CONTAS À PORTUGUESA
Todos desejamos que Portugal ganhe, ou pelo menos empate, e garanta o primeiro lugar do seu grupo. Mas se tal não acontecer, ainda restam algumas esperanças de qualificação directa à equipa de Paulo Bento. Analisemo-las.
Para tal, vamos partir do princípio (indesejável) que Portugal perde na Dinamarca, ficando assim com os 16 pontos que tem neste momento. Nessa situação, e a menos que a Noruega ganhasse por números escandalosos ao Chipre (teria de anular uma diferença de nove golos), a nossa selecção garantiria, mesmo com a derrota, o segundo lugar do grupo, e teria ainda a hipótese de ser o melhor de entre todos os segundos, obtendo, por essa via, o apuramento directo.
Para além do grupo de Portugal, há três equipas que, antes desta última ronda, têm possibilidades de ser melhores segundos. Vejamos cada um dos casos, tendo em conta que nos grupos de seis selecções, não contam, para este efeito, os pontos alcançados frente ao respectivo último classificado:
Rússia (Grupo B) – Esta é uma hipótese meramente académica, pois ninguém acredita que a selecção russa perca em casa com Andorra - que ainda não fez qualquer ponto -, e desperdice assim a possibilidade de ficar em primeiro lugar do seu grupo. Só nesse caso (derrota em Moscovo com Andorra, e vitória da Irlanda sobre a Arménia) a Rússia seria segunda classificada, partindo para o desempate com 17 pontos, mais um portanto do que Portugal (no caso de perder em Copenhaga, e terminar em segundo do grupo).
Suécia (Grupo E) – É esta a eventualidade mais perigosa, e a única que coloca em causa também a Dinamarca (já lá vamos). A Suécia joga na Holanda (com esta já apurada), e se perdesse (descontados os jogos com San Marino) ficaria com 15 pontos, o que não levantaria problemas. Mas se vencer faz 18, o que a torna automaticamente a melhor segunda classificada de todos os grupos, permitindo-lhe o apuramento directo. Mesmo se empatar (somando 16 pontos), e Portugal perder por mais de dois golos, fica à nossa frente nestas contas.
Croácia (Grupo F) – A Croácia tem hipótese de ganhar o grupo (caso a Grécia perca na Geórgia), mas se tal não acontecer, e vencer ainda assim o seu jogo na Letónia, faz também 16 pontos, tantos quantos Portugal tem. No desempate por golos dispomos contudo de uma vantagem de seis, o que obrigaria os croatas a golear (ou a sermos nós goleados). Não é provável que aconteça, mas é uma possibilidade matemática.
Esta análise é feita, obviamente, na óptica portuguesa. Em caso de empate, ficando a Dinamarca em segundo lugar, tudo se tornaria mais fácil, pois, terminando com 17 pontos, os dinamarqueses apenas teriam de se preocupar com a vizinha Suécia, e somente com a eventualidade desta vencer na Holanda. Ou seja, se a Holanda - que ainda não desperdiçou qualquer ponto - não perder em casa com a Suécia, o empate basta a Dinamarca e Portugal para ambos se qualificarem.
Mas o melhor é mesmo vencermos o jogo, e a Dinamarca que se lixe.
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