NOITE DE GALA MERECIA FINAL MAIS FELIZ
É uma pena que um espectáculo como o de ontem, que uma exibição de gala como a que o Benfica foi capaz de realizar diante do campeão europeu, tenha redundado numa infeliz eliminação da principal prova europeia, deixando como magro consolo a possibilidade de uma presença na Taça Uefa.
Foi de facto um grande jogo, um dos melhores a que a Luz assistiu nos últimos anos - e merecia bem mais que os 46 mil espectadores que lá estiveram. Houve muito e bom futebol, houve um verdadeiro Milan, sobretudo na fase inicial da partida, e houve também – permitam-me - um verdadeiro Benfica, isto é, um Benfica à altura da sua história e dos seus pergaminhos na prova, capaz de exercer um domínio quase absoluto durante largos períodos do jogo, capaz de criar oportunidades em série, e a quem apenas terá faltado a pontinha de sorte que lhe tem sobrado no campeonato nacional, para manter bem viva a hipótese de apuramento para a fase seguinte.
Se havia dúvidas sobre a qualidade desta equipa do Benfica, e sobre a sua vontade de seguir em frente, a prestação de ontem tê-las-á dissipado na totalidade. O Benfica, com uma exibição quase perfeita, fez tudo para vencer o jogo e merecia tê-lo vencido.
Os primeiros quinze minutos foram do campeão europeu. Com uma circulação de bola rapidíssima – estes jogadores jogam de olhos fechados…-, um controlo do meio-campo operado a partir da criteriosa movimentação de Pirlo, e uma impressionante facilidade de desmarcação de Seedorf e Kaká pelas alas, ao Milan terá talvez faltado o ausente Inzaghi para logo nesse período poder resolver a partida. É fantástico ver esta equipa no estádio – sobretudo a partir de um plano superior, como o fiz -, perceber as suas basculações, a forma como se fecha assim que perde a bola, as desmultiplicações que empresta ao seu onze logo que a conquista, em suma, a plena harmonia como todas as suas movimentações se processam, tanto em processo ofensivo como defensivo, qual bailado em plena relva, qual esplendor de uma arte, aqui e ali pincelada pelas suas geniais individualidades, mas sobretudo alicerçada numa força colectiva notável.
O golo de Pirlo foi o corolário dessa fase inicial em que o Benfica se demorou um pouco a encontrar – talvez um tanto reverente face a tão ilustre visitante -, e parecia criar as condições para uma derrota mais ou menos anunciada.
A reacção foi espantosa. Com uma grande agressividade na recuperação de bola a meio-campo, o Benfica foi paulatinamente empurrando o Milan para trás, de onde, diga-se, praticamente não mais voltou a sair. Já depois de Cristian Rodriguez ter desperdiçado a primeira de três ocasiões flagrantes de que dispôs na primeira parte, Maxi Pereira levantou o estádio com um fabuloso golo, bem ao nível da qualidade do futebol que por essa altura se via no relvado da Luz. Era o empate, e o renovar da alma benfiquista em busca de uma noite de sonho e de glória.Foi de facto um grande jogo, um dos melhores a que a Luz assistiu nos últimos anos - e merecia bem mais que os 46 mil espectadores que lá estiveram. Houve muito e bom futebol, houve um verdadeiro Milan, sobretudo na fase inicial da partida, e houve também – permitam-me - um verdadeiro Benfica, isto é, um Benfica à altura da sua história e dos seus pergaminhos na prova, capaz de exercer um domínio quase absoluto durante largos períodos do jogo, capaz de criar oportunidades em série, e a quem apenas terá faltado a pontinha de sorte que lhe tem sobrado no campeonato nacional, para manter bem viva a hipótese de apuramento para a fase seguinte.
Se havia dúvidas sobre a qualidade desta equipa do Benfica, e sobre a sua vontade de seguir em frente, a prestação de ontem tê-las-á dissipado na totalidade. O Benfica, com uma exibição quase perfeita, fez tudo para vencer o jogo e merecia tê-lo vencido.
Os primeiros quinze minutos foram do campeão europeu. Com uma circulação de bola rapidíssima – estes jogadores jogam de olhos fechados…-, um controlo do meio-campo operado a partir da criteriosa movimentação de Pirlo, e uma impressionante facilidade de desmarcação de Seedorf e Kaká pelas alas, ao Milan terá talvez faltado o ausente Inzaghi para logo nesse período poder resolver a partida. É fantástico ver esta equipa no estádio – sobretudo a partir de um plano superior, como o fiz -, perceber as suas basculações, a forma como se fecha assim que perde a bola, as desmultiplicações que empresta ao seu onze logo que a conquista, em suma, a plena harmonia como todas as suas movimentações se processam, tanto em processo ofensivo como defensivo, qual bailado em plena relva, qual esplendor de uma arte, aqui e ali pincelada pelas suas geniais individualidades, mas sobretudo alicerçada numa força colectiva notável.
O golo de Pirlo foi o corolário dessa fase inicial em que o Benfica se demorou um pouco a encontrar – talvez um tanto reverente face a tão ilustre visitante -, e parecia criar as condições para uma derrota mais ou menos anunciada.
Até final do primeiro tempo o jogo foi absolutamente electrizante, e digno de uma final. Bola cá, bola lá, transições velocíssimas, remates, oportunidades. Faltou apenas mais um golo (ao Benfica) para a perfeição.
Esperava-se que na segunda parte o Milan conseguisse reassumir o controlo dos ritmos de jogo, e que o Benfica dificilmente pudesse manter a mesma velocidade de processos, o que poderia levar o espectáculo a ressentir-se. Mas Camacho e a sua equipa mandaram positivamente “às malvas” quer o desgaste físico, quer a qualidade e prestígio do adversário e, partindo para cima dele, tomaram definitivamente as rédeas do jogo, reduziram a escombros todos os seus equilíbrios, e construíram um domínio, a espaços, quase avassalador. O Benfica não se rendeu ao resultadozinho honroso. Quis prosseguir na Champions, achou-se capaz disso, e demonstrou-o minuto a minuto, lance a lance. As entradas de dois avançados (Cardozo e Di Maria) e a saída de dois defesas (Luís Filipe e David Luíz) demonstra bem o carácter com que o técnico espanhol abordou esta partida. Não é fácil encostar o Milan às cordas. O Benfica fê-lo, e bem se pode queixar de algum azar – mas também, sejamos justos, de alguma imperícia concretizadora…- sem o qual estaria agora a festejar uma vitória histórica.
Foi contudo Kaká que, à boa maneira italiana, acabou por ter nos pés a última oportunidade de marcar, o que traduziria uma crueldade de todo imerecida face àquilo o que se passou em campo. Aliás o Milan, desde o meio da segunda parte, não teve outra alternativa senão procurar pausar o jogo, cortar-lhe o ritmo, não deixando de ser irónico ver jogadores como Maldini ou Nesta a queimar tempo e a atirar bolas para a bancada.
Quando Herbert Fandel apitou, o sentimento geral foi um pouco ambíguo. Por um lado, o orgulho de uma enorme prestação no principal palco europeu de clubes, por outro, o sabor amargo de uma eliminação cruel. A enorme ovação tributada aos jogadores no final da partida devolveu-lhes alguma da justiça que o resultado não foi, lamentavelmente, capaz de evidenciar.
Como se esperava – bem vistas as coisas, já desde a derrota caseira com o Shakhtar Donetsk – o Benfica despediu-se da Liga dos Campeões. Sem glória, mas com muita honra, e com a certeza de que esta equipa vai crescer, e pode ainda dar muitas alegrias aos seus adeptos, nesta ou nas próximas épocas. Tem, aliás, já nos próximos dias diante de si duas boas oportunidades para o fazer.
Ao contrário do que foi abundantemente dito por aí, o golo do Celtic nada alterou ao destino da jornada. Mesmo com um empate em Glasgow, o Benfica estaria matematicamente afastado dos oitavos-de-final (com três equipas igualadas a sete pontos, seriam sempre os ucranianos a levar vantagem num mini-campeonato de desempate). Era pois mesmo necessário ganhar. Paciência, a Liga dos Campeões é mesmo assim.
O árbitro alemão - que apitou a última final, curiosamente vencida pelo Milan - denunciou um pouco daquilo que é corrente ver (também) nas provas da Uefa: na dúvida o benefício foi sempre para o mais forte. Ainda assim, não foi por ele que o Benfica ficou pelo caminho, até porque no principal caso do jogo - o golo anulado a Nuno Gomes -, a equipa de arbitragem teve a razão do seu lado.
Como se esperava – bem vistas as coisas, já desde a derrota caseira com o Shakhtar Donetsk – o Benfica despediu-se da Liga dos Campeões. Sem glória, mas com muita honra, e com a certeza de que esta equipa vai crescer, e pode ainda dar muitas alegrias aos seus adeptos, nesta ou nas próximas épocas. Tem, aliás, já nos próximos dias diante de si duas boas oportunidades para o fazer.
Ao contrário do que foi abundantemente dito por aí, o golo do Celtic nada alterou ao destino da jornada. Mesmo com um empate em Glasgow, o Benfica estaria matematicamente afastado dos oitavos-de-final (com três equipas igualadas a sete pontos, seriam sempre os ucranianos a levar vantagem num mini-campeonato de desempate). Era pois mesmo necessário ganhar. Paciência, a Liga dos Campeões é mesmo assim.
O árbitro alemão - que apitou a última final, curiosamente vencida pelo Milan - denunciou um pouco daquilo que é corrente ver (também) nas provas da Uefa: na dúvida o benefício foi sempre para o mais forte. Ainda assim, não foi por ele que o Benfica ficou pelo caminho, até porque no principal caso do jogo - o golo anulado a Nuno Gomes -, a equipa de arbitragem teve a razão do seu lado.
4 comentários:
LF
Boa "jogatana" do Benfica
Afinal temos equipa, agora, quase com o 11 ideal e com esta atitude e vontade de lutar pela vitória em todos os jogos, está a demonstrar que podemos fazer coisas "bonitas" ainda este ano
O Benfica de Camacho, estava a aparecer em breves momentos durante os jogos, mas ontem, principalmente durante a 2ª parte, foi constante e logo contra o Campeão Europeu
Penso, que saimos da Champions, mas ganhamos uma equipa, moralizada e ciente do seu real valor, depois deste jogo todos sabem, que podem jogar muito bem, só falta marcar golos, é certo, que podiamos ter marcado, pois oportunidades não faltaram, mas estavamos a defrontar uma das melhores defesas da Europa, não era facil
Esta equipa do Benfica, fez jus ao seu glorioso historial, demonstrando, que os adeptos podem contar com eles, para nos darem alegrias e titulos
Mereciam uma casa mais composta, afinal não deviam estar mais de 45 mil.
Esperamos que possam repetir a exibição, mas com um melhor resultado já este sábado.
Estavam 46 mil pessoas, o que atendendo ao adversário e à competição é fraquíssimo.
No entanto ainda não chegara o fim do mês, são dois jogos decisivos muito em cima um do outro, e a maioria dos cativos só são válidos para o campeonato.
Se com o Porto, num sábado, em início de mês (e subsídio de natal...),com bom tempo, com a equipa a jogar assim, a lotação não esgotar, então será um escândalo.
Mereciam melhor sorte? Mais sorte que o Kaka falhar aqueles dois golos no fim de maneira escandalosa???
AHAHAHHAAH sao mesmo tristes... muita posse de bola... mas ocasioes de golo puras... so do Milan.
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