O FUTEBOL "MODERNO"

Belenenses, Académica, Vitória de Setúbal, Beira Mar, Marítimo. Estes são exemplos de clubes portugueses, de nível médio ou médio alto, com história, com adeptos, com boas instalações, representando cidades com população e massa crítica, que estão remetidos para as divisões secundárias, quando não para os distritais. Cheira-me que o Boavista será a próxima vítima.
Por outro lado, vemos uma primeira divisão carregada de inexistências, como AFS, Casas Pias,  Aroucas ou Moreirenses. SAD's sem gente, sem identidade, algumas sem sequer estádio. 
É a lei dos investidores, que não são mais do que parasitas que usam o futebol para lucrar com as múltiplas transferências de jogadores (negócios de milhões, transcontinentais e nada escrutinados) e direitos televisivos (tudo isto numa perspectiva optimista), ou simplesmente para lavar dinheiro (se quisermos ser mais cáusticos). O associativismo? Morreu - ou foi assassinado!
Ora é precisamente esta gente obscura que uma centralização de receitas vai favorecer. É precisamente para esta gente que a liguinha do Proença parece trabalhar.
Eu gostava de ver o verdadeiro futebol português de volta. A não ser possível, então encolha-se o campeonato de modo a termos equipas com representatividade, como vemos nas melhores ligas da Europa.

1 comentário:

joão carlos disse...

concordo com o que diz mas o problema não é de hoje sempre foi assim desde que me lembro, no caso desde a década de oitenta.
os clubes de que fala caíram onde cariam porque foram esmifrados, não pelos investidores de hoje mas pelos patos bravos do passado.

e podemos juntar a esses o alverca, a naval, o leiria, o estrela, e tantos outros uns com mais ou menos historia, que sofreram o mesmo destino muito antes deste fenómeno das sad porque o problema não reside nelas mas em quem as dirige.