém do resultado.
Pelo contrário, procurei desdramatizar.
Sei que tiveste motivos fortíssimos para não ver o jogo, mas se o tivesses visto percebias que a goleada não correspondeu em rigor ao que se passou no campo.
Foi fruto de erros defensivos primários, mas o Benfica também desperdiçou várias oportunidades, num jogo atípico e bastante aberto.
O resultado justo seria talvez 4-3 ou 4-2, até porque houve um golo fora-de-jogo.
4 remates e 4 golos dos gregos na primeira parte
Golo anulado com "zelo", que seria o 1-1.
Enfim... São noites em que tudo corre mal.
ESTE ANO É PARA O CAMPEONATO, e em Maio cá estarei para fazer barulho.
Ah, ah, ah, ah, ah!
LF,
Estava a referir-me às análises anteriores a esta.
Julgo que elas têm todas um padrão comum, demasiado resultadistas (o que esta até é excepção). Apesar das análises na sua esmagadora maioria serem de qaulidade muito elevada, penso que seria interessantwe tb ires um pouco mais além, arriscares um pouco mais, seres um pouco mais ousado, enfim, fazers um pouco de Zandinga (de Maia paar os mais novos)
Segunda la estarei...sem duvida!!!
M.
Confesso que Zandinga, Maia ou outras bruxarias não fazem muito o meu género.
O futebol é imprevisível. Nunca houve dois jogos exactamente iguais.
E não podemos esquecer que toda a historia do futebol é a história dos resultados (campeonatos, provas europeias, mundiais etc).
Se uma equipa joga mal e ganha, eu digo-o. Se joga bem e perde também.
Mas a diferença talvez seja que fico sempre feliz por uma vitória, mesmo que acompanhada de má exibição. Outros exigem ganhar e dar espectáculo, e eu acho essa uma exigência excessiva e desajustada aos tempos que correm.
Caro LF,
De acordo, mas até uma parte...
O resultado foi de facto bem pior que a exibição colectiva. Por um lado os gregos revelaram uma eficácia absurda, por outro a extrema defesa foi de facto o calcanhar de Aquiles. Não senti, em nenhum momento do jogo, que a equipa grega tivesse o controlo do jogo... de qualquer forma, qualquer avaliação fica refém do tal "resultadismo", o que é natural. Para quem não viu, 5-1 é uma abada, um banho de bola e ponto final.
O momento em que discordo consigo é o tal virar das atenções para o campeonato.
Por mim, mantenho-me fiel ao que tenho vindo a dizer: esta é uma época de construção, não sendo de esperar grandes vitórias. O que vier, virá por bem, mas não irei criar expectativas.
O Benfica está a ser mudado e a mudança exige tempo e serenidade.
Vemo-nos na Luz.
Nuno
Caro Nuno Figo,
Serenidade não pode significar qualquer espécie de afrouxamento no apoio a devotar à equipa.
Serenidade implica, neste momento de derrota, dar toda a força e todo o entusiasmo aos jogadores e à equipa.
Mas concordo que não se pode exigir muito de uma equipa totalmente nova, com uma média de idades baixíssima e com muito pouca experiência internacional de alto nível (Maxi, Sidnei, David Luiz, Jorge Ribeiro, Yebda, Binya, Ruben Amorim, Balboa, Urreta etc)
Bem, parece que o FCP vai continuar na LC e que o SLB nem vai passar os grupos... DEUS N DORME!!!!! E deve estar a doer tto ao LF... :D
A qualidade é como o azeite, vem sempre à tona!
LF
Que tal trocar o Quim pelo Moreira, um guarda redes que sofre 11 golos em 2 jogos (6 selecção - 5 Benfica)não pode estar em forma e não é merecedor de ser titular
Tem de se dar oportunidade ao melhor guarda redes do Benfica
O nosso guarda redes poderia ter feito mais nos 1º,3º,4º e 5ºgolos,
um guarda redes não pode ficar a espera do remate do avançado sem fazer nada
Quim deveria ir procurar a bola, pelo menos atrapalhava o avançado e criava pressão sobre o adversário não o deixava rematar a vontade e com muito tempo para executar o remate na perfeição
Eu tenho muitas saudades dos guarda redes á moda antiga, daqueles que metiam a cabeça onde muitos não metiam os pés, daqueles que comandavam a defesa se fosse necessário gritar, gritavam, mas as defesas funcionavam
Alguns dos golos sofridos ontem, bastava o guarda redes chamar a atenção ás desmarcações nas costas dos defesas (J. Ribeiro) para tudo se remediar, o guarda redes é o unico jogador que está a ver todo o jogo de frente, por isso tem de comandar a defesa e ajudar os seus colégas á sua frente
Eu apostava no Moreira, até para que Quim percebe-se que não é titular indescutivel e que tem de se manter na sua melhor forma
«5-1, diante do Bayern de Munique em 1976»
esta data não é correcta. Emende.
m&m
O sr. LF, que gosta de se armar em fino aqui no seu blogue e é mais trauliteiro nos blogues dos outros, não deixou entrar ontem um comentário a este seu post. Está no seu direito. Só que da próxima vez que se for armar em parvo para esses outros blogues, não se admire que lhe aconteça o mesmo.
Brytto:
Não me recordo de ter acusado de estar a fomentar a descrença. Creio que tal interpretação de palavras minhas terá sido desapropriada ao que eventualmente terei escrito.
Sobre o jogo reafirmo, o desacerto defensivo é fruto de uma perturbação introduzida por Quique na equipa, David Luiz.
O desacerto de Jorge Ribeiro tem também muito a ver com a prestação de DL.
Reparem: por diversa vezes (creio que 2 deram golo) Sidnei e Maxi, à direira na defesa, subiram para o fora de jogo, e David Luiz ficou parado, originando que Joge Ribeiro também ficasse parado, ambos na esquerda.
A defesa sobe em linha á ordem de comando de Luisão, onde na 5ª estava DL. E jorge Ribeiro está à sua esquerda, obviamente não está atento a Sidnei.
Não está em causa o valor de David Luiz, apenas o facto de que não deveria ter sido titular.
Enviar um comentário