AS SONDAGENS
Já todos sabemos que valem o que valem.
Como meros indicadores circunscritos a um determinado momento têm a sua utilidade, embora sejam extremamente difíceis de fazer em populações alvo pequenas, como um clube de futebol ou um concelho (as autárquicas vão ser uma dor de cabeça para as empresas do ramo). São mais fáceis quando a população é de dez milhões, e se consegue uma boa amostra, como em eleições legislativas ou presidenciais.
Particularmente a sondagem da Intercampus, feita neste último fim-de-semana, parece-me relativamente credível, dentro das condicionantes que acima referi. Não porque tenha alguma simpatia ou antipatia pela empresa que a realizou à porta do Estádio da Luz, mas simplesmente porque...participei nela.
Respondi a várias perguntas, algumas delas clicando num tablet sem a funcionária ver a minha escolha. Em quem votaria, se não pudesse votar nesse qual seria a minha segunda escolha, a última escolha. Qual a minha idade, onde vivia, grau de escolaridade, quantos anos de sócio. Quem, independentemente da minha preferência, eu achava que ia ganhar. Quais as características que mais valorizo num candidato. Etc...
Pode ter havido mobilização de determinadas candidaturas apelando, via redes sociais, à participação na sondagem, subvertendo-a. Mas, mesmo não sendo especialista na matéria, tecnicamente pareceu-me bem feita.
Particularmente a sondagem da Intercampus, feita neste último fim-de-semana, parece-me relativamente credível, dentro das condicionantes que acima referi. Não porque tenha alguma simpatia ou antipatia pela empresa que a realizou à porta do Estádio da Luz, mas simplesmente porque...participei nela.
Respondi a várias perguntas, algumas delas clicando num tablet sem a funcionária ver a minha escolha. Em quem votaria, se não pudesse votar nesse qual seria a minha segunda escolha, a última escolha. Qual a minha idade, onde vivia, grau de escolaridade, quantos anos de sócio. Quem, independentemente da minha preferência, eu achava que ia ganhar. Quais as características que mais valorizo num candidato. Etc...
Pode ter havido mobilização de determinadas candidaturas apelando, via redes sociais, à participação na sondagem, subvertendo-a. Mas, mesmo não sendo especialista na matéria, tecnicamente pareceu-me bem feita.
Os resultados também não me surpreenderam. As eleições do Benfica serão decididas entre Rui Costa e Noronha Lopes - e ainda bem.
Quem irá ganhar? É fácil de prever que os votantes em Manteigas, em nome da mundança, votem em Noronha Lopes, e acredito que os de Vieira, em nome da estabilidade, votem em Rui Costa (exceptuando o próprio Vieira...). Os restantes candidatos têm votações residuais. Pela sondagem, numa segunda volta Noronha teria então, grosso modo, cerca de 50%, e Rui Costa cerca de 40%, com 10% pendentes. Estimo que a margem de erro ande pelos 5%., o que deixaria a questão em aberto.
O que irá decidir tudo? Basicamente os próximos resultados da equipa de futebol. Sobretudo um dos resultados: o do FC Porto-Benfica. Em caso de vitória no Dragão, acho que Rui Costa conseguirá convencer muitos indecisos a darem-lhe uma segunda oportunidade. Se a equipa se afundar (recordo que, perdendo no Dragão ficará já a sete pontos da liderança), o estado de alma dos benfiquistas será mais negativo e, naturalmente, mais propenso à mudança.
Como sempre, é a bola que bate no poste que decide tudo. Foi assim no último campeonato, e se Pavlidis tivesse marcado aquele golo ao Sporting, agora talvez nem sequer houvesse candidatos: Rui Costa ganhava com os mesmos 84% que teve nas outras eleições, quando não apareceu mais ninguém.
10 comentários:
Acho que Manteigas perdeu muitos votos e simpatias a partir do momento em que associaram o seu nome ao do sapo Bruno de Carvalho. Se fosse eu o candidato, não ficaria tão impávido e sereno com tal comparação, como me pareceu ter ficado Manteigas.
Quem associou o manteigas ao Bruno carvalho foi o Vieira mais ninguém e isso vale o que vale ou seja, não vale nada
Vale, vale, sobretudo a postura arrogante de que vai dando mostras. Ou muito me engano ou terá uma votação residual. E é pena, pelo menos por alguns aspectos. Mas que aprenda que aquele ar de aparente, será só aparente?, superioridade, num universo como o do Benfica, joga também contra ele.
Tem os tipos que agrega nos whatsapps, quem sabe a troco de algumas benesses futuras.
Em todo o caso o que ele pretende é notoriedade. Isso já tem. Ele quer lá saber do Benfica...
Fica-lhe mal dizer isso. Eu acho o mesmo do seu amado Vieira.
Mas um fez obra. O outro só tem lábia. Aliás, se não fosse Vieira abrir-lhe as portas da BTV, hoje ninguém o conhecia
Espero - de forma conscientemente ingénua - que não sejam os resultados das jornadas que se seguem a ditar o próximo presidente do Benfica.
Não quer isso dizer que receie que o caro LF pode ter razão. Infelizmente.
Mas espero que os sócios olhem para equipas e programas para o mandato de 4 anos.
Na sua ausência - e digo isto porque Rui Costa ainda não apresentou nada - que usem as evidências como fator decisório. Em suma, os fraquíssimos resultados desportivos, a triste ausência de identidade Benfiquista na equipa de futebol e na esmagadora maioria das equipas de todas as modalidades; a incompetência institucional e a miserável comunicação do atual elenco… para entender que está na hora de mudar.
Não discuto os méritos ou defeitos do candidato Manteigas, mas o LFV fez obra porque esteve lá 20 anos. Antes disso quem é que o conhecia?
Era um empresário fura-vidas. Não era nenhum santinho. Aliás, eu nunca tinha visto o Benfica metido em tanto escândalo.
Sabe lá se qualquer um dos outros também fará obra? Que mentalidade! Que conformismo!
O meu descontentamento com o Rui Costa até nem tem a ver com resultados desportivos. Não foram magníficos, mas também não houve épocas miseráveis e ninguém ganha sempre.
O que é que me desaponta no Rui Costa, assim de repente:
- A persistência e agravamento do desequilíbrio nos resultados que nos obriga a vender os melhores à força.
- A inacção e falta de voz relativamente à governança das instituições do futebol, seja na Liga ou na FPF, e sobretudo em relação à questão fundamental dos direitos televisivos.
- A gestão desportiva errática e aparente falta de planeamento a médio prazo. Permanente instabilidade nos plantéis e equipas técnicas, com compras e vendas às dezenas e treinadores despedidos em Agosto e Setembro.
- A péssima comunicação e fraca defesa do clube quando necessário. Não sou de guerras de comunicados e acho que os presidentes devem ser económicos no uso da palavra, mas às vezes é preciso dizer as coisas. Não como Vieira, que mandava recados por terceiros, mas olhos nos olhos.
Eu não exijo ganhar isto ou aquilo. Quero é ter a sensação que o Benfica é bem gerido, por alguém que não se ache dono do Benfica, e que coloque em primeiro lugar o interesse do clube, nomeadamente o desportivo.
Vieira geriu bem durante alguns anos, mas colocou muitas vezes os seus interesses à frente dos do clube.
Rui Costa acredito realmente que ponha o interesse o clube primeiro, mas gere mal e nos momentos-chave não mostra liderança.
Portanto, voto pela mudança. Consciente dos riscos associados.
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