CLASSIFICAÇÃO "REAL" - Ou o regresso da velha ordem
Quando foram conhecidas as nomeações para esta jornada desde logo me interroguei se não estaríamos a regressar a uma velha ordem que tanto mal fez ao futebol português e ameaça a todo o momento, mesmo com o cutelo judicial a pender sobre si, voltar a dele tomar conta.
Fruto (maldita palavra esta…) talvez da inflamada pressão levada a cabo pelos responsáveis portistas na sequência do jogo de Leiria (coincidência ?), desde há umas semanas para cá se nota algo no ar que não indicia nada de bom para o que resta de campeonato. As nomeações de três árbitros do Porto (dois de facto, um por afinidade) para os jogos dos candidatos ao título, adensou essa suspeição, e o que aconteceu neste fim-de-semana, uma semana depois do que se passou em Aveiro, parece confirmar haver fortes motivos para alarme.
Vamos por partes.
F.C.Porto-Sp.Braga: Olegário Benquerença é um dos árbitros sobre os quais, por culpa própria, tem de recair sempre uma grande dose de desconfiança - ninguém esquece o golo de Petit a Baía, nem a arbitragem da meia-final da taça da época passada quando colocou, com as suas mãos e o seu apito, o F.C.Porto na final. Erra demasiado, comete erros demasiado graves e, pior do que isso, sempre em benefício do mesmo clube. Não consigo entender o que a Uefa vê nele, se bem que possa admitir que em critérios como a condição físico-atlética, ou conhecimentos teóricos, o leiriense seja brilhante. O seu problema até pode muito bem não ser simples incompetência, o que, diga-se, torna tudo muito mais grave.
No sábado Benquerença voltou a estar em destaque, favorecendo claramente, em dois momentos, o clube que tem desde sempre – muito antes do golo da Luz – protegido, com arbitragens frequentemente na linha do escândalo.
A grande penalidade assinalada e, a bem do futebol, defendida por Paulo Santos, foi verdadeiramente assassina, e demonstra por si só as intenções que Benquerença levava para esta partida. Se dúvidas houvesse a esse respeito elas ficaram dissipadas quando, após terem sido feitas cinco substituições, terem sido mostrados cinco amarelos, e ter sido assinalada a tal grande penalidade, Benquerença apenas deu míseros três minutos de compensação. Pior ainda foi que esses três minutos praticamente nem foram cumpridos pois o jogo esteve constantemente parado nesse período, com o resultado tangencial e o Braga à procura do empate. Habilidades…
Não se pode dizer que o Porto ganhou devido à arbitragem, mas lá que Benquerença fez por isso…
Desportivo das Aves-Benfica: O portuense Jorge Sousa voltou também a fazer das suas, assinalando uma grande penalidade forçadíssima e, mais grave que isso, enchendo o Benfica de cartões amarelos – alguns perfeitamente grotescos - sabendo-se como o plantel encarnado é limitado. Jorge Sousa foi o mesmo árbitro que em Outubro de 2004 conseguiu ver falta num lance em que Luisão saltou inofensivamente com o avançado Romeu então no V.Guimarães, num dos lances que, pelo absurdo, mais nitidamente recordo da sua carreira.
Mais do que prejudicar o Benfica – Quim acabou por defender o penálti, e a questão dos amarelos há de se ir resolvendo – Jorge Sousa prejudicou o futebol assinalando 44 (!!) faltas num jogo correctíssimo, estragando por completo um espectáculo que sem ele poderia ter sido substancialmente menos feio do que foi assim.
Quando alguns se queixam da qualidade do futebol em Portugal, por contraposição com a excelência dos espectáculos que vemos, por exemplo, na Inglaterra, esquecemo-nos que das 44 faltas assinaladas por Jorge Sousa um qualquer juiz britânico não marcaria mais de 20, fazendo fluir o jogo e permitindo aos espectadores verem aquilo que realmente gostam: futebol.
Esta forma de arbitrar é uma característica genuinamente portuguesa, e emana de uma visão retorcida da função arbitral, veiculada por figuras como Jorge Coroado (também ele especialista em se assumir como figura central dos jogos e estragar os espectáculos, como bem me recordo) e o próprio presidente da comissão de arbitragem, segundo a qual o árbitro deve assinalar todos os pequenos contactos que vão existindo durante um jogo, suposta e falaciosamente em defesa dos artistas. Não se vê isso em mais nenhum campeonato, e é aqui que reside uma das razões para o défice de qualidade estética da maioria dos jogos disputados no nosso país.
É claro que há motivos para este comportamento, e que vão desde uma atitude defensiva das arbitragens, preferindo proteger-se a si próprias do que ao espectáculo, até à assumpção de um protagonismo que lhes garante os holofotes mediáticos, e os deixa de mãos livres para manipular a bel prazer das suas simpatias o desenrolar de jogos que de outra forma lhes fugiriam das mãos.
Há uma excepção: Pedro Henriques, que curiosamente nunca foi promovido a internacional…
U.Leiria-Sporting: Tudo o que disse em relação a Olegário Benquerença se aplica na perfeição ao portuense Paulo Costa (bem como, diga-se, ao seu irmão Rui Costa). Efectivamente a carreira deste juiz tem-se confundido com uma constante e desavergonhada protecção ao principal clube da sua cidade, recordando-se-lhe actuações completamente enviesadas, mas sempre no mesmo sentido.
Em Leiria Paulo Costa, mais do que afastar Liedson do jogo do Dragão – o que, mau grado o zelo, nem se pode em rigor questionar – afastou o Sporting da luta pelo título, com uma exibição repleta de erros, maiores e menores, que manietaram a equipa de Paulo Bento. Foras-de-jogo mal assinalados, faltas ao contrário, de tudo Paulo Costa se socorreu para liquidar os leões, acabando por deixar passar uma grande penalidade em claro, justamente no lance da expulsão do avançado brasileiro.
Na época passada, quando o Benfica de Koeman ainda discutia o título e se deslocou à Amadora, Paulo Costa tudo tentou para, com uma actuação inacreditável, acabar ali mesmo com o campeonato. Não o conseguiu desde logo graças a um golo milagroso de Miccoli nos últimos instantes, através de um pontapé de longa distância no qual Paulo Costa nunca poderia encontrar qualquer tipo de irregularidade, pois caso contrário estou certo que o anularia.
Ontem lembrei-me desse jogo, por muito que o afastamento do Sporting possa ser do meu agrado (que mais não seja pelos milhões da entrada directa na Champions League) – embora fosse de todo conveniente para o Benfica que Liedson pudesse jogar e marcar no Dragão.
Obviamente terei que atribuir dois pontos aos leões, fruto da grande penalidade que ficou por marcar. O lance é complexo, mas o critério é o seguinte: cartões aparte, a eventual falta de Liedson antes da entrada na área não é pontuável para esta classificação, mas já a falta que Rossato faz lá dentro, sendo para grande penalidade, é passível de correcção pontual.
Fica a classificação actualizada, e fica também a nota de grande preocupação para as dez jornadas que restam, nas quais a luta pelo título se vai agudizar e as pressões vão recrudescer.
F.C.PORTO 49 (não prejudicado)
Benfica 47 (prejudicado em 2 pontos)
Sporting 44 (prejudicado em 4 pontos)
Fruto (maldita palavra esta…) talvez da inflamada pressão levada a cabo pelos responsáveis portistas na sequência do jogo de Leiria (coincidência ?), desde há umas semanas para cá se nota algo no ar que não indicia nada de bom para o que resta de campeonato. As nomeações de três árbitros do Porto (dois de facto, um por afinidade) para os jogos dos candidatos ao título, adensou essa suspeição, e o que aconteceu neste fim-de-semana, uma semana depois do que se passou em Aveiro, parece confirmar haver fortes motivos para alarme.
Vamos por partes.
F.C.Porto-Sp.Braga: Olegário Benquerença é um dos árbitros sobre os quais, por culpa própria, tem de recair sempre uma grande dose de desconfiança - ninguém esquece o golo de Petit a Baía, nem a arbitragem da meia-final da taça da época passada quando colocou, com as suas mãos e o seu apito, o F.C.Porto na final. Erra demasiado, comete erros demasiado graves e, pior do que isso, sempre em benefício do mesmo clube. Não consigo entender o que a Uefa vê nele, se bem que possa admitir que em critérios como a condição físico-atlética, ou conhecimentos teóricos, o leiriense seja brilhante. O seu problema até pode muito bem não ser simples incompetência, o que, diga-se, torna tudo muito mais grave.
No sábado Benquerença voltou a estar em destaque, favorecendo claramente, em dois momentos, o clube que tem desde sempre – muito antes do golo da Luz – protegido, com arbitragens frequentemente na linha do escândalo.
A grande penalidade assinalada e, a bem do futebol, defendida por Paulo Santos, foi verdadeiramente assassina, e demonstra por si só as intenções que Benquerença levava para esta partida. Se dúvidas houvesse a esse respeito elas ficaram dissipadas quando, após terem sido feitas cinco substituições, terem sido mostrados cinco amarelos, e ter sido assinalada a tal grande penalidade, Benquerença apenas deu míseros três minutos de compensação. Pior ainda foi que esses três minutos praticamente nem foram cumpridos pois o jogo esteve constantemente parado nesse período, com o resultado tangencial e o Braga à procura do empate. Habilidades…
Não se pode dizer que o Porto ganhou devido à arbitragem, mas lá que Benquerença fez por isso…
Desportivo das Aves-Benfica: O portuense Jorge Sousa voltou também a fazer das suas, assinalando uma grande penalidade forçadíssima e, mais grave que isso, enchendo o Benfica de cartões amarelos – alguns perfeitamente grotescos - sabendo-se como o plantel encarnado é limitado. Jorge Sousa foi o mesmo árbitro que em Outubro de 2004 conseguiu ver falta num lance em que Luisão saltou inofensivamente com o avançado Romeu então no V.Guimarães, num dos lances que, pelo absurdo, mais nitidamente recordo da sua carreira.
Mais do que prejudicar o Benfica – Quim acabou por defender o penálti, e a questão dos amarelos há de se ir resolvendo – Jorge Sousa prejudicou o futebol assinalando 44 (!!) faltas num jogo correctíssimo, estragando por completo um espectáculo que sem ele poderia ter sido substancialmente menos feio do que foi assim.
Quando alguns se queixam da qualidade do futebol em Portugal, por contraposição com a excelência dos espectáculos que vemos, por exemplo, na Inglaterra, esquecemo-nos que das 44 faltas assinaladas por Jorge Sousa um qualquer juiz britânico não marcaria mais de 20, fazendo fluir o jogo e permitindo aos espectadores verem aquilo que realmente gostam: futebol.
Esta forma de arbitrar é uma característica genuinamente portuguesa, e emana de uma visão retorcida da função arbitral, veiculada por figuras como Jorge Coroado (também ele especialista em se assumir como figura central dos jogos e estragar os espectáculos, como bem me recordo) e o próprio presidente da comissão de arbitragem, segundo a qual o árbitro deve assinalar todos os pequenos contactos que vão existindo durante um jogo, suposta e falaciosamente em defesa dos artistas. Não se vê isso em mais nenhum campeonato, e é aqui que reside uma das razões para o défice de qualidade estética da maioria dos jogos disputados no nosso país.
É claro que há motivos para este comportamento, e que vão desde uma atitude defensiva das arbitragens, preferindo proteger-se a si próprias do que ao espectáculo, até à assumpção de um protagonismo que lhes garante os holofotes mediáticos, e os deixa de mãos livres para manipular a bel prazer das suas simpatias o desenrolar de jogos que de outra forma lhes fugiriam das mãos.
Há uma excepção: Pedro Henriques, que curiosamente nunca foi promovido a internacional…
U.Leiria-Sporting: Tudo o que disse em relação a Olegário Benquerença se aplica na perfeição ao portuense Paulo Costa (bem como, diga-se, ao seu irmão Rui Costa). Efectivamente a carreira deste juiz tem-se confundido com uma constante e desavergonhada protecção ao principal clube da sua cidade, recordando-se-lhe actuações completamente enviesadas, mas sempre no mesmo sentido.
Em Leiria Paulo Costa, mais do que afastar Liedson do jogo do Dragão – o que, mau grado o zelo, nem se pode em rigor questionar – afastou o Sporting da luta pelo título, com uma exibição repleta de erros, maiores e menores, que manietaram a equipa de Paulo Bento. Foras-de-jogo mal assinalados, faltas ao contrário, de tudo Paulo Costa se socorreu para liquidar os leões, acabando por deixar passar uma grande penalidade em claro, justamente no lance da expulsão do avançado brasileiro.
Na época passada, quando o Benfica de Koeman ainda discutia o título e se deslocou à Amadora, Paulo Costa tudo tentou para, com uma actuação inacreditável, acabar ali mesmo com o campeonato. Não o conseguiu desde logo graças a um golo milagroso de Miccoli nos últimos instantes, através de um pontapé de longa distância no qual Paulo Costa nunca poderia encontrar qualquer tipo de irregularidade, pois caso contrário estou certo que o anularia.
Ontem lembrei-me desse jogo, por muito que o afastamento do Sporting possa ser do meu agrado (que mais não seja pelos milhões da entrada directa na Champions League) – embora fosse de todo conveniente para o Benfica que Liedson pudesse jogar e marcar no Dragão.
Obviamente terei que atribuir dois pontos aos leões, fruto da grande penalidade que ficou por marcar. O lance é complexo, mas o critério é o seguinte: cartões aparte, a eventual falta de Liedson antes da entrada na área não é pontuável para esta classificação, mas já a falta que Rossato faz lá dentro, sendo para grande penalidade, é passível de correcção pontual.
Fica a classificação actualizada, e fica também a nota de grande preocupação para as dez jornadas que restam, nas quais a luta pelo título se vai agudizar e as pressões vão recrudescer.
F.C.PORTO 49 (não prejudicado)
Benfica 47 (prejudicado em 2 pontos)
Sporting 44 (prejudicado em 4 pontos)
3 comentários:
Parecem contas bem feitas
Não vou gastar muito tempo com os ESCUMALHÕES que ontem ROUBARAM o Sporting de uma Forma Escandalosa; não vale a pena falar em 2 penalties, na expulsão forçada que ou era para os 2 ou como seria razoável Amarelo aos 2, na agressão de Harrison, mais 2 cotoveladas em Bueno, uma das quais logo no 1º minuto, nem no que me meteu mais nojo: todas as jogadas cortadas por FJ, quer fosse quer não fosse, e pelo escrever lento e pausado… no pouco tempo de descontos….
Não vale a pena falar, porque quem vê futebol sabe perfeitamente que estivemos perante uma arbitragem COZINHADA, pelo maior de todos os “Cheffs”:
Paulo Costa; ajudado ainda por João Santos e Amândio Ribeiro!
Paulo Costa em 1998 recusou-se a apitar o Sporting em Faro; desde ai acumulou a MELHOR e MAIS RICA folha de serviço no que em roubos ao Sporting diz respeito; e não se entende como em tantos anos o Sporting não VETOU ainda este árbitro!
Agora que o Sporting protestou o jogo, o bestunto terá tempo para escrever o relatório do jogo da melhor maneira para se defender...
Referencia negativa ainda para Domingos, que se descaiu na entrevista:
- “desta vez estava a olhar para o lance e não para o chão”
- “só havia uma hipótese para o árbitro, ou mostrava o amarelo para os dois jogadores, ou expulsava o Liedson.”
Este Boiquerença ao pé de Paulo Costa ainda é um "aprendiz de feiticeiro", um “ajudante de cozinha”; mas já não pode enganar mais ninguém…
Se Raúl Meireles não tem piscado o olho, eu até ENGOLIA o penalty, mas assim!!!
Como se pode ver na foto, além de BOI(querença) parece ser um "ganda panilas". Aqui a "Fruta" nem precisa de vir de fora!
Daqui por 2 jornadas o Sporting visita o Dragão, e pelo menos o Paulo Costa e o Boiquerença não vão poder apitar; resta saber se o "Melância" do Vítor Pereira vai ter o desplante de nomear o João Ferreira...
NOTA: Como houve 2 clubes a esfregar as mãos pelos 2 pontos perdidos pelo Sporting, vamos assistir a uma grande campanha de Branqueamento na comunicação social.
http://bola-na-trave.blogspot.com/
De facto quer-me parecer que, desde logo pelas nomeações, esta jornada estava marcada para afastar Benfica e Sporting do título antes dos jogos decisivos de Março.
Ao Sporting conseguiram liquidar, ao Benfica valeu Quim e, quem sabe, uma mãozinha de Bento lá onde quer que ele esteja.
Preparem-se para o que ai vem !
Então se o Apito Dourado levar o revés que hoje se anuncia...
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