PRIMEIRO O ÓSCAR, DEPOIS O FILME E O INESPERADO HAPPY-END
Só o mais criativo dos argumentistas poderia imaginar uma situação como a que sucedeu ao minuto 22 do jogo de sábado na Luz. Roberto, o maldito, o proscrito, aquele que todos queriam ver pelas costas, voltava à baliza do Benfica, num momento delicado, como se um qualquer deus das coisas menores dissesse lá do alto, com um sorriso de gozo no canto do lábio: “Ai não o querem? Pois aí o têm!”.
Jorge Jesus remetera o espanhol para o banco, numa atitude óbvia de quem tem o dever de proteger a equipa e o próprio atleta. Novo erro comprometedor, e seria o treinador, ele mesmo, o alvo das críticas. A teimosia nunca é boa conselheira, e foi sem surpresa que Júlio César tomou conta da baliza.
Antes do filme já houvera um Óscar. Não de Hollywood, mas do Paraguai, pois logo aos três minutos de jogo o Benfica adiantou-se no marcador na sequência de um belo cruzamento de Gaitán (boa exibição), e de uma cabeçada certeira de “Tacuara”. Golo de Cardozo, o Benfica a vencer, tudo parecia indicar um regresso á tranquila normalidade das noites da época passada. Mal se sabia o que estava para acontecer.
Se fui um dos muitos que colocaram as mãos na cabeça ao ver o árbitro a puxar do cartão vermelho (não porque não se justificasse, mas pelas consequências que ele trazia), também fui dos que, alguns segundos decorridos, engrossaram a enorme onda de aplausos que acompanhou a entrada de Roberto em campo. Independentemente da opinião que se tenha sobre o jogador, naquele momento não era o nome A ou B que estava em causa, mas sim o Benfica e a sua baliza. Creio que foi com essa bela reacção do público da Luz (surpreendente para o próprio jogador) que o penálti começou a ser defendido.Falei do azar para explicar os resultados anteriores. Penálti à parte, terei de falar da sorte para comentar este. Um golo a abrir o jogo, e outro a fechar a primeira parte - após alguns minutos de demasiada ansiedade – foram estocadas muito duras num Vitória de Setúbal que, a partir de então, e em todo o segundo período, não conseguiu esconder o sentimento de que aquela não seria a sua noite.
O terceiro golo acabou com o jogo, e aí o Benfica, reduzido a dez, tinha duas alternativas: ou abria o campo e procurava uma improvável goleada, correndo riscos de sofrer um golo que recolocasse o Vitória na discussão da partida, ou trancava a sua zona intermediária, deixando o espectáculo morrer juntamente com o adversário, mas garantindo desde logo os imprescindíveis três pontos. Jesus optou, e bem, pela segunda hipótese.
Emoções fortes, vitória gorda, reabilitação de Roberto, regresso aos golos de Cardozo, boas indicações de Gaitán (e também, no curto período que esteve em campo, de Sálvio), e exibições de bom nível de Luisão e Aimar. Poucos benfiquistas esperariam tanto, ainda que, em termos colectivos, as coisas não atingissem (longe disso) o patamar de referência de quase toda a temporada anterior. O campeonato vai parar, e no dia 11, em Guimarães, então sim, os encarnados terão um verdadeiro teste de fogo. Nova vitória, uma boa exibição, e teremos o Benfica lançado na corrida ao Bi-campeonato. Com ou sem Roberto na baliza.
Jorge Jesus remetera o espanhol para o banco, numa atitude óbvia de quem tem o dever de proteger a equipa e o próprio atleta. Novo erro comprometedor, e seria o treinador, ele mesmo, o alvo das críticas. A teimosia nunca é boa conselheira, e foi sem surpresa que Júlio César tomou conta da baliza.
Antes do filme já houvera um Óscar. Não de Hollywood, mas do Paraguai, pois logo aos três minutos de jogo o Benfica adiantou-se no marcador na sequência de um belo cruzamento de Gaitán (boa exibição), e de uma cabeçada certeira de “Tacuara”. Golo de Cardozo, o Benfica a vencer, tudo parecia indicar um regresso á tranquila normalidade das noites da época passada. Mal se sabia o que estava para acontecer.
Se fui um dos muitos que colocaram as mãos na cabeça ao ver o árbitro a puxar do cartão vermelho (não porque não se justificasse, mas pelas consequências que ele trazia), também fui dos que, alguns segundos decorridos, engrossaram a enorme onda de aplausos que acompanhou a entrada de Roberto em campo. Independentemente da opinião que se tenha sobre o jogador, naquele momento não era o nome A ou B que estava em causa, mas sim o Benfica e a sua baliza. Creio que foi com essa bela reacção do público da Luz (surpreendente para o próprio jogador) que o penálti começou a ser defendido.Falei do azar para explicar os resultados anteriores. Penálti à parte, terei de falar da sorte para comentar este. Um golo a abrir o jogo, e outro a fechar a primeira parte - após alguns minutos de demasiada ansiedade – foram estocadas muito duras num Vitória de Setúbal que, a partir de então, e em todo o segundo período, não conseguiu esconder o sentimento de que aquela não seria a sua noite.
O terceiro golo acabou com o jogo, e aí o Benfica, reduzido a dez, tinha duas alternativas: ou abria o campo e procurava uma improvável goleada, correndo riscos de sofrer um golo que recolocasse o Vitória na discussão da partida, ou trancava a sua zona intermediária, deixando o espectáculo morrer juntamente com o adversário, mas garantindo desde logo os imprescindíveis três pontos. Jesus optou, e bem, pela segunda hipótese.
Emoções fortes, vitória gorda, reabilitação de Roberto, regresso aos golos de Cardozo, boas indicações de Gaitán (e também, no curto período que esteve em campo, de Sálvio), e exibições de bom nível de Luisão e Aimar. Poucos benfiquistas esperariam tanto, ainda que, em termos colectivos, as coisas não atingissem (longe disso) o patamar de referência de quase toda a temporada anterior. O campeonato vai parar, e no dia 11, em Guimarães, então sim, os encarnados terão um verdadeiro teste de fogo. Nova vitória, uma boa exibição, e teremos o Benfica lançado na corrida ao Bi-campeonato. Com ou sem Roberto na baliza.
PS: Hleb já não vem para o Benfica. A parcela do (altíssimo) salário que teria de ficar a cargo dos encarnados saía fora do orçamento do clube, e o negócio gorou-se. É pena, mas olhando para o plantel do Benfica não me parece que Hleb fosse um reforço imprescindível.
8 comentários:
Mais importante que tudo, foi o modo como a equipa obteve a vitória e ampliou a sua vantagem no marcador perante tanta contrariedade.
Mas como se viu ontem em Vila do Conde, a liga de clubes já encontrou o novo campeão.
E duas expulsões perdoadas a cardozo, porque muita falta fazia para Guimarães e porque aguentar com apenas 9 poderia ser difícil...
concordo em absoluto com o jotas!
Este campeonato já está viciado à partida, mesmo que o benfica investisse 100 milhões nao teria hipoteses. O Porto vai ser campeão, pois os árbitros nada marcam contra eles, e em caso de duvida na área ou meio campo adversário, são sempre benificiados. Já contam com um penalti roubado na 1ª jornada (+2 pontos)e ontem, um duplo penalti clamoroso que ficou por assinalar que daria eventualmente o empate, e as coisas poderiam complicar. Mas à semelhança de anos anteriores, os árbitros acabam sempre por descomplicar o que parece complicado para o Porto.
Eu tenho a solução para este problema na arbitragem portuguesa...Criem uma espécie do "bolsa" com árbitros estrangeiros e nomeiam-nos para os jogos das principais ligas europeias, à semelhança da champions e da liga europa. Assim, os árbitros portugueses já não teriam "medo" de apitar contra o porto e das eventuais represálias.
Penso que já tivemos outra atitude, a tal atitude de campeão.
Mas aguardo a crónica à jornada, e principalmente a classificação real, pois como previ aqui há uns tempos (mas também era fácil prever), ontem em vila do conde o clube corrupto voltou a ser ajudado pelo ex super dragão, e duma forma vergonhosa: 1º golo (o tal que com ajuda externa serve para desbloquear...) com dupla infracção, e um lance dentro da àrea do clube do guarda abel em que pelo menos há um penalty.
E assim continuamos com um 1º classificado mentiroso...
O campeonato decorre como se previa, depois de Pinto da Costa ser ilibado e do processo de viciação dos árbitros ter sido resolvido com boa nota para Pinto de Sousa. Assim vamos todos assistir ao campeonato que mais parece escrito por aquele argumentista do ladrão de bicicletas. Já se por alegada mão se marca um penalty já que por alegada dúvida de um fora de jogo se marca um golo já que um empurrão dentro da pequena área é penalty claro para todos menos para o sujeito do costume O tal de Jorginho dragão desde pequenino.
O Benfica esse vai fazendo dos seus adeptos bons clientes dos cardiologistas.Sim porque não seria qualquer vasquinho que ousaria exibir um vermelhão ao Helton.
HLeb não veio, preferiu Inglaterra, eu também se tivesse no lugar. O Benfica é a equipa do tango e do samba e francamente o homem tal como um cossaco da Bielorrússia a dançar as mazurcas teria uma grande solidão. Não quero voltar a ter Suazos. Acho que Gaitan , Jara e Salvio, sob a matuta de Aimar ( que jogão) vão cantar o Caminito e à média Luz, coisas que Pinto da Costa tanto gosta no Calor das Noites de Agosto e talvez demonstrar-lhe que o nosso campeonato o dos Benfiquistas é outro. Sim porque nós não fazemos linchamentos, até porque Deus não quer e Jesus não deixa.
Talvez assim os adeptos do Braga deixem de chamar filhos da mariposa aos adeptos do Benfica, mesmo depois de terem entrado para a Liga dos Campeões, porque lá no fundo não gostam de revelar as intimidades do seu principal mentor.
Esta noite, ainda antes do jogo começar, toda a nação ficou a saber que, depois de muito asneirar, o espanhol ia ver o jogo com a dócil equipa de Setúbal desde o banco de suplentes do JJ. Porém, quis o destino que o infeliz contemplado com a "vaga" fosse forçado a cometer grande penalidade pela azelhice do Maxi Pereira e lá entrou em campo o Roberto. Melhor ainda, o homem defendeu o penalty e passou a ser o "maior do mundo" outra vez. Levantava o braço e os 40 mil crentes aplaudiam, agarrava as poucas bolas que chegaram à sua área e, em cada lance, a multidão exultava; em suma, foi lindo ver quão infantil é aquela gente.
fizemos um grande jogo contra o vitoria e dai veio a nossa vitoria mas n se mentalizem que o roberto e um grande guarda redes so por ter defendido o penalty porque ele n presta.
n quero tirar pessoas deste blog mas gostava que viessem ver este blog:
http://santos-sempre-benfica.blogspot.com/
n quero tirar pessoas deste blog mas...
E não tiras, fica descansado.
A qualidade deste blog é suprema.
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