A ANGÚSTIA DO ADEPTO NO MOMENTO DO MERCADO
O tema é recorrente. A
cada defeso, a angústia do adepto cresce à medida que as notícias da saída de
jogadores se avolumam nos jornais.
Quase não nos deixam
comemorar os títulos em paz. Em poucos dias, a crer na imprensa, praticamente
não temos equipa.
Para além de Renato
Sanches, pelo menos Ederson, Jardel, Lisandro, Lindelof, Fejsa, Salvio,
Talisca, Carcela, Gaitán e Jonas, foram, por estes dias, dados como negociados,
ou negociáveis, para outros destinos. Na maioria dos casos tal não passa de
especulação. O problema é que por vezes o fumo traz fogo, e alguns deles podem
mesmo ter de vir a sair.
Sabe-se como funciona
o modelo de negócio em clubes como o nosso, de países periféricos, e sem o
poder financeiro de outros mercados. Sabe-se que, para manter contas
equilibradas, e não comprometer o futuro, há que vender jogadores. Sabe-se que
os mais procurados, os mais valiosos, os mais rentáveis, são, obviamente, os
melhores. Sabe-se que os próprios, aliciados por salários principescos, são
frequentemente os primeiros a forçar a saída. Sabe-se da pressão de agentes e intermediários.
Sabe-se que, sobretudo em anos de Europeu ou Mundial, é difícil planificar o
que quer que seja nesta matéria.
Porém, existem
princípios orientadores que convém não desprezar.
Há jogadores em picos
da valorização, mas susceptíveis de ser bem substituídos. Por outro lado, há
jogadores cujo valor de mercado, por motivos etários ou outros, é manifestamente
inferior ao valor desportivo – leia-se, ao peso na equipa. Poderá ser boa
gestão vender os primeiros. Será sempre mau negócio perder os segundos.
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