GANHAR OU...GANHAR
Não há terceiras vias, nem chás ou pomadas. Se o Benfica não ganhar em Alvalade, estará irremediavelmente afastado do título, e terá uma vez mais na Taça da Liga o único troféu onde se agarrar. Fora da Europa, fora da Taça de Portugal, se o Benfica não ganhar em Alvalade, verá a sua temporada condenada ao fracasso. Fracasso relativo (Taça da Liga e 2º lugar) ou fracasso absoluto (nenhum troféu e 3º lugar), mas, em qualquer dos casos, fracasso. São estes os factos, e só o seu simples enunciar chegaria para toda a estrutura benfiquista olhar para este jogo com uma final…ou como uma finalíssima. A começar por Jorge Jesus, a quem não prevejo vida fácil caso o caldo hoje se entorne.
No outro lado da moeda está a possibilidade de vitória, e com ela, o alimentar da chama do título. É verdade que faltará menos uma jornada, é verdade que os benfiquistas viram, neste sábado, Braga por um canudo. Mas é também verdade que a equipa encarnada, em caso de triunfo, terá ultrapassado, nesta ronda, o mais difícil obstáculo que lhe restava até final. Disporá, a partir daí, de um calendário substancialmente mais favorável que o do FC Porto, e colocará uma pressão adicional em Vítor Pereira e seus comandados. Alem de que, uma vitória no dérbi é sempre…uma vitória no dérbi.
Não creio, porém, que o FC Porto deixe de ser o principal favorito, mesmo que o Benfica hoje ganhe. Nesta fase, depender apenas de si próprio significa manter a capacidade de criar uma dinâmica de vitória que normalmente se alimenta a si própria. Sobretudo num clube cujas sucessivas equipas nos habituaram a uma força mental assinalável. Falando justamente de força mental, ou falta dela, as melhores chances dos encarnados foram deitadas fora em Guimarães, em Coimbra e em Olhão (jogos em que, uma só vitóriazinha, valeria agora a liderança isolada), e chegados aqui, só por felicidade a situação poderá ser revertida. Ganhando em Alvalade, o Benfica estará apenas a abrir uma porta por onde essa eventual felicidade pode ou não vir a entrar. Não ganhando, fechá-la-á definitivamente. Em nenhuma situação terá boas perspectivas. Terá, na melhor das hipóteses, a possibilidade de manter…algumas perspectivas.
Como vantagem, o Benfica terá a tradição recente, e também a maior frescura da equipa (um dia a mais de repouso). Como desvantagem, a moralização que o Sporting tem conseguido na Liga Europa, e que o fará encarar este jogo com uma confiança (e sem qualquer pressão) bem maior do que tem sido comum nos últimos anos. A ausência de Aimar também é um contra-tempo digno de referência. Não vou cair no erro de fazer previsões, pois os dérbis não aceitam tal coisa. Nem sequer falarei de favoritos. Apenas digo que acredito na vitória do Benfica. Confesso que, mais neste jogo, do que propriamente no campeonato.
Título à parte, ganhar ao Sporting significará também, uma mais do que provável qualificação directa para a próxima Liga dos Campeões. O futebol moderno tem aliás destas coisas: o Sporting pode vencer a Liga Europa, vencer a Taça de Portugal, terminar a temporada em glória, e ganhar meia dúzia de cêntimos com tudo isso. O Benfica pode fracassar por completo, e todavia encher os cofres com uns quartos-de-final, que já atingiu, e a garantia de uma nova presença na fase de grupos da Liga milionária, que pode facilmente atingir.
Ficam aqui as minhas memórias de dérbis, já publicadas noutras ocasiões, e fica também o meu onze para a partida.
No outro lado da moeda está a possibilidade de vitória, e com ela, o alimentar da chama do título. É verdade que faltará menos uma jornada, é verdade que os benfiquistas viram, neste sábado, Braga por um canudo. Mas é também verdade que a equipa encarnada, em caso de triunfo, terá ultrapassado, nesta ronda, o mais difícil obstáculo que lhe restava até final. Disporá, a partir daí, de um calendário substancialmente mais favorável que o do FC Porto, e colocará uma pressão adicional em Vítor Pereira e seus comandados. Alem de que, uma vitória no dérbi é sempre…uma vitória no dérbi.
Não creio, porém, que o FC Porto deixe de ser o principal favorito, mesmo que o Benfica hoje ganhe. Nesta fase, depender apenas de si próprio significa manter a capacidade de criar uma dinâmica de vitória que normalmente se alimenta a si própria. Sobretudo num clube cujas sucessivas equipas nos habituaram a uma força mental assinalável. Falando justamente de força mental, ou falta dela, as melhores chances dos encarnados foram deitadas fora em Guimarães, em Coimbra e em Olhão (jogos em que, uma só vitóriazinha, valeria agora a liderança isolada), e chegados aqui, só por felicidade a situação poderá ser revertida. Ganhando em Alvalade, o Benfica estará apenas a abrir uma porta por onde essa eventual felicidade pode ou não vir a entrar. Não ganhando, fechá-la-á definitivamente. Em nenhuma situação terá boas perspectivas. Terá, na melhor das hipóteses, a possibilidade de manter…algumas perspectivas.
Como vantagem, o Benfica terá a tradição recente, e também a maior frescura da equipa (um dia a mais de repouso). Como desvantagem, a moralização que o Sporting tem conseguido na Liga Europa, e que o fará encarar este jogo com uma confiança (e sem qualquer pressão) bem maior do que tem sido comum nos últimos anos. A ausência de Aimar também é um contra-tempo digno de referência. Não vou cair no erro de fazer previsões, pois os dérbis não aceitam tal coisa. Nem sequer falarei de favoritos. Apenas digo que acredito na vitória do Benfica. Confesso que, mais neste jogo, do que propriamente no campeonato.
Título à parte, ganhar ao Sporting significará também, uma mais do que provável qualificação directa para a próxima Liga dos Campeões. O futebol moderno tem aliás destas coisas: o Sporting pode vencer a Liga Europa, vencer a Taça de Portugal, terminar a temporada em glória, e ganhar meia dúzia de cêntimos com tudo isso. O Benfica pode fracassar por completo, e todavia encher os cofres com uns quartos-de-final, que já atingiu, e a garantia de uma nova presença na fase de grupos da Liga milionária, que pode facilmente atingir.
Ficam aqui as minhas memórias de dérbis, já publicadas noutras ocasiões, e fica também o meu onze para a partida.
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