O LIVRO DE VEIGA
Constitui um hábito saudável, quem passa pelo desempenho de funções relevantes sob o ponto de vista político, social ou mediático, descrever a sua experiência quando as mesmas cessam. José Veiga, aproveitando também para fazer render a sua visibilidade, deixa neste “Como tornar o Benfica campeão” o testemunho, não só do tempo que passou no Benfica, mas de quase toda a sua vivência desportiva.
Quem espera um ajuste de contas, ou um livro recheado de polémicas, escusa de o ler. Veiga – em rigor o livro é escrito pelos jornalistas Camilo Lourenço e José Marinho - faz basicamente a defesa da sua posição e da sua carreira, enaltecendo os seus méritos, recolhendo os seus louros, e aproveitando também, aqui e ali, para deixar farpas a algumas pessoas, mas sem que isso se torne o elemento central do livro, e muito menos que seja Luís Filipe Vieira o objecto único, ou mesmo principal, dessas farpas - Rui Cunha, Rui Costa, Ronald Koeman, Paulo Sousa, mas sobretudo Domingos Soares de Oliveira, Álvaro Magalhães e Luís Figo, também não saem nada bem dos relatos do ex-director desportivo do Benfica.
As críticas que Veiga faz à gestão do futebol do Benfica são pertinentes, e já por diversas vezes aqui também expressei algumas delas. Mas ele esquece, ou omite, alguns pormenores que inevitavelmente beliscam a sua inocência no processo de destruição e convulsão do plantel, que se deu no clube nos últimos dois anos. Não foi afinal com Veiga ao leme que o Benfica contratou Marco Ferreira, Marcel, Manduca, Laurent Robert, Paulo Jorge, Kikin Fonseca entre outros, e não foi igualmente no seu tempo, ou até por causa de si mesmo, que saíram da Luz (quase todos em litígio) Tiago, Miguel, Manuel Fernandes, Ricardo Rocha e Geovanni ?
No mais, Veiga levanta a cortina sobre alguns aspectos de bastidores do Benfica, do futebol português e internacional, dando a sua visão sobre comportamentos e atitudes de alguns personagens centrais desse universo, fazendo a defesa das suas posições e das dos seus próximos, correspondendo ao natural voyeurismo dos adeptos sequiosos de saber o que se passa das paredes dos balneários, ou dos gabinetes dos dirigentes, para dentro. O ex-empresário fala da subida do Estoril, do título do Benfica, da casa do Porto no Luxemburgo, de Pinto da Costa, das transferências de Figo e João Pinto, de Jardel, e afirma um passado benfiquista, o que para mim constituiu total surpresa.
Trata-se de um livro interessante para todos os adeptos do futebol, e muito particularmente para os benfiquistas, desde que se tenha em consideração que o testemunho de Veiga não é neutro, e que se tenha em memória que muitos dos factos que ele refere carecem de uma interpretação menos parcelar.
Quem espera um ajuste de contas, ou um livro recheado de polémicas, escusa de o ler. Veiga – em rigor o livro é escrito pelos jornalistas Camilo Lourenço e José Marinho - faz basicamente a defesa da sua posição e da sua carreira, enaltecendo os seus méritos, recolhendo os seus louros, e aproveitando também, aqui e ali, para deixar farpas a algumas pessoas, mas sem que isso se torne o elemento central do livro, e muito menos que seja Luís Filipe Vieira o objecto único, ou mesmo principal, dessas farpas - Rui Cunha, Rui Costa, Ronald Koeman, Paulo Sousa, mas sobretudo Domingos Soares de Oliveira, Álvaro Magalhães e Luís Figo, também não saem nada bem dos relatos do ex-director desportivo do Benfica.
As críticas que Veiga faz à gestão do futebol do Benfica são pertinentes, e já por diversas vezes aqui também expressei algumas delas. Mas ele esquece, ou omite, alguns pormenores que inevitavelmente beliscam a sua inocência no processo de destruição e convulsão do plantel, que se deu no clube nos últimos dois anos. Não foi afinal com Veiga ao leme que o Benfica contratou Marco Ferreira, Marcel, Manduca, Laurent Robert, Paulo Jorge, Kikin Fonseca entre outros, e não foi igualmente no seu tempo, ou até por causa de si mesmo, que saíram da Luz (quase todos em litígio) Tiago, Miguel, Manuel Fernandes, Ricardo Rocha e Geovanni ?
No mais, Veiga levanta a cortina sobre alguns aspectos de bastidores do Benfica, do futebol português e internacional, dando a sua visão sobre comportamentos e atitudes de alguns personagens centrais desse universo, fazendo a defesa das suas posições e das dos seus próximos, correspondendo ao natural voyeurismo dos adeptos sequiosos de saber o que se passa das paredes dos balneários, ou dos gabinetes dos dirigentes, para dentro. O ex-empresário fala da subida do Estoril, do título do Benfica, da casa do Porto no Luxemburgo, de Pinto da Costa, das transferências de Figo e João Pinto, de Jardel, e afirma um passado benfiquista, o que para mim constituiu total surpresa.
Trata-se de um livro interessante para todos os adeptos do futebol, e muito particularmente para os benfiquistas, desde que se tenha em consideração que o testemunho de Veiga não é neutro, e que se tenha em memória que muitos dos factos que ele refere carecem de uma interpretação menos parcelar.
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