PEÇA DE TEATRO

Se fosse necessário explicarmos a alguém, vindo de outro planeta, toda a magia do futebol, a última jornada desta edição da Premier League teria sido um bom ponto de partida.
Tive a sorte, e o privilégio, de ver os jogos em directo, e de me deliciar com as emoções que eles proporcionaram. Ainda na primeira parte, e observando a ansiedade que os jogadores do City apresentavam, era talvez o único telespectador que vaticinava uma vitória final do United. Ela esteve quase a suceder, sendo evitada, de forma dramática, com dois golos no tempo de descontos. Talvez desde o célebre penálti de Djukic, na Corunha - creio que em 1994 - que não se via nada assim.
As minhas preferências estavam divididas. Por um lado, não acho que seja bom para o futebol que projectos do tipo deste Manchester City resultem triunfantes. Por outro, o meu lado humanista fazia-me sofrer com a angústia dos seus adeptos, que há 44 anos esperavam por este momento, e estavam prestes a vê-lo escapar-se por entre os dedos.
No final, julgo que se fez justiça, e ganhou quem melhor futebol foi capaz de apresentar ao longo da época. Nos piores dias, equivaleram-se. Nos melhores, o City foi mais brilhante.

4 comentários:

Atento disse...

Tb tive oportunidade de ver os 2 jogos em simultâneo, e só posso dizer isto, foi lindo, emoção até ao fim, e devo dizer que o factor humano neste caso levou-me a torcer pelo City, diga-se o que se dizer o golo do Aguero a escasso minuto e meio do fim foi lindo, a festa daquela gente 44 anos depois é obra, aquela invasão de campo pacífica coisa que tb não se via há uns anos na velha Albion, parabéns ao City e parabéns ao futebol que deve ser isto emoção até ao fim.

troza disse...

Desde 94? E a final da liga dos campeões de 99 entre o Manchester United e o Bayern?

LF disse...

Tens razão Troza,

Esse também foi um belo filme.

Vitória do Benfica disse...

Este é também o caso em que uma equipa estava com seis pontos de avanço e perdeu o campeonato. Mas só uma diferença é que na Inglaterra ganhou o que melhor futebol praticou. Não houve erros de arbitragem pelos arbitros considerados os melhores pela UEFA