A VER ESTRELAS

Pode um apaixonado pelo futebol imaginar melhor noite televisiva do que um fantástico jogo, transmitido em HD, a contar para a Liga dos Campeões, pondo frente a frente dois dos principais colossos europeus? Não. Não pode.
Foi de facto um regalo. Um misto de deslumbramento, e também nostalgia, sobretudo por olhar para Angel Di Maria, e perceber que se irá tornar, a muito breve trecho, num dos cinco ou seis melhores jogadores do mundo.
O Real dominou quase sempre, e só o aparecimento do eterno Pipo Inzaghi (saído do banco) permitiu ao Milan levantar a cabeça, e virar o resultado totalmente contra a corrente do jogo. Seria o improvável Leon a recolocar relativa justiça no marcador, já em tempo de descontos. Terminou 2-2, mas, por mim, estaria ali mais uma hora ou duas a ver todas aquelas estrelas desfilar no relvado de San Siro.
Simpatizo com ambos os clubes (e torço por eles nos respectivos campeonatos). Mas o Real de Mourinho começa a encher-me as medidas. Com Di Maria, Ozil e, sobretudo, um super Cristiano Ronaldo (de regresso aos melhores tempos de Manchester), duvido que alguém pare esta equipa. Até porque, mesmo não morrendo de amores por ele, reconheço no treinador setubalense uma capacidade técnica absolutamente genial.

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