A PIADA DO ANO

 
Um homem bem que quer manter algum espírito natalício, mas a piada em que se tornou o futebol português não o deixa.
Esta declaração do presidente da FPF, um dia depois de um dos maiores escândalos de arbitragem, num ano em que estes se tornaram sinistramente recorrentes, só pode ser mais uma provocação aos adeptos. Há gente assim. Conheci em tempos um antigo fiscal de linha, das divisões secundárias, que dizia que adorava que lhe chamassem f.d.p.. Alguns árbitros e ex-árbitros mereciam, de facto, um estudo psiquiátrico.
9.999.997 portugueses viram uma equipa descaradamente levada ao colo na Taça de Portugal (Rui Borges estava distraído, VAR e árbitro estavam a delirar - terão fumado algo?). Os meus amigos sportinguistas riem-se da situação. Percebe-se. A final do Jamor já foi o que foi. Estes dois campeonatos, este ano civil, todo este pacote  transportou-nos para o passado, para os negros anos noventa, com duas diferenças: a cor agora é verde, e o VAR torna a roubalheira ainda mais grotesca e inaceitável. E Pedro Proença continua a cantar, e gozar com a nossa cara, a fazer-nos de parvos.
Há, na verdade, um antes e um depois da tomada de posse deste Conselho de Arbitragem. Que aparece com Pedro Proença. Ao que julgo saber, pela mão deste. Sob encomenda.
Há mais de vinte anos que as coisas não estavam tão mal. E bem pode Proença trazer o futsal ou o futebol de praia ou os sub 17 (ganhadores graças ao trabalho dos clubes, neste caso Benfica e Porto), que o seu legado apresta-se a ser o que foi enquanto árbitro e enquanto presidente da Liga: um espertalhão,  carreirista, que se sabe movimentar na lama, subir na vida, e manipular silenciosamente como um mestre de marionetas, que depois de, enquanto juiz, oferecer dois ou três campeonatos ao Porto (entre abraços e macacadas), na Liga deixar apodrecer alguns verdadeiros clubes para benefício de sads fantasma que conspurcam o campeonato e o fazem perder valor, parece agora querer ajudar a premiar o clube onde praticou andebol. 
Além disso, está verdadeiramente bem acompanhado. O penálti dos Açores é um dos dois mais ridículos que vi em cinquenta anos de futebol. O outro também foi assinalado a favor do Sporting, em 2001, na Luz, por...Duarte Gomes.
Proença,  Duarte Gomes,  Luciano Gonçalves,  Rui Caeiro. Tudo farinha do mesmo saco. Tudo nas mãos do verdadeiro dono disto tudo - outro tão cínico, e tão sonso, que também presume ser muito mais esperto do que todos nós.
Chamem a polícia.

6 comentários:

Anónimo disse...

Proença é tudo quanto você escreve e bem mais do que isso. E quando assim é, ainda por cima sabendo-se da respectiva personalidade há tantos anos, uma das piores opções tomadas por Rui Costa foi o apoio a esta personagem cretina, ainda que sob a forma de projecto, sabendo-se que o projecto é um eufemismo, e cujo entorno é liderada por um lagarto de seu nome Rui Caeiro.
Agora vai demorar mais tempo e energia a alterar a porcaria instalada.

Anónimo disse...

Subscrevo, LF.
Bom texto.
Chega de relativizar o assunto.

John Wayne disse...

Falta aí qualquer coisa no seu texto. Sempre li (e escrevi) criticas ao apoio do Costa a Proença. No entanto, o atual presidente do Benfica apoiou esse lacrau.
Agora, queixamos-nos de quê?

LF disse...

Sempre fui crítico desse apoio. Não concordo com Rui Costa em tudo. E esse foi o ponto em que mais dirscordei.
Mas as eleições no Benfica não eram só sobre Pedro Proença.

Rfa disse...

E os Santaclarenses
não protestam o(s) jogo(s) com medo de descerem de divisão.

John Billy #37 disse...

Se o nosso presidente apoia o Proença, eu também apoio.
Força Rui Costa! Força Proença!