UMA TAÇA CHEIA DE MÉRITO

O Sporting foi um justo vencedor da Taça de Portugal.
Quer pelo que fez nos 120 minutos desta final, durante a maior parte dos quais se conseguiu superiorizar ao adversário, quer pelo facto de, ao contrário do que sucedera no ano anterior, ter conquistado o troféu depois de vencer categoricamente Benfica, F.C.Porto e mais duas equipas da divisão maior, os leões demonstraram ser, efectivamente, a melhor equipa desta prova, assentando-lhes muitíssimo bem o triunfo.
Se na época passada lembrei aqui que a vitória sportinguista na Taça tinha sido francamente facilitada pelo factor sorte – nomeadamente em relação aos adversários que teve de enfrentar -, será justo agora reconhecer o total mérito desta conquista, que de resto transforma a temporada leonina num êxito bastante razoável.
Nesta final o F.C.Porto pareceu desde o início uma equipa cansada e desmotivada. Campeã há várias semanas, a equipa portista não conseguiu evitar alguma descompressão face a esta partida, o que se lhe revelou fatal. Unidades como Lucho, Lisandro e Quaresma estiveram claramente abaixo daquilo que foram capazes de fazer nos melhores momentos da época, e as ausências no onze de Helton, Bosingwa e Tarik (para além da troca posicional de Fucile), acabaram também por desvirtuar um pouco daquilo que tinha sido a alma do Porto campeão, ou seja, a harmonia dos seus movimentos colectivos.
Apesar de algumas ocasiões falhadas, o F.C.Porto nunca dominou o jogo, e após a expulsão de João Paulo sentiu-se que, a menos que a indecisão se arrastasse até aos penáltis – malditos para este Sporting -, a taça poderia muito bem sorrir para o lado verde e branco.
A equipa de Paulo Bento encarou este jogo como a chave de toda a sua época. Vencê-lo significaria, como significou, pintar a temporada com cores garridas de felicidade. Perdê-lo seria, senão o fracasso total, pelo menos uma frustração passível de fazer recordar os piores momentos que a equipa viveu durante o último ano. Os jogadores interiorizaram a importância do momento, e estiveram generalizadamente ao seu melhor, vergando o F.C.Porto a mais uma derrota – a terceira (!) que lhe impuseram desde o início da época.
O elemento chave da partida acabou por ser uma espécie de herói acidental, que iniciando o jogo do banco veio, já no prolongamento, a marcar os dois golos que valeram a taça, o segundo deles através de um movimento espectacular. Rodrigo Tiuí, diga-se, já havia marcado o golo da vitória sobre o Boavista na última jornada da Liga, que valeu o passaporte para a Champions League. Depois de uma época em que, não fosse o nome esquisito, teria passado quase despercebido, eis que o brasileiro se transforma neste final de temporada numa das figuras dos leões, justamente quando, fruto da ausência de Liedson, o Sporting mais dele precisava.Um dado bastante curioso que fica desta partida é a constatação de que o fortíssimo F.C.Porto de Jesualdo não encontrou ainda o antídoto para se superiorizar ao Sporting de Paulo Bento. Nesta época, em quatro ocasiões, a única vez que levou a melhor foi fruto de um erro de arbitragem, e já na temporada passada os dois confrontos para o campeonato se saldaram por um empate e uma vitória sportinguista (golo de Tello). Em seis jogos de Jesualdo no F.C.Porto contra Paulo Bento no Sporting, quatro vitórias para os leões (duas delas em finais), um empate e uma vitória portista bastante polémica. Dados impressionantes, sobretudo se tivermos em conta que o F.C.Porto foi campeão nacional em ambas das temporadas, sendo considerado pela generalidade da crítica como a melhor equipa destes anos.
A explicação reside provavelmente no meio-campo, onde o trio dos dragões demonstra grandes dificuldades em carburar face ao quarteto leonino. Este Sporting sente-se bastante confortável em jogos nos quais se pode fechar e manter uma expectativa especulativa sobre o seu desfecho, temporizando sabiamente os seus momentos defensivos e ofensivos, trocando a bola, fechando espaços. O modelo de jogo do Porto de Jesualdo, assente em transições rápidas, em aproveitamento de espaços e de erros, esbarra nesta parede construída por Paulo Bento, e personalizada sobretudo na sua linha média, não conseguindo encontrar formas de libertar os seus homens da frente para criar perigo e marcar.
Outra curiosidade que fica é a confirmação de que a Taça de Portugal tem sido uma competição algo maldita (ou pouco estimulante?) para o F.C.Porto, sobretudo quando vê pela frente Sporting ou Benfica. Em treze finais contra os outros dois grandes, apenas três vitórias ! Ganhando dezoito campeonatos nos últimos trinta anos, o F.C.Porto venceu em igual período apenas nove taças, número exactamente igual ao do Benfica, o que evidencia que a hegemonia portista não se tem estendido com tanto fulgor nesta prova.
Resta falar da arbitragem de Benquerença, que esteve mal, mas prejudicou de igual modo as duas equipas: o Sporting ao invalidar um golo a Romagnoli num lance em que o argentino parece estar em linha com a defesa portista, e o F.C.Porto no tal lance entre Lisandro e Polga, no qual existe mesmo falta, eventualmente até dentro da área – recorde-se que as faltas se devem marcar onde terminam e não onde começam.
A expulsão de João Paulo é justíssima, e se para além do cartão vermelho existisse um cartão preto para mostrar, seria esse que o defesa portista deveria ter visto.

12 comentários:

Anónimo disse...

Dudu, eduardinho,
Sei que estás rabujento e não é para menos!
Mas não venhas para aqui fazer as tuas traquinices e as habituais caretas feias, ok, garoto?
PC

mafegos disse...

E falta falar de mais uma expulsão perdoada ao Bruno Alves que era penalty e rua,é uma vergonha,como é que este clone de Paulinho Santos continua a passear impune.

eduardo disse...

Parabéns.
Afinal de contas, sempre é mais um troféu para a 2.ª Circular; alguém tem que fazer pela vida!!...
Durante algum tempo vão ter que os ouvir, mais isso passa...

enquanto passa e não passa, não percam os próximos episódios de: "Rui Costa, O Mendigo"..

Anónimo disse...

Dudu,eduardinho,
Estás a portar-te muito mal!
Lá estás tu a fazer a careta feia!
Esta conversa é para adultos, não é para garotos!
Não tens mesmo emenda!
Provàvelmente com a instrução que levas, nunca saberás o que é ganhar ou perder! Nós aqui bem tentamos, mas está difícil1 Vamos lá ver, vamos lá ver...
Vai fazer a sesta que a rabujice que apanhaste ontem já te passa!
Vai, vai!
PC

Anónimo disse...

PUUUUUUUUUUUUUUUUM!
Rebentou a bomba!
Ai que acordaram outra vez o Dudu!
Ó Carol, Carooooool! Por favor acende mais um cigarrinho que este fedor a corrupto é demais!
Ó PC, olha que agora é a Filó, carago!

Nuno T disse...

Ou muito me engano, ou as faltas são assinaladas onde começam. Vê lá isso.

Senão tinhas um jogador a ser agarrado ou a levar cacetada desde o meio campo e só caía na área...

Anónimo disse...

MÉRITO? AONDE?

TAÇA DE PORTUGAL 2008

- a subversão da história -
Nesta época futebolística e num contexto de efervescência constante e de crispação aguda provocadas pelos especialistas habituais nestes jogos de poder – pinto da costa e seus capangas e paulo bento, soares franco e cia., os novos aprendizes de feiticeiro – há dois protagonistas incontornáveis que merecem um destaque altamente negativo pelas suas habilidades e manigâncias habituais quando sopram no apito:
- Jorge Sousa e Olegário, o qual como lá diz o já célebre ditado, “Olegário, Olegário, quando a bola passa a linha é golo no meu dicionário”. Portanto, golos marcados pelo Benfica, com este incompetente “apitador” já eram.
Obviamente, estas duas estrelas de primeira grandeza da lixeira da arbitragem, ao cintilarem tanto na constelação da Taça de Portugal, relegaram para um plano meramente secundário as duas equipas finalistas da competição e o próprio jogo da final. Eles foram os verdadeiros protagonistas da história desta edição da Taça de Portugal – reverteram-na e subverteram-na!
Jorge de Sousa, como é habitual nos jogos do Benfica inclina tanto o campo contra o Benfica, que os seus jogadores têm de se agarrar aos postes, à barra e às redes da sua baliza senão vão parar às bancadas, tal é a surripiagem! Jorge de Sousa esteve presente na meia-final e cumpriu muito bem o seu papel de agente do “sistema anti-benfica”:
- “assobiou para o lado” em dois claros penaltys, um sobre DiMaria e outro sobre Luisão, culminando a sua manhosa e reles actuação não sancionando uma falta de Veloso na linha lateral, numa entrada de pé em riste, a “esgalhar”, sobre um nosso jogador, numa altura em que o SLBenfica com acutilância e denodo procurava o quarto golo que lhe dava pelo menos o empate. Jorge Sousa não quis que fosse assim. Matou o jogo deixando seguir premeditadamente a jogada, eliminando assim o SLBenfica. Simplesmente miserável!
Olegário Benquerença também cumpriu habilidosamente e muito bem o seu papel. Equipado de vermelho escuro para disfarçar, atemorizado como muitos outros comprometidos, com o “Apito Final” e o “Apito Dourado”, teve que fazer contas de cabeça à sua rica vidinha. Mancomunado há muito tempo com o poder vigente, internacional de pacotilha, ao querer dar um toque de isenção à sua actuação, paradoxalmente, matou o clube que escandalosamente mais tem beneficiado e ajudado na sua vida extra de vaidoso e cínico “apitador” em detrimento do SLBenfica, agradando assim ao poder verde que impera actualmente na arbitragem e noutros sectores:
- num lance capital, de ataque dos “andrades”, já no prolongamento, “olhou para o chão, como o outro em Leiria” e “engoliu o apito” para desespero dos seus ululantes adeptos e do seu ressabiado treinador.
Creio que está a surgir uma nova (des)ordem no nosso futebol baseada num sinistro voto de silêncio cúmplice e promíscuo entre o “futebol corrupto do porto” e a sua ridícula e ao mesmo tempo perigosa “sucursal de Lisboa”, mesmo que isso custe aos “andrades” e a pinto da costa, às vezes, terem de engolir olegários vivos, com apito e tudo, como foi a sua derrota na final da Taça deste ano!!!
CA

Anónimo disse...

Esqueceste-te da agressão bárbara do bruno alves ao Yannick, e da agressão do cigano ao Moutinho...

Anónimo disse...

Caro CA,

E já não é de agora, desde que o inácio entrou para treinador do sportém que começou. Dois jogos com o marítimo seguidos ( um para o campeonato e outro para a taça ) com arbritagens de chorar a rir e, além dum comboio de outras coisas, eu vi o acosta a marcar um golo ao belenenses em que não estava bem fora de jogo ele estava era fora do estádio(!). À mesma hora estavam a roubar o campeonato em Leiría ao SLB em que anularam três jogadas de golo certo ao nuno gomes(bem... certo, certo não sei!!) por pretensos foras-de-jogo e despiram o Karadas(?) na área e não marcaram grande penalidade.

Mas ninguém se lembra. Já ninguém se lembra da vergonha que foi este campeonato. O record até diz que o sportém foi beneficiado apenas nUM jogo.ahahahahahahahahahaha. Isto é verdade!!!

abraço forte amigo CA

LF disse...

Caro Nuno T.
As faltas são assinaladas onde terminam.
Se um jogador for agarrado no meio campo, a falta deverá ser assinalada onde ele deixar de ser agarrado, e não onde for caír.
Antigamente não era assim, mas desde há algum tempo que é esse o critério.

Anónimo disse...

Nesta final dois aspectos fundamentais a realçar. A incompetência de olegário e a incompetência de Jesualdo. Se por um lado Olegário esteve mal em diversos lances, tendo um dos erros influenciado directamente o resultado (porque o segundo golo do SCP só aconteceu porque o Porto estava completamente balanceado para o ataque com B. Alves a ponta de lança já), por outro lado houve diversas opções do Jesualdo que não consigo ainda agora entender e me deixaram apático. Começando pela colocação de João Paulo no lado esquerdo da defesa (quando tinha Lino no banco, que quando foi chamado esta época não esteve nada mal), o que provocou a nulidade do nosso ataque por esse lado durante quase todo o jogo até à expulsão de João Paulo. Note-se que já é velha a tradição do Dragão em fracassar quando o treinador decide 'inventar' com os laterais. Desde os tempos de Aloísio até à recente eliminação do Porto pelo Schalke.
Depois, quando foi obrigado a fazer entrar o Lino decidiu tirar aquele que vinha a ser um dos melhores dragões em campo - Mariano -, insistindo em manter Quaresma em campo quando estava ainda mais apagado que João Paulo (como já vem sendo hábito, Jesualdo deve ter receado que Quaresma ficasse chateado).
Finalmente, como se já não bastasse tanta incompetência, ainda retardou a entrada de Tarik, talvez à espera que Quaresma tivesse um daqueles momentos de magia... Enfim, um campeão também vassila...

Anónimo disse...

Caiu a máscar a Jesualdo...