AQUELA MÁQUINA

Sem Enzo, definitivamente, também sem Rafa e Gonçalo Ramos, circunstancialmente, num campo miserável onde quase pareciam crescer nabos, perante uma equipa combativa que ocupava o sexto lugar e esteve à beira da final da taça da liga, a meio da semana, com frio de rachar, em paralelo com um gigantesco turbilhão causado pelo mercado de transferências, o jogo em Arouca tinha tudo para correr mal.
Mas o Benfica de Schmidt é mais do que o jogador A, B ou C. É um processo, que dá mostras de voltar ao nível que demonstrou até à pausa.
O "Manel" foi Chiquinho. Guedes fez de Ramos. Aursnes faz de todos, mostrando uma vez mais tratar-se de um verdadeiro camaleão táctico. E João Mário fez de João Mário, chegando aos dez golos em pouco mais de meio campeonato.
Assim fica fácil. Sobretudo quando se alia a tudo isto um enorme grau de eficácia.
Três golos. Três pontos. Dez de vantagem à condição, que acrescentam nervosismo à concorrência.
Sábado há mais.

1 comentário:

joão carlos disse...

o que se esqueceu de dizer foi que deve ter sido o jogo que menos oportunidades tivemos, e o com menos remates, até devemos de ter tido menos que no jogo em guimarães que não marcamos.

valeu uma eficácia nunca vista para disfarçar.
jogar sem ponta de lança, e pelos visto nem o traidor acredita que tenha opção ao titular, não ajudou nada.

e olhar para aquele banco e ver que dois terços dele eram defesa e guarda redes é demonstrativo do desequilibro do plantel, depois tínhamos um junior e dois pontas de lança.
o curioso é que tínhamos medios medios centros em campo dois deles em risco de não jogarem o próximo jogo e nenhum deles saiu mas depois existe quem ache que temos alternativas para a posição de medio defensivo.