FORA DE TEMPO
Gosto muito da Selecção Nacional, vibro desde criança com os Mundiais e os Europeus, e reconheço que uma larga fatia da história do futebol se escreve com as provas entre nações. Percebo também que os seleccionadores procurem utilizar as poucas datas de que dispõem para criar rotinas e cimentar os grupos de trabalho, e que as federações aproveitem para arrecadar algumas receitas extra.
Mas, honestamente, custa-me imenso a encontrar motivação para seguir com entusiasmo este tipo de jogos particulares, entalados no meio do fervor da competição clubista. Surgem invariavelmente como uma espécie de anti-climax face às fortes emoções do campeonato e das provas europeias de clubes. Creio mesmo que as próprias fases de qualificação deveriam decorrer em períodos específicos – por exemplo em Junho, ou na época natalícia -, para os quais as selecções pudessem estagiar e preparar-se cuidadamente, cativando as atenções generalizadas à semelhança do que acontece aquando das fases finais, e deixando a época corrente exclusivamente para os clubes. A proposta de Blatter (de dois jogos internacionais por mês) é, a este respeito, absolutamente inacreditável, indo precisamente no sentido contrário àquilo que é conveniente ao próprio futebol, e àquilo que, estou em crer, a maioria dos adeptos pretende.
Irei ver o Portugal-Espanha pela televisão… se não me esquecer.
Mas, honestamente, custa-me imenso a encontrar motivação para seguir com entusiasmo este tipo de jogos particulares, entalados no meio do fervor da competição clubista. Surgem invariavelmente como uma espécie de anti-climax face às fortes emoções do campeonato e das provas europeias de clubes. Creio mesmo que as próprias fases de qualificação deveriam decorrer em períodos específicos – por exemplo em Junho, ou na época natalícia -, para os quais as selecções pudessem estagiar e preparar-se cuidadamente, cativando as atenções generalizadas à semelhança do que acontece aquando das fases finais, e deixando a época corrente exclusivamente para os clubes. A proposta de Blatter (de dois jogos internacionais por mês) é, a este respeito, absolutamente inacreditável, indo precisamente no sentido contrário àquilo que é conveniente ao próprio futebol, e àquilo que, estou em crer, a maioria dos adeptos pretende.
Irei ver o Portugal-Espanha pela televisão… se não me esquecer.
4 comentários:
Bem, eu não concordo consigo. E~u gosto muito deste jogo, até porque não é todos os dias que se pode ver o David Villa ou outros. Quanto a Portugal é motivo de união. Quanto a este jogo em particular, dá para o nosso Coentrão não se lesionar
E que grande jogo perdeste ao vivo!
http://forcamagicoslb.blogspot.com/2010/11/que-diferenca-da-agua-para-o-vinho.html
Olá! Sou seguidor do teu blogue a meses a fio e nunca fiz nenhum comentário, mas hoje tinha mesmo de o fazer, agora depois de veres o q viste e com todo o respeito, pq apesar de não concordar com tudo o q escreves admiro o q fazes, ainda continuas sem motivação para ver a selecção? Isso é uma das coisas q eu nunca diria pq esta em causa a nossa pátria, ate a jogar mal eu choro por ela! As vezes dizemos coisas q nos arrependemos, e essa concerteza foi uma delas! Eu fui ao estádio e digo-te, foi o melhor jogo da minha vida, e tão depressa não vejo um como este, deu-me tanto gozo calar aqueles espanhóis, acho q nem consigo explicar este sentimento! (tirando o Benfica-Rio Ave da época passada como é obvio!) Abraço e continua com o teu blogue q eu continuo a visitar:) Christophe (tof_slb@hotmail.com)
Christophe,
Aquilo que eu escrevi não põe em causa a minha paixão pela selecção nacional, que, se te lembrares de textos passados, sempre aqui expressei.
O que disse tem a ver com as calendarizações dos jogos, e tenho a certeza de que, noutra data, fora do período mais aceso das competições de clubes, o estádio estaria cheio.
De resto, não só sou adepto da selecção, como sou adepto "desta" selecção e deste treinador em particular. Vi o jogo pela TV, e também me deliciei com o futebol esmagador que apresentámos, e que deixa água na boca para os jogos a sério.
Se eu estou arrependido? Não propriamente daquilo que escrevi, mas sobretudo de não ter ido ao estádio. Isso sim, confesso que lamento, e lamentei bastantes vezes durante aqueles 90 minútos mágicos.
Mas se eu adivinhasse o futuro, estaria rico.
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