RENDIMENTO MÍNIMO

Scolari avisara. A selecção nacional está muito longe da sua melhor forma.
Em Helsinquia ficou bem claro que as várias ausências e o facto de se estar em início de época, tolhem ainda a capacidade duma equipa que, dentro de um mês, com Miguel, Maniche, Meira, Simão e Quaresma, terá seguramente outra face bem mais risonha e alegre que a que hoje demonstrou.
Os primeiros minutos foram pouco menos que caóticos, com perdas de bola sucessivas, erros defensivos infantis e uma Finlândia firme e confiante lançando-se num ataque desenfreado que fez temer o pior. O golo nórdico surgiu com naturalidade e nem com ele a selecção nacional se conseguiu empertigar ou esboçar uma reacção consistente, sobretudo se nos abstrairmos de um ou outro pormenor de Nani.
Perto do intervalo surgiu o golo de Nuno Gomes que quase se pode dizer ter caído do céu,
quer pela feição do jogo até então quer pelo momento determinante em que ocorreu.
Para a segunda parte Portugal, tranquilizado pela obtenção do golo,apareceu bem mais audaz e afirmativo, e desde logo se instalou no meio campo finlandês tomando conta do jogo. Todavia esse período acabou por ser curto pois Ricardo Costa viu o segundo cartão amarelo deixando a equipa em inferioridade numérica, e com as lacunas físicas até então mal disfarçadas Portugal ter-se-á sentido completamente impotente para tentar a vitória, entrando assim numa toada de risco mínimo que lhe pudesse garantir, como veio a suceder, um empate que dadas as circunstâncias não é mau de todo.
Na ponta final do jogo ainda houve tempo para sofrer um pouco, e vir à memória o jogo com a Holanda no Mundial. O empate final não é mau.Esperemos por melhores dias.

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