NO ÚLTIMO SUSPIRO
Na antevisão ao jogo tinha falado aqui do desgaste da equipa do Benfica, da sua visível quebra, e dos riscos que isso acarretava para as importantes partidas que se seguiam. Relendo aquilo que então escrevi, não posso deixar de salientar a agradável surpresa que constituiu esta empolgante exibição dos encarnados diante do Sp.Braga, que valeu uma importantíssima vitória, cujo valor só mais tarde poderemos aquilatar devidamente.
Foi de facto um grande jogo, dos melhores que me recordo em toda a temporada (Champions incluída), e teve um vencedor justo. O Benfica foi a equipa que mais quis ganhar, aquela que mais procurou a vitória, e a que conseguiu uma prestação mais contínua ao longo de toda a partida. O Sp.Braga teve grandes momentos, criou perigo, deu muita luta, mas, durante grande parte do tempo, suou apenas para segurar o empate. Foi forte, mas nunca conseguiu ser brilhante. Nessa medida, devo dizer que me desiludiu, pois de um líder da classificação esperaria uma postura mais afirmativa e mais audaciosa, em busca dos três pontos, e…do título. Era isso que pensava quando aqui dei 15 % de chances ao Benfica de ser campeão, e 40% ao Sp.Braga. O que este jogo nos disse é que a hierarquia ainda é o que era, e os grandes candidatos ainda são FC Porto e Benfica, até ver, por esta ordem.
A primeira parte não teve muitas oportunidades, mas nem por isso deixou de ter a intensidade de um grande jogo de campeonato. Não era por falta de objectividade, nem de criatividade, que o golo não aparecia. Simplesmente, ninguém cometia o mais pequeno erro, e o jogo fechava-se logo que se aproximava das áreas, predominantemente a do Sp.Braga.
Foi até dos minhotos a melhor oportunidade, à saída para o intervalo, num remate de Mossoró após cruzamento de Alan, a que Artur correspondeu com defesa instintiva. Esse lance deu aliás o mote para o que seria o segundo período, com o Sp.Braga a acreditar paulatinamente que, mesmo sem manter o domínio do jogo, poderia surpreender o Benfica através de contra-ataques.
Esses contra-ataques, quase sempre lançados por Mossoró, intensificaram-se à medida que o relógio ia avançando, e as pernas dos jogadores do Benfica se ressentiam do cansaço acumulado. O jogo ia partindo, e nessa fase o golo poderia surgir para qualquer dos lados. A lesão de Miguel Vítor, a substituição queimada, e a saída de Cardozo, pareciam danificar a chama benfiquista, e favorecer os intentos de um Sp.Braga por quem o tempo jogava. Mas, por felicidade ou algo mais, a verdade é que as alterações beneficiaram o futebol do Benfica, quer fruto da mobilidade de Nélson Oliveira (que trouxe problemas para os quais a defesa bracarense não estaria preparada), quer pela inclusão de Matic, e recuo de Javi Garcia, que levou o Benfica a uma maior predominância na zona intermediária.
O penálti (indiscutível) e o golo foram o corolário desse período, e, a pouco mais de dez minutos do fim, parecia estar definitivamente resolvida a contenda. Nada disso. O empate não demorou mais do que dois ou três minutos a surgir, também de bola parada, e, uma vez mais, aí sim, as contas pareciam encerradas. Deixar fugir a vantagem a tão pouco tempo do final era um golpe duro na confiança do Benfica, e poucos seriam os que apostavam na possibilidade de novo golo na baliza de Quim.
Foi nesses últimos dez minutos que se percebeu cabalmente o que uma e outra equipas pretendiam deste jogo. O Sp.Braga deu-o por terminado, limitando-se a tentar queimar o pouco tempo que faltava para o apito final. O Benfica reagiu muito bem, indo buscar forças a uma alma que nas últimas semanas raramente se vira. Foi premiado por isso, conseguindo um magnífico golo, e lançando o Estádio da Luz numa euforia que, a quem não soubesse, quase parecia anunciar a iminência do título. Por mim falo: o golo de Bruno César foi para mim, provavelmente, o instante de maior alegria desportiva em toda a temporada.
Foi de facto um grande jogo, dos melhores que me recordo em toda a temporada (Champions incluída), e teve um vencedor justo. O Benfica foi a equipa que mais quis ganhar, aquela que mais procurou a vitória, e a que conseguiu uma prestação mais contínua ao longo de toda a partida. O Sp.Braga teve grandes momentos, criou perigo, deu muita luta, mas, durante grande parte do tempo, suou apenas para segurar o empate. Foi forte, mas nunca conseguiu ser brilhante. Nessa medida, devo dizer que me desiludiu, pois de um líder da classificação esperaria uma postura mais afirmativa e mais audaciosa, em busca dos três pontos, e…do título. Era isso que pensava quando aqui dei 15 % de chances ao Benfica de ser campeão, e 40% ao Sp.Braga. O que este jogo nos disse é que a hierarquia ainda é o que era, e os grandes candidatos ainda são FC Porto e Benfica, até ver, por esta ordem.
A primeira parte não teve muitas oportunidades, mas nem por isso deixou de ter a intensidade de um grande jogo de campeonato. Não era por falta de objectividade, nem de criatividade, que o golo não aparecia. Simplesmente, ninguém cometia o mais pequeno erro, e o jogo fechava-se logo que se aproximava das áreas, predominantemente a do Sp.Braga.
Foi até dos minhotos a melhor oportunidade, à saída para o intervalo, num remate de Mossoró após cruzamento de Alan, a que Artur correspondeu com defesa instintiva. Esse lance deu aliás o mote para o que seria o segundo período, com o Sp.Braga a acreditar paulatinamente que, mesmo sem manter o domínio do jogo, poderia surpreender o Benfica através de contra-ataques.
Esses contra-ataques, quase sempre lançados por Mossoró, intensificaram-se à medida que o relógio ia avançando, e as pernas dos jogadores do Benfica se ressentiam do cansaço acumulado. O jogo ia partindo, e nessa fase o golo poderia surgir para qualquer dos lados. A lesão de Miguel Vítor, a substituição queimada, e a saída de Cardozo, pareciam danificar a chama benfiquista, e favorecer os intentos de um Sp.Braga por quem o tempo jogava. Mas, por felicidade ou algo mais, a verdade é que as alterações beneficiaram o futebol do Benfica, quer fruto da mobilidade de Nélson Oliveira (que trouxe problemas para os quais a defesa bracarense não estaria preparada), quer pela inclusão de Matic, e recuo de Javi Garcia, que levou o Benfica a uma maior predominância na zona intermediária.
O penálti (indiscutível) e o golo foram o corolário desse período, e, a pouco mais de dez minutos do fim, parecia estar definitivamente resolvida a contenda. Nada disso. O empate não demorou mais do que dois ou três minutos a surgir, também de bola parada, e, uma vez mais, aí sim, as contas pareciam encerradas. Deixar fugir a vantagem a tão pouco tempo do final era um golpe duro na confiança do Benfica, e poucos seriam os que apostavam na possibilidade de novo golo na baliza de Quim.
Foi nesses últimos dez minutos que se percebeu cabalmente o que uma e outra equipas pretendiam deste jogo. O Sp.Braga deu-o por terminado, limitando-se a tentar queimar o pouco tempo que faltava para o apito final. O Benfica reagiu muito bem, indo buscar forças a uma alma que nas últimas semanas raramente se vira. Foi premiado por isso, conseguindo um magnífico golo, e lançando o Estádio da Luz numa euforia que, a quem não soubesse, quase parecia anunciar a iminência do título. Por mim falo: o golo de Bruno César foi para mim, provavelmente, o instante de maior alegria desportiva em toda a temporada.
Individualmente gostaria de destacar as exibições de Bruno César, Gaitán, Maxi Pereira e Miguel Vítor (enquanto pôde) e saudar o regresso de Rodrigo a um plano minimamente compatível com aquele que revelara antes da lesão de São Petersburgo. Pela negativa, estranhar a total ausência de Cardozo no jogo.
João Ferreira esteve globalmente bem.
A vitória mantém a esperança em aberto, mas só após a próxima jornada se saberá em que medida o Benfica pode ou não ainda ser campeão. Um ponto é apenas um ponto, mas o jogo de Alvalade não será fácil (o Sporting fará tudo para evitar ver o rival campeão), e não me admiro de o FC Porto acabar por ganhar em Braga - afinal de contas, ganhou em Donetsk, e ganhou na Luz, os dois jogos de características mais similares a este que fez na temporada. Pelo contrário, também direi que se o Benfica sair de Alvalade no primeiro lugar (ganhar, e Porto não ganhar), dificilmente alguém o tirará de lá nas restantes jornadas.
João Ferreira esteve globalmente bem.
A vitória mantém a esperança em aberto, mas só após a próxima jornada se saberá em que medida o Benfica pode ou não ainda ser campeão. Um ponto é apenas um ponto, mas o jogo de Alvalade não será fácil (o Sporting fará tudo para evitar ver o rival campeão), e não me admiro de o FC Porto acabar por ganhar em Braga - afinal de contas, ganhou em Donetsk, e ganhou na Luz, os dois jogos de características mais similares a este que fez na temporada. Pelo contrário, também direi que se o Benfica sair de Alvalade no primeiro lugar (ganhar, e Porto não ganhar), dificilmente alguém o tirará de lá nas restantes jornadas.
PS: Quim foi duas vezes campeão pelo Benfica, está na história do clube encarnado, e podia ficar na memória dos adeptos, como ficaram David Luíz, Nuno Gomes ou outros a quem as bancadas da Luz ainda hoje tributam justamente a sua homenagem. Estupidamente escolheu outro caminho. É difícil perceber porquê. Falta de inteligência? Talvez. E talvez esteja também aí a razão da sua dispensa.
15 comentários:
Boas
O João Ferreira nunca poderá ter estado globalmente bem, se não assinala um penalti claro a favor do SC Braga, quando o jogo ainda se encontra 0-0.
E por muito que tentem escamotear esse lance a verdade é que ele aconteceu e favoreceu o Benfica...
Cumprimentos
Até admito que seja um lance duvidoso, e algo polémico, a permitir várias interpretações.
Agora "penalti claro" não é.
Há um pequeno toque, que Lima aproveita para se deixar cair. Aliás, do Braga ninguém reclamou.
Eu deixaria jogar, e é esse o critério que normalmente sigo em lances similares, quaisquer que sejam as camisolas.
Como é que esse lance entre o Javi e o Lima pode ser penalti, se a falta se inicia fora da área?
E não, não interessa onde acaba, mas sim onde começa.
Antes de falarem, pelo menos analisem os lances.
Tal como a falta que origina o livre do golo do braga, não existe.
Penso que o Campeonato pode ficar decidido este fim de semana. Para os lados do SLB um empate até pode não ser mal resultado desde que o Braga ganha ao fcp. Agora se o fcp consegue ganhar ao braga e o lumiar fazer o mesmo ao Glorioso ai a contenda esta encerrada por este ano.
Se o braga e o Benfica vencerem ai penso que o SLB terá via aberta para festajar o 33.º
Com apenas 4 jogos para o final e olhando para o calendário o Glorioso tem obrigação de vencer os 4 jogos que faltam, já o fcp, em em perseguição, o que coloca muita pressão nas pernas, com deslocação à Madeira pelo meio pode complicar as contas.
Empate em ambos os jogos deixa tudo na mesma, com o fcp na poll, e como já escrevi derrota do fcp e empate do Benfica deixa as coisas bem equilibradas.
Eu tive o privilegio por razões que não contam para aqui de assistir ao derradeiro treino da equipa antes de receber o SCBraga. E quero dizer que daí me saiu uma boa sensação. É impressionante há atletas que nem sozinhos frente á baliza fazem entrar a bola. Há outros porém que se esforçam imenso, destes gosto de falar e refiro Bruno César e Rodrigo. Quero dizer que quem assistiu ao esforço destes dois sabia que dali iria sair um golo. Bruno César é de facto muito e muito aplicado, assim como Rodrigo. Outros há ou lá estarem ou não era exatamente a mesma coisa, falo claro de Cardozo. Era impressionante a sua displicência, alías como durante o desafio. Tinha uma intuição de que íamos ganhar e de facto até me arrepiei quando foi Witsel a marcar. Jesus é fantástico a treinar e quase que jurava que o Porto comprou um andar no Seixal num daqueles apartamentos para ver e filmar os treinos de Jesus. É fantástico como ele dispõe os jogadores. Sinto que vai haver um problema com o Sporting, mas pior que isso considero que o SC Braga tudo vai fazer para perder o jogo no próximo sábado, contra o Porto. Mas de salientar que foi um grande jogo com duas equipas que se respeitaram. Nada teve a ver com a bagunça da primeira volta. Quanto a Quim não seria tão injusto. Ele teve um comportamento exemplar aquando da barraca do Roberto e nunca ninguém o ouviu. No sábado estava nervoso e ainda bem que assim foi, para não defender o penalty (lembra-se da taça da liga ? Ele defendeu 3 penalties) e já defendeu este ano um no Braga. Doí mas não foi ele que teve a culpa foi Jesus que o mandou embora (aliás também não se faz) despedir um campeão num programa e televisão. Quanto ao Capedevila, continuo sem perceber porque não joga. Mas indiscutível é que quando não se marcam muitas faltas os jogos são bonitos são grandes espetáculos e o Benfica ganha, logo o arbitro tem uma influência tremenda no jogo e no espetáculo.
És tão aldrabão! Deixas seguir quando é a favorecer o teu clube, tivesse ao contrário, tivesses perdido o jogo, com um penalti claro, repito claro, por assinalar já para aqui andavas a chamar a fruta e cafés com leite!
Sê coerente quando te convém!
Esse lance é tudo menos penalti claro, não sejamos desonestos.
Existe um toque na luta pela bola como acontece sempre que 2 jogadores disputam a bola correndo lado a lado. Um deixa-se cair e basta ver a maneira como cai para tirar qualquer dúvida: se ele caisse em consequência do toque do braço cairia para o lado direito, mas ele cai para o lado esquerdo deixando os pés para trás. Uma simulação como tantas houve semelhante à que deu origem ao golo do empate. E se for para procurar erros antes disso havia 2º amarelo para um defesa do Braga, portanto essa teoria de favorecimento ridicula cai por terra.
Caro LF
Não foi bem um toque, mas sim um puxar de camisola.
Se tiver tempos passe no meu Blog tem lá a prova, uma foto que retira qualquer duvida...
Cumprimentos
O nosso benfica surpreendeu-me, pela positiva.
Foi muito bom perceber que os jogadores tinham consciencia que, para serem campeões, apenas a vitória interessava, qualquer outro resultado punha-nos fora da corrida.
O golo do bruno... bem, tamanha euforia, no meu caso, vivida na casa do benfica de Vila Viçosa.
É um golo que pode valer um título!
Reafirmo o que opinei após a eliminação do zenit, agora com mais propriedade: quero que a champions se lixe, o jogo do ano vai ser com os lagartos, porque nos pode valer o primeiro lugar... que, então, não poderemos deixar fugir outra vez.
(Como fiquei contente com aquele golinho dos ucranianos em alvalade... espero que o sporting passe, mas quero vê-los correr até ao último minuto dos descontos, na ucrânia).
Força benfica.
Afonso, vê bem as imagens! claro que não é penalti, a falta, a existir é fora da area, mas para mim o lima simula falta e manda-se para dentro da area.
cumpts
SLB1958
Afonso, vê bem as imagens! claro que não é penalti, a falta, a existir é fora da area, mas para mim o lima simula falta e manda-se para dentro da area.
cumpts
SLB1958
Afonso...o bandeirinha era o Ferrari de Setubal...o do penalti da taça Lucílio.
Se o Lima se chamasse Aimar ou Saviola, ainda levava amarelo por simulação. E Emerson? Alguém deu pela falta dele?
A taça "Lucílio", não tem importância nenhuma. Não sei porque falam dela...
Na taça "Lucílio", o SCP chega à final com um golo em offside de 3 ou 4 metros.
O lance Javi/Lima é claramente fora da área. Fica uma falta por marcar e um amarelo por mostrar. Lamento mas não chega para beliscar uma vitória mais que justa.
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