O FIM DE UMA LENDA
Hoje é um dia negro para o jornalismo desportivo português.
“A Bola”, que eu tinha como referência desde os meus 8 anos, que me habituei a ver como o jornal desportivo, que devotamente comprava dia após dia, deitou por terra anos e anos de história, tomando uma atitude que só pode envergonhar quem a dirige, e quem lá trabalha.
Sinceramente, tenho vontade de remeter para a casa de banho as páginas sobre os jogos do centenário (que fui guardando), repletas de magníficos textos sobre a democracia, sobre a liberdade e sobre a luta anti-fascista no desporto. Tudo aquilo deixou de fazer sentido num jornal que, 36 anos após o 25 de Abril, não resistiu à mais reles censura. Pior que uma censura política, uma censura de amigalhaços, uma censura saloia, uma censura que desrespeita milhares de leitores e o legado que homens como Ribeiro dos Reis, Cândido de Oliveira ou Vítor Santos edificaram na Travessa da Queimada.
Ricardo Araújo Pereira (que eu tenho o prazer de conhecer pessoalmente, e por quem tenho a mais profunda admiração enquanto humorista, cronista desportivo e cidadão português), e José Diogo Quintela (com quem nunca falei, mas, embora sportinguista, sempre respeitei, porque também ele, mesmo defendendo o seu clube, e atacando por vezes o meu, sempre se soube dar ao respeito), foram afastados do jornal. Sim, foram afastados, pois quando se corta o texto de alguém, está-se a apontar-lhe a porta da saída.
Tanto um como outro desmontaram perspicazmente, nos últimos meses, a colecção de incoerências, disparates e superficialidades que Miguel Sousa Tavares se entretém a escrever às terças-feiras nas mesmas páginas, e a reacção deste (que não sabe fazer mais nada na vida além de ser polémico e arvorar-se em dono de uma razão que quase sempre desconhece, vivendo, provavelmente bem, destas suas intervenções mediáticas, e dos medíocres romances que vai escrevendo) passou rapidamente da resposta para a calúnia, da reacção para o insulto, da discussão para a má educação (chegando a chamar-lhes cães rafeiros, entre outros vitupérios), nada ao nível daquilo que a sua mãe, e também o seu pai, nos habituaram enquanto pertenceram ao mundo dos vivos.
Esperava que, mais dia, menos dia, o próprio MST, em coerência com as ameaças que foi fazendo, ou pelo menos envergonhado com a forma como não soube encaixar as suas próprias insuficiências, abandonasse o jornal – afinal de contas o que fez Rui Moreira, num programa de televisão que também não lhe agradou. Mas esperava em vão, pois, ao contrário deste último, MST vive daquilo, e obviamente nunca iria largar o osso.
O que nunca me passou pela cabeça é que fosse “A Bola” a dirimir este conflito, e a fazê-lo da forma mais canhestra possível, premiando a má educação rasteira , em nome sabe-se lá de quê – amizades pessoais? vendas da terça-feira? outra coisa qualquer?
Envio um forte abraço de solidariedade para com a dupla de comentadores atingida por este acto censório, na certeza de que não demorarão muito tempo a encontrar um espaço mais merecedor do seu talento e da sua criatividade, onde, de imediato, estarei pronto para os voltar a ler. E lanço o desafio a Sílvio Cervan, Fernando Seara, Bagão Félix e Leonor Pinhão, para que reflictam sobre a sua presença num jornal que se prostitui desta forma, tornando-se assim, ele próprio, num jornal rafeiro, ao nível daqueles que protege.
Lamento, mas não vou voltar a comprar “A Bola”. Para Vítor Serpa (ou lá quem foi a alma que tomou esta estúpida decisão) não será importante perder um leitor. Mas para mim, é importante deixar de o ser.
Fica o texto censurado, de Quintela, no qual, diga-se, ele não chama "rafeiro" a ninguém:
"Na 3ª feira, Miguel Sousa Tavares insinuou que eu e o Ricardo Araújo Pereira costumamos corrigi-lo por ele ter sido o único convidado, além do Presidente da República, a não ter vindo ao “Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios”. O Ricardo desmentiu ontem essa tese de vendetta e julgo não ser necessário voltar a referir as inúmeras pessoas que também não aceitaram o nosso convite, pessoas que não costumamos corrigir. Talvez porque não tenham por hábito defender teses absurdas e incoerentes sobre o Apito Dourado. Por outro lado, há muita gente sobre quem costumo escrever e que foi ao programa. José Sócrates e Passos Coelho, por exemplo. Deve ser para lhes pagar o favor de terem aceite o convite. Acha MST que hoje diremos que o convite foi um erro e que não sabemos porque o convidámos. Acha também que sabe bem porque é que não aceitou. Engana-se.
Para já, não foi erro nenhum, sabemos bem porque o convidámos: para ele fazer o que faz aqui, mas na televisão, que é mais espectacular. Depois, palpita-me que ele já não sabe porque recusou: aquilo passou-se há um ano, tempo mais que suficiente para MST entretanto ter mudado a sua convicção.
Entretanto, pela segunda vez num ano, MST tenta intimidar-me por causa do que escrevo nestas crónicas. Em Janeiro pediu a Pinto da Costa para que me processasse. Desta vez, vitimiza-se e ameaça abandonar a sua crónica n’A BOLA, pretendendo que o Ricardo e eu sejamos responsabilizados pela sua saída. Depois das queixinhas, uma ameaça de amuo. Que birra se seguirá? Suster a respiração? Que outras traquinices tem MST em carteira para me sensibilizar?
Não gostava que MST deixasse de escrever aqui. Gosto de o ler. Quero que, entre outras coisas, continue a dizer que, quando Porto lhe pagou uma viagem, Calheiros estava reformado (a sério, não sei mais o que faça para desmentir isto. Trazer cá o homem? Se lhe pagar a viagem, de certeza que vem…). r isso, deixo-lhe um pedido. Faça às nossas crónicas o mesmo que faz com as fontes que cita: não as leia. Ignore-as. Finja que não existem, não responda. É um direito que o assiste. Olhe, até vem consagrado na 5ª emenda (que faz mesmo parte da Constituição, não é como a Declaração de independência). MST pode invocá-la. Evitará auto-incriminar-se.”
“A Bola”, que eu tinha como referência desde os meus 8 anos, que me habituei a ver como o jornal desportivo, que devotamente comprava dia após dia, deitou por terra anos e anos de história, tomando uma atitude que só pode envergonhar quem a dirige, e quem lá trabalha.
Sinceramente, tenho vontade de remeter para a casa de banho as páginas sobre os jogos do centenário (que fui guardando), repletas de magníficos textos sobre a democracia, sobre a liberdade e sobre a luta anti-fascista no desporto. Tudo aquilo deixou de fazer sentido num jornal que, 36 anos após o 25 de Abril, não resistiu à mais reles censura. Pior que uma censura política, uma censura de amigalhaços, uma censura saloia, uma censura que desrespeita milhares de leitores e o legado que homens como Ribeiro dos Reis, Cândido de Oliveira ou Vítor Santos edificaram na Travessa da Queimada.
Ricardo Araújo Pereira (que eu tenho o prazer de conhecer pessoalmente, e por quem tenho a mais profunda admiração enquanto humorista, cronista desportivo e cidadão português), e José Diogo Quintela (com quem nunca falei, mas, embora sportinguista, sempre respeitei, porque também ele, mesmo defendendo o seu clube, e atacando por vezes o meu, sempre se soube dar ao respeito), foram afastados do jornal. Sim, foram afastados, pois quando se corta o texto de alguém, está-se a apontar-lhe a porta da saída.
Tanto um como outro desmontaram perspicazmente, nos últimos meses, a colecção de incoerências, disparates e superficialidades que Miguel Sousa Tavares se entretém a escrever às terças-feiras nas mesmas páginas, e a reacção deste (que não sabe fazer mais nada na vida além de ser polémico e arvorar-se em dono de uma razão que quase sempre desconhece, vivendo, provavelmente bem, destas suas intervenções mediáticas, e dos medíocres romances que vai escrevendo) passou rapidamente da resposta para a calúnia, da reacção para o insulto, da discussão para a má educação (chegando a chamar-lhes cães rafeiros, entre outros vitupérios), nada ao nível daquilo que a sua mãe, e também o seu pai, nos habituaram enquanto pertenceram ao mundo dos vivos.
Esperava que, mais dia, menos dia, o próprio MST, em coerência com as ameaças que foi fazendo, ou pelo menos envergonhado com a forma como não soube encaixar as suas próprias insuficiências, abandonasse o jornal – afinal de contas o que fez Rui Moreira, num programa de televisão que também não lhe agradou. Mas esperava em vão, pois, ao contrário deste último, MST vive daquilo, e obviamente nunca iria largar o osso.
O que nunca me passou pela cabeça é que fosse “A Bola” a dirimir este conflito, e a fazê-lo da forma mais canhestra possível, premiando a má educação rasteira , em nome sabe-se lá de quê – amizades pessoais? vendas da terça-feira? outra coisa qualquer?
Envio um forte abraço de solidariedade para com a dupla de comentadores atingida por este acto censório, na certeza de que não demorarão muito tempo a encontrar um espaço mais merecedor do seu talento e da sua criatividade, onde, de imediato, estarei pronto para os voltar a ler. E lanço o desafio a Sílvio Cervan, Fernando Seara, Bagão Félix e Leonor Pinhão, para que reflictam sobre a sua presença num jornal que se prostitui desta forma, tornando-se assim, ele próprio, num jornal rafeiro, ao nível daqueles que protege.
Lamento, mas não vou voltar a comprar “A Bola”. Para Vítor Serpa (ou lá quem foi a alma que tomou esta estúpida decisão) não será importante perder um leitor. Mas para mim, é importante deixar de o ser.
Fica o texto censurado, de Quintela, no qual, diga-se, ele não chama "rafeiro" a ninguém:
"Na 3ª feira, Miguel Sousa Tavares insinuou que eu e o Ricardo Araújo Pereira costumamos corrigi-lo por ele ter sido o único convidado, além do Presidente da República, a não ter vindo ao “Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios”. O Ricardo desmentiu ontem essa tese de vendetta e julgo não ser necessário voltar a referir as inúmeras pessoas que também não aceitaram o nosso convite, pessoas que não costumamos corrigir. Talvez porque não tenham por hábito defender teses absurdas e incoerentes sobre o Apito Dourado. Por outro lado, há muita gente sobre quem costumo escrever e que foi ao programa. José Sócrates e Passos Coelho, por exemplo. Deve ser para lhes pagar o favor de terem aceite o convite. Acha MST que hoje diremos que o convite foi um erro e que não sabemos porque o convidámos. Acha também que sabe bem porque é que não aceitou. Engana-se.
Para já, não foi erro nenhum, sabemos bem porque o convidámos: para ele fazer o que faz aqui, mas na televisão, que é mais espectacular. Depois, palpita-me que ele já não sabe porque recusou: aquilo passou-se há um ano, tempo mais que suficiente para MST entretanto ter mudado a sua convicção.
Entretanto, pela segunda vez num ano, MST tenta intimidar-me por causa do que escrevo nestas crónicas. Em Janeiro pediu a Pinto da Costa para que me processasse. Desta vez, vitimiza-se e ameaça abandonar a sua crónica n’A BOLA, pretendendo que o Ricardo e eu sejamos responsabilizados pela sua saída. Depois das queixinhas, uma ameaça de amuo. Que birra se seguirá? Suster a respiração? Que outras traquinices tem MST em carteira para me sensibilizar?
Não gostava que MST deixasse de escrever aqui. Gosto de o ler. Quero que, entre outras coisas, continue a dizer que, quando Porto lhe pagou uma viagem, Calheiros estava reformado (a sério, não sei mais o que faça para desmentir isto. Trazer cá o homem? Se lhe pagar a viagem, de certeza que vem…). r isso, deixo-lhe um pedido. Faça às nossas crónicas o mesmo que faz com as fontes que cita: não as leia. Ignore-as. Finja que não existem, não responda. É um direito que o assiste. Olhe, até vem consagrado na 5ª emenda (que faz mesmo parte da Constituição, não é como a Declaração de independência). MST pode invocá-la. Evitará auto-incriminar-se.”
33 comentários:
Surreal, chocante, vergonhoso!!!
Lembro-me perfeitamente de, quando era miúdo, ter que ler (e "devoarava" o jornal) aBola no chão, porque era quase maior do que eu.
Hoje é mais pequena do que as coisas pequenas, e há mais de dez anos que não gasto um cêntimo nesse ou noutro qualquer jornal.
Concordo plenamente que Seara, Cervan e Pinhão abandonem o jornal, e que por lá deixem os lacaios dos corruptos a falar sozinhos.
Mas que esta repugnante censura chegue aos ouvidos de todos os Benfiquistas, para que mais ninguém compre este jornal e o deixe a definhar...
identifico-me completamente com este texto..alias, ao saber da noticia, foi procurar sabermais e de facto, do pouco que me foi possivel saber, é uma enorme desilusao.
muitos anos compro este jornal...nao me parece que va comprar de novo tao cedo...
A liberdade para o mst é a opinião dele o contraditório à sua opinião é má educação e falta de respeito.Nesse aspecto ao contrário do que pensa caro LF ele sai e muito ao seu pai. O meu pai privou com o sousa tavares pai antes do 25 de Abril em reuniões conspirativas contra o fascismo e tudo tinha sempre que ser à maneira de sua excelência, qualquer comparação com a Sophia era uma mera coincidência,não é por acaso que se separaram.Não me surpreende o saneamento do zé diogo e do RAP, é que os proprietários do jornal A Bola já não são a dona Margarida Rbeiro dos Reis nem p engº Arga e lima mas sim uma tal de Sociedade Vicra Desportiva S.A. Que eu sinceramnente não faço a mínima ideia de quem sejam, mas uma coisa é certa isto no tempo da dona Margarida era impossível de suceder tive a felicidade de a conhecer num trabalho académico que fiz e era um senhora no verdadeiro sentido da palavra.Com isto fica provado definitivamente que neste momento o fcp domina 90% da imprensa desportiva,rtp,rtpn,sportv, jornal o jogo etc. etc. E hoje mais uma vez um tribunal português ilibou um caso de corrupção do fcp o caso do nuno cardozo ex-presidente da c.m.do porto.Isto está bonito está.O Fascismo tripeiro quer pode e manda.
carlos calheiros deixou de apitar 1ª categoria no final da epoca de 1995-1996, e viajou em 1995 com despesas pagas pelo fcp, logo a teoria de que calheiros estava reformado na altura(1995) cai por terra. mais uma "incoerencia" ou "esquecimento" de mst.
http://www.zerozero.pt/arbitro.php?id=2930&search=1
carlos gois
Trabalhar parasitas!
Que post cheio de piada! Eu diria q é um golpe de teatro, pq "A Bola" é um jornal concorrente ao jornal do "Benfica". Concorrente pq tem o mesmo objectivo, quero eu dizer.
De resto, chamar comentador desportivo ao RAP, q nas suas cronicas se limita a criticar os seus colegas q escrevem numa perspectiva portista (com os defeitos e virtudes de qq adepto) no mesmo jornal, mostrando uma dignidade ao nível de qq rafeiro (queira ou n queira), é de facto demonstrativo de uma amizade q n conhece fronteiras! "A Bola", como toda a gente sabe, hj em dia é mais um panfleto benfiquista q outra coisa. Diga-me lá, LF, o q estavam certos directores a fazer num famoso jantar q resultou em famosas ameaças ainda há pouco tempo atrás. Este post, LF, muito mais q qq outro, é uma verdadeira pouca vergonha.
A direcção do jornal "a bola" borrou-se, perante MST versus Pinto da Costa. O MST ameaçou e o Serpa não dignificou a memória daqueles jornalistas que fizeram a história desse jornal. Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não, como diz a canção. A direcção do jornal não pertence a esse "alguém". Pela minha parte, leitor assíduo do jornal,hoje foi a última edição que comprei.
O que se passou em A Bola é inqualificável. Já agora faltou-lhe dizer de Bagão Felix. Que é um grande admirador do RAP
Como tu próprio dizes eram cronistas que baseavam as crónicas em contestar o MST. Isto diz muito sobre a sua falta de qualidade
Caro LF,
Por acaso não tem ou arranja o contacto de e-mail apropriado do Jornal "ABOLA" para que possa manifestar a minha indignação sobre o sucedido.
Deixarei de comprar o jornal "ABOLA" mas queria que os seus responsáveis soubessem porquê.
Obrigado,
AC
Eles escreviam crónicas desportivas??? Pensei que escreviam crónicas Anti-FCP e sobre o MST e Rui Moreira...
Uns humoristas estes miaus!
Subscrevo na íntegra.
Assistiu-se a um acto grave de censura, porque alguns pseudo intelectuais da nossa praça, com influências várias, se sentiram incapazes de confrontar estes senhores.
Há muito tempo que não compro o "A Bola". Há mais de um ano, quando percebi as suas políticas de engajamento, a propósito de algo em que até eu e tu divergimos...
Comprava-a e lia-a desde mníudo...acabou-se, este último episódio só vem reforçar a decisão...
Abraço
AC
Pode enviar para:
clientes@abola.pt
ou para o director:
vserpa@abola.pt
(tratando-se de um endereço profissional, e não pessoal, creio que não há problema em divulgá-lo)
Paulo,
Infelizmente a política de "A Bola" tem sido mais de engajamentos do que outra coisa.
Ainda a capa de segunda-feira passada foi, quanto a mim, absolutamente vergonhosa.
Mais valia terem posto o Hulk (como se impunha e compreendia).
Enquanto benfiquista dispenso bem algumas bajulações de "A Bola", e alguns histerismos de pré-temporada.
Preferia, por exemplo, que durante décadas de corrupção no futebol português, que eles conheciam bem, não tivessem sistematicamente assobiado para o lado.
Comprava sempre, mas não comprei nem ontem, nem hoje, e hei-de me habituar a outro...ou a nenhum.
A um tal Anónimo e Sry Lanka,
a liberdade de expressão é exactamente isso. Escrever sobre o que se quer, quando se quer e como se quer, sem nunca injurir, caluniar etc etc etc claro.
Como disse Quintela, se MST não gosta de ler o que eles escrevem pois não leia, assim como qualquer pessoa e incluo os senhores.
Há muita porcaria que é escrita até bem longe do tema futebol e não ando a exigir que se calem ou deixem de escrever.
Se é bom ou mau humor, sem dúvida que pode ser criticavel, talvez se ABola arranja-se um humorista do FCPorto a coisa fosse mais democrática, que dirião então?
O problema é arranjar um tão bom como estes dois e tenho a certeza meus caros que em um ponto das vossas vidas já viram e gostaram dum sketch dos gatos..ou não?
Vitória,
Já acrescentei Bagão Félix.
Foi puro esquecimento. Não seguramente pela sua relevância enquanto benfiquista, mas talvez por ser o mais recente.
Anónimo,
Não sei que jantar foi esse, pois se existiu, eu não estive lá.
Terá de perguntar noutro lado.
Peter,
A Bola é propriedade da sociedade "Vicra", cujo accionista maioritário se chama Arga e Lima, e é neto de um dos fundadores (Vicente de Melo).
A memória que tenho de Francisco Sousa Tavares é a de um democrata.
Provavelmente tinha mau feitio, mas duvido que concordasse com qualquer tipo de censura.
LF,
Um esclarecimento, a capa de segunda feira da bola aqui no porto foi o Hulk! Eles fazem markting localizado! com o hulk na capa em lisboa as vendas eram muito menores... mas de qualquer forma deixarei de comprar a bola, até porque apenas o fazia ao sábado precisamente para ler a crónica do RAP! Todos os portistas que conheço(e nao sao poucos) nao dispensavam a leitura das suas crónicas!
Boas,
O seu post está extraordinário e diz exactamente aquilo que penso.
Deveria ser enviado(provavelmente já foi)directamente para o,vá lá, director desse moribundo jornal.
Queria só partilhar convosco um e-mail de indignação que enviei a vários contactos de jornalistas na Bola e que é o seguinte:
Que tristeza! Que saudade da Bola de anos passados! Agora até já fazem censura! Cortam nos textos que não agrada á máfia e á corrupção , livram-se dos que falam verdade, mas mantêm os plagiadores aprendizes de escritores, imbecis e incultos! Parece que voltamos ao tempo do fascismo! Renegam o espírito dos vossos fundadores, cospem no prato que sempre vos deu de comer e que vos ajudou a sobreviver, contribuindo para as vossa vendas, anos e anos na liderança. Sempre fomos nós Benfiquistas que vos sustentaram, tanto que os nossos rivais vos consideravam um jornal conotado connosco, apenas e só porque eram o único com credibilidade. Estão cada vez mais vendidos ao poder corrupto. Deixaram de ser a Bíblia do desporto e passaram a ser um pasquim igual ao RiRicord - jornal não oficial dos queques falidos do lumiar e antibenfiquista primário - e ao Nojo - jornal oficial do clube corrupto sediado na cidade tripeira, versão portuguesa de Palermo e também ele antibenfiquista primário.
Acabou há muito o jornal de Jornalistas com J grande como Alfredo Farinha, Aurélio Márcio, Carlos Pinhão, Vítor Santos ou Homero Serpa. Tirando José Manuel Delgado, Fernando Guerra e mais um ou dois, o resto são junta-letras avençados que escrevem o que lhes manda o sistema mafioso e corrupto que infelizmente controla o desporto e a sociedade portuguesa em geral.
No dia seguinte ao jogo com o Lyon, João Bonzinho que acha que "há lapsos e lapsos" (só para os outros) escreve esta pérola: "nunca o Benfica tinha ganho na Europa sofrendo 3 golos". Como ele também eu gostaria de deixar umas "perguntas inteligentes": Das duas uma, será que Amesterdão não fica na Europa ou o jogo da Final da Taça do Clubes Campeões Europeus em 1962 não era para as competições europeias? O Benfica venceu 5-3 e também sofreu três golos! O Maior e Mais Alto Momento da História do Futebol e do Desporto Português, a conquista do título de Bicampeão Europeu de Futebol, ainda hoje inédito no nosso país! Será que também o querem esquecer ou apagar? Ou que nos querem roubar mais um título como tantos outros, inclusive um recente á pedrada?
No 1º golo outra asneira, "livre da direita de Carlos Martins". Ora eu estive lá e vi o livre foi marcado da esquerda do ataque do Benfica! Será que também a cegueira antibenfiquista vos tornou vesgos, Sr. . Vítor Serpa?
Faço minhas as vossas palavras: Há lapsos e lapsos não é Sr. . João Bonzinho e Sr. . Vítor Serpa?
Nós, Benfica e Benfiquistas, estamos no direito de exigir seriedade, rigor e isenção daqueles que deviam esclarecer o público e não manipulá-lo como infelizmente acontece. Parece que, infelizmente estão a caminho de dispensar todos os que escrevam a defender o meu clube ou apenas a combater ideias falsas de aprendizes de escritores que mais não são que copiadores de quem o soube ser. Só falta mesma a Senhora Leonor Pinhão e trocá-la por alguém que seja anjinho e goste mais de dinheiro que do clube. Se não ocorrer um pedido de desculpas e a reposição da normalidade serei mais um a juntar a dezenas que conheço a deixar de comprar ou ler o vosso jornal, que passará a ser para mim como apenas mais um pasquim igual aos outros.
E PLURIBUS UNUM
E O BENFICA É MAIOR QUE PORTUGAL
Alguém mais antigo que eu, pode-me dar um link ou algum suporte para perceber o que é o calheiros.
Obrigado
Realmente é lamentável o que se passou. Mesmo não sendo grande fã dos Gato Fedorento, achava interessante o Ricardo Araújo Pereira e o Quintela terem uma crónica no jornal, pois davam sempre um toque humorístico aos comentários desportivos que faziam. É preciso referir que ambos os cronistas se tornaram famosos por mérito próprio. Já a situação do Sr. Sousa Tavares é o típico caso do "filho dos papás" e das "cunhas", visto que esse sr. só é famoso porque o pai era um jornalista conhecido e a mãe uma escritora de renome. É precisamente esse o problema de MST. Ele melhor que ninguém sabe que não tem valor, e só está onde está por ser filho de quem é, então usa os seus conhecimentos para fazer pressões e afastar quem lhe faça frente e assim continuar com o "tacho" mesmo sendo uma autêntica nulidade, quer como comentador desportivo, politico ou social.
"Preferia, por exemplo, que durante décadas de corrupção no futebol português, que eles conheciam bem, não tivessem sistematicamente assobiado para o lado."
Luís,
Nem mais, a esse respeito, convenhamos que o Record foi sempre muito mais afoito, e continua a ser. Olha eu habituei-me a ele e já não o dispenso. E quanto à suposta colagem ao scp, sinceramente, a coisa fica-se apenas pela 1ª página, porque lá dentro não vejo colagem nem a scp nem a ninguém...
Abraço,
Até Domingo ;)
Amigo LF, qualquer acto de censura ou de saneamento - mais a mais 36 anos depois do 25 de Abril - é lamentável, pior ainda, é inqualificável.
Seja em que área for. Não sou leitor de "A Bola", por isso não me vai afectar em nada, mas se o fosse também deixava de o ser. Temos que ter princípios e dignidade!
Fascismo, nunca mais!
Obrigado pela informação sobre a vicra
Diogo,
Não tenho nenhum link específico, mas em traços largos o que se passou foi o seguinte:
Carlos Calheiros era um árbitro dos anos 90 (os seus irmãos eram dois gémeos, e eram os seus fiscais-de-linha), que por sinal prejudicava frequentemente o Benfica, e beneficiava o FC Porto.
Um dia apareceu uma factura de uma viagem sua, com a família, ao Brasil na contabilidade do FC Porto.
O seu nome completo era Carlos José Amorim Calheiros, e para despistar a factura vinha apenas com o nome de José Amorim.
Pinto da Costa apressou-se a dizer que a factura tinha ido lá parar por engano, mas, obviamente, ninguém acredita.
Basicamente é isto.
Com a justiça que temos, não é de estranhar não tenham existido quaisquer consequências.
Caro Diogo,
Resta acrescentar à explicação do LF que a dita viagem facturada "por engano" foi organizada pela agência Cosmos... que era propriedade dos irmãos Oliveira - os 2 bem conhecidos: António Oliveira foi jogador do FCP, cumplice da traição que Pinto da Costa e Pedroto fizeram ao clube nos anos 70/80, quando PC tomou o poder e mais tarde treinador do FCP e por duas vezes seleccionador nacional. O seu irmão, além de dono da Olivedesportos, é accionista de referência no FCP e pode ser ouvido nas escutas recentemente divulgadas a esgrimir posições interssantes com Pinto da Costa.
Bizarro, não acha?
Para mais contexto, aconselho o fantástico post deste mesmo blog, que mantenho guardado nos meus favoritos:
http://vedetadabola.blogspot.com/2008/04/vinte-anos-de-mentira-de-a-z.html
Vemo-nos no estádio,
Nuno
Os 'gatos' faziam uma crónica humorística no jornal 'A Bola', o MST faz uma crónica supostamente séria (mas que só dá para rir...). É uma vergonha que os dois 'gatos' façam humor à conta do ridículo por culpa própria de alguns senhores, mas já não é vergonha nenhuma que estes últimos respondam aos outros nas suas crónicas. Curioso, no mínimo, o que vocês consideram vergonhoso. Mas nada de novo, perfeitamente previsível, pois das escutas também vocês não têm vergonha nenhuma. Já que A Bola queria acabar com a celeuma entre os seus cronistas, porque não censura também os textos do MST?? Se calhar aí já era motivo de vergonha, não??
Com todo o respeito, se há alguém que não confirma as fontes, e diz mentiras atrás de mentiras sobre o apito dourado, são ze Diogo quintela. Ao Sportinguista que fala sempre na história da factura do Calheiros, digo lhe uma coisa : chinês. E para quem conhece o futebol português sabe do que falo. Agora, refiro me por exemplo, às fontes de confirmação que Ricardo Pereira, que se revelou um mentiroso, não confirma: lembro me de ele afirmar que o presidente do FCP ofereceu 'fruta' a um árbitro, como uma escuta comprova, o que é completamente MENTIRA. Nenhuma escuta comprova tal facto. Não é uma questão de opinião aí, é calúnia. Por a escuta não provar tal coisa é que o mp arquivou o caso após a investigação, e não acusou o presidente do FCP de oferecer fruta a árbitro algum. Nem acreditou em tal coisa o diap, basta ler o relatório. Quando o caso foi reaberto e o presidente do FCP acusado por Maria José Morgado 9 meses depois, após o livro eu Carolina, o presidente do FCP foi absolvido logo na fase de instrução, pk o jic provou, com uma escuta, que a senhora mentiu. Como tal, analisando as escutas o juiz escreveu no acórdão que '' a escuta não prova que o Jp, destinatário do devaneio sexual, fosse Jacinto paixão. Nem que pinto da costa se tenha apercebido para quem se destinava o devaneio sexual''. Quem tem que verificar as suas fontes afinal?? Uma mentira desmascarada em tribunal, será sempre isso, e rap devia ter vergonha da mentira que profere. Ps- nem comento os tristes sketches deles com acusações dadas como falsas contra pc e eles a fazer das mesmas verdade. E para terminar, não digo que mst tenha credibilidade. Nenhum cronista afeto a determinado clube tem grande credibilidade na minha opinião. Mas uma calúnia, é uma calúnia, e já chega o João Gabriel faze las.
Contudo, e como deves imaginar, quando um árbitro usa a mesma agência de viagens que um clube, e a factura dele vai parar a determinado clube, não é uma prova cabal de corrupção. Se assim fosse, bastava alguém com interesse em tal coisa, colocar a factura no meio das do determinado clube, e sair com a história cá para fora. Que foi o que aconteceu. Reparem, como apareceu a factura? Foi a six, vejam bem, a vir com a factura para fora. Sim, não foi uma investigação do mp, foi uma estação televisiva. Como tece acesso há mesma? Era curioso saber. A factura foi entregue ao mp, que investigou, e não acusou o FCP ou árbitro de nada. O FCP diz que a factura foi colocada no meio das suas, a agência confirma o seu erro, se não há como provar o contrário.. Arquiva se
Concordo a 100 % consigo. Até pq o rap escreve (calúnias como já verifiquei) no jornal o Benfica
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