À LÍDER


Embalado pelo resultado de Alvalade (que lhe deixava a porta aberta para a liderança isolada), o Benfica venceu categoricamente na Marinha Grande, mostrando que o tempo das inquietações está a ficar para trás, e que o título é um objectivo sólido e cada vez mais credível.



Nos últimos jogos (Rio Ave, V.Guimarães e U.Leiria), os encarnados marcaram 13 golos e sofreram 2, deixando no ar um cheirinho daquilo que foi a saga de 2009-2010. Estes resultados não mentem, e é inegável que o Benfica deste momento incute bastante mais confiança do que aquela equipa cinzentona que, há dois meses atrás, ganhava de aflitos ao Olhanense e ao Beira-Mar, e empatava em casa com o Basileia.



Mesmo amputada dos seus dois elementos mais criativos (Aimar e Gaitán), o futebol do Benfica nesta partida foi quase sempre vibrante, fluído, e consistente, esmagando a equipa adversária contra as paredes da sua inferioridade. Nunca a vitória esteve em causa, e não fosse o guarda-redes leiriense, a goleada poderia até ter sido mais expressiva.



A principal diferença entre este Benfica e o de há dois meses atrás, reside na forma intensa como os jogadores lutam pela bola, recuperando-a com rapidez, e criando, com isso, lances de ataque em catadupa. Avançados inspirados e certeiros fazem o resto, elevando a confiança colectiva numa espiral que, passo a passo, pode tornar-se difícil de travar – e o ambiente nos estádios já reflecte essa onda.



As próximas jornadas trazem dois jogos consecutivos na Luz, contra equipas da segunda metade da tabela classificativa (V.Setúbal e Gil Vicente). Eis pois a oportunidade para consolidar a liderança, e deixar que, a cada jornada passada, ela se encarregue de danificar a moral dos principais adversários. Faltam seis jogos para o confronto directo com o FC Porto, e acredito que, se o Benfica os ganhar, chegará a esse momento com as contas todas do seu lado, e em posição de grande conforto face ao título.




Na noite da Marinha Grande destacaria Bruno César, Rodrigo e Maxi Pereira como os elementos mais em foco. Cardozo marcou pela quinta vez consecutiva, chegando-se à liderança da lista dos goleadores. Artur esteve onde foi preciso. Ninguém jogou mal.


Cosme Machado não teve casos difíceis para analisar. Ainda bem, pois é juiz que não merece qualquer confiança, sendo a sua nomeação (a primeira dos novos poderes) um dado um tanto preocupante.

1 comentário:

Vitória do Benfica disse...

Sim Concordo com as suas posições e partilhei das mesmas preocupações. Recordo as escutas e cosme a dizer ao senhor que nunca chegará a galo que hoje ia ver o seu braguinha.

Quanto á equipa, o que parece é que os erros do anos anteriores e os comportamentos alimentares dos jogadores foram corrigidos durante a época natalicia.

Jesus foi uma boa escolha e mais que não fosse porque está a aprender com os erros do passado. Isto é essencial, julgo que Vieira terá muitos argumentos para o assegurar nas próximas épocas. Mesmo que não se ganhe nada este ano pelo menos parece que a entrada direta na champions ou seja o segundo lugar se afigura como garantido.

Uma palavra para César Peixoto e a entrevista que deu ontem na Sport TV bem ao contrário de Ruben Amorim. Jesus conhece bem os seus jogadores e aprecia mais a humildade que o talento.