PONTAPÉ NA FATALIDADE
Uma bomba de Carlos Martins permitiu ao Benfica somar a terceira vitória consecutiva no campeonato, e ascender provisoriamente ao 2º lugar da classificação.
O jogo era difícil, e cheirava a clássico. A vitória foi justa, foi saborosa, e era imprescindível. Mas há que dizer, sem subterfúgios, nem resultadismos, que a exibição encarnada não encheu o olho a ninguém.
Sinceramente não gostei do jogo. Ambas as equipas estão a anos luz do espectacular campeonato que protagonizaram na época passada. O Sp.Braga vive uma indisfarçável crise, somando quatro derrotas e um empate nos últimos seis jogos que disputou, demonstrando que o seu plantel dificilmente aguentará sem danos o exigente desafio da Champions. O Benfica ainda luta para recuperar a identidade perdida, e embora esteja francamente melhor do que há umas jornadas atrás, mantém-se longe, muito longe, do registo que, há poucos meses, encantava o país.
Deste modo, quando Carlos Martins decidiu o jogo a pouco mais de um quarto de hora do fim, as coisas pareciam encaminhar-se para um deprimente zero a zero - que não servindo a ninguém, seria bem mais penalizador para o Benfica.
Se assim acontecesse, toda a nação benfiquista teria agora bastos motivos para lamentar a ausência de Óscar Cardozo. Sem o paraguaio, o ataque encarnado torna-se praticamente inofensivo, pois se Saviola não é propriamente um jogador de área (e está muito longe da sua melhor forma), Alan Kardec, sendo generoso na atitude, não tem o killer instinct que caracteriza os grandes matadores, raramente aparecendo isolado na cara do guarda-redes. Deste mal se sentiu a equipa de Jorge Jesus ao longo de quase toda a partida.
O Sp.Braga sofreu mais golos nas últimas quatro jornadas do que nas primeiras 17 da temporada passada. Nos últimos seis jogos oficiais leva 16 golos sofridos, e a razão é simples de explicar: a equipa minhota só tem um lateral (Sílvio), pois do outro lado está uma verdadeira caricatura. O nigeriano é um “bom-bom” para os ataques contrários, e depois de múltiplos erros, acabaria, naturalmente, por ficar ligado ao golo do Benfica. Um Benfica com maior peso nas alas (com Di Maria, com Ramires…) teria provavelmente goleado, tais as facilidades que foram sendo concedidas por aquele corredor. De resto, o conjunto de Domingos pareceu cansado e sem confiança, quase se limitando a esperar que o tempo passasse, e que o Benfica não conseguisse superar as suas próprias insuficiências.
O destaque individual vai inteirinho para Carlos Martins, autor do golo solitário, e de uma exibição pontuada por apontamentos de grande classe. Aimar também esteve em plano razoável, e Luisão continua a exibir a segurança a que já nos habituou. Em sentido contrário, como já ficou dito, Kardec não fez esquecer Cardozo, e Fábio Coentrão terá realizado uma das exibições mais descoloridas dos últimos meses.
Não vi quaisquer imagens televisivas, pelo que me é difícil falar do árbitro. Pareceu-me equivocar-se vezes demais, e utilizar critérios diferentes, quer no sancionamento da faltas, quer na exibição de cartões. Mas, como disse, o equívoco pode até ser meu.
Com três vitórias consecutivas o Benfica chegou ao segundo lugar. É pouco para as ambições do clube, mas é alguma coisa depois do fantasmagórico início de época que, por razões próprias e, sobretudo, alheias, a equipa viveu. Até seria bom ficar-se pela terceira posição, sendo isso sinal de que o FC Porto teria perdido pontos em Guimarães.
O jogo era difícil, e cheirava a clássico. A vitória foi justa, foi saborosa, e era imprescindível. Mas há que dizer, sem subterfúgios, nem resultadismos, que a exibição encarnada não encheu o olho a ninguém.
Sinceramente não gostei do jogo. Ambas as equipas estão a anos luz do espectacular campeonato que protagonizaram na época passada. O Sp.Braga vive uma indisfarçável crise, somando quatro derrotas e um empate nos últimos seis jogos que disputou, demonstrando que o seu plantel dificilmente aguentará sem danos o exigente desafio da Champions. O Benfica ainda luta para recuperar a identidade perdida, e embora esteja francamente melhor do que há umas jornadas atrás, mantém-se longe, muito longe, do registo que, há poucos meses, encantava o país.
Deste modo, quando Carlos Martins decidiu o jogo a pouco mais de um quarto de hora do fim, as coisas pareciam encaminhar-se para um deprimente zero a zero - que não servindo a ninguém, seria bem mais penalizador para o Benfica.
Se assim acontecesse, toda a nação benfiquista teria agora bastos motivos para lamentar a ausência de Óscar Cardozo. Sem o paraguaio, o ataque encarnado torna-se praticamente inofensivo, pois se Saviola não é propriamente um jogador de área (e está muito longe da sua melhor forma), Alan Kardec, sendo generoso na atitude, não tem o killer instinct que caracteriza os grandes matadores, raramente aparecendo isolado na cara do guarda-redes. Deste mal se sentiu a equipa de Jorge Jesus ao longo de quase toda a partida.
O Sp.Braga sofreu mais golos nas últimas quatro jornadas do que nas primeiras 17 da temporada passada. Nos últimos seis jogos oficiais leva 16 golos sofridos, e a razão é simples de explicar: a equipa minhota só tem um lateral (Sílvio), pois do outro lado está uma verdadeira caricatura. O nigeriano é um “bom-bom” para os ataques contrários, e depois de múltiplos erros, acabaria, naturalmente, por ficar ligado ao golo do Benfica. Um Benfica com maior peso nas alas (com Di Maria, com Ramires…) teria provavelmente goleado, tais as facilidades que foram sendo concedidas por aquele corredor. De resto, o conjunto de Domingos pareceu cansado e sem confiança, quase se limitando a esperar que o tempo passasse, e que o Benfica não conseguisse superar as suas próprias insuficiências.
O destaque individual vai inteirinho para Carlos Martins, autor do golo solitário, e de uma exibição pontuada por apontamentos de grande classe. Aimar também esteve em plano razoável, e Luisão continua a exibir a segurança a que já nos habituou. Em sentido contrário, como já ficou dito, Kardec não fez esquecer Cardozo, e Fábio Coentrão terá realizado uma das exibições mais descoloridas dos últimos meses.
Não vi quaisquer imagens televisivas, pelo que me é difícil falar do árbitro. Pareceu-me equivocar-se vezes demais, e utilizar critérios diferentes, quer no sancionamento da faltas, quer na exibição de cartões. Mas, como disse, o equívoco pode até ser meu.
Com três vitórias consecutivas o Benfica chegou ao segundo lugar. É pouco para as ambições do clube, mas é alguma coisa depois do fantasmagórico início de época que, por razões próprias e, sobretudo, alheias, a equipa viveu. Até seria bom ficar-se pela terceira posição, sendo isso sinal de que o FC Porto teria perdido pontos em Guimarães.
8 comentários:
Viva o Carlos. Não se esqueçam que no próximo jogo em Loulé, não se desloquem ao Algarve!
http://forcamagicoslb.blogspot.com/2010/10/nunca-pensei-dizer-isto.html
Não foi 1 jogo brilhante mas o Benfica venceu e mereceu vencer.Grande golo do C.Martins.E LF o que é que diz da nova senda de escutas?Já as ouviu?
De facto falta peso ao benfica no ataque.Somos uma equipa muito mais macia em relação ao ano passado.
A verdade é que há falta de melhor o cardozo faz falta. Não tem substituto no plantel.
Quando olhava para o benfica do ano passado pensava cá para mim: esta equipa com um grande ponta de lança podia lutar pela champions.O cardozo marca muitos golos mas é muito irregular, desmarca-se muito bem dentro da área mas depois falha muitos golos. O problema é que o dinheiro não cai do céu e por isso tivemos que vender o di maria e o ramires, porque acredito que a equipa do ano passado com um ponta de lança como o falcão ganhava o campeonato nas calmas e podia atacar a champions. Mas pronto, o mal tá feito e agora temos que viver com o que há...
Já ouviram as novas escutas do apito dourado que estão disponiveis no youtube? Se aquilo foi em 2003/2004 nem quero imaginar nos anos em que os campeonatos foram renhidos...
Sérgio estrela
Testemunha do F.C.Porto no Apito Dourado Preso com Armas
A verdade é que elas vão todas aparecendo e a escumalha corrupta aparece ligada a tudo o que de mais podre existe.
Se possivel passem pelo mais novo blog de Apoio ao Benfica onde publico a noticia
http://avanteplobenfica.blogspot.com/
O pontapé que falas é a agressão do Maxi Pereira na área?
Pode não ter sido um jogo de "encher o olho" por parte do Benfica, mas convenhamos que era dificil fazer melhor perante uma equipa que joga para o zero-zero, com largos períodos de jogo a colocar os onze jogadores atrás da linha da bola, com um guarda-redes a queimar 30 segundos de cada vez que era um pontapé de baliza.
Mas a verdade é que pouco ou nada adianta continuarmos a falar sobre o que se passa dentro de campo, porque pelas ultimas escutas tornadas públicas o clube corrupto arruinou por completo a verdade desportiva deste país, e prova que as suas vitorias forjadas (do passado e do presente) são unica e exclusivamente à base de artimanhas, jogadinhas de bastidores e compadrios.
O clube que paga viagens a àrbitros é a maior podridão do nosso país e está tudo dito.
Não estou muito de acordo com a tua análise, acho até que foi um bom jogo, disputado a um bom ritmo. Eu sei, é a diferença de ver um jogo ao vivo versus na tv...
Quanto ao Kardec, cá está, mais uma análise demasiado simplista. O rapaz esteve 2 meses parado devido a lesão, o que querias, que desatasse a fazer golos logo no primeiro jogo que é titular?!!!!!!! Muito fez ele. Se o Savilola tem aproveitado aquela sua assistência, hoje eram só elogios...
Uma nota para o Roberto que foi tão mal tratado (justamente) no inicío do campeonato. Aquela defesa que fez no termino da primeira parte (só visivel em todo o seu explendor na tv), foi talvez das mais espectaculares defesas que vi nestes últimos anos!!!!! Fantástica! Não se pode só criticar o rapaz...
Não é só de ver ao vivo. É que, a agravar, vi o jogo num lugar diferente do meu, o que talvez tenha influenciado a percepção dos ritmos e dos andamentos da partida.
Talvez tenha sido efectivamente melhor do que eu escrevi.
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