SEM COMPLICAR
Sem empolgar, mas com um poderoso sentido colectivo, e com um Cristiano Ronaldo mais próximo do estatuto de que goza, a Selecção Nacional conseguiu os objectivos que tinha para esta dupla jornada.
Trata-se, no fundo, de um regresso à normalidade. Podemos não ter a equipa que – com Figo, Pauleta, Rui Costa, Deco e Simão – há uns anos se aproximou da glória, mas continuamos a ser superiores a qualquer dos adversários deste grupo, e em condições normais deveríamos ter, pelo menos, mais três pontos do que aqueles que a classificação nos mostra. Esperamos que, como estes, também os próximos resultados ajudem a dissipar os efeitos da irresponsabilidade que nos conduziu a esta situação.
Tal como antes foi inevitável comparar Carlos Queiroz com Scolari, também agora será pertinente estabelecer um paralelo entre o novo seleccionador e o professor, que, diga-se, poucas saudades deixou.
No meu ponto de vista, Paulo Bento limitou-se a descomplicar aquilo que Queiroz complicara. Convocou os melhores jogadores, pô-los a jogar nas suas posições, e procurou manter a estrutura de um jogo para outro (suspeito que o fará também nos próximos compromissos) - pois só assim se conseguem os automatismos que, num clube, com muito mais tempo de treino, aparecem com facilidade, mas que numa selecção só com os jogos são possíveis de atingir.
Terá também conseguido aglutinar os principais jogadores da equipa em torno das suas ideias (muito mais fáceis de compreender, e como tal, de levar à prática), o que deu força e unidade ao grupo, e assim permitiu à principal estrela soltar o seu brilho. Isso viu-se em campo com toda a nitidez.O que mais aprecio em Paulo Bento é justamente a sua linearidade – por contraponto com o experimentalismo suicida de Queiroz. Mas aprecio também a diplomacia, a verdadeira diplomacia (não prosaica, mas genuína), que o impede, por exemplo, de lançar críticas ao trabalho de quem o antecedeu no cargo, bem ao contrário daquilo a que assistíramos em 2008.
Temos pois selecção, temos jogadores, e temos também treinador. Resta saber se ainda vamos a tempo.
Trata-se, no fundo, de um regresso à normalidade. Podemos não ter a equipa que – com Figo, Pauleta, Rui Costa, Deco e Simão – há uns anos se aproximou da glória, mas continuamos a ser superiores a qualquer dos adversários deste grupo, e em condições normais deveríamos ter, pelo menos, mais três pontos do que aqueles que a classificação nos mostra. Esperamos que, como estes, também os próximos resultados ajudem a dissipar os efeitos da irresponsabilidade que nos conduziu a esta situação.
Tal como antes foi inevitável comparar Carlos Queiroz com Scolari, também agora será pertinente estabelecer um paralelo entre o novo seleccionador e o professor, que, diga-se, poucas saudades deixou.
No meu ponto de vista, Paulo Bento limitou-se a descomplicar aquilo que Queiroz complicara. Convocou os melhores jogadores, pô-los a jogar nas suas posições, e procurou manter a estrutura de um jogo para outro (suspeito que o fará também nos próximos compromissos) - pois só assim se conseguem os automatismos que, num clube, com muito mais tempo de treino, aparecem com facilidade, mas que numa selecção só com os jogos são possíveis de atingir.
Terá também conseguido aglutinar os principais jogadores da equipa em torno das suas ideias (muito mais fáceis de compreender, e como tal, de levar à prática), o que deu força e unidade ao grupo, e assim permitiu à principal estrela soltar o seu brilho. Isso viu-se em campo com toda a nitidez.O que mais aprecio em Paulo Bento é justamente a sua linearidade – por contraponto com o experimentalismo suicida de Queiroz. Mas aprecio também a diplomacia, a verdadeira diplomacia (não prosaica, mas genuína), que o impede, por exemplo, de lançar críticas ao trabalho de quem o antecedeu no cargo, bem ao contrário daquilo a que assistíramos em 2008.
Temos pois selecção, temos jogadores, e temos também treinador. Resta saber se ainda vamos a tempo.
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